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Os Trompetes de Slateport

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Enfim, livre de Slateport. Sua casa, família, amigos, conhecidos e os viajantes que iam e vinham do porto. Tudo fora deixado para trás em busca de uma vida emocionante, uma vocação que a fizesse ter sua própria história. Batalhas divertidas e que exigissem da garota, desafios que se mostrassem impossíveis sendo feitos ou até refeitos. Tudo isso não abalavam a jovem, deixavam-na mais entusiasmada de fazer isso.

Green estava em seu braço, porém ao que o cenário deixava de ser tão urbano e se encontrava mais entre o verde das folhagens, o pequeno pokémon começou a se desgrudar e ir a pé, sentindo a vegetação tocando-o diretamente e a garota apenas parou por um momento, vendo o quanto o mascote se divertia em sentir a grama. Abaixou-se enquanto deixava-o ir na frente, retirou o sapato e as meias, abrindo a mochila e colocando sobre suas coisas, fechando de qualquer jeito e deixando um pouco aberta.

Correu atrás de Green, que viu sua treinadora vindo com tudo atrás de si e resolveu, por instinto ou por brincadeira, ir o mais rápido que pôde até a árvore mais próxima e lá saltou, grudando no tronco e logo em seguida subindo e ficando sobre um galho que não deveria passar de dois metros, mas que mesmo assim era impossível para que a treinadora pegasse-o.

- Isso é roubar, Green! - Dizia com um sorriso no rosto. O pequeno apenas pegou um punhado de folhas nas grudentas patinhas e as jogou contra a cabeça da treinadora, deixando-a com algumas presas no cabelo, que com o movimento, logo caíram todas. Olhou para o chão e para imitar o tipo de Green, prendeu na presilha de sua franja e agora seriam a dupla do tipo planta.

Saltou contra o tronco e o abraçou, porém não conseguiu subir muito. Ergueu um braço e tentou segurar o galho em que Green estava curiosamente olhando-a. Soltou-se e olhou-o por um instante, o mesmo apontou para as palmas com os dedos redondos que o ajudavam a escalar, abriu um sorriso amigável para ele, pois não tinha as mesmas habilidades que o mesmo, então deixou sua mochila no chão para diminuir o peso e tentou um segundo pulo.

Abraçou-se com força no tronco e tentou novamente erguer a mão para alcançar o galho, porém nem a ponta de seus dedos tocavam na extensão da árvore. Green via a dificuldade que a treinadora passava, então resolveu ajudar. Ele saltou para o chão e ergueu as mãozinhas, empurrando a garota para cima com toda sua força, que era mínima. Sentia as patinhas dele empurrando sua perna (as duas em apenas uma) e mesmo que já estivesse no limite de sua energia, tentou ainda ir para cima do galho.

O rosto já estava vermelho de esforço quando desistiu e caiu de costas no chão. Green se aproximou e olhou-a com um dedo na boca, tentando saber se ela havia se machucado, porém apenas o encarou com a mesma cara boba que ele fazia. Rapidamente pegou um punhado daquelas mesmas folhas que foram jogadas em si e jogou sobre o pequeno treecko, fazendo-as cair levemente e criando uma cortina verde que não exatamente tapava a visão dele, mas fora o suficiente para distraí-lo e pegar a mochila pela alça e sair correndo dali.

- Tá com você, Green! - Corria sem rumo enquanto se divertia com o pokémon.

Sabia que tinha desafios a enfrentar. Pokémons a capturar que facilitariam sua jornada. Ginásios para enfrentar e mostrar sua força para o mundo. Outros treinadores para conhecer, desafiar, perder ou ganhar, trocar ou apenas interagir. Locais para conhecer, perigos para perseverar... Mas naquele momento, só queria aproveitar a companhia do novo pokémon, ou melhor dizendo, de seu mais novo amigo. A vida em Slateport não poderia se dizer que era ruim, mas era comum após tantos anos fazendo as mesmas coisas. Talvez quisesse brincar com Green apenas por excitação de começar algo novo ou não saber como dar o próximo passo.

