#13 Zankoku Na Tenshi No Teeze

zankoku na tenshi no teeze

Podemos todos concordar que Johto era melhor do que Kanto? Podemos, né? Ok, obrigado. Não só era uma região mais atrativa e tradicional, como também tinha tudo que sua gêmea, mas melhor. O Mt. Moon não era nada de interessante perto da Ruins of Alph, e menos ainda perto da Burned Tower ou até mesmo da Sprout Tower; de landmark em landmark, Johto se fazia muito mais buscada para qualquer viajante. As primeiras cidades eram cheias de tradicionalismo, com casas típicas e torres ordenadas por monges, como citei anteriormente; mas, quanto mais você se aventurava pela região, mais ia descobrindo seus ótimos pontos turísticos.

Goldenrod era muito maior do que Saffron, e muito mais movimentada também; o centro da cidade era o lugar mais visitado de toda Tohjo, coberta de pessoas, atrações e coisas para se fazer e visitar, era um verdadeiro paraíso de metrópole, e tinha um contraste muito grande com o restante do continente. Mas nem só disso vivia o lugar, até mesmo locais mais inócuos e não-tão-acessíveis eram belos, como a cidade de Blackthorn e seu Dragon's Den, ou o Lake of Rage, bastante popular também. Seja para onde você vá, com certeza vai se divertir em Johto.

Mas porquê toda essa propaganda da segunda geração, você deve estar se perguntando, e bem, a resposta é simples: a história de hoje nos levará para uma aventura e tanto no meio do lugar mais misterioso dos continentes gêmeos: a Ruins of Alph. Não dava para saber bem de quando era datada, mas a civilização que vivera ali, certamente tinha alguns parafusos a menos, e era isso que encantava os maiores pesquisadores da era moderna no mundo Pokémon; desde seres misteriosos como os Unown e sua escrita baseada em suas próprias formas, até estatuas e monumentos para seres desconhecidos

Tudo isso era o atrativo que chamava a atenção de Kiki para sua missão de hoje; aparentemente, a Requiem precisava que ela fosse resolver um contrato, no mínimo... Interessante, e que se provaria bastante curioso conforme fossemos nos aproximando da verdadeira diversão. Até lá, no entanto, teríamos um grande caminho a percorrer. O trajeto até as ruínas não era nada fácil, e requeria que a Especialista saísse de Violet e atravessasse a rota vinte, que cruzava o território de Falkner com as terras de Bugsy, ambos bastante conhecidos entre os treinadores; dando de cara com um sol de rachar o coco, Nakeisha trazia consigo seus dois recém-nascidos: Chansey e Bagon.

A rechonchuda era a mais fofa entre os dois, devo admitir, sempre sorridente e andando calmamente com sua treinadora pelas vias da rota; o dragão era ansioso, completamente animado para fazer alguma coisa logo, mas atento a cada movimento ao redor. Eram personalidades a se trabalhar, mas certamente a garota teria tempo para isso num futuro próximo; por agora, ela começaria sua busca pela entrada do grande assentamento dentro das ruínas, e aproveitaria para treinar os bebês também. Dois coelhos com uma cajadada só.

Seu olhar no entanto, se dividiria entre o trajeto principal da rota para encarar as opções a frente: havia uma parte mais ao sul, mas que não se distanciava tanto, onde um grande lago era disposto, e era possível enxergar a mudança de cor até mesmo de longe. Mais a frente, ela encontraria uma subida, que levava para a parte mais montanhosa do lugar, cercada de uma floresta densa e muito verde, que chamava mais atenção do que o monte propriamente dito. Ambos pareciam bastante interessantes, mas a decisão de Nakeisha poderia mudar a maneira que o caminho até o objetivo da missão se sucederia.

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Atraída pela natureza, Kiki optava por ir mais próximo do grande lago da região; a floresta provavelmente era mesmo mais abafada, com mais umidade em grande escala e que acabava causando um mormaço chato. Foi com essa tentativa de deixar os dois Pokémon que a seguiam mais confortáveis, e também, relaxar seus próprios ânimos, que estavam um pouco alterados; a ideia de entar numa caverna não agradava muito a especialista em voadores. Primeiro porque era um lugar extremamente fechado, e segundo porque era lotado de Pokémon do tipo rocha, que tinha vantagem contra praticamente todos os Pokémon de Nakeisha.

Mesmo assim, ela mantinha a ideia inicial de completar sim a missão, mas não sem antes pescar um pouco, e tentar encontrar algo para treinar seus bebês. O lago era bem maior do que ela imaginou, parecia um imensa piscina natural, com a água cristalina e bela. Haviam diversas árvores espalhadas pelo local, e inclusive foi abaixo da sombra de uma dessas que a garota se sentou junto com sua Chansey e seu Bagon; ali, ela tirou a velha vara de pescar da bolsa, e começou a pescar. Podemos dizer que a pesca era... Chata, com certeza, mas ela nem teve de esperar tanto: em alguns minutinhos apenas, algo fisgou a isca, o que significava que era hora de puxar!

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Os dois Pokémon se atentavam ao que quer que saísse da vara, principalmente Bagon; Chansey era mais pacífica, apenas ficava olhando para o item de madeira, esperando algo que nem ela sabia o que era, mas o dragãozinho estava animado. Ele se mexia no próprio lugar, esperando o Pokémon inimigo saltar de dentro do lago, e quando Kiki puxou a vara, o pequeno pulou contra a ponta dela, mordendo a coisa que veio junto e balançando de um lado ao outro como um verdadeiro animal selvagem; o que ninguém esperava, era que aquilo não era um Pokémon, e sim, um pedaço de lixo qualquer.

Mas era engraçado ver aquela cena, e foi só quando o bicho não correspondeu ao ataque de Bagon que ele parou de morder, e viu do que se tratava, jogando o negócio de metal perto de Kiki, como quem dizia "é, não serve pra nada, toma pra você", e voltava a se sentar, esperando que a garota fizesse isso de novo. Bem, ela ainda poderia tentar mais algumas vezes, antes de ter de continuar até sua missão, então, estava tranquila para continuar ali sentada, sem problema algum.