[Missão de Sociedade] Tudo no Sigilo - Parte 2: Encrenca em Dobro

Sckar suspeitava da localização indicada pela mulher e decidia explorar um pouco mais o fundo do mar. Com os devidos equipamentos e Pokémon, ele mergulhava sem problemas alguns metros. De inicio, ele apenas encontrou uma formação rochosa que dava apoio para a ilha.

Mais fundo, a vida marítima também dava seus primeiros sinais com alguns aquáticos transitando para lá e pra cá. Porém com o número reduzido e tão afastados da cidade, se manter alerta era importante. Finalmente, dando algumas voltas naquela formação, uma parede de aço era revelada no meio dos corais. Ela parecia ser extremamente firme.

No final, a parede de aço era apenas isso: uma parede de aço. A parte que estava exposta no meio dos corais era totalmente lisa e pelas batidas, era maciça. Então poderia levar um longo tempo para furá-la. E mesmo que o fizesse, seria difícil controlar como a água entraria pelo buraco criado.

Sckar fazia uma série de mímicas que era acompanhado pelos Pokémon e... mais alguma coisa. No entanto a criatura era tão calma e serena que sua posição poderia ser indetectável: uma concha com uma micro câmera acoplada. Talvez o Pokémon nem soubesse que servia de uma cobaia, ou talvez soubesse e sua natureza calma o fizesse apenas observar.

Fato é: mergulhando mais fundo, Sckar não encontrava mais nenhum pedaço daquela parede de aço. Talvez aquilo fosse um sinal de que aquela parte exposta era uma falha, seja por selvagens que ingerem corais ou qualquer outra coisa que poderia fazer uma parede de coral se partir. Mais abaixo, havia alguns Pokémon caranguejo transitando no "chão" do mar. Por vezes, eles paravam, encaravam uma direção e depois voltavam a se mexer. Se Sckar prestasse bem atenção, era como se patrulhassem uma determinada área.

Os ataques dos Pokémon golpeavam a parede, porém os maiores danos eram sofridos por eles mesmos. Com o tempo, ele conseguiria criar uma abertura, embora isso pudesse custar muita energia do Pokémon que estava golpeando.

Após o primeiro ataque, as conchas se fecharam e todos os caranguejos se recolheram embaixo de pedras. Se Sckar cogitasse que golpear uma parede poderia ativar alarmes de invasão, poderia checar os arredores para ver diversos cardumes se unindo e iniciando uma caçada. Eles nadavam numa velocidade bem lenta, porém pelo tamanho da sombra e o número de presenças que surgiam no horizonte do oceano, eram bem perigosos.

Mesmo que o Ranger não cogitasse ativar um alarme, o brilho característico nos olhos do cardume eram um bom alerta de que não eram lá muito amigáveis.

Sckar decidia que não iria forçar muito mais aquela entrada e logo retornou a superfície após ser alertado sobre os cardumes se formando. Lá do alto, a sombra dos Pokémon gigante nas profundezas era notável e suas quantidades eram demais para serem meros selvagens.

Indo na direção que Amora havia indicado a um tempo, Sckar acabava numa zona de terra batida num círculo perfeito no meio do mato baixo da ilha. Poucos segundos depois, ela se abaixou abruptamente, depois desceu lentamente num elevador. Uma tampa então fechou a abertura original, escurecendo a passagem.

O elevador parou num corredor consideravelmente estreito, porém com diversas passagens. Todo o local era feito de metal, iluminado por uma lâmpada branca comum. Acoplado nas paredes, algumas bolas brilhavam numa cor vermelha, talvez um alarme silencioso. Contudo, o corredor em si estava completamente deserto.