O caminho para Mauville não era longo, mas era traiçoeiro em sua rota, facilitada apenas pelo uso de uma bicicleta, algo que no momento, não tinha condições de obter uma. Daria esse momento de prazer para si e para Green. Se ele quisesse aproveitar e subir numa árvore e brincar com as folhas, não havia uma pressa para isso, talvez até encontrassem algum pokémon para captura ou alguma pessoa que precisasse da ajuda de ambos.

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The Sleeping Florest


O entardecer já esta estava apontando enquanto tudo era deixado para trás, por um momento a timidez do jovem gramíneo dava lugar a pureza e diversão, em tom de brincadeira deixava a garota que o treinava para traz correndo e escalando encontrando e formas de deixar sua acompanhante para traz.

Mas a criança não se daria por vencida tão fácil, correndo tentando escalar e com grande dificuldade, subia pouco mais de um metro fazendo todo o esforço ate ceder e cair de costas em um embuste fingindo por um momento ter se machucado e seu plano dava certo pois o pequeno bobo caia sendo enganado e permitindo a fuga de sua treinadora que corria a esmo.

Sem perceber que como uma cobra a noite se aproximava rastejando em seu encalço e não demoraria para enreda-la, mas o momento exigia se aproveitado e com Green em seu rastro seria uma questão de tempo para que ele conseguisse alcança-la saltando sobre ela de uma das arvores próximas, mas isso ainda não havia acontecido e ela apenas entrava mais e mais dentro da rota...

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Jurava que tinha saído mais cedo de Slateport, ou ao brincar com seu mais novo pokémon, nem percebeu a passagem de tempo, o caso era que agora escurecia rapidamente e só percebeu isso ao se embrenhar mais na rota 110. As copas eram dispersas e havia bastante espaço para o Sol brilhar, o que era até estranho o mesmo não querer fazê-lo. Lembrava-se que o caminho até Mauville era cercado de águas, então era como se fosse uma linha que apenas seguia em frente, serpenteando o lago para aumentar sua extensão no que pudesse, sem fuga para os lados além da água. Suas opções eram seguir em frente ou retroceder para sua casa, sua cidade. Tentou olhar para cima para ver se a escuridão era feita pela ciclovia suspensa, essa que facilitava a vida de muitos transeuntes e treinadores, onde batalhavam sobre rodas ou apenas curtiam o vento da elevação com seus companheiros.

Parou no meio do caminho e ali ficou, observando o terreno e se perguntando se fora para o lugar certo, afinal, muitas de suas viagens até Mauville não eram feitas a pé e sempre feitas acompanhadas, agora sozinha, o caminho era apenas familiar, pois marcos ou pequenos detalhes que seriam óbvios e gritantes para viajantes experientes, para ela, que nunca se preocupara em gravá-los em sua mente para no dia que viesse a fazer tal rota sozinha, se perguntava se estava realmente indo para a próxima cidade ou se tinha se perdido. 110 tinha uma separação?

O pequeno Green parecia um ninja, correndo e se grudando nos troncos, usando do próprio peso, inércia e movimento para alavancar-se para cima, desgrudando suas patinhas com um barulho semelhante a de um desentupidor, as vezes até furtivos demais para se ouvir, mas ele se jogava para um lado e para o outro, não como um macaco, mas usando do corpo todo para atirar-se aqui e ali, isso quando não ia direto ao chão, erguendo um pouco de terra ou gramas soltas pelos passos apressados da treinadora, mas que isso não o aparava, fazendo-o ir nas quatro patas em direção da treinadora e aos poucos se levantando e observando os arredores para ter algo em que pudesse usar de sua agilidade para grudar-se e logo em seguida, se usar de munição de estilingue.

Parada, parecia que o pokémon ou se perdera, ou algo lhe chamou a atenção, pois mesmo correndo dele, não corria tanto assim a ponto de fugir do pequeno, apenas criando uma distância para que pudessem brincar de pega-pega. Olhou para trás e ficou quieta por um instante, atenta procurando ouvir os passos do verdinho correndo pela grama. Estranhou. Talvez ele tenha subido em alguma árvore, que não eram raras, mas que também não era tão fechadas. Estaria o pequeno querendo assustá-la, não parecia do feitio dele querer fazer algo nessa linha, entretanto não o conhecia o suficiente para dizer isso com certeza.

