Pokémon Mythology RPG
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Os Trompetes de Slateport

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Green conseguia olhar para seu adversário demonstrando toda sua falsa malícia, um verdadeiro ator. Aquele olhar fez com que a lagarta tremesse e a própria treinadora também achou que na próxima vez que chegasse perto do pequeno, ele poderia fazer-lhe algum mal. A olhada era fria, pretensiosa e talvez o ambiente escuro ajudasse, fazendo sombra na parte superior da cabeça, mas ainda trazendo uma pequena luz que brilhava em um dourado escuro, parecendo uma brasa de uma fogueira recém apagada, apenas esperando que todos fossem dormir para que um incêndio tivesse início. Era com certeza traiçoeiro e mesmo dar comida para o pequeno seria difícil de esquecer como ele conseguia se esforçar e fazer um olhar malicioso como aquele, mesmo que não partilhasse de sua personalidade. Onde antes havia um sorriso de excitação pelo combate e desejo de captura do wurmple, por um breve e sufocante segundo, ela teve o coração apertado e trancou a respiração, como se quisesse passar desapercebida por aquele treecko, deixando que ele cuidasse de seus interesses com o adversário e que não se voltasse para com a garota logo em seguida.

- G-Green... - Chamou com hesitação, o que foi um erro, pois o pequeno perdia toda a sua pose de malandro num beco escuro na pior parte de Slateport, esquecida por marinheiros e domínio de bêbados e assaltantes, dando lugar ao bom e velho pokémon curioso e bobo que parecia esquecer do combate e virava-se com os grandes olhos arregalados, curioso em saber o que sua treinadora queria, dando brecha para que seu oponente cuspisse mais daquela seda em seu corpinho, obrigando-o a fechar os olhos para se proteger e sentindo a meleca se condensando no corpo, impossibilitando mais os seus movimentos. Haviam partes do corpo dele que nem mais eram verdes, podendo ser visto apenas o branco que se aglomerava e não mais tinha a aparência de fios enrolados e sim, como um cimento que secou, perdendo aquele sentimento de que era possível rasgar com as mãos (que não era possível, apenas o esticava bastante antes que rompesse e nisso, já havia grudado facilmente) e parecendo mais que o inseto queria criar uma pupa ao redor do lagarto, impossibilitando que o mesmo se movesse.

Enquanto tentava tirar aqueles fios do rosto e empurrar para longe do corpo como podia, também deixou a guarda baixa para que o adversário desse um encontrão que em conjunto da seda que fora usada para imobilizá-lo, não fora difícil acertar e mais ainda, ajudou para que tombasse, perdendo o equilíbrio ao receber o golpe, que não deveria ser muito, visto o tamanho e massa que a lagarta tinha, mas que em conjunto de tudo, o treecko precisou ralar-se um pouco na grama para retirar um pouco da seda, tombando com certo peso.

A garota, ao ver o primeiro ataque do wurmple, mesmo sendo ela quem iniciou o combate, sentiu-se ofendida com a afronta do outro ao dar um ataque relativamente baixo desses. Bateu com o pé no chão e apontou para o inseto.

- Ei! Você parece ser mais forte do que aparenta, mas o Green conseguiria receber esse golpe mais cem vezes antes de realmente cair! - Olhou para o pequeno que fazia força para se erguer, desvencilhando-se daquele misto de grama, folhas e terra que grudavam-se e pareciam trazer mais peso do que amarrá-lo e possivelmente era esse o perigo daquela habilidade que servia apenas para deixá-lo mais lento, pois com peso, Green teria mais dificuldade em chegar nele ou reagir aos seus ataques, precisando fazer esforço titânicos para conseguir se mexer, consumindo sua energia enquanto lutava duplamente, para conseguir atingir o adversário e se mover, algo que nunca antes fora um incômodo para si (provavelmente), mostrando agora que o simples ato de andar era algo deveras desafiador.

- Ok, Green, é isso, você não vai apanhar de graça! Dê Pound nesse atrevido! Mas não dê apenas um, dê um por mim também! Mostre a nossa força e que lutamos juntos! Eu sei que você consegue! - Ao mesmo tempo em que dava comandos para que finalmente partissem para a ofensiva, não mais focando em estratégias para que o inimigo sentisse-se fraco, desmoralizado, sem segurança ou rotas de fuga, agora era o momento dele mostrar que realmente não estava para brincadeiras, que seus golpes pesavam, que mesmo contra tudo que sofrera até agora, ele ainda era o mais poderoso entre aqueles dois, talvez não pelo seu elemento, mas por ter alguém com a qual se apoiar, uma treinadora que mesmo não estando ali trocando golpes, ela coordenava tudo e ajudava-o a tomar as melhores decisões.

Esperava que o tapa não fosse como o anterior, onde poderia ter deixado marca e estalado fortemente, agora queria ter certeza que o wurmple sentisse aquilo, que o barulho não fosse apenas um estouro de balão e sim, uma pedra caindo e quebrando a pele da água, que a pancada não se limitasse à pele do inseto, deixando marcado também a sua memória, que toda a vez que ele ouvisse o bater de palmas, relembrasse da vez que recebeu o golpe de Green. Talvez não o suficiente para traumatizá-lo, mas queria que ele soubesse o que provocou sua queda, que aquele simples ato fizesse tanto efeito quanto uma habilidade de fogo ou de um predador voador. Aquele impacto deveria ser semelhante a uma habilidade que causasse confusão, pois com a força do verdinho, ele ficasse perdido em pensamentos do motivo de ter recebido tanto dano e que o segundo tapa viesse para lhe mostrar que tinha mais de onde aquele tivera vindo.

Os pensamentos de Camilla poderiam ser um tanto quanto cruéis, direcionados para um de seus pokémons favoritos e que até segundos atrás houvera fantasiado em pegar o wurmple de colocá-lo para nanar, dar uma chupeta para que ele mascasse até cansar e enfim voltar a descansar tranquilo após o estresse que fora ter seu ambiente invadido e sem que pedisse, entrasse em uma batalha, mas sem favoritismos com terceiros, Green ainda era o seu companheiro e lutaria ela mesma se fosse necessário para ver a vitória do lagartinho. Era o seu inicial e consequentemente, criou fortes vínculos com ele, esperando apenas o bem dele e mesmo que acreditasse cegamente no potencial dele, ainda se preocupava em ver como lutava. Podia-se dizer que ambos ainda eram verdes e precisavam treinar mais.

