#Cinnabar - Pleiteando um estágio!

Swampert - Lucky Egg
Luxio
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Ambipom - Power Belt
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Mesmo estranhando os comentários da menina - tentando enxergar sentido em alguns -, Ayzen não se manifestava para ela, com exceção de um sorriso. Tudo bem, ela também já estava acostumada às pessoas que não davam muita corda pras suas ideias. Daí ela só guardou seu óculos estranho quando não tinha mais nada para ver e acompanhou o loiro até a arena onde a turma dele estava.

– Olá, senhora e senhor. – ela cumprimentou com meiguice.

– Oh céus... Olá, mocinha, você é familiar. – ajustava o óculos na face pra melhor vê-la.

– É Luna?! Filha de Luara?! – a pesquisadora perguntava e a menina gesticulava que sim com a cabeça – Ai ai, Xeno. Algum dia mais alguém ainda perde a cabeça por conta dele. – e revirava os olhos, contrariada pelo comportamento do colega; Luna parecia se encolher um pouco diante disso, como se estivesse constrangida ou intimidada.

– Tudo bem. Tudo bem. Fiquem por aqui e se sentem, estamos quase começando. Vou pedir ao Xeno que venha buscar você aqui. – dizia já tirando o telefone do bolso no peito, checando o relógio no outro e o molho de chaves barulhento no seguinte.

– Obrigada, senhor. – agradecia.

Então, era isso. Luna teria que ficar e assistir uma parte da aula enquanto seu responsável não vinha, mesmo que isso significasse perder alguma parte de sua excursão pelo prédio - que ela até já parecia conhecer. Ou, Ayzen é quem teria que perder parte de sua aula pra finalizar logo aquele encontro, afinal apesar da orientação a menina seguiria junto dele até o momento de partir.

Independente disso havia espaço para todos nos bancos que compunham a plateia de alunos na arena - que por sinal ainda estava com sinais da última luta intensa que rolou por ali; nada demais, só uns pontos chamuscados ou ainda úmidos. Diferente de Kitshomo que era ou muito distraído e/ou muito gentil e educado, os de Iracebeth não se continham em cochichar e rir do jeitinho de Luna, principalmente daqueles acessórios esquisitos que usava.

Ayzen – De Capitão à Estagiário – Cinnabar

Progresso de rota:

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– Uuuh! Perfeito! – o pesquisador respondia com empolgação para o dado mostrado e objetivo atingido – Agora poderá participar melhor da parte prática de hoje! Vamos torcer pra que tudo funcione. – sorria dando tapinhas de estímulo no ombro do rapaz e na cabeça do Pokémon.

O comentário era otimista porque, afinal, ainda tinha possibilidade de as intenções de Roger não se cumprirem, vai que Swampert era um dos espécimes que, nas pesquisas, fugia do padrão?! Nunca se sabe...

Quando foram se sentar, Luna não evitou observar os aparelhos e, claro, a coleção de pedras diferentes que iriam desvendar naquele dia. Ela era muito curiosa, eu já disse isso, e estava mesmo empolgada com a perspectiva de fazer algo diferente do que só andar por aí com seus colegas; chegava até a se sentar na ponta do banco, abraçando os cotovelos e encarando tudo com ansiedade, os pés agitados.

– Sabia que Swampert era adorado por povos antigos porque ele podia prever a chuva? – anunciava mais um dos fatos curiosos de conhecimentos quase aleatórios que tinha – Mas minha mãe disse que quando outros povos os encontraram, descobriram que os Pokémon faziam isso pelas barbatanas, por isso caçavam Swampert pra arrancar elas deles, achando que teriam os mesmos poderes. Mas não tiveram, é claro. – o próprio aquático ao lado não pareceu confortável com a história... Podia ser só uma nova fantasia, como Atlantis, mas essa não soava tão impossível.

Ah! A aula está prestes a começar. Dá pra ver porque Roger começou a ajeitar algumas das Mega Stones depois de largar o telefone - estaria falando com Xeno até então. Iracebeth já estava impaciente e entediada, fumando seu cigarro da ansiedade. A novidade aqui é que Ayzen notaria alguns dos colegas já com pulseiras Z em seus braços, enquanto outros tinham Key Stones, cada uma numa composição de cores diferente. James ao seu lado era um dos que possuía este último item, já Cirilo, o membro seguinte, tinha uma pulseira!