- ...Green? - Dizia fracamente, observando os arredores atrás de si. A escuridão repentina não a assustava, afinal, Slateport estava ali do lado (também não ter ido tão longe da mesma) e não era exatamente uma cidade pequena que não produzisse luzes o suficiente ao horizonte, como estrelas palpáveis, o que lhe causava certo temor era justamente o pequeno não dar algum sinal de vida. Ele não teria fugido, certo? Havia lhe dado liberdade para subir em árvores e brincar fora da pokébola, mas também não esperava que ele quisesse tanto assim ser uma criatura selvagem, afinal, em teoria, vivera em um laboratório até agora desde a saída de seu ovo, acostumado com humanos e ser um companheiro.

- Green?! - Agora, com mais força, chamava-o. Pegou o Rotom Phone e bateu gentilmente duas vezes o dedo na tela e falando com um pouco mais de calma. - Rotom, você tem algum tipo de lanterna? Green sumiu e preciso de um pouco de iluminação para achá-lo, você pode me ajudar? - Mesmo que não tivesse tal função, ele poderia apenas aumentar a claridade da tela e isso já seria ajuda o suficiente.

Como podia ser tão burra? Deixar seu inicial solto assim e ir brincar de pega-pega com ele em uma rota que não lhe era totalmente conhecida? O menor poderia ser roubado, caçado por alguma espécie de predador, afinal ali era território de alguns elétricos que poderiam andar em matilhas. Na pior e mais ridícula das hipóteses, ele poderia simplesmente ter pego outro caminho e ido atrás da treinadora ou de algo que pensou ser ela.

- Green... Me desculpe, a brincadeira acabou, volte para o meu braço. - Dizia com um pouco de força para que os arredores ouvissem. Se houvesse um treinador por perto, o mesmo poderia ajudá-la na procura, afinal, sendo quase que o único caminho para os menos favorecidos, aquela rota de chão deveria comportar um grande número de pessoas, mesmo no início da noite. Parando para pensar...

- Rotom, que horas são? Nas suas funções online, sabe me dizer qual a "Lua" de hoje? - Usava e abusava das funções do aplicativo-pokémon (applokátivo?) para se manter orientada, afinal, era sua primeira vez sozinha por ali e houvera se perdido de sua única companhia e proteção. Se aparecesse um mightyena ou electrike agora, duvidava que poderia correr deles e muito menos derrotá-los com suas habilidades de karatê, algo que nunca treinara na vida, mas já houvera assistido demasiados filmes sobre.

Na verdade, tinha uma arma para se defender. Abaixou-se enquanto deixava o Rotom Phone ao lado da mochila, voltando sua luz para o céu e enquanto isso, procurava na mochila sua vara de pescar. Era um pedaço de galho seco com uma cordinha fina que parecia que a qualquer momento iria se arrebentar, porém dada a situação, era melhor que nada e no meio do escuro, aquele "chicote" ficaria invisível e poderia ser usado para distrair algum perigo que pudesse se mostrar com a luminosidade do telefone.

Não iria abandonar Green, eles tinham pouco tempo juntos, mas ele era um tanto importante apenas pelo fato de ser seu inicial. Ainda queria criar laços com ele, enfrentar inimigos diversos, talvez até batalhar em um ginásio em um futuro distante, viajar por Hoenn e talvez além, enfrentar chuvas, neve e sóis escaldantes com ele. Queria ver o sorriso do pequeno.

Por outro lado, também tinha o Rotom, este pequeno fantasma que se escondia no aparelho, melhorando-o drasticamente. Este que sempre parecia estar pronto para ajudá-la, exceto em batalhas, afinal, tudo que precisava para ser feliz já estava naquele aparelho, então precisava pensar em algo para agradecê-lo mais tarde. Um aplicativo novo para que ele pudesse mexer e se divertir? Procurar uma atualização para o aparelho? Talvez perguntar para ele assim que as coisas se acalmassem.

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The Sleeping Florest


A treinadora enquanto corria tentando escapar de seu perseguidor, ate finalmente para e perceber que estava sozinha no meio de uma floresta chegando a um lugar desconhecido que me mostrava cada vez mais escuro e então por um momento decidia solicitar a seu Rotom Phone que lhe informasse a hora e qual a lua, mas o ele parecia estar em modo Sleep e quando despertava acabava atualizando e informando a hora eram 18 horas e a lua era quarto crescente.

