Clube da Luta

Depois de fugir só ginásio vooei diretamente para Mountrock. O verdadeiro motivo da minha desistência é que o dia D da minha missão finalmente chegou.

Agora eu tenho que entrar no clube de luta e esperar o momento certo para iniciar o ataque. Ainda não tenho muitas informações de como adentrar no local ou mesmo a localização, assim mandei mensagem para o QG pedindo informações.

De qualquer jeito adentrei nas ruínas em busca de alguma movimentação que indicasse o local da luta.

Spoiler :

Objetivo:
Um Clube de Lutas Ilegais ocorre todas as terças e quintas nas Ruínas de Mountrock. Como esperado, nós controlamos todos os serviços obscuros desta Cidade e isso inclui Rinhas. Entretanto, o Dono não nos paga os "impostos" de operação há mais de um mês. Ele foi avisado, mas preferiu ignorar nossos avisos e esnobar nossas ameaças. Portanto, é hora da ação... Acabar com o lugar e o próprio dono não vai trazer o exemplo que precisamos, temos que ir além, apesar de não ser trabalho para alguém de seu Rank pensar nesses detalhes. Há Agentes infiltrados entre os Competidores da Rinha para dar cobertura e desmoralizá-lo de dentro para fora, mas precisamos de Rockets com menor Rank para causar a grande balbúrdia no Dia D de Ataque ao local. Sua missão portanto é essa, fazer o "trabalho sujo", derrubando os capangas do dono ao mesmo tempo que dá cobertura aos nossos Agentes infiltrados.
Tipo de Missão: Missão de Campo - Nível C
Recompensa: 13 Pontos, 2150 EXP para cada Pokémon da BOX, PK$ 1180

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A noite recém tinha caído em Mountrock, tanto que o ar ainda se conservava morno do calor emanado pelas últimas montanhas tocadas pelo sol. A cidade em si começava a ver "morrer" a agitação em seu interior, fazendo com que as rotinas começassem a dar lugar a uma vida noturna mais intimista e pacata.

Nas áreas periféricas, onde as ruínas se localizavam, o movimento minguava também. Afinal, a maior parte do interesse ali era durante a manhã, para fins turísticos ou de pesquisa. Poucos sabiam que de noite aquilo se transformava... Mas Nicholas logo viria a descobrir, pois seu aparelho vibrava com a mensagem recebida do QG com informações adicionais.

Anônimo escreveu:
Vá ao Leste.
Há espinhos nos muros.
Apenas verde ela veste.
Diga-lhe Proteu em sussurros.

Uma mensagem codificada, é claro, pois os Rocket eram uma organização que prezava a própria discrição. Restava a Nicholas saber se orientar com o texto e em meio as ruínas. De um lado nada havia além de dois homens com vestes de escalada, conversando numa esquina de muro quebrado, enquanto um amarrava o cadarço. Do outro, a ruína de uma casa, sem porta, sem teto, sem fundo, servia de atalho para a rua paralela à principal. Esta última, por sinal, era mais larga e vazia, com a inclinação leve de uma subida.

Uma vista até então meio desoladora e monótona, além de precariamente iluminada por postes de luz amarela nos primeiros metros da rua principal e suas adjacências, já que por se tratar de um patrimônio, a urbanidade não podia penetrar muito fundo por aqui.

Nicholas tratava de codificar a mensagem recebida pra ter uma ideia de pra onde ir. Sem pensar muito atravessou a casa arruinada que julgou ser o seu Leste, ou porque simplesmente parecia o caminho com mais cara de "coisas (i)legais acontecem por aqui".

Sem mistérios, no fim da casa ele encontrava mesmo um caminho para seguir, mas ladeado por tantas ruínas irregulares às vezes seria complicado dizer o que era uma rua ou só uma antiga construção muitíssimo destruída. Mesmo seguindo reto no caminho principal, em questão de minutos o Rocket se encontraria na área já sem iluminação artificial, tendo que contar exclusivamente com a luz do luar pra não o deixar plenamente "cego" no escuro.

Houve só um momento em que os passos do treinador causaram uma reação de algo no escuro, mas então os gemidos humanos de prazer (consegue distinguir?) apenas cessaram imediatamente. Noutro caso ele seria só alertado pelo pio claro de uma ave noturna, mais atenta e observadora do que ele, que parecia começar a se perder no Leste. Talvez precisasse procurar mais, pensar, ou só acender uma lanterna, parar e observar.