Estava ansiosa, isso era inegável. Mesmo que já houvera batalhado algumas vezes na escola, nada foi "real", apenas treinos com pokémons dados pelo conselho didático para que as crianças aprendessem o básico do mundo em que viviam, então ganhar ou perder era irrelevante, o que contava era a aplicação dos ataques, os movimentos, os tipos, o uso de poções ou demais itens para fortalecimento ou recuperação. Queria pegar o Rotom Phone e chamar algum professor para que o mesmo viesse avaliá-la para ver se estava certa nas suas escolhas, se não estava puxando demais Green em seu primeiro embate ou se apenas estava desperdiçando tempo valioso ao tentar enfraquecer a lagarta e o combate já teria tido um fim se apenas tivesse partido para a ofensiva desde o começo, repetindo golpes até criar um hematoma e acertasse um golpe crítico. Mesmo que Green pudesse ter confiança em sua treinadora de que os comandos dela seriam as melhores a serem usados aqui ou ali, ela mesma não partilhava de tal sentimento, que mesmo em pose de que tinha controle da situação, a voz que não demonstrava inseguranças ao falar com força e convicção, ainda assim sentia o coração apertado e toda vez que o treecko se movimentava e dava ou recebia um golpe, trancava a respiração.

Tais faltas de confiança em si mesma era a porta de entrada de muitos outros temores e paranoias, então apenas faria o que o companheiro estava fazendo desde o começo, acreditando no outro. Enquanto ele tinha plena consciência de que a treinadora sabia o que estava fazendo, ele recebendo algum dano, deveria ser calculado ou que ali era o momento de mostrar que aguentava alguns golpes, a de cabelos azulados entregou-se ao pokémon, acreditando que ele dava tudo de si e que faria o esforço necessário para vencer aquele combate para enfim, capturar o wurmple e assim, somar forças e fofuras para a equipe.

Para o acaso de ver que o wurmple sentiu os golpes que recebera e enfim pudesse ser capturado com mais facilidade, terminaria aquele combate o mais rápido possível, jogando a pokébola no inseto, preocupada com demais danos que Green poderia receber além daquilo, ou de cansar-se além do esperado ao estar amarrado tão fortemente a ponto de não conseguir andar, tinha uma noção do quanto aquilo deveria ser desagradável.

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The Sleeping Florest


Mais uma vez a treinadora provocava ainda mais o adversário, deixando este ainda mais furioso enquanto dava seus comandos para seu companheiro que prontamente desferia seus ataques, mas ele não era o único...

Com o incentivo da treinadora os ataques pareciam ainda mais fortes criando uma situação favorável, mas isso fazia a pequena e furiosa criatura, inflamar-se de ódio e devolver com uma força desproporcional ferroando o lagartinho, que a principio não parecia se importar dando um mais tapa e finalizando o adversario permitindo que sua companheira lançasse a esfera capturando a verminha.

A esfera tremia e balançava, mas por fim se entregava e era captura concluída, a alegria era geral e Green se voltava para sua treinadora fazendo um sinal de like, porém poucos segundo após este gesto o pequeno caia de joelhos, mostrando que o ultimo ataque carregava mais que apenas a fúria daquela pokemon, carregava veneno e se não fosse cuidado poderia ser letal...


(Furioso):
-3 defesa
Hold Item:
~x~
Trait:
Shild Dust

lv5 (Furioso)


0/19
Os Trompetes de Slateport - Página 2 Wurmple
Os Trompetes de Slateport - Página 2 Treecko
lv5 Green


10/19
Trait:
Overgrow
Hold Item:
~x~
Green:
-3 speed
Poison


Campo: Floresta a noite, espaço cheio de moitas.  

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Os tapas de Green eram realmente fortes, a palmada que dava fazia o adversário cambalear, virando-se e usando de seu ferrão para acertar aquele que o combatia, mas que pareceu não ter o efeito desejado, pois logo em seguida vinha mais um tapa que enfim, o jogava ao chão. Os olhos redondos pareciam emanar uma fúria única, aquele pequeno inseto era um guerreiro em seu âmago, orgulhoso de seu território e defensor do que lhe era de mais importante, caía, mas tombava querendo se levantar para brigar mais, se remexendo no chão enquanto não encontrava forçar para fazê-lo, sentindo os impactos que recebia cada vez que se esforçava para permanecer lutando. O golpe de misericórdia fora a pokébola, jogada para cessar aquele embate.

Balançou para um lado, mostrando que ainda tinha uma luta ocorrendo. Balançou para o outro e tremeu. Mesmo que fosse impossível ver o que ocorria, a treinadora imaginava que aquele inseto se batia em suas paredes, forçando sua saída enquanto não mais lhe sobravam forças para um embate. Sua luta acabou, não mais fazia parte da área selvagem, se tinha memórias com aquele local, parentes e amigos, agora estava enfim capturada para uma vida em meio à humanos e diversos outros pokémons, o que parecia algo ruim, mas todas as mudanças parecem. Se dependesse de Camilla, aquele wurmple seria mimado até o fim de seus dias, com brinquedos para poder destruir, árvores para escalar, lugares para conhecer, comidinhas especiais que seriam divididas com seus "irmãos" (que no momento era apenas Green).

Quando a esfera finalmente parou após uma onomatopeia gostosa de ouvir, não houve vergonha ao saltar para comemorar a primeira vitória. Green parecia satisfeito com seus esforços, confiando na treinadora e mostrando-se orgulhoso dela, que só houvera conseguido vencer graças aos seus comandos. Ele parecia um pouco suado, poderia ser facilmente ignorado pela batalha que tivera, mas ele colapsava e com a energia que ainda lhe sobrava, caía de joelhos, ainda envolto daquela seda.

- Green! Retorne! - Puxou a esfera onde o pequeno poderia ficar livre daquelas amarras gosmentas e ainda com ela na palma, pressionou suas laterais para que se abrisse novamente após o retorno do verdinho, fazendo com que adentrasse apenas para se limpar momentaneamente, fazendo-o reaparecer, dessa vez, nos braços de Camilla. - O que você tem, Green? - Mesmo se livrado dos fios brancos, ele ainda parecia mais pálido para sua cor natural, suava bastante e se mexia o mínimo possível. Abraçou-o. - Vai ficar tudo bem, Green... Eu acho que sei o que aconteceu... Vai ficar bem-Você vai ficar bem! Acredite em mim como fez em batalha! Eu estou com você!