Mas como poderia ser ela tinha certeza que havia saído bem mais cedo da cidade, como o tempo poderia ter passado tão rápido? mas finalmente como seu companheiro ainda não a havia alcançado? assustada olhava a seu redor tentando chamar a atenção dele, dizendo que a brincadeira estava encerrada, que ele precisava aparecer, ate que o mesmo havia ganhado então só precisava aparecer, foi quando solicitando que seu Phone ativasse a lanterna, porém neste momento de relance ela via um par de olhos que brilhavam, foi quando um plano vinha a sua mente iria virar o jogo pegando o desaparecido no pulo.

Então enquanto fingia continuar preocupada, saltava na moita dizendo:

-- Aha te peguei.

Porém uma voz conhecida vinha de trás dela dizendo:

-- Treecko?

E quando olhava para trás lá estava Green olhando curioso para a jovem que ainda estava agarrada a moita que lhe encarava com grandes olhos brilhantes, então restava a pergunta oque a garota havia pego?

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Ao falar com o Rotom, o mesmo demorou um pouco para lhe atender, deixando-a parada igual uma pateta no meio da rota, apenas observando a tela luminosa e observando o pequeno pokémon ativar-se e fazer uns barulhos de atualização (que não comprou a ideia, achando que era um simples fingimento da criatura para não demonstrar sua preguiça ao iniciar logo em seguida). De qualquer forma, ele fazia seu trabalho e dizia que era a recém o começo da noite e que mesmo a Lua não era a culpada por tais fenômenos. Estranhou, pois se o astro estava meio brilhante aos céus e que o horário não era tardio assim, então só conseguia pensar em uma possibilidade: iria chover. Tentou olhar para as estrelas e ver se de fato havia alguma ou se estavam cobertas de nuvens grossas que escondiam a meia faceta da esfera de queijo.

Seu trajeto de retorno era lento, afinal, não queria se desencontrar com o parceiro e iria usar sua lanterna para chamar bastante a atenção de quem estivesse nos arredores, deixando claro para Green de que a brincadeira estava acabada e não haveria mais fugas e correrias, apenas o retorno dele para o braço, agarrado como gostava de fazer (o que era um peso, mas não exatamente um problema, já que regulava a própria distribuição de massa pelas costas e ombro).

Avistou um par de olhos amarelados e de imediato fora na direção, apontando a função de lanterna para aquela posição, porém talvez pudesse culpar a grama alta ou a sua própria imaginação lhe pregando peças, pois mesmo indo naquela direção, nada avistou mais. Havia movimento na grama? Algo se escondendo? Não parecia ter mais muita coisa e sempre se lembrou de que não deveria andar sem a companhia de um pokémon quando o mato fosse acima do joelho, já que haviam predadores que usavam da baixa visibilidade para que desavisados aproximassem-se o suficiente para não ter fuga de uma mordida ou uma ferroada venenosa. Não podia se ajudar nisso, afinal, não podia simplesmente ignorar que talvez fosse Green quem houvesse caído numa armadilha dessas.

Ao que se aproximava com uma cautela medida pela ousadia de ter que fazer aquilo para ajudar o pequeno, ouviu uma voz conhecida atrás de si e ao virar-se via o pequeno com uma cara de bobo como que perguntando o que ela estava fazendo. Não soube bem o que dizer, mas estava feliz de ver que não estavam tão perdidos assim um do outro.

Pensou que não estava tão rápida para tomar uma distância grandiosa entre um e outro, o que talvez fosse verdade e o pequeno, ao ver que o clima se carregava e ficava mais escuro, quisesse mostrar um lado mais brincalhão e tentou subir numa árvore para esgueirar-se e aparecer na frente de sua treinadora como se fosse extremamente mais rápido, sendo que apenas houvera atalhado pelos galhos que se conectavam, o que podia ser uma verdade, mas que também faziam caminhos aleatórios e ele deve ter caído na própria ideia ao se engolfar ao meio das folhas e de rotas diferenciadas, fazendo assim que ambos se perdessem de vista. De tal forma de pensar, seria até inútil ir atrás dele com a lanterna do Rotom Phone, pois se estivesse sobre si, nunca o veria no meio das folhagens.