Ran – Noite | 25°C – Ruínas de Mountrock

Litwick ganhou a liberdade no instante em que Nicholas se inquietou com o escuro e a desorientação. O celular também vinha pra lhe auxiliar na localização e dizer que até então ele tinha caminhado à Leste sim, mas na diagonal - à Nordeste, ouso dizer. Precisava fazer um desvio mais abrupto à direita se quisesse se encaminhar plenamente ao Leste, problema seria descobrir como fazê-lo naquele terreno irregular.

Apesar do novo dilema, a iluminação do Pokémon fantasma traria alguns novos elementos a se observar, como uma estreita tenda à sua frente, ainda armada sobre um carrinho cujas rodas foram travadas por correntes e cadeados. No carrinho lia-se "Lembrancinhas da Dora", já que de dia ele servia para a dona vender souvenir aos turistas.

E aquela não era a única da rua, que contava com outras tendinhas ou meros carrinhos de vendas, todos agora fechados, incluindo um alguns metros mais à direita da dupla. Aquele tinha uma marquise que se projetava pelo espaço onde antes existia uma janela, numa casa até que bem conservada se comparada às outras - só não tinha a parede dos fundos. Sob a cobertura lia-se East Clintwood, Clube de Fotografia.

Fora isso, mais do mesmo: paredes, muros e casebres em ruínas, uns mais destruídos do que outros naquele tom terroso e monótono, mas trazendo todo contexto da cidade antiga que um dia existiu ali.

Ran – Noite | 25°C – Ruínas de Mountrock

À luz azulada de Litwick, Nicholas seguia um novo rumo, buscando uma entrada ou desvio que o permitisse ir mais para a direita. E no meio dos resquícios de várias propriedades não foi difícil fazer seu próprio trajeto. É claro que tinha toda chatice de ter que ficar desviando de restos de paredes e muros que agora eram nada além de alguns centímetros de pedra e barro resistente.

Foi assim que ele enfim se colocou rumo ao Leste, apesar de tudo, mas ainda nada de muro com espinhos ou pessoa de verde. Será que tinha entendido direito a mensagem e os sinais? Ou só ainda faltava um pouco mais de paciência e caminhada pra chegar no destino? Bem, o que importa é que finalmente outras coisas acabavam por acontecer.

O primeiro e mais curioso foi o crocitar de um Murkrow, no alto de uma casa à direita. O Pokémon tinha aquele olhar julgador voltado para a dupla, porém não parecia assim tão ameaçador. A chamada de atenção da ave viria a calhar, porque poderia desviar a visão de Nicholas para o feixe de luz amarela que se movia por entre ruínas naquela mesma direção, mas indo no sentido contrário ao do Rocket - p.ex., se ele estivesse subindo, a luz estaria descendo... Não vinha em sua direção, porque estava um pouco mais distante, mas certamente era uma pessoa, com uma lanterna, no meio das ruínas...

Off: oxi!! É pq saiu do chat, aí não pode falar bobagem com a gente :jigg:
Brinks <3
Espero que os gatinhos estejam bem *-*

Ran – Noite | 25°C – Ruínas de Mountrock

Ao seguir a figura da lanterna, Nicholas precisaria fazer uso de algumas habilidades de furtividade para não ser notado também. Afinal, por mais que a outra pessoa não fosse assim tão discreta ao usar uma luz chamativa no meio do nada, talvez ela não reagisse bem ao notar que estava sendo seguida. Quanto ao Murkrow, ele apenas permaneceu lá onde estava, observando.

O importante é que o Rocket acabou seguindo a pessoa até de volta à "rua das lojinhas", e foi ali que o suspeito se revelou um homem loiro, com uma jaqueta preta e sem mangas que revelava braços musculosos e tatuados. Isso aconteceu quando ele parou na frente da tenda do "East - Clube de fotografia" e dali focou sua lanterna nos cantos da rua. Por sorte ele parecia o estereótipo de brutamontes: muito músculo e pouco cérebro. Então, ao não ver ninguém por perto, a luz se apagou e o homem entrou naquela casa sem porta...

Off: querendo voltar eu mando o link :B

Ran – Noite | 25°C – Ruínas de Mountrock