Na escola, já houvera visto pokémons envenenados diversas vezes, era algo comum, não havia motivos para pânico, sabia o que deveria ser feito, só precisava de um ou outro item, ou encontrar-se com um Centro Pokémon. Olhou para trás, em direção das luzes de Slateport e pensou em retornar para correr até lá, mas saberia fazer o retorno, agora, sem iluminação? Era um caminho familiar, muito menos do que se lembrava, mas muito mais do que até Mauville. Era a opção mais lógica. Também tinha a opção de seguir em frente, aquela rota era costumeira de passagem para os que estão a pé, então mesmo na calada da noite, poderia se encontrar com algum treinador que pudesse lhe ajudar, mais bem preparado para aquela jornada. Iria seguir em frente, afinal, sabia que a rota tinha águas nas laterais, seria fácil encontrar um acampamento ou coisa parecida, pessoas procurando limpar-se, banhar-se ou apenas dormir ao som das águas correntes.

Deitou Green no chão um pouco, retornou para sua mochila que ainda estava ao chão e conferiu tudo que tinha como quem tinha uma esperança pífia de que por algum motivo inesperado, houvesse algum item de recuperação de status, ou alguma berrie, qualquer coisa. Achou uma poção, o que chegou a pegá-la nas mãos e olhar para o pequeno abatido, que olhou-a sentando-se e respirando pesado, suando frio. Ele parecia relativamente bem, não era algo tão forte assim, mas que o consumia, então deixaria aquela poção para um momento mais grave, guardando logo em seguido e deixando claro para o pequeno que havia aquela opção e que ele não deveria se preocupar. Guardaria qualquer coisa que tivesse sido tirada, como a vara de pescar, e colocaria nas costas.

Se abaixava com a maior delicadeza do mundo e o pegava no colo, Green, em resposta, erguia os bracinhos como se pedisse por aquilo, mas assim que estava envolto dos braços da treinadora, os dedinhos ainda estavam erguidos e tocavam na face úmida da garota, que em pânico e desespero, chorava com lágrimas quentes que escorriam e molhavam-no. Incomodado pelos pingos que batiam em sua cabeça, pegou uma de suas folhinhas das árvores que subira mais cedo e secou o queixo da treinadora. O ato dele, altruísta, sendo que era justo quem estava envenenado só fez ela começar a soluçar, tentou rir da ironia, mas apenas soltou um gemido de preocupação enquanto recuperava a recuperação e parava de andar rapidamente e começava a correr o mais firme possível, evitando ao máximo solavancos para o pequeno em seus braços. Estava próximo do peito da garota, então ele conseguia ouvir os batimentos apressados de preocupação e não tendo mais as gotas caindo em sua cabeça (ou não se importando mais com isso), fechou os olhos e tentou dormir um pouco, descansando e conservando suas energias.

O objetivo de Camilla era justamente chegar na lateral da rota, próximo às águas e percorrer o caminho correndo até onde aguentasse, mantendo um ritmo rápido se assim cansasse-se, procurando fogueiras ou sons de conversa.

Puxou o Rotom Phone com uma das mãos, deixando Green como um bebê enrolado no outro braço (que tentou se segurar com as ventosas de seus dedos, grudando-se fracamente na pele da garota) e estendendo o aparelho para que se abrisse com o movimento de puxada, apertando qualquer botão que acordasse ou chamasse a atenção do fantasma que ali dentro vivia, segurando com o polegar e dando apoio com os quatro dedos na parte aberta e então gritou com a criaturinha, não de forma rude, mas sim, pela falta de fôlego e para que sua voz sobressaísse aos soluços.

- Rotom, preciso de sua ajuda! Se puder nos acompanhar, facilitará, mas preciso que você apenas monitore Green. Me diga quanto de energia ele ainda tem e se você puder contatar algum Centro Pokémon nas proximidades, eu não tenho o número, então se você conseguir, me ajude nisso. No mais, apenas cuide dele e me desculpe, mas... Você tem alguma dica? Acha que uso logo a poção? Ele parece intoxicado para você? Rotoom!

Nunca tivera medo do escuro, talvez mais de pokémons que viviam nesses períodos, mas do escuro em si, jamais, logo, correr pela floresta era uma atitude que não lhe causava temor algum, entretanto, agora tendo uma vida dependente de si em seus braços, cada vez que passava por um grupo de árvores e olhava para o lado procurando um treinador (ou qualquer pessoa, no geral), talvez sua mente pregasse peças em si ao fazer ver vultos, vacilando sua pisada na grama para diminuir o passo e ir naquela direção, apenas verificando uma segunda vez e tendo certeza de que ali nada havia, apenas galhos e folhas, sombras e paranoias. Começava a ficar com um pouco de dor de cabeça enquanto passava pelo ambiente rapidamente, vendo fantasmas na floresta, estes que não poderiam ajudá-la de forma alguma, presentes em sua mente e olhos, apenas caçoando da pequena e inexperiente treinadora ao que sumiam ao receberem o pedido silencioso de ajuda. Na medida em que observava a escuridão da sombra dos troncos e pedras, parecia que também era observada por este, mas que nada fazia além de lembrá-la da mortalidade de Green e de seu estado. Sua mente girava nesses conceitos de estar sendo negligente, ninguém poderia ajudá-la além de si mesma, que aquele que confiava nela estava machucado, ainda confiando em alguém que nunca se destacou.

https://www.youtube.com/watch?v=UEjTeyZ3J_I

descriptionOs Trompetes de Slateport - Página 2 EmptyRe: Os Trompetes de Slateport

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The Sleeping Florest


A treinadora pegava sua criança no colo cuidando do mesmo, estava fraquinho mas continuava a se fazer de forte com muito esforço tentava levar sua mãozinha ao rosto da treinadora, mas antes de conseguir lhe faltava força e seu bracinho caia sobre seu corpo, com pesar e preocupação a jovem colocava o pequeno confortável e procurava em sua bolsa algo que pudesse ajudar, mesmo sem ter nada para melhorar a condição ainda poderia tratar suas feridas, então ela olhava para trás procurando as luzes da cidade para retornar, porém não havia nem uma estava muito fundo na floresta, pensava em seguir em frente, mas por onde voltar a trilha e tentar correr ate a próxima cidade? seguir pelo caminho e tentar encontrar as nascentes e lagos? sim seria isso, mas estava ainda havia o problema como mover o pequeno como trata-lo era quando vinha a sua mente Rotom.

Pedindo então para que este lhe ajudasse a em com conselhos e analises e este prontamente iniciava.

Condição: Envenenado
Nivel de Energia: Amarelo
Status: Precisa ser tratado o mais rápido possível a condição ira se agravar a cada momento, recomendado.
Recomendação: Usar um antidoto ou dar a ele uma Pecha Berry Os Trompetes de Slateport - Página 2 Bag_Pecha_Berry_Sprite


A imagem da fruta era demonstrada na face do telefone, a jovem lembrava que estas frutas podem ser encontradas perto de nascentes e lagos com o coração em sua garganta, a jovem tomava seu pequeno nos braços e corria noite a dentro nas profundezas da escuridão para tentar encontrar uma cura para seu querido companheiro, olhos cercam ela por todo o caminho, espreitando, ansiando, preparando os botes, ela estava quase indefesa com seu companheiro ferido, em sua mente os pensamentos batiam, junto com seu coração e se um deles nos atacar, e se for uma emboscada, e se aparecer algo pior...