- Green, meu amado, que bom que... - Despertava agora para outro pensamento enquanto sua voz se desfazia até o silêncio se instaurar e seu coração bater com um pouco mais de força, fazendo-o ser sentido enquanto a respiração se apressava também.

Se Green realmente estivesse atalhando por galhos e saltando os troncos, ignorando totalmente o solo, então de quem eram aqueles olhos amarelados que houvera visto antes, ali, no chão? Pegou o Rotom Phone e de maneira impulsiva e até infantil, apontou a luminosidade para o rosto do pequeno pokémon de grama, apenas para ter certeza que suas orbes eram da mesma coloração dourada antes vista e tinha certeza que era. Mas se ele estava em outro caminho, acima ou atrás de si, então...

Virou-se lentamente enquanto inutilmente trancava a respiração, mesmo estando de pé em meio a uma clareira com uma pokédex brilhosa em mãos, algo totalmente chamativo em meio à escuridão. Queria ver o que estava em sua frente e em uma atitude protetora para com o companheiro, estendeu o braço para tocar em seu pequeno peito, empurrando-o para longe do perigo, se assim houvesse um. O empurrão não era forte a ponto de jogá-lo longe, mas sim, um toque gentil com a palma na pele esverdeada, afastando-o e se o caso fosse, teriam de sair correndo dali, o que não era o ideal, mas também não iria colocá-lo em uma situação de perigo desnecessária. A outra mão ia logo para a cintura, agarrando a pokébola do pequeno para que não houvessem discussões quanto ao correr dali.

Estava agachada, afinal, Green era um tanto pequeno e não queria forçar o pescoço dele estando de pé, então ao falar com ele sem que estivesse em seu ombro, tentaria ficar no nível do olhar dele e ao virar-se tentando ser o mais furtiva possível, mantinha a postura. Era terrível ter de correr a partir de como estava, talvez caísse, mas teria que aguardar para ver se havia a necessidade de movimentos bruscos ou se podia simplesmente dar passos lentos para longe ou mesmo, se apenas conspirava contra si em um terreno não tão familiar e escuro, provocando medos sem fundamento apenas por sua imaginação estar a mil e longe de sua zona de conforto. Não tinha muita escolha, aparentemente sua vida seria assim dali em diante, cabia a si aprender com as mudanças e tirar o melhor de cada situação, ver formas de facilitar e não cometer erros de iniciante, como fugir de seu próprio pokémon que talvez fosse mais frágil do que se imaginava.

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The Sleeping Florest


A preocupação da treinadora, subia cada vez mais, assim como a tensão de andar naquela floresta que ficava cada vez mais escura, olhando para o céu a jovem tentava ver se haviam nuvens para ser a razão de cada vez ficar mais escuro, porém era admirável que uma manto noturno repleto de estrelas, e com o que parecia ser um sorriso moldado pela lua crescente que estava encravada no firmamento, era quando a jovem olhando os olhos que lhe encaravam, acreditando ser seu amado companheiro, porém não tinha como pois esta a chamava por trás dela.

Percebendo aquela situação a tensão atingia o limite máximo, engolindo em seco ela percebia que estando de joelhos não tinha como correr e virando lentamente para encarar os olhos de frente sem saber o que fazer, era recebida por um jato de seda em sua cara criando um jump scare que a fazia cair para de costas, era quando de dentro da moita algo pulava para revelar...

Um Wurmple Furioso com a invasão de seu território, como a treinadora lidaria com isso após tirar a seda de sua face.
 

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Olhou lentamente para o lado, receosa demais enquanto esperava o pior, pois o que mais lhe causava temores com certeza era que Green estava atrás de si.

Ao averiguar a quem houvera atrapalhado em sua vida selvagem, recebia um jato de seda no rosto, que não era exatamente grosso a ponto de sufocá-la, porém o seu barulho de esguicho vinha de um silêncio mórbido de floresta à noite, grudava no cabelo e em uma tentativa de reflexo retardado de proteger a face, acabou por levar a mão que não encostava no parceiro esverdeado, porém se aquilo fosse um golpe de fogo ou qualquer elemento que pudesse realmente feri-la, o dano já estaria causado.

