[Missão Rocket] Vs. a Equipe Foguete do Arco-Íris

Colapso nervoso? Pani no sistema? Alguém me desconfigurou. Aonde estão meus olhos de robô? Pois então, deveria ser o gás me fazendo ter alucinações. SÓ PODIA SER ISSO!!!1

O android? Já vi coisa mais esquisita hoje.

— Agora não. Agente Matte, setor de inteligência da Equipe Rocket filial de Johto. Isso era um disfarce que não deu certo. Estava em missão, mas isso não vem ao caso agora. Preciso impedir dois cientistas de roubarem uma fórmula irritante. - Jogava a pokénav para quem quer que fosse. As credenciais Rocket e informações da missão estavam lá. - Ta vendo aquele merdinha no chão? Se você não me soltar em 3, vai ficar em estado bem pior.

Mas é claro que evitaria olhar praquele outro. Isso só geraria ansiedade e um colapso nervoso que era TUDO o que menos precisávamos no momento. Apesar de já sentir o coração querendo falhar. Talvez a falta de oxigênio no sangue com a perna dele. E de toda forma, precisava do aparelho de volta para rastrear Azula assim que fosse possível.

"Banetitte, sua fodida, isso é coisa sua? Se for, eu juro... farei você se arrepender de um dia ter coorperado para amaldiçoar minha cabeça!"

Era uma situação bem complexa, tensa e dramática. De fato, olhar para o tal “Monclair” não era uma opção nada boa. Enquanto ao androide, ele permanecia com Matte no pescoço, uns 20 cm do chão. - Pulso estável, sem alteração de fluxo. Sem microexpressões. Ele diz a verdade. Até na última parte. - o robô dizia para o homem ao seu lado. - Heh, ele realmente acha que pode cortar um R-1000? - o homem soltava uma risada e dava um passo para trás. O android então aproxima o rosto de Matte ao seu. - 1. 2. - e então, solta-o no chão - 2.95. - diz, soltando uma descarga elétrica ao seu redor. Esticando seu punho direito, ele solta um tipo de espuma no ferimento de Matte. O efeito anestésico é automático, restava a cicatrização.

Ambos os dois novos sujeitos na sala olhavam ao entorno. Pelo visto era a primeira vez que viam aquela sala.

- Tem certeza que calibrou certo, doutor?
- 99.95% de certeza.
- Hum, o 0,05 é a teoria do caos, né? - o homem faz a pergunta em tom de retórica, então pega a documentação de Matte jogou ao chão. - Blá, blá, bla. A equipe Rocket tá ativa nessa realidade. Tsc tsc tsc - ele diz, balançando a cabeça - Não importa, guri, o doutor já disse que você fala a verdade. - ele então se aproxima e joga os documentos aos pés de Matte. Então, o encara. - O que queria mesmo saber é como você tem meu DNA. - ele faz a pergunta, com uma expressão de raiva no rosto. - Suponho que este seja filho de sua duplicata nesta realidade. - o androide responde, arrancando um assobio do homem - Jura? Isso explica muita coisa! - ele da dois tapas no ombro não ferido de Matte e se afasta. - Ainda precisamos alcançar o topo. Alguma ideia? - ele  comenta com o tal doutor, que vai para a parte de trás do maquinário e arranca a posta do elevador com as mãos. - Caminho liberado. Pachirisu detectado. - Espera, era Azula?? SIm, a roedora elétrica sai do elevador, toda confusa! Bom, isso resolve para do problema de Matte, que mesmo ignorando o restante, ainda tinha aquilo para lidar.  
         

Limpava uma lágrima com as costas das mãos antes que pudesse escorrer no rosto. Não era pela zombação ou pelo anestésico surtindo efeito. Foi a centelha de esperança em ver Joseph uma outra vez, mesmo que não o "nosso" Joseph. Thito estava eufórico e Matthew... nitidamente abalado como sempre, querendo muito crer que aquilo era apenas um sonho bom.

