Em busca de um novo poder

Sckar estava precisando conversar com alguém sobre a depressão daquele pokémon. Sério, isso poderia influenciar nas batalhas, né? Estado psíquico também era assunto de saúde.

Enfim, depois de mais uns dez minutos de caminhada pelo centro ele via um grande campo verdes, cercado por grades não tão altas, só o suficiente para impedir de veículos entrarem no espaço. A própria entrada era estreita! E lá uma placa de pedra indicava que haviam chegado ao Museu de Pewter.

Como o clima estava frio, não haviam pessoas no gramado úmido, mas aquele seria um cenário bonito para brincar com os amigos ou passear com a família em segurança, sem a necessidade de ir para as rotas adjacentes a cidade. O prédio principal ficava no meio do terreno, seguindo por uma estradinha de pedra. Na entrada era cobrado 5 conto por pessoa e dizia que pokémon não eram permitidos no interior do espaço, apenas em salas específicas. Como Sckar lidaria com essa informação?

OFF: Sabia que a esfera do “cuidado” não faz parte do universo do homem? Isso se dá porque a grande maioria não aprende sobre o auto cuidado logo cedo (culturalmente atribuído a mulher que além de cuidar de si é ensinada a cuidar do lar e de um outro nesse preparo prematuro pra maternidade e vida a dois)… Pois cuide de si, viu? E depois dessas personalidades!

Sckar realmente tinha um bom coração ao se preocupar com a pokémon e tratá-la com carinho, apesar do constante descaso. Sim, tinha isso na relação treinador-pokémon. Infelizmente não era sempre só sorrisos e abraços. Como ele não podia entrar com ela, Magmortar era retornada a sua esfera e aguardaria ser chamada em outro momento.

Era engraçado acompanhar a saga do pequeno Sckar Akuma pelo museu. Assim, não havia exposições temporárias no momento, apenas as peças permanentes como fragmentos de fósseis incapazes de serem revitalizados pelo moderníssimo sistema que conseguia trazer de volta a vida alguns pokémon pré-históricos (desde que fosse possível salvar algum material genético). Esses artigos ficavam junto de algumas figuras ilustrativas de como especula-se ser essas criaturas. Haviam Kabuto e Omanyte pintados bem naturalistas com paisagens de rios ao fundo. Só que além disso, foi cômico observar Sckar de olho na conversa alheia de um casal e o casal se dando conta de que o guri estava de enxerido no assunto dos adultos. Eles se afastaram até que rolasse algum estresse.

Ao que parecia aquela primeira sala era de fósseis. Alguns espaços contavam um pouco dos sítios arqueológicos de Kanto - geralmente em rotas abertas e cavernas - e também alguns moldes de esqueletos de criaturas antigas. Haviam uma réplica de uma criatura voadora mais ao fundo com mais informações e outras salas mais a frente, passando por um guardinha e um elevador no fim do corredor.

Para onde Sckar iria?

Sckar passou direto pelas peças que foram mencionadas indo direto verificar o que tinha mais a frente nas salas que seguiam o curso da exposição permanente do museu.

Se a sala anterior já começava com amostras de pokémon fossilizados, a seguinte passavam alguns filmes de explorações onde elas foram encontradas, algumas em sítios de arqueologia em cavernas como a Digglets Cave e outros sítios sem identificação que pareciam ser bem mais áridos e difícil acesso, taxados como extremamente perigosos.

Em outra sala, um bio-parque natural como anexo ao museu, onde pokémon eram permitidos, mas apenas 1 por acompanhante. Para acessar era necessário falar com os guias que estavam a disposição num balcão próximo. Com essa busca "superficial" nada sobre pedras por aquelas áreas, mas como o museu era grande, com certeza havia uma ala sobre minérios curiosos. Como Sckar encontraria elas era a grande questão.

OFF: o ademir falou que não reseta.

Sckar teria que aguardar um pouco pra liberar sua pokémon, segundo o guardinha, porque quem daria as informações sobre o espaço livre ainda não tinha explicado como aquilo funcionava. Devia ter algum regulamento, certo? Pois bem, primeiro a dúvida sobre uma ala diferente daquela.

- Minérios? Tipo pedras preciosas? Se for, no segundo andar tem um espaço sim falando de pedras. - disse uma menina com colete chamativo indicando que era funcionária do museu assim como as colegas do lado.

Levava uns segundos e ele recebia alguns papéis, como cartilha de instruções e um termo de compromisso (que falava sobre respeito ao ambiente do anexo, regras básicas como controlar o pokémon que estava consigo, não ser permitido batalhas ou alimentar os pokemon do parque).

- Gostaria de participar de uma visita guiada pelo bio-parque do museu? - Perguntava outra das funcionarias.

Depois que Sckar lia o texto sobre o anexo do museu, via que o bio parque tinha algumas das espécies pré históricas nativas de Kanto e que eram a principal atração do espaço, por isso o termo de responsabilidade (pra se comportar e não perturbar os bichos). Infelizmente Sckar tinha que esperar juntar pelo menos um grupo de 4 pessoas. Não dava pra um guia sair com menos que isso. Como era um dia não muito cheio, aquele casal de antes se juntou e uma menina um pouquinho mais velha que o patrulheiro também. Logo já era possível liberar os pokémon, por que a visita já ia começar.

Assim que entraram na redoma, eles viram tanto espaço verde que brilhava nos olhinhos dos mais jovens. Era quase como se Sckar e cia tivessem pulado num livro de história e ido parar na era dos dinossauros. Havia até uma réplica de um vulcão no centro da instalação! E o mais legal é que era tudo natural! Quer dizer, certamente o vulcão fora construído com pedras e não tinha atividade vulcânica em seu interior, mas todo o resto era cheio de vida e muito bem cuidado! Haviam trilhas para caminhar livremente entre as árvores e arbustos que estavam a vista.

- Boa tarde aos visitantes da exibição de pré-história do Museu de Ciência de Pewter! Eu sou o Raquel e estarei fazendo a visita guiada pela redoma. Perguntas podem ser feitas a qualquer momento levantando o dedo! Vamos lá, sigam-me os bons!

Caminhando por uma trilha que dava num caminho fechado por árvores das quais agradavam bastante os Pokémon herbívoros a ponto de instigá-los a provar das folhas verdinhas e frescas. Por entre as árvores umas carapaças como as de Kakunas eram percebidas e a guia tratava de apostar e dizer:

- Este espaço é um recanto para alguns pokémon pré-históricos trazidos de volta a vida depois de regeneração celular feita pelos nossos cientistas. Aqui eles podem aproveitar um parte da vida que tinham a milhões e milhares de anos atrás. Este por exemplo é um Kabuto! Nossos registros dizem que viveram a 300 milhões de anos atrás!

Alguns se aproximavam da carapaça de cobre e observavam bem até que olhinhos vermelhos surgiam e alguns tomavam um pequeno susto, mas ele nada fazia além de mover as patinhas e escalar árvore acima!

- Alguns chamam eles de baratas do mar pela por também terem a habilidade de nadar bem rápido na água. Alguém tem alguma pergunta sobre essa espécie?

Se não, ela ia continuar.