Ayzen – De Capitão à Estagiário – Cinnabar

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Luna sorria quando Ayzen lhe retornava com mais conhecimento, apesar de ser um fato que ela já sabia, sim. Quer dizer, uma coisa estava ligada a outra. Por perceberem a chuva se aproximar é que podiam proteger seus ninhos. Em todo caso, ela sorria por ter tido um reconhecimento, depois ficava caladinha prestando atenção no professor que pigarreou para ter atenção e poder falar.

– Então, queridos, acho que finalmente podemos começar! A maioria dos alunos já devem saber o que faremos hoje, mas vou explicar pra fechar a ideia. Depois de um tempo de exaustivos acordos e buscas, finalmente conseguimos um bom estoque de Mega Stones e cristais Z pra tocarmos algumas das nossas pesquisas. Graças aos colegas de outras regiões e nossos interventores. Obrigado Lilly e Rômulo. – acenou para os dois alunos – Cada um tem seus interesses particulares para as pesquisas que podem desenvolver com isso, mas sabemos que o laboratório em si tem o estudo base das Evoluções e alterações temporárias, é por isso que vou enfatizar que gostaria que tivessem dados básicos coletados pra nortear minhas pesquisas nisso.

Roger se explicaria melhor em seguida, pois ele era mesmo envolvido com muitas vertentes associadas à evolução dos Pokémon. Seus interesses particulares eram relatar as mudanças que aconteciam no corpo dos que eram submetidos à Mega Evoluções e Z-moves. Os alunos precisariam coletar o máximo de informação que pudessem nessas situações: alterações no peso, altura, envergadura; dados bem morfológicos assim. Teriam acesso ao equipamento Coletor de Stats, naquele modelo mais antiquado, pra computar as informações de uma Mega Evolução. Precisariam ver se não havia nenhuma perda em qualquer dos atributos após o término da Mega Evolução. Deveriam computar até alterações de comportamento se vissem algo!

– Com Z-moves queremos os dados de atributos coletados após o uso, pra ver essa energia que a pedra dá ao Pokémon não lhe causa danos diretos. E testem também o limiar da Felicidade pra usar os movimentos. Queremos saber até que ponto o sétimo atributo influencia no uso desses golpes especiais, pois até então não temos nenhum dado sobre isso. Z-moves em si são raros e numa situação normal só são dados a um treinador já experiente que tende a usar com Pokémon de sua confiança... Ou seja, não temos relato de se existe algum outro critério para a dupla acessar o poder dessas pedras, a não ser as coreografias estranhas.

O professor explicaria que o mecanismo por trás de ambos os itens eram ainda um certo mistério pra ciência. Os cristais Z inclusive tinham uma explicação bastante mística pra justificar tanto poder - Luna adoraria ouvir aquela parte, mas o professor não contou tal história. Já as Mega Stones claramente evocavam a conexão entre treinador e Pokémon. Isso já era claro para todo o mundo acadêmico e da elite de treinadores. O simples fato de que precisava haver uma conexão entre a Key Stone, de posse do treinador, e a Mega Stone, de posse do respectivo Pokémon, já sinalizava que algo entre os dois precisava acontecer.

– Gosto de imaginar que o elo estabelecido entre os dois funciona como um condutor dessa energia, e que o treinador é o combustível. Do contrário, essas transformações poderiam acontecer espontaneamente na natureza. Igual evoluções com pedras ou Felicidade alta acontecem, sem necessitar de um humano participando da equação. Com Mega Stones não, nós, humanos, fazemos claramente parte desse cálculo... Ou, pelo menos, é o que ainda acreditamos, sem dados pra nos dizer o contrário. Dúvidas até aqui?

Ayzen – De Capitão à Estagiário – Cinnabar

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Ayzen tinha dúvidas e curiosidades mas guardava para si. Talvez ainda não se sentisse confortável de manifestar qualquer pergunta. Luna ao seu lado também parecia estar cheia delas, já que seu nível de conhecimento era ainda menor que o do loiro. Mas a menina sim tinha motivos para não interromper a aula alheia com perguntinhas menores. No fim, quem erguia a mão para questionar era James.

– 'Sôr, num dos artigos Sycamore e colaboradores dão a hipótese de que as Mega Stones só funcionem quando o Pokémon tá em atividade com uso de habilidades. Já tem alguma coisa mais recente sobre isso? Uma explicação ou algo assim?

– Ah, sim, boa pergunta! Já sabemos que existem quatro variáveis envolvidas na equação da Mega Evolução: a pedra correta para a espécie correta, a experiência do Pokémon e sua relação com o treinador. Então alguns cientistas especulam que haja uma quinta variável, que é essa da atividade.