No em tanto com coragem ela corria deixando tudo para trás, só a cura de seu companheiro importava agora...

Progresso Gray :


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Slateport era uma cidade grande, iluminada por faróis e navios que iam e vinham, prédios altos e docas que trabalhavam quase que há todo instante, era uma cidade viva, mas ao mesmo tempo, pacata por não se deixar influenciar por suas cargas estrangeiras, mantendo-se mais como um local naval, logo, talvez os trabalhos incessantes ficassem presos sob luzes fracas, a lua iluminava o suficiente para que seus faróis fossem apenas uma piscada distante. Os bêbados em seus bares não poderiam segurar toda a iluminação para o mundo, era algo árduo para corpos desequilibrados e mentes distraídas. O caso era simples, não mais era possível saber qual era o lado que a levaria de volta para casa e qual a levaria para terras distantes e territórios desconhecidos. Prendeu a respiração de aflição enquanto sua mente tentava procurar uma resposta sensata e rápida para a condição de Green.

- Obrigada, Rotom... - Falava entrecortada pelo esforço de correr e se comunicar, tentando olhá-lo nos olhos para não ser desrespeitosa com o fantasma, mas que ao mesmo tempo não queria se bater em uma árvore ou tropeçar em algo, desviando o olhar quase que o tempo todo para prestar atenção em onde ia. - Você é... De grande ajuda... Oof... - Pensou em recolher o objeto, mas estava nervosa demais para isso, não iria deixar Green sem auxílio e o único que tinha agora era o pequeno aparelho, então deu uma parada brusca e abraçou o treecko, encostando a tela do celular na cabeça dele enquanto tentava não ser abrupta no ato, que talvez o fizesse sentir-se mais enjoado.

- Rotom, mais uma coisa...! - Curvou-se como quem cumprimenta um nativo de Johto e colocou a mão que segurava o aparelho sobre o joelho, com cuidado para não danificá-lo, mais usando as pontas dos dedos para se apoiar e abria bem a boca, esbaforindo e engolindo a maior quantia de ar que conseguia, tentando se acalmar, mesmo que o coração não partilhasse de seus intentos. - Rotom... Por favor, se puder. - Engoliu em seco, ainda sem muito fôlego. - Monitore Green o quanto você puder, depois... Depois eu prometo que deixo você carregando e atualizando... Ele é nosso companheiro.

Deu mais alguns passos para dentro da rota 110, procurando os corpos d'água, mas sentiu uma fisgada nos pés a fez parar, notando que ainda estavam totalmente descalços e agora, doloridos pela falta de proteção e pelo contato constante com o solo. A grama era uma bênção, mas ela escondia pedras e gravetos, que machucavam ao serem pisados, ainda mais em velocidade. Ficou na ponta dos pés e esticou bem as pernas e ergueu a cabeça. Teria que aguentar a dor, Green dependia disso, não podia vacilar, depois colocaria os pés de molho ou encontraria um Centro Pokémon para dar os cuidados necessários para a sua dupla e descansaria, cuidando de si quando assim pudesse. O olhar era desafiador, como que provocasse a floresta a esconder suas pecha berries da garota, pois ela não tinha chances, seu pequenino estava com dores e isso não ficaria sem uma batalha própria.

Mais um passo, esse de teste, mais como um pulo para a frente, sendo o primeiro para dar o impulso que precisava para fechar os olhos e começar a correr na direção do barulho de água. Tentava se distanciar das árvores (pois essas podiam derrubar galhos, espinhos, grãos ou qualquer outra coisa que pudesse machucá-la), mas também não iria pela estrada em si, já que essa provavelmente era a mais apedrejada, optando pelo mais verde possível. Mordia o nada toda vez que pisava em algo que a fazia sentir e exclamava um gemido que não conseguia escapar de sua prisão dentária, sendo ouvido apenas pelo inicial. O suor já escorria, trocando de lugar com as lágrimas, essas que secaram após os pensamentos de que iria conseguir fazer algo para ajudar o pequeno, tinha uma poção, estava próxima de duas cidades... As chances eram boas, mas era sua primeira vez fazendo aquilo e era justamente a inexperiência que a deixava assustada. Os pulmões queimavam, sentia que sua velocidade ia diminuindo, não podia negar que era um pouco sedentária (já foi mais ativa com Kiwi, pensando agora no eevee que também trocou as caminhadas pela praia por uma soneca ao Sol no sofá).

Sua corrida desengonçada chamava atenções indesejáveis. Cada tronco na distância parecia uma pessoa parada observando-a (que causava calafrios, simplesmente pelo fato de não se mexer, esperando que se aproximasse por vontade própria, quase a fazendo mudar sua trajetória) e de perto, sentia como se algo como um vulto se escondesse atrás da madeira, não envergonhado, mas querendo esconder o corpo e as intenções. Grandes e pequenos olhos amarelos eram vistos no escuro, brotando do chão como pequenas luzes chamativas que seguiam o movimento da garota, estes fazendo-a tremer mais e pisar em falso algumas vezes, pois provavelmente eram os terríveis pokémons noturnos, traiçoeiros e procurando presas fáceis ou brincar com as mesmas (tinha muito a perder antes de ser arrastada por uma matilha de "hyenas"). Wurmples também faziam seus corpos vistos, afinal, os corpos pontudos pareciam várias cabeças observando-a silenciosamente, lembranças de crianças perdidas na escuridão, pequeninos esguios de aparência inocente que tinham intenções venenosas. Bateu com a base da mão na testa, tentando retirar tais pensamentos e temores que vinham ao se esgueirar com velocidade num matagal à noite enquanto os moradores dali apenas esperavam que ela e seu pokémon se tornassem animais indefesos, cansados, que não pudessem lutar contra o terrível destino que eles trariam.

Esperava que não fosse difícil encontrar os grandes lagos que circundavam a rota, já que eram literalmente em suas laterais, pararia um pouco e usaria do Rotom Dex mais uma vez para iluminar seu caminho, este que era usado para procurar por qualquer amostra de frutas ou árvores frutíferas que pudessem ter por perto. Pokémons comendo também seria um ótimo sinal, pois poderia ter uma ideia de aonde deveria ir para conseguir algumas berries para si.