— Uma parte minha tem muitas perguntas. A outra quer te abraçar. - Recuperava o aparelho, sentindo-me fisicamente melhor que antes. - Eu, no entanto, prefiro ficar longe do seu "material genético" porque só me causa dor, de um tipo bem pior que a perfuração. Só que vocês tem algo que me interessa. Informação. Que tal trocar algumas?

Tinha tirado foto dos escritos que estavam nas escrivaninhas e ainda tinha um relatório sobre o que aconteceu ali e quem fez acontecer. Por um momento, mesmo que micro, Matte pensou que cooperar talvez não fosse um pesadelo tão grande assim. E mesmo negando, parecia que estávamos seguindo o mesmo rastro.

Era uma confusão generalizada dentro da mente de Matte. Muitas emoções conflitantes, muitas ações e vontades reprimidas. Mas a missão vinha em primeiro lugar, certo? Perguntas às vezes devem ser feitas, outras vezes as respostas são mais problemáticas. Então como proceder?

- Me abraçar? - o homem olha com uma nítida surpresa no olhar. Uma maledicência gigantesca começa a emanar da esfera de Banette! - Se algum lugar aí dentro de você se sentir bem com isso, ficarei feliz em ajudar. - as palavras não saíam com uma certa emoção ou um convite, mas com tranquilidade e uma certa falta de peso. Talvez pelo fato delas pesarem mais para Matte, ou Thito, ou Mattew, e quase nada para aquele Joseph. - Se quer informações, podemos te dar todas que não envolvam passado, futuro ou outras realidades. Confie em mim, não é bom mexer com o paradoxo! - Joseph, então, ergue as mãos e faz um gesto típico de afastamento da ideia. Talvez ele já tenha tido suas experiências com o paradoxo, mais do que ele gostaria de ter passado!

- Bom, meu nome é Joseph, aquele é o Dr. Zan. - ele aponta para o androide, que tentava fazer algo no elevador - Somos uma força tarefa que “pula” de realidade em realidade lutando contra esses caras… - ele diz apontando para o “R” colorido no peito de Matte. - O que sabemos é que os malditos estão usando modelos R-200 e R-350 para fazer o serviço sujo. Estamos aqui para impedir isso. E você, o que é essa fórmula que mencionou antes? - ele cruza os braços e fica olhando para Matte, e era uma cena um tanto inusitada, para dizer o mínimo. Azula subia no ombro de seu mestre, e o agente podia perceber que o braço esquerdo de Joseph era uma prótese mecânica, no mesmo estilo dos braços do grunt mecânico que perdeu a cabeça mais cedo.    
         

— Não precisamos da sua pena. - Foi uma resposta melhor que mostrar a língua ou o dedo de "vai se foder pai falso do caralho".

Isto é. Ele não nos conhecia e não precisava sentir nada. Muito provavelmente iria embora tão logo quanto chegou. Então um foda-se bem dado era melhor que um pingo de esperança morta.

— Não to interessado nessas merdas. Já tive minha cota de spoiler sobre o futuro. Acontece que um cientista de sobrenome Montgomery trabalhou para os Rocket no século passado e descobriu uma forma de recriar o soro de uma mutação no genoma humano. Parece que estava tentando criar uma arma. - Mostrava algumas das fotografias que tirei na intenção de divulgar pra imprensa ou aos Rangers. - A única mostra que conheço era o corpo da cobaia 17 que foi levada por eles pelo elevador.

Não estava contente com Azula. No meio da confusão achei que ela estava logo atrás dos malditos trapaceiros, mas não, ela parou quando o elevador fechou. Esse meio tempo me fez perceber coisas no corpo do outro que ainda não tinha reparado por simplesmente não querer muito contato. Thito ficou ligeiramente interessado na história de vida daquele pseudo-pai. Matthew estava calado.

