[Recrutamento de Aprendiz] - Natalie Chase

VOCÊ está usando as suas palavras contra você - e contra todas as pobres almas que já encontraram grãos ao invés de sorvete ao abrir a geladeira. Não obstante, ainda quer me oprimir só porque eu sou, curiosamente, uma ginasista no momento atual...

Tá me saindo melhor que a encomenda, hein?
Vou computar um alerta na sua barrinha.

Considerando que não foi preciso muito tempo para delegar as tarefas (afinal, era só uma saladinha...), a ruiva logo se pôs em ação. Todo mundo sabe que a melhor coisa a se fazer quando se trata de molhos é simplesmente JOGAR TUDO NUM VASILHÃO, misturar e a coisa sai pronta e belíssima. Pelo menos, isso foi o que coisas tipo Cook-Algo me ensinou, então espero que não esteja errado. Acredito que a maior trabalheira foi a de raspar os molhinhos que já estavam no final e começar a bater, tomando cuidadinho pra não exagerar em um e outro...

...dosando devagarinho, batendo, provando.....

É um minigame, né? Acho que posso só apertar ZZZZZZZZZZZ xxx xXxx Yyyy ZZz yxxx xxzzZZZZzxxzzxxXXXXXXZZZZZZZZZZ.
E nem é na testa da Aynnas, dessa vez.

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O membro 'Shianny' realizou a seguinte ação: Lançar Dados

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#1 '[D100] Porcentagens' : 30

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#2 '[D100] Porcentagens' : 3

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A PARTE IMPORTANTE AQUI, porém, todos nós já sabemos: SALADA. E como ela ficou pronta (com um belo sacolejo de braço pra poder bater bem esse molhinho, afinal, todos os jogos de mexido acabam sendo com colher pra não só clicar e ir embora), foi de maneira extremamente VITORIOSA que a ruiva pôde organizar o prato (ou, no caso, um potão com grandes quantidades) para... O mini-banquete claramente arquitetado por Crasher. Claro, teve que puxar um papel-filme pra poder cobrir o negócio e não acabar derrubando tudo quando entendeu que iam precisar sair correndo e tobogando por aí, além de dar uma sacolinha com talheres/pratinhos de plástico (que foi?) pra doninha levar junto, afinal, se quisessem beliscar, não ia ser em um potão só...

— Ei. — Chamou, suave, enquanto repassava a "louça" para a aquática. — Relaxa, ok? Não vai acontecer nada de ruim. — Prometeu para a alaranjada, inclinando-se brevemente à sua frente, na sua altura. — ...Dê orgulho pro Jr., ok? — Incentivou, dando uma piscadela e endireitando a coluna, se preparando para agarrar o pote e seguir em direção ao X final do tesouro...

...mas, por mais incrível que possa parecer, essa não era a parte importante. NÃO DE VERDADE!

A verdadeira, aliás, se revelou em formato de tecido que ocupou-lhe as mãos antes que pudesse pensar em levar a comida ou, mais especificamente, sequer pensar em permitir que o fizesse.

Não teve muito tempo para pensar a respeito - não antes que o homem partisse em disparada para seguir todo o trajeto que havia delineado há poucos segundos (ou, pelo menos, era a conclusão óbvia a se tirar). Mesmo assim, o fato não impediu que os pés travassem no lugar, os orbes acinzentados passeando pelo acessório tricotado com claro desleixo cuidadoso, passeando pelas linhas enquanto dava forma real ao objeto na mente e compreendia que se tratava, de fato, da máscara apontada de outrora.

...

Por um instante que fosse, se permitiu manter alheia à situação que desenrolava aos arredores. O polegar afagou os fios rubros que compunham o... presente, creio que dê para dizer. Analisou-o com mais cuidado que o tempo provavelmente permitia, os ombros relaxando com delicadeza e em apreciação muda ao artefato que agora tinha em posse e que, sinceramente, não tinha botado tanta fé da primeira vez que fora mencionado.

...era aconchegante.
Pensar que fora feito especialmente para si, é o que quero dizer.
Pensar que não havia sido um acaso aleatório, mas uma decisão (talvez impulsiva, mas não deixava de ser).
...pensar que, por mais bobo que fosse, era algo seu.

A respiração veio e foi, tal como o sorriso simples que tremeu e coloriu os lábios em suavidade singela. A cabeça balançou, discreta, e os dedos se firmaram na máscara e no pote de salada que, por um breve momento, fora abandonado em cima do balcão - então, correu. Fê-lo, pois a lerdeza do momento acabara tendo a consequência de deixá-la para trás e, bem, precisava alcançar seus companheiros de cozinha para não chegar na hora dos refris - só que com a comida.

...e não se lembrava de há quanto tempo sentia tamanha leveza nos ombros - e nos pés.

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Ainda bem que não respondi os SMS logo, então. Eu provavelmente teria perdido o segundo extra de vantagem que tive pra poder chegar a tempo no escorregador...
E isso é algo que, como bem sabemos, não pode simplesmente ser tolerado, sem mais nem menos.

Acredito que é fácil dizer, porém, que a ruiva ainda se demorou um pouco mais enquanto passeava os orbes acinzentados pela bagunça CLARAMENTE organizada de Crasher (ora, você não pode chegar na desorganização de alguém e começar a dar pitaco, ok? Isso é muito feio!). Não posso julgá-lo pelas pokébolas espalhadas, considerando que aquelas ali eram quase nada...