A noite avançava rapidamente, pois o que parecia ser minutos de corrida ou estadia, se desenrolavam em horas, uma prisão estrelada e mesmo que ao ar livre, tornava-se claustrofóbica por sua escuridão que parecia abraçá-la como uma névoa. A Lua não se importava muito, brilhando bolachuda de forma pálida, não se esforçava em iluminar o mundo, apenas trazer um contorno sinistro para a floresta, traindo a ideia de que "o que não há na luz, não existe na escuridão" e sim, de que aqueles que se escondiam em sombras existiam, espreitavam, maquinavam, planejavam, esperavam... Tinha que erguer o aparelho em suas mãos de vez em quando, voltando seu brilho forte para os locais onde achava que via algo ou alguém, apenas para ter certeza que era um galho torto, um vento assobiando... Nada realmente assustador enquanto ainda pudesse afastar os demônios com seu feixe de luz artificial.

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The Sleeping Florest


A situação estava piorando a cada segundo, seus pés descalços começavam a ficar cada vez mais calejados e doloridos, mas isso não iria parar a treinadora, afinal havia um velho amigo que precisava dela e que faria o mesmo por ela, parando por um momento para tentar recuperar o folego, continuando em seguida cada vez mais para dentro da floresta tentando se guiar pelo som das aguas.

Condição: Envenenado
Nivel de Energia: Amarelo
Status: Febre aumentando e energia caindo, necessidade de cuidados urgentes.


Dizia com uma voz mecânica o aparelho possuído, o que só motivava ainda mais a garota a correr com aquele pequeno ser, seus pés já começava a sangrar quando finalmente chegava ate um córrego, finalmente uma área onde poderiam se refrescar e talvez encontrar a tão preciosa fruta para curar o envenenamento do pequeno lagartinho, aquele local finalmente era mais aberto e permitia que a luz da lua e estrelas entrasse e permitisse que vissem melhor, com grande desespero a jovem olhava ao redor pelas copas em busca das frutas para seu pequeno companheiro e para sua grata surpresa em uma arvore uma única e solitária fruta podia ser vista mas teria que subir neste perigoso e retorcido tronco ate quase o topo, com seus pés sangrando pelo esforço.

Progresso Camilla Hyades :


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Green se encolhia mais e começava a tremer ao mesmo tempo em que suava frio, seu sistema estava colapsando e ele não estava aguentando. Não tinha muita instrução médica além da básica dos primeiros socorros (que nunca fora seu forte, de qualquer forma), então desconhecia se deveria tentar abraçá-lo com mais força para que o aquecesse e evitar os ventos noturnos que batessem em sua pele, diminuindo a temperatura daquele que estava febril. Uma coisa era certa, ele precisava da pecha berrie, era a única coisa possível que iria ajudá-lo nesse momento de sufoco para ambos, com suas propriedades medicinais, seria o melhor remédio para o pequeno, pois a poção apenas iria deixá-lo mais tempo sofrendo e sem ela, talvez as coisas fossem piores ainda.

Encontrava um córrego, suas águas eram incessantes demais e por um segundo cogitou deixar o pequeno ali, deitado com os pés ou palmas encostando nas águas, porém temeu. O medo lhe subiu pela fragilidade em que o mesmo se encontrava e poderia ser uma presa fácil para os predadores noturnos ou que, com a boca seca ou a vontade de se refrescar, alucinando pela febre, viesse a se jogar no corpo aquático e lá, fosse levado para as profundezas ou longe dali, sumindo na noite e consequentemente, da vida da treinadora. Era um pensamento deveras mórbido e não queria se prolongar nisso, ficar muito tempo saboreando e atiçando tais destinos poderiam ser uma boa forma de fazê-la envelhecer mais rapidamente na medida em que não conseguia pensar direito por conta do nervosismo e do coração acelerado.

De qualquer forma, quem podia usar das bênçãos da água seria a própria garota, que já tinha os pés calejados por correr sem proteção nesses. Ainda com Green nos braços, usando o lenço de marinheira para secar o suor que lhe escorria, colocou alguns dedos na água, procurando uma base para que pudesse prosseguir por ali, deixando que o sangue e a sujeira se soltassem da sola desnuda. Era pesado, escorregadio e fácil de perder o equilíbrio quando havia uma corrente atrás de si empurrando-a ou mesmo, as suas próprias paranoias de uma mente assustada que via vultos e silhuetas se formando na mesma velocidade em que perdiam o corpo.

Não percorreu um caminho muito longo, talvez pouco mais de dois metros, quando desistiu daquilo e se pôs a seguir por grama mesmo, pois mesmo que pudessem haver empecilhos em seu caminho, ainda era mais fácil mover-se do que com a constante movimentação em sua base, ainda mais tendo nos braços alguém que deveria estar com uma enxaqueca muito presente.

Desconhecia botânica da mesma forma que também não era uma versada na arte dos Rangers, mas tinha uma base de que se havia água, as chances de haver vida próxima eram altas. Musgos, uma vegetação mais rica e até mesmo pokémons deveriam ser encontrados com mais facilidade por perto e por isso, aquele seria o seu caminho, num passo mais lento em que ainda cuidava o terreno com a claridade do celular. Olhava para o chão em busca de qualquer traço de alguma berrie jogada que pudesse-se presumir de onde viera, ou os descartes de algum guloso que indicaria o caminho a ser seguido, porém ficou um pouco ressentida em não olhar o todo (mesmo que a visibilidade fosse um pouco prejudicada), apontando a lanterna para cima, procurando o corpo tenro e peludo de uma pecha berrie, a árvore que poderia abrigar mais vida que os demais, por ser uma fonte de comida próxima de uma de bebida.

Adentrando em uma clareira, percebeu que havia uma árvore que parecia se distanciar das demais, talvez uma questão de raízes ou nutrientes, não entendia muito, mas aquilo certamente chamava sua atenção. Apontou para o alto de seus galhos e procurou por seu prêmio, demorando um pouco para discernir o que era sombra e o que era folha ou fruto, mas logo abrindo um sorriso decidido. Manteve a luminosidade do aparelho em que Rotom se abrigava para ter certeza e logo ficou com vontade mostrar para Green, olhando-o em seu braço com o corpo já deveras quente e encolhido como se sentisse frio, os olhos pesados nem mais se abriam e sua respiração era abafada. Mordeu o lábio.

- Rotom, agora é com a gente. - Pegou a pokébola e sem encostar no pequeno fragilizado, retornou-o sem aviso algum, pois se estivesse dormindo, que assim permanecesse. Beijou a esfera e ficou por alguns segundos com os lábios encostados e os olhos fechados enquanto respirava fundo, tomando coragem e inspiração para sua escalada. - Rotom, me mostre mais uma vez a fruta que preciso, apenas para confirmar que é essa mesma.