O mais velho explicaria que essa teoria vinha do fato de que Mega Stones teriam apenas o propósito de tornar Pokémons mais fortes para o combate, por isso era um fenômeno temporário que alterava seus atributos e que não se mantinha por muito tempo. A Mega Evolução, era sabido, se desfazia depois de um certo tempo quando o Pokémon retornasse para a Pokébola e o treinador estivesse fora de batalha; quando ele era nocauteado, ou quando simplesmente ficava um certo tempo ainda não determinado sem atividade.

– É por isso que não conseguimos ver Pokémon Mega Evoluídos andando pra cima e pra baixo com seus treinadores, como transporte ou simplesmente atuando como apoio em algumas tarefas. É claro, a não ser que com isso eles estejam executando movimentos, como é no caso de Contests em que vemos as Mega em alguns minutos de atividade, se mantendo plenas. – mais um pigarro para limpar a garganta dos falatórios – Se existe alguma forma de manter a Mega ativa fora de combate ou ação, ainda não conseguimos determinar. E como comentei, essa parte em si ainda é fruto de hipóteses. Nós ainda não conseguimos chegar num consenso pra isolar ou determinar se essa quinta variável existe e qual ela é.

– O senhor disse que precisa da pedra certa pra espécie certa. E como determinamos isso? – Lilly perguntava.

– Não determinamos! – ele ria e outros o acompanhavam – Quero dizer, não nós aqui. Tampouco os treinadores mundo afora quando tem a sorte de encontrar uma Mega Stone "selvagem". Existem pessoas que se especializaram em identificar a espécie a qual cada pedra corresponde. Geralmente eles tem um pé em geologia ou área similar. Eles precisam analisar minuciosamente sua pedra pra poder lhe dizer a qual espécie Pokémon ela pode ser atribuída. É por isso que além de tudo é um item ainda raro no mundo, e que não foi fácil de conseguir essas amostras que temos aqui hoje. – respirava fundo, relembrando o trabalho que teve para conseguir tudo – Mais perguntas? Vamos lá! Essa é uma oportunidade e tanto!

Ayzen – De Capitão à Estagiário – Cinnabar

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– Boa pergunta, senhor Kitshomo! Apesar de ela ainda não ter uma resposta definida, também. Isso parece estar um pouco mais claro com os Z-cristal, que são um tanto mais comuns e estão bem presentes em Alola, inclusive. Vem de lá o entendimento de que as pedras atuariam tanto como uma parte da fonte, como quanto um catalisador do efeito.

Ele explicava, enfim, parte da crença dos nativos de Alola, que diziam que as pedras tinham sido criadas com o poder fragmentado de uma criatura superior e até então conhecida apenas por mitos e lendas, mas que era adorada pelos seus antepassados. Assim, os cristais tinham parte do poder em si, mas que precisavam da energia própria do portador para que aquilo se ativasse e culminasse num golpe poderoso executado pelo Pokémon dele.

– Atualmente trabalhamos com a ideia de que Mega Stones agem de forma similar. Só que, obviamente, não sabemos ao certo o contexto da sua criação... E nem mesmo acho que já tenha ouvido qualquer mito a respeito delas. Quer dizer, são tão raras que ainda vemos novas espécies tendo suas Stones sendo descobertas! E imagine o tanto que ainda nem sonhamos que existam?! Tipo, de Pokémon lendários, míticos, que talvez a gente jamais encontre na vida?! – fazia um gesto abrangente ao redor da cabeça, como se ela estivesse explodindo de ideias.

Roger ainda faria alguns gracejos, dizendo que é por isso que ele não se debruçava sobre essas pesquisas em si, mas sim no que era real, minimamente palpável e mensurável. Deixava pra outros especialistas investigarem e responderem tantas incógnitas, enquanto restava a eles entenderem mais das consequências do que das causas.

– Gosto de imaginar, de uma forma mais lúdica, como se essas pedras fossem varinhas mágicas! A magia existe e está por todos os lados, nós mesmos seríamos dotados dela, mas precisamos de um item igualmente mágico e poderoso pra nos ajudar a realizar os feitiços em si. – alguns alunos riram por já terem escutado aquela piada antes; Luna riu simplesmente porque gostou da analogia mística – Eu consegui lhe responder? Tem mais alguma dúvida? – voltava a se dirigir à Ayzen.

Ayzen – De Capitão à Estagiário – Cinnabar

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