Então, me resta dizer que o que realmente chamou a atenção se tratou da repetição de imagem do rapaz heterocromo (e da menina!) que vira outrora, logo ali, no corredor. A cabeça se inclinou para o lado com discrição, admirando brevemente a gravura - mas não por muito tempo pois, como já mencionado pelo titereiro desta rota, tinha poucos segundos de vantagem antes que a doninha FAMOSA aparecesse por ali.

O que restou foi inclinar pertinho do ouvido da (outra) doninha, a não-famosa, e eu imagino que isso seja suficiente pra dar jeito na situação:

— Ei, não vai deixar um grandalhão estabanado sem supervisão com a sua coleção lá embaixo, vai? — Uma piscadela, abraçou o pote... E espero que tenha sido suficiente, pois lá se foi com a refeição preparadíssima para Wake Jr., logo atrás do líder de ginásio. Digamos que foi uma ótima aventura a de sair BUBUMBUM no tobogã e, sinceramente, uma que já tinha tido um tempo desde a última experiência. Foi até uma surpresa chegar do outro lado sem morrer ou se teletransportar no processo, então vamo que vamo!

A primeira coisa que fez quando o popô aterrissou no tapetinho na parte de baixo (ei, liberdade artística, ok?), foi... levantar. Meio desajeitada pra não derrubar tudo, é verdade, mas logo deu conta ao puxar uma mesinha mais pro meio da sala e foi ali que depositou o pote da refeição, tirando o plástico-filme para que deixasse o CHEIRINHO DE MOLHO NATATOUILLE começar a se acomodar no ar. Pouco depois, veio também Bombril com a sua mochila, o que ajudou a colocar uma lanterna pra poder iluminar o lugar e afastar o escuro para uma penumbra amigável.

Mas além disso, tinha outra missão, que foi a de fazer carinho nos brações de Crasher para afastar a tristeza do bichinho. Até abraçou o coitado!!!

— Ei, shh, shh... — Balançou o corpo pra lá e pra cá, suave, em um ninar abobado da muralha de dois metros e pouco. — Passou, passou. Ele tá vindo, não chora, não!!! — Tome, tome um carinho. Que é bem mais importante que arranjar uma desculpa qualquer, vamos combinar. — E ele vai ADORAR os seus pãezinhos cortados!!! Eles tão a coisa MAIS LINDA DO MUNDO!!! — É verdade, ok? Não magoe meu nenémzão grandão.

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— EU TE TREINARIA SE VOCÊ FOSSE UM AZUMARILL DE THICK FAT, CRASER WAKE!!! — Pronto. Era isso que você queria, uma EMOÇÃO LATENTE À FLOR DA PELE, um DEBULHAR DE AMOR TÃO VÍVIDO E PURO QUANTO ESSE? Claro, ele foi um pouco abalado pela ideia de ser catarrada, mas veja bem, vou simplesmente confiar que não foi o que aconteceu...

Você não gosta de coisas nojentas, afinal.

Mas de uma coisa que parece gostar, ah, essa coisa são emoções. Como pode ver, todo o trajeto até enttão está embargado delas, independentemente se bobas ou não - e o cenário atual certamente não foi diferente. O único problema é que a da vez não foi avisada com nenhum tipo de antecedência, o que resultou na metamorfose repentina da ruiva em uma boneca de pano desesperada que foi arrastada sem nenhuma capacidade de protestar, jogada de um lado para o outro e praticamente esmagada no processo.

Provavelmente a cena teria sido linda além dos olhos dela, é verdade.

— ...P-PERA, PERAÍ!!! — Os protestos caíram em ouvidos surdos, mas a parte boa é que não sofreu muito antes do AMOR ser prensado entre ambos os companheiros e, mais importante, a percepção de Júnior caísse sobre a Floatzel e... Bem, tudo mudou em um questão de instante - uma corrida de um casal na praia pra se esmagar pra alguma cena de novela que termina logo após o embate de vilão e mocinho.

Felizmente, foi o tempo que precisou para recuperar os sentidos de seu mini-sequestro pelo lugar.

— Nhh... — Um balanço curto de cabeça - e foi aí, e só aí, que se deu conta da cara fechada de Wake Jr. na direção da aquática. Provavelmente acharia um sinal TERRIVELMENTE ruim mas, considerando todo o backstory que tinha descoberto até então, confiou na ideia de que não estava tão ruim quanto parecia. Foi por causa disso que teve a segurança de simplesmente balançar a cabeça em afirmativa na direção de SandyLyndaTomoe2, em um incentivo mudo, quando o olhar desesperado da pobrezinha acabou recaindo sobre si.

...mas a ruiva mesmo tomou a dianteira de chegar mais perto de Wake Jr., antes de tudo e qualquer coisa.

— ...ela queria te conhecer. — Disse, devagar, calculando as palavras e o impacto que qualquer sílaba errada pudesse significar perante os ouvidos da estrela de cinema. — ... ...e fez seu jantar, também. — Comentou, suave, apontando para o potão com um breve movimento de cabeça. Independente de tudo e qualquer coisa, é sempre fato que uma emoção negativa pode ser facilmente suprimida diante de um bom pratão de comida.

Não era muito, mas era um pontapé inicial.