Tendo a confirmação, usaria da luminosidade para ver o quão longe estava aquele remédio e infelizmente, estava no extremo superior. Suspirou e pensou em como iria fazer para pegá-lo.

Olhou ao redor e pensou em atirar algumas pedras e fazê-lo quedar-se, mas próximas a um córrego, ou elas eram muito pesadas e úmidas para se ter uma boa pegada e atirá-las, ou eram simplesmente pequenas o suficiente que demoraria algum tempo precioso até que enfim acertasse, se é que conseguisse jogar tão longe. Chutou um pouco o chão, subindo terra, porém estava descalça e não tinha muitas esperanças de encontrar uma que fosse pesada e no tamanho exato para ser alavancada até a copa. Desistiu da ideia.

Mas talvez não de jogar a fruta ao chão.

Olhou bem para onde se encontrava e calculou rapidamente em sua cabeça qual seria a força necessária para quedar aquilo e após alguns meros segundos, talvez precisasse de um slaking para que o fruto caísse. Não custava tentar.

Com os pés com um pouco de lama pelo conjunto de córrego somado à grama e terra, corria até o tronco e dava um encontrão no mesmo, usando o braço de amortecedor e fechando os olhos no momento do impacto. Olhou ao redor e percebeu que nem ao menos as folhas caíram. Talvez fosse pequena e sem peso ou força suficientes para que a batida fosse sentida na parte superior. Tentaria de novo, apenas para ter certeza de que não houvera enfraquecido o toque da madeira para com o fruto. Caminhou para trás despretensiosa enquanto ainda pensava em maneiras de conseguir o que queria e enfim, totalmente de supetão, virou-se como querendo assustar alguém e correu na direção da árvore, passos pesados e antes de bater no tronco, saltar para que usasse todo o peso de seu corpo.

Bateu de peito e sentiu as dores, consequência de seus atos desesperados. Agachou-se enquanto abraçava a si mesma e franzia a testa de dor, gemendo baixinho.

Após um momento para se recompor, puxou o seu lenço e secou a testa, retirando-o do pescoço logo em seguida e batendo em suas vestes e braços, retirando poeiras, folhas, lascas e qualquer coisa que pudesse ter grudado após o impacto direto. Olhou para cima para ter a certeza do óbvio, o fruto ainda encontrava-se lá. Ficou assim um tempo, pensando, afinal, fora melhor que não tivesse caído, pois nessa escuridão, seria possível que tivesse se perdido após a queda, rolando para um outro lado, ou caindo em um local que a enganasse e fosse para outro.

Pegou o lenço e passou pelo rosto novamente, batendo-o logo em seguida para retirar as nojeiras que ali estivessem, amarrando novamente ao redor do pescoço. Juntou as palmas e estalou os dedos, como faziam nos desenhos animados, mas não teve o efeito que esperava, apenas uma pequena queimação nas juntas. Suspirou. Olhou para cima uma última vez, mas dessa vez, apenas vendo qual era o tronco mais próximo e percebeu que se fosse subir, precisaria de ambas as mãos, então deu uma última ordem.

- Rotom, se você puder iluminar o meu caminho durante a subida... Não poderei segurá-lo, o esforço será seu, me desculpe por isso... - Estava exigindo demais do pokémon desde que iniciou sua jornada, pedindo conselhos e informações o tempo todo, quase que deixando que ele fizesse seu trabalho de treinadora, então olhou-o com o semblante mais aliviado, o mais querido que pudesse aparentar, pois não queria que todo o peso daquela jornada caísse nos ombros dele e se o pior acontecesse, ele deveria saber que a culpa não era sua. - Se você não puder, eu entenderei. Fique em segurança, pois você é tão importante quanto qualquer um de nós. Me deseje "boa sorte".

Juntou-se contra o tronco e deu um salto, a palma não firmou na madeira e o pé escorregou, caindo logo em seguida, nada muito grave, mas se tornando uma pequena lição de aprendizado, pois agora sabia o quão aderente aquele tronco poderia ser. Chutou a madeira e se jogou para cima, agarrando o galho com ambas as mãos, mas sentindo uma dor terrível na planta do pé, não querendo ver se marcara ou não. O primeiro passo fora dado, que era o de chegar em suas ramificações e começar o processo de escalada, escolhendo seu caminho em meio às folhas e demais galhadas, o problema era se jogar para cima, pois seus braços não eram exatamente poderosos para levantar seu peso corporal.

Esticou a perna e colocou a ponto do pé no peito do tronco, pegando um leve apoio e chutando-o uma segunda vez, usando do movimento para se jogar para cima na altura dos seios e de resto seria totalmente esforço seu. Respirou pesado pelo esforço, mas conseguiu pelo menos subir ali, precisando retomar o fôlego. Ficou igual um slakoth, atirada sobre a madeira que sustentava o seu peso, respirando pesado e sentindo as gotas de suor desbravando sua testa ou acumulando-se nos fios da franja que já estavam soltos.

Não poderia ficar assim por muito tempo, então mesmo que tivesse que se esforçar mais ainda, com os pés doendo e criando calos nos dedos da mão, teria que se jogar para o próximo galho, ou simplesmente escalar onde fosse mais fácil, decidindo no toque qual seria o melhor caminho até o topo, forçando um pouco antes de entregar-se totalmente pela ramificação, tendo certeza que não cederia e teria de recomeçar a subida.

Na medida que ia subindo, um pensamento percorreu sua mente: qual o motivo de só haver frutos no topo? Alguém deve tê-las pego onde era mais fácil. O coração que já batia apressado, agora parecia mais pesado, pois com o corpo quente, um gelo subiu por toda sua coluna e arrepiou os pelos da nuca. Vacilou e quase caiu, machucando o pulso levemente no momento em que se agarrou para não ir com tudo de encontro ao chão. Olhou ao redor enquanto começava a se sentir observada e atraindo grupos de pokémons selvagens para si, afinal, estaria pegando um fruto muito difícil de se alcançar e assim que completasse seu objetivo, talvez houvessem ladrões a esperando.

Começou a respirar pela boca para engolir mais oxigênio e afastar tais pensamentos, mas sua mente começava a se anuviar pelo esforço. Nunca antes tivera de correr por tanto tempo ou escalar uma árvore no meio da noite, onde os perigos espreitam cada esquina e que não poderia se dizer segura nem em cima de uma árvore, onde era ninho de insetos venenosos. Cada farpa era sentida como o ferrão de um wurmple a espetando, cada sinal de luz, seja do Rotom Phone ou mesmo, do brilho do luar sob as águas, pareciam olhos a observando. Em meio ao suor, as lágrimas retornavam e ela só não desistiu, pois havia uma pokébola no bolso de sua mochila que tinha um companheiro doente.