Com a mão livre, passou pelo rosto e percebeu erroneamente que houvera subestimado o poder daquele que a envolvera, pois ao encostar os dedos nos fios, os mesmos pareciam juntar-se com os fios de cabelo que já eram bagunçados. Puxava sem muita dificuldade para limpar-se e recobrar a visão, mas não sem antes trazer toda a franja para frente dos olhos e quase deixar cair a presilha que estava com uma das folhas que Green houvera lhe dado. Era incômodo, com certeza. Se fosse um predador, desistiria da caça ali mesmo, procurando um alvo mais fácil ou que não tivesse percebido sua presença antes de poder enrolar-se com os aqueles fios grudentos, que mesmo sacudindo a palma, ainda custavam sair, tendo de passá-los no lenço de marinheira que carregava ao redor do pescoço. Não era pesado ou grudava mais, porém sabendo que aquilo ali existia em seus trajes, já era o suficiente para se incomodar e sentir-se suja.

Na primeira vista, ao observar o que tinha a atacado, se assustou, mas não por ter nojo de insetos ou pela aparência da criatura, mas sim, pela sua própria imaginação. Estava tão paranoica esperando que fosse algum monstro perigoso ou o que fosse, somado do cenário escuro (iluminado ainda pelo Rotom Phone que não era exatamente uma fonte potente de luz) e o susto que a recém tomara com aqueles fios grudentos tocando diretamente a sua face, desprevenida. A primeira visão, certamente fora de medo, ao dar um pequeno grito que mais parecia um soluço agudo.

Spoiler :


Olhou novamente para o seu (justo) agressor e via a coisa mais fofa do mundo, agora percebendo pelo que ele era. Um wurmple olhava-a com uma carinha de brabo, muito provavelmente furioso por tê-lo incomodado no cair da noite, quando provavelmente iria se preparar para dormir. Os olhos grandes e redondos lembravam levemente os de Green e concordou mentalmente que não estava ficando louca e o que vira se mexendo era o inseto rosado escuro.

Não conseguia se conter. A carinha dele era extremamente fofa, parecia um bebê irritado por ter acordado e estava com fome, a seda que escorria de sua bifurcação facial parecia a baba e aquelas arredondadas orbes que se esforçavam em demonstrar sua ira, que não partilhava de seu tamanho e apenas o ajudava a parecer mais fofo ainda. Morria de amores por ele ali mesmo. Sabia do potencial venenoso da criatura e fora apenas isso que fez com que a garota não se jogasse no chão e oferecesse a mão para mostrar que não queria nenhum mal para ele, fazendo um carinho logo em seguida.

Na verdade, muito pelo contrário, seu lado de treinadora começava a fluir. Foram anos na escola que ela simplesmente não podia ignorar, ainda mais tendo uma criatura que sempre teve uma admiração, bem ali, na sua frente. Sorriu e disse de forma audível para que ambos os pokémons ouvissem, Green como um comando, o wurmple como uma ameaça.

- Green, mostre que você quer revidar o susto que ele nos deu. - Era como se a própria Camilla usasse leer no pequeno inseto. - Use leer e um pound, apenas para que ele compreenda que o que fez é errado.

Talvez conhecendo Green pelo pouco que conhecia, ele não entendesse de primeira as pretensões da garota em querer batalhar, então apenas ficasse ali parado, olhando-a dar os comandos, mas esperava que logo em seguida, ao ouvir claramente o que deveria ser feito, que ele tomasse iniciativa e fosse na direção do adversário. Poderia usar o corpo da treinadora para pegar o impulso necessário para a realização de seus ataques, afinal, ele se grudava com facilidade em tudo que vira até agora e sentada no chão como estava, apenas fechava as pernas e ajeitava a saia como se fosse tomar chá com uma família japonesa, mas o olhar em seu rosto era da mais pura ambição. Era uma treinadora oficial e tinha a oportunidade de capturar seu primeiro parceiro, sendo este, uma criatura que tinha um afeto desde sua tenra infância.

Mesmo tendo feito promessas de não cometer erros de iniciante, ainda se deixava levar pela ocasião e sentimentos, como o de querer muito capturar aquele insetinho. Não pensou que talvez ele estivesse no meio de outros, ou que estava no meio de uma floresta e que uma batalha poderia atrair predadores que esperariam ambos estarem cansados demais para lutar e enfim, serem emboscados. Não. Nem ao menos cogitou os perigos do que estava fazendo, apenas queria ver se a escola realmente a preparou para a vida de treinadora.