Joseph abria as mãos, jogando o corpo para trás e dando um leve sorriso com a reação de Matte. - Ei, não é pena, ok? É só solidariedade. - ele tentava se explicar, mas não que isso fosse ajudar em algo, ou até mesmo fazer o humor de Matte melhorar. Aliás, um humor melhor era a última coisa que o agente se preocupava naquele momento. O ódio seria seu melhor motor para ir atrás daqueles que o traiu, principalmente os falsos cientistas. E aquela presença matinha um nível de estresse bem alto. As Damas do Destino e suas peripécias…

O semblante de Joseph fechava ao ouvir as palavras de Matte. Dr. Zan também ouviu a história e se aproximou. - Dr. Douglas Montgomery. Seu projeto de “Super Soldado” falhou em todas as realidades. Isso explica o porquê estão aqui. - o andróide colocava um contexto nas informações, e pouco a pouco a realidade ganha contornos e cores. - Se eles conseguirem juntar o Super Soldado com os R-Type… - Joseph ponderava, e Dr. Zan concluía - Alto risco de calamidade multidimensional. - as notícias não eram boas, nem animadoras. Os planos dos RR’s eram bem mais nefastos e megalomaníacos do que a própria inteligência Rocket conhecia. Não é bom para os negócios ter uma organização multidimensional com tanto poder assim. Há um motivo para existir uma balança de poder, e quanto essa balança afeta o bem estar da realidade em si, isso com certeza significa prejuízo.

Mas isso não preocupava Matte. Ele queria mais que os Rockets e Rainbow Rockets colidissem e se destruíssem no processo. Mas com o estado da balança com esse estado de desequilíbrio, a única coisa destruída nesse confronto era o planeta, sem exageros. - Olha, dá pra perceber que temos objetivos em comum. Nossa carona está no topo da montanha. O que acha de cooperarmos? - Joseph abria um sorriso sincero, enquanto Zan intervia. - Não acho que seja uma boa ideia. - ponderava, tendo como resposta um sorriso ainda mais aberto do homem - Ah, a gente já teve colaboração até da minha versão mulher! - ele dizia - E você lembra como o Paradoxo nos afetou. - as palavras de Zan pelo visto atingiram Joseph em cheio, já que a expressão descontraída se desfez e tomou tons de dor - É… aquilo doeu. Mas olha só, ele não é uma versão minha, é filho dela! Nunca fui pai na minha realidade, então não deve ter problema! - Joseph continuava a argumentar com Zan para tentar convencê-lo da ideia, mas ai o andróide se mostrou mais sensato. - Você age como se ele já tivesse concordado com esse plano. - é, de fato Matte não tinha respondido à proposta. De qualquer modo, o caminho era único naquele ponto: pegar o elevador e subir até onde ele levasse.        
         

Sabe aonde eu estava afim de mandar ele enfiar a solidariedade junto daquele sorriso despretensioso? Enfim, apenas me mantive calado, retornando Carracosta e Pinsir para as respectivas esferas. O braço não estava em 100%, mas ao menos a dor não era dilacerante quanto antes.

Eu já me organizava para seguir em direção ao elevador, afinal, cada segundo era crucial na missão de perseguição e "resgate". No entanto, o contexto que apresentavam parecia bem pior que o imaginado. Antes estava apenas fazendo isso por vingança e um pouco para não permitir a destruição do mundo. Agora parecia bem mais sério.

E outra coisa.. Como aquele cara conquistou admiração de dois minutos atrás eu estava quase mandando ele se foder? Enfim. A missão.

— Sinto muito te desapontar, mas to longe, hoje, de ser sua experiência feliz de pai e filho por um dia. Não temos tempo. Eu só quero encerrar esse assunto e vocês podem ser úteis pra consertar as coisas. Que tal a gente ser práticos assim, sr. Zan?

Não esperava resposta, já me encaminhava para o elevador. Eu não precisava mais deles, mas não me importava de ter apoio. Três é melhor que dois, né? ...Pelo menos é mais forte.

Assumindo que Joseph estaria por perto, sentia que precisava dizer umas coisas pra ele não se animar tanto.