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The Sleeping Florest


A Subida era árdua, mas a treinadora era quase uma aipom, subido aos pulos, mas diferente de um pokemon macaco esta não tinha seu corpo adaptado, sua pele era delicada e começava a ficar coberta por farpas e calos, seus pés começavam a sangrar fortemente, com uma crosta se formando juntando a lava folhas e o sangue algo que poderia ser bom, visto que a densa formação em seus pês poderiam trazer alguma proteção, que realmente era necessário para jovem treinadora, seu coração estava acelerado, um misto de medo e adrenalina, em um salto mal calculado ela chegava a escorregar não conseguindo segurar no primeiro galho, começando a cair por segundos quase eternos ela sentiu que iria cair e morrer ali.

Não, tinha alguém que dependia dela, era a única esperança do pequeno lagartinho e iria ajuda-lo, a medida que caia sentiu seu braço bater contra um galho e com força segurou no mesmo, o peso do seu corpo fazia seu ombro doer, mas estava vida e ainda conseguia ver a fruta então após um momento para recuperar o folego esta voltou a subir e finalmente chegava conseguindo a tão necessária fruta, quando retirava percebia a razão de não haverem mais frutas na arvore, mesmo esta já havia sido mordida, ainda no galho provavelmente haviam insetos vivendo naquele local, mas não havia tempo a perder e retirando seu amado companheiro da esfera.

Pela condição do Treecko, a forma mais adequada de administrar o remédio, seria espremer a fruta em sua boca, para que possa aproveitar o suco.

Dizia em uma voz metálica o aparelho possuído, sem muito pensar, a treinadora fazia força com suas mão ainda muito doloridas, mas era o suficiente para extrair o nectar com propriedades curativas e assim curar seu companheiro, não era algo instantâneo seria preciso alguns minutos, mas só de ver os olhos serenos do seu amigo se abrindo e dando um sorriso para ela, já fazia tudo valer a pena, ambos precisavam descansar haviam passado por muito coisa e com a firmeza daquele galho aquele seria o local ideal, ou assim parecia...

Progresso Camilla Hyades :


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Suas palmas enfim tocavam ao redor do fruto e logo seus dedos se sujavam, pois tinha uma mordida na mesma e seus medos se confirmavam: aquela árvore deveria servir de ninho de algum ou alguns tipos de pokémons. A mordida certamente não era importante, mas era pequena, como que quem tirava seu tempo para saboreá-la ou não tinha muito como colocar tudo na boca, então imaginou que fosse algum grupo de wurmples que estivesse devorando aquela árvore enquanto a mesma ainda tivesse o que dar, mesmo não tendo visto cascos de suas evoluções ou sedas grudadas ali ou aqui. A folhagem seria venenosa? Algum odor que não fazia com que os insetos vivessem por ali e sim por perto? Não era nenhuma especialista, então deixaria essas questões para falar depois com alguém mais experiente.

Depois de todo o trabalho que teve para chegar e subir até ali, sua barriga já reclamava e a vontade que tinha era de dar mais algumas mordidas e terminar de vez com aquela berrie, mas sabia muito bem quem dependia daquilo. Rotom ainda estava monitorando a situação de Green e por conta disso, sua voz robótica surgia do nada, como o bom fantasma que o mesmo era, alertando-a da melhor maneira de administrar aquilo para o companheiro, mas não lhe dando mais informação alguma de seu estado.

Olhou para baixo por um momento e suspirou, seu sentimento era de se jogar de lá para que chegasse o quanto antes ao solo firme. Era melhor ser um pouco mais inteligente e não se deixar ser preguiçosa diante dos problemas todos que haviam, pois atingira seu objetivo, mas certamente não tinha terminado. Ajeitou-se com as costas contra o tronco e puxou levemente a alça de sua mochila com delicadeza, pegando-a sem pressa e se permitindo respirar um pouco nesse meio tempo. Colocou o fruto ali, seguro em meio às suas coisas e por cima, sem chances de ser esmagado e fechou tudo e ajeitou no ombro, não correndo o risco de colocar totalmente nas costas, temendo arquear-se demais para a frente e cair. Nunca tivera medo de altura, mas era uma questão de bom senso saber que daquela altura, talvez se machucasse mais do que poderia remediar sozinha.

Deslizou um pé para baixo, erguendo um pouco da camiseta do uniforme, pois os braços continuavam erguidos, segurando todo o corpo nos galhos para que não fizesse uma descida rápida demais, porém, insegura ainda de como chegar ao solo.

Se sentia cega, pois de baixo para cima, conseguia ver todas as ramificações e imaginar um caminho, onde iria pôr a mão, qual galho parecia fraco demais para se depositar o peso, onde era certamente um beco sem saída, o quão fino ou pontiagudo alguns se pareciam, quais eram uma armadilha pronta para se quebrar pois não serem tão longos. Claro, muito foram testados para saber se assim dava para prosseguir. Agora, de cima para baixo, parecia que todos os caminhos se juntavam e se embaralhavam, as folhas ajudavam a criar essa ilusão e dificultar o percurso. Os pés deslizavam com total insegurança, pois mesmo que por ali tivesse já passado, era um segundo uso da mesma madeira, mesma pressão e peso, não conseguia ver por onde poderia ir ou a rota que usou para chegar ao topo, então, quase que deslizava pelo tronco, volta e meia prendendo a parte de cima do uniforme e ficando com a barriga de fora.

Colocava apenas a ponta dos dedos na base mais próxima do tronco, depositando aos poucos seu peso e descendo enquanto começava a suar mais ainda, dando uma vontade absurda de pegar o lenço e passar pelo rosto mais algumas vezes, mas assim que chegasse ao solo, teria todo o tempo do mundo para refrescar-se. Suas mãos calejadas já sofriam com o contato direto com a madeira, cada vez mais o sentimento de se atirar era mais tentador e quando acordasse do desmaio, veria o que faria.

Quando enfim estivesse próxima o suficiente do chão, calcularia mais ou menos se poderia ceder a seus desejos e jogar-se contra o solo, não querendo cair de pé ou dar um rolamento como alguém experiente ou exibido o faria, mas sim, abraçar-se na mochila para cuidar da berrie e bater os pés no chão, quedando-se logo em seguida sem chances de bater com os joelhos no rosto ou qualquer dano a mais. Talvez se esfolasse um pouco e sujasse-se mais ainda com a terra e a grama, mas esperava que os mesmos aparassem de se machucar mais ainda.

