[MISSÃO] UFO

e aí, bora abduzir?

O casal de morcegos estava derrotado com nossos esforços combinados ao custo do quase-nocaute da Kadabra. Agora, além de procurar pela Poké Bola, eu tinha que procurar pelas poções. Não era tão difícil, afinal elas estavam arrumadas no lacre do mercado. Três delas era o suficiente para restaurar completamente a vida da bigoduda, que estava acabadíssima depois daquela luta.

- Vocês foram ótimos. Continuem assim! Kadabra, hora do remédio. Não quero você desmaiada. - Encorajei a dupla e dei as poções para a raposa amarelada. Enquanto ela bebia aquele *delicioso* remédio, aproveitei para capturar um dos Golbats com a Luxury Ball. Seria uma maravilha ter um Pokémon desses a minha disposição.

Esperando tudo aquilo ali, restava esperar o Blake ver o que ele iria fazer e tentar detectar alguma coisa a mais agora que tínhamos a ajuda da luz da lua e do silêncio que imperava por ali depois da luta acabar.

Então eu pude relaxar. A concentração vinha logo depois e então eu podia perceber ainda mais o que estava nos rodeando. Um som de metal que não vinha de Honedge era captado e então fiquei desconfiado. - Você ouviu isso? - Perguntei. - Esse som de sucata batendo... Só pra eu me certificar que não tô maluco.

e aí, bora abduzir?

Pude ouvir um barulho e então um urro de dor vindo do Blake. Eu sabia que aquela era uma decisão esquisita, já que o criador era um rapaz de uns vinte anos e com um porte atlético bem evidente e desenvolvido e eu poderia ser mais fácil pro Duke carregar. Esperei que o rapaz fizesse o que tinha que fazer tendo minhas costas cuidadas por Ananda e pela psíquica.

- Sabe de um negócio? Eu ainda não pensei num nome pra você, Kadabra. - Pensei. - Não é falta de cuidado. É difícil mesmo! Enfim, vou te chamar de Isis, a mais sábia que mil deuses. Não precisamos de cerimônias aqui, certo? - Terminei, dando-lhe um carinho no topo da sua cabeça dourada.

Assim que eu terminava de nomeá-la, Blake voltava com Duke. Com as fotos no telefone, eu pude ter uma noção do cenário superior enquanto pedi a Ananda que lhe desse alguns socos técnicos na coluna para aliviar a dor em seu cóccix. - Infelizmente, estou sem voadores aqui. Pelas fotos, realmente seria uma boa. Não acho que a Kadabra - tossi forçadamente depois de uma olhada de canto de olho da raposa - Isis tem condições de levitar a gente até lá em cima. Ela ainda precisa de tratamento para carregar pessoas. Teremos que ir por dentro mesmo, Blake. Quanto mais cedo começarmos a entrar pelos túneis, mais rápido chegaremos lá em cima.

Decidi focar minha atenção nos túneis para chegar no topo da montanha. Visto que o caminho começaria a ficar cada vez mais difícil, era bom ter foco para lidar melhor com a caverna que com o exterior que iríamos ter contato mais cedo ou mais tarde.

e aí, bora abduzir?

Achei que Blake e os Pokémon vinham logo atrás de mim, mas ele escolhia ficar e analisar melhor as imagens. Assim que percebia uma coisa esquisita, correu até mim e quis me deixar a par da situação. Peguei o telefone, para acompanhar seu raciocínio.

- Concordo com isso de ser robótico. Que interessante... - Pontuei, concordando com o criador. - Pelo que pude perceber, essa imagem com umas coisas alaranjadas parece uma mão. Agora... Isso de controlar ainda é uma pergunta que fica, porque pode acontecer de ser obra humana ou de algum Pokémon que tenha uma inteligência igual ou superior.

Enquanto isso, observei Blake trazer Norton para nos ajudar. Ele pensava que ele poderia usar o Magnet Rise para atrai-los, mas antes disso, eu decidi testar uma coisa. Porygon2 são conhecidos por serem Pokémon artificiais que têm a habilidade de se conectarem à Internet, projetar imagens e até mesmo scanear objetos como um computador consciente. - Norton, antes de você fazer isso aí, me escuta por favor. Acredito que o Magnet Rise possa atrapalhar a trilha porque o movimento usa polos negativos para levantá-lo do chão e isso pode fazer a trilha que já existe ser mexida. Peço que você scaneie esses pedaços de metal, use a Internet para nos dizer do que ou quem se trata e prossiga usando-os de base para nos revelar o caminho.

A única coisa que poderia atrapalhar a gente seria o sinal de Internet, mas acredito que o buraco no teto da caverna deixasse a conexão com o satélite um pouco melhor. Senão, a opção do Blake ainda era válida. Enquanto isso, Ananda e Isis permaneciam comigo.