— Eu vou ser breve com você. Tem quase 10 anos que sua versão nessa mundo desapareceu por conta de algum envolvimento da Equipe Rocket local. A polícia encerrou o caso sem encontrar o corpo, te dando, ou melhor, dando ele como morto. Toda essa merda me fez ter um ódio profundo da organização e querer destruir ela. Acontece que não é muito fácil pra um jovem realizar algo desse calibre, então estou dentro, corrompendo a base. Sairei daqui com uma proposta de cargo mais alto que vai me garantir acesso a documentos antigos e nomes que vão me levar ao caso. No meio disso sofri um trauma psicológico que fragmentou minhas personalidades. Eu não sou o original, apenas a raiva, a dor e o desejo de vingança formado pelo medo. - Matthew ainda estava calado, sentindo o misto de emoções, nitidamente confusas, que aquela presença causava. - Talvez no final disso tudo ele queira aquele abraço.

Posso ter ficado ruborizado, mas isso porque nunca diria ou faria algo do gênero se não fosse pela criança que fomos um dia, desejando ter mais um momento com... ele.

Enfim, a missão;

Bom, aquilo era uma confirmação! Matte topou seguir com Dr. Zan e a  variante de seu pai, Joseph, até o topo do Mt. Silver e resolver essa situação de invasão com os rockets coloridos. No entanto, toda essa parte da psique que fomentou o surgimento de Matte é basicamente um instinto de sobrevivência consciente e atuante. A agressividade, a rispidez, todos mecanismos de segurança para que o corpo “suporte” a ideia mental do “ir além”. A mente humana é um mistério em todos os sentidos, e ali era apenas uma fragmento (trocadilho) do que esse mistério englobava.

Na medida que as palavras de Matte saiam, o semblante de Joseph mudava. De uma expressão calma com sorriso despretensioso para um rosto sério, com pequenos traços de irritação. Sabe aquela expressão de quem tenta ser educado com uma pessoa agressiva o tempo todo e se cansa de tanta porrada, a ponto de tocar o foda-se? Enfim, o foda-se: - Garoto, pode parar de se projetar. - ele ouve até a última palavra do agente, enquanto o elevador toma o movimento de subida, e levanta a mão, como se tomasse a palavra para si naquele instante - Eu realmente sinto muito com o que aconteceu com seu pai, e sinceramente tô cagando pra sua vingança. Essa sua equipe Rocket é só um cisco na areia da praia. Se quer realmente saber, a experiência de ser pai é uma das últimas coisas que busco. Como alguém que nem teve a experiência de ser um filho pode sequer sonhar em ser pai? - Dr. Zan voltou o olhar para Joseph com reprovação, mas não disse nada. - Eu sou um Residente, garoto. Não tenho família ou passado. Minha realidade foi condenada a tempos pelos malditos coloridos, aprendi táticas de guerrilha na mesma época que aprendi a andar. - Dr. Zan dá um passo à frente e solta um “Monclair…” em reprovação, mas é interrompido - Agora não, Zan. - ele estava bem sério, e só abre a palma da mão para o robô, em sinal de interrupção - Se um abraço meu ajudar esse seu eu que “talvez” precise, de novo, ficarei feliz em ajudar. Mas se quer realmente cumprir o SEU objetivo e de cara evitar que outros de você percam os pais, ou outros de mim percam os filhos, melhor abaixar esse escudo e começar a me ver como realmente sou. - ele, então, termina de falar encosta na parede do elevador. Uma maledicência grande começa a ser emanada da pokébola de Banette! Enquanto isso, o elevador ia subindo, pouco a pouco…            
         

Emoções e alguns conflitos. Como Matthew reagiria caso ouvisse alguém que se parece com Joseph e com a voz dele dissesse que não se importa da busca de quase 5 anos que bolamos desde a escolha de sair de casa até atuar como Agente na E.R.? "a experiência de ser pai é uma das últimas coisas que busco" - Ele disse. Isso provavelmente teria sido um golpe no estômago, justamente pela centelha de esperança que aquela presença causou.

Talvez fosse por isso que o enfrentamento era inevitável, assim como as palavras que saíam tranquilamente por minha boca, tão próximo a ele que nem era necessário elevar a voz para me fazer ser ouvido.

— Então esse é como você verdadeiramente é? Pff!! Você é só um babaca que ta tentando compensar alguma coisa fazendo o que se não vingando sua pobre existência ferrada de residente? ...Que foi? Te enxerguei demais? Achei que a gente tava brincando de dar lição de moral um no outro não-pai. Hmm vai ver eu também to cagando pra sua vingança disfarçada de justiça interdimensional.