Tinha pouco tempo e estava uma sujeira só, então assim que estivesse no chão, não esperaria para recuperar suas forças e iria correr em direção do corpo d'água que havia próximo de si. Sorria, não conseguia controlar isso, estava feliz que enfim Green estaria cuidado e poderia descansar um pouco.

Chegando próximo às águas, pegaria a pokébola do companheiro e miraria no chão em sua frente, há cerca de uns cinco metros das correntes aquáticas, talvez o misto de o som da correnteza e o fofo da grama o fizesse relaxar. Olhou-o por um instante e ele não parecia tão bem assim, ainda com os olhos fechados e ofegante, suando bastante. Abaixou-se e abriu a mochila, enfiando a mão e procurando no escuro pela berrie e após algumas tentativas falhas, pegou o Rotom Phone e usou de sua iluminação para ver diretamente o fruto e pegá-lo, deixando todo o resto para trás e indo até o companheiro em passos rápido, ajoelhando-se e sentando em seus calcanhares quando chegasse próximo do verdinho.

Lembrou-se da dica do fantasmagórico e colocou o fruto no meio da palma, apertando com tudo que sua força permitia, o que não era muito e por isso, nada aconteceu além de machucar a palma com o esforço. Uma insegurança começou a subir-lhe, gelando seu estômago vazio e enfim pensou melhor, talvez usar da força bruta fosse um pouco demais após tudo que ocorrera e com ambas as mãos, pressionou até que a pele da berrie se rasgasse e um pouco de seu suco saísse pela mordida dada pelo pokémon desconhecido, direcionando com a ponta dos dedos até os lábios do treecko deitado. Não escorria um suco grosso e por conta disso, ficou feliz ao pensar só depois que ele poderia se engasgar. Ficou ainda um tempo pressionando por onde já estava aberto, deixando escorrer para a boquinha do pequeno na medida em que ouvia o mesmo engolindo e após alguns instantes, abrir os olhos e sorrindo.

Ergueu-se e largou o fruto ao lado de Green, para ele saber que tinha mais ali se ele quisesse. Deu alguns passos largos em direção da água e ali, com as mãos em formato de concha, pegou um pouco e retornou, deixando escorrer pelos cotovelos na medida em que andava.

- Green, beba um pouco, você precisa disso. - Dizia o mais fracamente e amável que conseguia, temendo que qualquer barulho viesse a lhe causar uma dor de cabeça (e por "barulho", imaginava o jeito normal de falar, que mesmo que não fosse gritando, poderia já ser o suficiente para incomodá-lo) e também queria que ele soubesse que estava sendo cuidado, que havia amor e preocupação para com ele.

Se o mesmo permitisse, curvaria muito levemente as palmas, deixando que algumas gotas descessem em direção da boca dele, mas parando logo em seguida, deixando saborear aos poucos e enquanto isso, conseguiria ver o quão forte ele ainda estava. Quando não mais quisesse, descartaria a água atrás de si, na grama mesmo, mas com as palmas ainda úmidas, passaria pela testa do pequeno, limpando seu suor e trazendo um pouco de frescor (mesmo que não houvesse vento, sopraria cuidadosamente para que relaxasse).

Estava medicado e agora, apenas uma boa noite de sono seria o suficiente para fazê-lo restaurar suas energias.

- Durma agora, meu príncipe. Descanse. Hoje foi um dia um pouco trabalhoso, mas é por minha culpa, eu ainda sou um pouco ruim nesse negócio de treinadora pokémon. Você quer um pedaço da berrie para comer? - Se ele quisesse, cortaria com os dedos e daria em micro pedaços para que ele engolisse, esperando mais alguns segundos para ver se queria mais ou se ainda havia algo na boca para ser mastigado e engolido.

Assim que todas as mordomias para o pequeno fossem feitas, o pegaria com ambas as mãos e colocaria mais próximo da água para que o cheiro e o som o permitisse relaxar mais, retornando logo em seguida para pegar sua mochila e deixar ao lado do pequeno, não o cobrindo, mas servindo de barraca, protegendo-o contra ventos ou de olhares indesejados, mas uma barraca só de um lado é o mesmo que um paredão, então a treinadora em si iria ficar do lado oposto, deixando Green entre ela e a mochila, protegido também pelas costas da garota.

Precisava de um descanso também, fizera mais nessa entrada de noite do que no ano inteiro, então tendo Green mais próximo da água, mergulharia os pés e ficaria simplesmente sentada, com as propriedades aquáticas cuidando de seus pés enquanto sentia o frescor do líquido curando e limpando. Ficaria assim o tempo que fosse necessário até que o companheiro mostrasse reais sinais de recuperação. Esperaria o mesmo dormir e cuidaria dele durante o sono, protegendo-o junto da mochila e tendo como conforto as águas passando entre os dedos.

O céu estrelado em conjunto com o ar noturno, agora não sentia mais pressão de sombras e desesperados, se permitia também relaxar um pouco, apenas brincando na água igual uma criança, mas ainda um pouco preocupada com o pequeno pokémon. Ficaria assim o quanto aguentasse antes de se entediar ou começar a ficar com sono, pegando o Rotom Dex e retirando o som do aparelho, enfraquecendo sua iluminação e fazendo o sinal de silêncio com o indicador sobre os lábios para que o fantasma também cuidasse no que fosse falar e logo em seguida iria procurar algumas notícias sobre Mauville, se havia algum evento, quais os melhores restaurantes e depois trivialidades que não iria realmente ler com atenção, só precisava se manter acordada para ter certeza que Green não estaria precisando de cuidados novamente.

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The Sleeping Florest



A corrida havia sido pesada seus mês estavam quase em carne viva, a subida foi pesada suas mãos calejadas e suas costas doíam, seu cabelo parecia se misturar a folhagem, mas tudo havia valido a pena a febre havia cedido, seu amado Green esta ser recuperando e logo estaria bem, o pesado estava passando e deitava ali naquela grama com os pés acomodados e acariciados por aquelas frias aguas, coberta por um lençol de estrelas a jovem começava cair no sono, piscava os olhos uma vez, em seguida vendo o céu, uma vez mais piscava os olhos e novamente via uma figura purpura, enevoada, fechando novamente os olhos em seguida.

Espera, uma figura purpura? a treinadora despertava, desesperada abrindo seus olhos de supetão e para sua surpresa um Green comendo uma citrus Berry a observava a dormir e num canto mais afastado um certo pokémon com carinha bunda comia uma Orange Berry com cara de poucos amigos (sim era o raiozinhos que ela havia capturado mais cedo, a noite agora jazia avançada, mas o clima parecia bem mais leve e confortável apesar de frio, teria sido aquela imagem uma peça pregada por sua mente cansada?

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