#13 Zankoku Na Tenshi No Teeze

zankoku na tenshi no teeze

A última rodada pareceu ser bem mais tranquila do que as outras, e realmente foi, mesmo agindo de maneira invertida; primeiro, o Goldeen atacou com seu chifre novamente, furioso por ter visto que seu golpe de água não causou tanto dano quanto esperado. Assim, os dois Pokémon de Kiki retrucaram com seus ataques padrão, e o peixe tornou a chifrar a dupla, dessa vez, atingindo novamente o escudo criado pela enfermeira, permitindo que a coruja se curasse, e então, o veneno finalizasse o pobre peixe.

Era uma vitória para os novatos da criadora! Uma bela vitória, por sinal. O Goldeen agora perecia na água, desmaiado, esperando para ser capturado, caso esse fosse o desejo da garota. No entanto, antes que eles pudessem pensar no que fazer, um grande estrondo foi ouvido no interior da floresta; o barulho vinha da região não explorada ainda por Kiki, pela parte da floresta densa, e provavelmente era o grande robô descontrolado que foi relatado na missão. Provavelmente, era esse o chamado que ela precisava para saber que era hora de partirem, e logo! As coisas poderiam estar mais preocupantes do que ele imagina...


Log da batalha: Reflect 3/3 (Kiki).
Goldeen usou Horn Attack em Hoothoot (-11 HP | Reflect).
Hoothoot usou Psychic (-6 HP).
Chansey usou Dazzling Gleam (-1 HP)

Chansey usou Protect.
Goldeen usou Horn Attack em Chansey (Falhou).
Hoothoot usou Roost (+18 HP).

Dano passivo em Goldeen (-14 | Badly Poison | Nocauteado).

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Estava bem claro para Kiki que aquele era o sinal da floresta, pedindo socorro para garota e informando que ela deveria se apressar para a missão; quer dizer, todo esse barulho deveria estar sendo causado pelo grande monstro que eles dizem ter saído de controle, não é? Pois sim, é a reposta mais óbvia, e a que fazia mais sentido também. A não ser que o narrador tenha outros caminhos planejados pra protagonista, mas não é o caso, por enquanto... Apertando o passo e se livrando dos que a acompanhavam, a negra largava para trás o Goldeen nocauteado, e seguia na direção das ombrófilas e a floresta fechada: era hora de enfrentar aquilo.

Conforme o caminho ia se estreitando, Nakeisha notava a rápida mudança de ambiente: como citado anteriormente, a floresta tomava conta de tudo, desde a terra até o céu. As árvores ultrapassavam o limite que os olhos dela poderiam enxergar, e suas copas eram as maiores já vistas; apesar disso, estava bem claro o trajeto da garota, mesmo com as raízes flutuantes das grandiosas ombrófilas. Havia algo que guiava ela por todo esse caminho, e que era bem fácil de notar para qualquer pessoa que estivesse procurando por isso; em alguns troncos era possível notar um pequeno olho desenhado, como referência aos Unown. Não tinha duvidas: ela estava indo pro lugar certo.

A natureza ficava cada vez mais silenciosa a cada passo da garota, como se abrisse suas entranhas para que ela passasse e explorasse cada detalhe; talvez por terem julgado ela como justa, como diriam algumas histórias sobre a região de Johto, ou por ser coisa da cabeça do narrador que quer dar um clima mesmo. Aos poucos ela via que, por detrás das grandes árvores era possível identificar uma gruta; era grande, mas não ultrapassava o nível das copas, e estava devidamente protegida por uma grande estátua em formato de Unown. Seria essa a entrada do lugar que ela tanto caçava? Valia a pena se arriscar e entrar ali?

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A entrada da caverna era claramente chamativa, tinha um ar de mistério que atrairia qualquer treinador que gostasse de uma boa aventura; e com Kiki, não era diferente. Apesar dela não estar ali para explorar, propriamente dito, ela acabaria tendo de fazer isso se quisesse chegar até o local das filmagens. Mas já ficava aqui a pergunta: como simples diretores de cinema atravessaram todo esse caminho? E se tivessem armadilhas espalhadas pelo lugar, ou Pokémon selvagens o suficiente para atacá-los? Era realmente uma dúvida que nem o narrador sabia responder, mas que com certeza teríamos alguma resposta com o tempo.

Por enquanto, Nakeisha e seu Swoobat adentravam a gruta que levava a Ruins of Alph. O caminho para dentro da montanha era claramente escuro, essa frase até ficou um pouco contraditória, mas vocês entenderam; era muito escuro, e a garota provavelmente teria de acender alguma lanterna ou tocha, caso tenha trago; o Pokémon que a acompanhava não precisava disso, graças a sua audição super desenvolvida e o sistema de sonar que vinha junto. Contudo, estava bem claro que ela teria certo desafio para chegar a seu objetivo; as paredes eram incrustradas com símbolos estranhos e letras em formato de Unown; como já sabíamos, essa caverna/ruína era um grande sítio arqueológico, lar de uma das civilizações mais antigas do mundo Pokémon.