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The Sleeping Florest


A treinadora, dava sua ordens e prontamente o lagartinho dava seu olhar maligno para intimidar o inseto com cara de bu... mas este respondia mandando mais e mais seda conta o pokemon agora, claramente ele não permitiria ser deixado para trás lançando porém o verdinho não se permitia ser enredado e dava um tapa contra o pequeno que com o impacto disparava mais seda ainda.


(Furioso):
-1 defesa
Hold Item:
~x~
Trait:
Shild Dust

lv5 (Furioso)


15/19
Os Trompetes de Slateport Wurmple
Os Trompetes de Slateport Treecko
lv5 Green


19/19
Trait:
Overgrow
Hold Item:
~x~
Green:
-2 speed

Campo: Floresta a noite, espaço cheio de moitas.  

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Após os comandos, Green olhou para o wurmple com uma cara de zangado que pode até ter feito o inseto sentir algum calafrio, mas como resposta ganhou um jato de seda sobre si, mas mesmo que aquilo fosse mais como finas cordas, parecia mais um melado nos membros de Green, pois não parecia que realmente o retardava, porém era visível que tornava-se mais lento. Seria nojo? Ou apenas cuidadoso para que aquilo não o fizesse cair, pois o sentimento que tinha era que o pequeno treecko estava com água até a canela, sendo assim, notável que aquilo começa a restringi-lo.

Em resposta, ele usou de sua força para movimentar-se até se aproximar da pequena lagarta rosada escura, dando assim um tapa bem sonoro, que fez a própria treinadora dar um passo para trás e fechar os olhos, sentindo a pele ficando avermelhada, mesmo não tendo recebido golpe algum, imaginando o peso da palma do pequeno companheiro. Estava satisfeita com a performance dele, poderia melhorar, claro, mas para início, ele era sólido em seus ataques e não vacilava ao receber ordens, conseguia ver que não haveriam atritos entre os dois nesse quesito.

Após receber o tapão, parecendo um brinquedo com surpresa dentro, o wurmple cuspia mais seda em Green, imobilizando-o mais ainda. Aqueles fios gosmentos esbranquiçados pareciam não escorrer pela pele do esverdeado, mas sim, deslizavam e engrossavam, parecendo traços de uma cola que enrijeciam com velocidade. Somavam-se com os anteriores e via que o lagarto começava a ficar mais preso no meio daquilo, claro, ele ainda tinha força para se mover e atacar, porém sentia que eram feitos com esforço. O que aquele inseto estava pensando em fazer? Criar um casulo no outro pokémon? Cogitou parar a batalha e ir retirar com seu lenço aquilo que deixava seu companheiro lerdo, porém era tudo isso que fazia, não havia sinais de que ele estava machucado, apenas mais lento. Precisava dar mais ordens de combate.

Gostando ou não, era a primeira batalha de ambos juntos, então era natural que houvessem algumas inseguranças. Tinha medo que ele desmotivasse ou se machucasse demais, ou desacatasse ordens pelo motivo que fosse, também não sabia o quão forte ele era, se a sua velocidade durante a corrida era natural ou se era mais lento que os demais. Tinha muitos pensamentos enquanto batalhavam e por mais que se concentrasse no que o adversário estava fazendo, era impossível não ter um olho no próprio combatente, que mesmo em meio àqueles fios, ele ainda se esforçava ao máximo para acertar seus golpes.

- Green... Venha cá, você fez um bom olhar, mas acho que faltou emoção. Dê mais de si, tente erguer mais sua cabeça, num feche tanto os olhos, deixe claro para o wurmple que você não tem boas intenções ou índole. O olhar tem que ser despretensioso, intimidador. Você consegue, você é o melhor, afinal de contas.