O que ele estava esperando? Um pedido de bênção ou um beijinho de desculpas?

... Ele até parecia um bom moço, do tipo que não assassina vilões, só desacorda eles, mas era impossível cumprir aquele pedido e ainda continuar lutando. A armadura que sou é o que nos protege do medo e nos permite tomar rápidas decisões. Thito ficaria distraído e Matthew sem reação em diversas situações de estresse alto, como aquela pequena prova na qual estava submetido.

Apenas soltei um suspiro cansado e chequei o ombro. — Eu também aprendia a lutar sozinho. Estava bem antes de você e vou ficar quando forem embora. - Arrumei a máscara no rosto, me preparando pra ação. - Só quero que esse pesadelo acabe. Todo ele.

Matthew ainda queria pedir desculpas por minhas palavras, no entanto, ele sabia que me perturbar adiantaria em nada. Não sinto vergonha ou remorso. Agora o que Banette estava fazendo? Só a maldita bruxa poderia responder a questão. Só pra atormentar ela o tanto que estava a mim, chacoalhava a esfera da fudida, mandando ela ficar quieta ou ser claro em seus objetivos. Não permiti que aprendesse a usar poderes psíquicos atoa a ela.

Era um conflito de egos, literalmente. De um lado, um rapaz fragmentado pelas experiências e dores do passado, que não tem culpa nem da décima parte do que fizeram com ele, que sua mente despedaçada para para conseguir lidar com… bem, com tudo. Do outro, uma pessoa de outra dimensão, também com suas cargas, seus traumas e conflitos, mas que era externamente tão significativo para Matte que causava uma verdadeira pane no agente. Definitivamente era algo que nenhum deles queria lidar naquele momento, mas estava acontecendo.

Joseph ouviu os protestos de Matte e respirou fundo, abaixando a cabeça e balançando lateralmente. Seu rosto agora expressava um pesar muito grande. Ele não estava triste e emocionado, mas parecia… exausto? - É mais complicado que isso, garoto. - ele buscava as palavras dentro de si, não por serem difíceis de dizer, mas por elas meio que não existirem - Um Residente não possui desejos, vontades ou escolhas. Ele é alguém sem origem e sem destino. Sua vida se resume somente em lutar. A realidade de Joseph foi apagada por um colapso envolvendo a morte de Dialga e Palkia, entidades responsáveis pelo espaço-tempo. Joseph e outros órfãos foram salvos por Celebi, que quebrou a linha do tempo e os jogou em uma dimensão fantasma. Ele deu sorte de seu orfanato ser em Azalea. - quem agora toma a fala é Dr. Zan. Apesar de ser uma máquina, ele parecia ter alguns traços de humanidade.

Joseph, então, retoma a fala. - Já percebi que você é o cão de guarda, garoto. Sinceramente? Obrigado. - ele dizia as palavras mantendo o semblante sério e ainda com os olhos em pesar - Se eu tivesse um filho, gostaria de saber que tem alguém cuidando dele, mesmo que seja uma persona fragmentada. Acho que minha variante dessa realidade pensaria da mesma forma. - junto dessas palavras, veio o tom de voz como um pedido de trégua - Não se trata de vingança ou justiça. É sobre… legitimar minha existência. - ele da de ombros, enfim, conseguindo encontrar aquelas palavras que ele buscava anteriormente. - Estamos chegando. - Dr. Zan avisava, eles deveriam se preparar para qualquer coisa assim que a porta abrisse. Joseph respira fundo e se estica, meio que se espreguiçando. Então ele volta com o sorriso despretensioso no rosto e volta a falar com Matte. - Bem, hora de te mostrar como um Monclair age! Às vezes você aprende alguma coisa, moleque. - era claramente uma provocação infantil, mas do tipo que se usa para relaxar e conseguir se concentrar no que realmente deveria ser feito, naquele momento. Talvez em um outro momento eles pudessem retomar o papo e acertar alguns outros pontos. Mas naquela hora, tudo poderia acontecer, assim que a porta abrisse…