O ambiente era claustrofóbico, era possível ouvir o barulho de alguma coisa se mexendo entre a escuridão das paredes, e o som de algo pingando se fazia presente o tempo inteiro; provavelmente eram estalactites e estalagmites sendo formadas, mas era impossível abafar o ruído. Tudo isso contribuía para a atmosfera sombria, carregada daquela energia de filme de terror; se você já assistiu "A Possessão de Deborah Logan", provavelmente vai pensar que alguma serpente vai aparecer por aqui, mas o silêncio (com relação a Pokémon) reinava no lugar. Era possível que existia uma caverna sem literalmente nenhum Pokémon habitando o lugar? Era o que parecia, pelo menos.

O trajeto só levava a frente, as paredes ainda eram de rocha pura, indicando que ela provavelmente estava descendo, mas não dava para saber ao certo; em dado ponto, a rocha-mãe dos arredores deu lugar a um... azulejo? Sim, era um azulejo devidamente colocado, perfeitamente conservado, quase como se tivesse sido colocado hoje; além disso, o caminho começava a se iluminar pela luz de várias tochas apoiadas na parede em suportes. Mais a frente, era possível enxergar uma abertura, com luz, provavelmente levando a uma parte que voltava ao solo, ou com contato com o sol, pelo menos; mas nenhum sinal de qualquer robô maluco destruindo as coisas, o barulho de antes até parou... Mas não sei definir se isso é bom ou ruim, sendo sincero...

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Por mais segura que Kiki achasse estar, no fundo, ela sabia que era tudo aparente; nada ali dentro era fixo, tudo poderia se alterar num milésimo de segundo, e eu tinha certeza que ela tinha plena noção disso. O problema era justamente a falsa segurança, que talvez começasse a tomar conta das atitudes da garota, e assim, ela passasse a ser imprudente; mas isso não era muito de seu feitio, até onde a conheço. De qualquer forma, era bastante expressiva a maneira que tudo ali era organizado, desde as paredes azulejadas devidamente, até as tochas que pareciam estar ali a um bom tempo, não fosse a chama recente que queimava ali.

Conforme seguiam para a parte aberta, Laouali se deparava com um grande salão [Imagem ilustrativa], aberto para o céu e com árvores quebrando algumas partes do chão, indicando a idade de tudo aquilo; ali, mais estátuas de Unown se espalhavam, cada qual com seu simbolismo diferente, e com um significado próprio. Lá no fundo era possível enxergar uma escadaria, que levava para uma parte mais alta do lugar, e que provavelmente deveria ser o trajeto a se seguir, afinal, não havia qualquer outro caminho para tracejar. Tinham, na verdade, duas grandes, imensas, portas de ferro em cada lado, impossíveis de serem abertas pelas mãos da garota, e que estavam trancadas pelo lado de dentro, claramente; sem muita opção, o caminho mais óbvio era o da escadaria, logicamente.

Quando subisse, Nakeisha encontraria uma outra porta de ferro, com um enigma no meio; quer dizer, parecia ser um, pelo menos. Se ela subisse outras escadas, veria que existiam diversos pisos diferentes dos que ela já residia em cima; esses pisos formavam um caminho, que dava a volta e parava na mesma escada em que ela estava. Algo não estava certo... Como ela enfrentaria aquilo? Ela tinha de pisar naqueles negócios estranhos para testar o que acontecia, mas seria a escolha certa? Talvez, antes de ter certeza do que fazer, poderia explorar outras partes, mas certamente aquela seria a porta mais chamativa, e que provavelmente estaria trancada também...

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Cautelosa, Nakeisha optava por não pisar ainda nos pisos diferenciados, e se mantinha na distância, procurando por pistas que pudessem lhe indicar para onde ir. Era bem claro que, uma hora ou outra, ela teria de atravessar aquele caminho diferenciado para alcançar a porta, mas e se fosse uma armadilha? Poderia ser igual aquelas dos filmes de aventura, onde você tinha algum código especial para pisar numa ordem certa, e assim, evitar os problemas que provavelmente estavam escondidos ali; mas não dava para se ter certeza. Ela poderia tentar usar alguma pedra para saber o que acontecia, ou tentar voar por cima com seu Swoobat... Haviam algumas opções a se explorar ainda.

Ao redor, checando se havia alguma pista, ela poderia ver ao longe uma linda de Unowns; era diferente das demais, estava agrupado em excesso, quase como se quisesse dizer alguma coisa. Se ela conseguisse algum jeito de enxergar melhor o que estava na parede, ao lado da grande porta central, veria os seguintes Unowns cravados no azulejo:


Talvez fosse uma mensagem que fosse importante para prosseguir, ou talvez dissesse o que a garota precisaria fazer para conseguir pisar ali sem morrer, ou qualquer coisa do tipo. Seria inteligente tentar desvendar o texto, ou simplesmente ignorar tudo e sair pisando, também não era uma má ideia, afinal.