Não ia dizer que não gostou do olhar que Green deu, afinal, realmente fez o adversário sentir-se ameaçado, mas faltou algo, talvez pelo pokémon ser um iniciante em batalhas ou por realmente não ter sua natureza voltada para a maldade, pois por mais que tentasse dar um olhar que passasse a imagem, ele ainda tinha uma carinha de bobo de quem tenta entender as coisas, curioso como uma criança e amável da mesma forma, carregando suas folhinhas para presentear os outros, afinal, eram os seus tesouros e uma felicidade só se atinge com toda sua potência quando era compartilhada. Amava aquele pequenino.

Esperava que com a dica, o pokémon de grama seu olhar parecesse mais feroz, mostrasse mais intenções de que queria ferir o wurmple, de que por mais corajoso que o adversário fosse ao enfrentar a dois, ele ainda deveria estar preparado para que se as coisas não fossem do seu jeito, que não haveria segurança ou ajuda no mundo para si. Claro, isso era simplesmente um sentimento, pois sendo uma moradora de Hoenn e convivendo bastante com essa espécie de criatura (pois era bem comum de se ver por aí), tinha um afeição pessoal por tais e sempre quis ter um... Ou dois, afinal, há diferentes evoluções, mas que infelizmente variam com o humor do ser.

Queria ver se Green conseguia acertar aquele olhar e se o adversário, por mais corajoso que fosse, vacilasse um pouco, pois isso daria um pouco mais de confiança para a própria treinadora que só tinha a teoria e quase nada da prática (sendo por muito tempo a pior da turma em quesitos de batalha). Vendo o outro estremecer ou dar indícios de querer fugir, mesmo suar frio, já seria o suficiente para que a própria Camilla olhasse com malícia para o insetinho, já imaginando o que faria com ele. Seu olhar poderia transferir ideias de torturas, queimação, pancadas ou mutilações, mas na verdade, por trás da fachada, talvez pudessem ser visto coraçõezinhos em sua pupila, pois ficava imaginando aquele bebezinho em seu colo, de chupeta e sendo nanado até que enfim descansasse e deixasse toda aquela fúria se ir. A parte espinhenta era mais dura, mas também nem tanto, já que seu corpo era na maioria molengo, ajeitando-o como fosse nos braços em uma espécie de abraço de berço. Queria muito acalmá-lo logo em seguida, fazê-lo se sentir seguro e pedir desculpas pelo ataque, que não era intenção de ambos de ter invadido seu território, a captura talvez fosse forçada, mas suas intenções eram as mais benévolas possíveis para ele.

Ao mesmo tempo em que fantasiava com o wurmple, também se lembrava que Green precisaria de um banho para se desfazer daqueles fios no corpo, talvez colocá-lo dentro da pokébola e liberá-lo fosse o suficiente para desgrudá-lo e restaurar sua velocidade, mas lembrou-se que naquela rota tinha um grande corpo de água, então talvez fosse ali com ele logo em seguida.

A noite ainda era um pequeno problema, não esperava continuar em viagem para Mauville ainda naquele instante, porém tinha de decidir que iria retroceder para Slateport e ir dormir em sua casa, fazendo seus pais estranhar com o horário de chegada, mas teria o conforto da cama e uma comida quente para só enfim, começar a viagem pela manhã. De início parecia uma boa ideia, mas logo em seguida começava a se perguntar se realmente era, pois com certeza ouviria reclamações de como recebera tudo que precisava para ir atrás de seu sonho de participar de batalhas e estava novamente em casa, dormindo e brincando com Kiwi (e agora, com Green junto). Suspirou e desanimou da ideia de retroceder... Talvez acampar? Não sabia muito como, mas teria de tentar, não tinha muita escolha.

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The Sleeping Florest


Com os comandos dados a treinadora a batalha se intensificava, o olhar furioso ficava ainda mais intenso, mas não o suficiente pois a treinadora ensinava com deixar ainda aterrorizante, mas o oponente não deixava se abater lançando mais uma vez sua seda e por fim dando um ataque começando a causar poucos danos.


(Furioso):
-3 defesa
Hold Item:
~x~
Trait:
Shild Dust

lv5 (Furioso)


15/19
Os Trompetes de Slateport Wurmple
Os Trompetes de Slateport Treecko
lv5 Green


15/19
Trait:
Overgrow
Hold Item:
~x~
Green:
-3 speed

Campo: Floresta a noite, espaço cheio de moitas.  

descriptionOs Trompetes de Slateport EmptyRe: Os Trompetes de Slateport

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