[ WOOPER & SHUCKLE ] Blood and Butter

off:

Entre se arrastar em um tubo apertado por UMA HORA, morrer num esgoto fétido, escalar uma escada fudida de aço por OUTRA HORA, ter que lidar com um bando de malucos e, não obstante, com a MALUCA DA SUA IRMÃ botando preocupações na sua cachola de um jeito nem de perto agradável, imagino que seja fácil descobrir que não estava lá de muito bom humor.

…Dizer isso dessa maneira é amenizar a fúria pulsante em seu coração, em realidade.

Então, não deve ser tão difícil de compreender que, quando recebeu outra mensagem da loira (após um longo momento de TENSÃO e INQUIETAÇÃO), precisou apagar alguns xingamentos que quase enviou pro celular da princesa. Em realidade, precisou deletar MUITA coisa - e, de textão em textão que nunca enviou, simplesmente respirou fundo, guardou o celular e aceitou o seu destino. Até porque, bem, digamos que seria bem melhor retribuir todo o processo pelo qual a bonita a fizera passar pessoalmente, né? Acredite, ponderou até levar Navi pra dar conta do serviço!

…A sugestão de poder curtir um dia no mar, porém, fê-la deixar a ideia um pouquinho pra lá.

Claro, precisava de um pouquinho de preparo - não simplesmente porque PLANEJAVA alguma coisa, mas pelo fato de que, recentemente, quase nunca tinha a possibilidade de ponderar uma ideia daquelas sem ter uma confusão por trás. Então, aproveitando que originalmente estava numa belíssima metrópole com shopping, parou pra comprar um shortinho-saia (que pudesse ser usado confortavelmente na água, duh) e um bíquini bonitinho de franja, antes de enfiar todos os seus pertences em uma bolsa de neoprene que adorava manter sempre à mão. Outra GRANDE decisão tomada foi a de não trazer consigo Bombril ou Ariel (fato que, sinceramente, incomodava BASTANTE o seu pobre coraçãozinho), mas… Havia um ótimo motivo para isso.

Esse motivo era Kelsier.

Veja, fazia algum tempo desde os acontecimentos de Mt.Silver e, após o fato, nunca tivera um momento apropriado para poder acalentar e distrair apropriadamente a cabeça do grandalhão a respeito de como toda a sua vida havia sido virada em 180º de uma maneira violenta e em pedaços - literalmente. A ausência de seus dois nenéns preciosos em uma paisagem marinha daquelas se dava exclusivamente por dois fatores: O primeiro era que Bombril tinha uma mania incrível de sair arremessando água em tudo e em todos, o que provavelmente não seria bem recebido pelo terrestre (e, bem, considerando o acidente que ocorrera no ginásio de Crasher, talvez o melhor a se fazer fosse evitar momentaneamente). O segundo era o fato de que apesar de ser um amor, Ariel não era o tipo de espécime que parecia lá muitos amigos em primeira mão e, cá entre nós, lidar com duas bestas gigantescas que se contrapunham provavelmente não era algo muito inteligente.

Pra resumir, queria dar umas férias dignas à serpente cinzenta.
E Karinna ia eventualmente começar a cobrar (HA) se não aparecesse com ela, é verdade.

Quando liberou o animal pela primeira vez, já era com consciência que um bichão desses provavelmente não ia se sentir o pivô da animação no meio de uma cidade flutuante de pau-a-pique. Em sua sonolência, ele espiou de um lado, de outro, se ergueu acima das palafitas e creio que tenha assustado uma ou duas crianças antes que um psst! meio alto da ruiva tenha chamado sua atenção. O cabeção inclinou para o lado, espiando-a, e abaixou em um trajeto engraçadinho de elevador quando a moça o chamou com os dedos.

— Ei, grandão… — Cumprimentou, um sorriso manso ao que apoiou a mão em sua carinha amassada, afagando-lhe a rígida superfície fria da testa. — Como é que você tá, hein? — Questionou, ainda consciente de que não viria uma resposta… em palavras, pelo menos. Os olh(ões)inhos do metálico ainda a vigiam enquanto ofertava-lhe carícias mansas. — Que tal um passeio, hm? A gente tem que achar a desmiolada da minha irmã… — Debochou; A breve inclinada de sua cabeça, bem, tomou como um assentir.

E até ameaçou ir em frente, mas digamos que as pernas foram interrompidas por um focinho gigante que as abalou por trás. Não estou exagerando ao mencionar que meio que caiu de bunda na testa do animal e quase foi de base pra trás - mas felizmente conseguiu se agarrar nas protuberâncias de suas… sobrancelhas?

— EEI, EEEEEEEEI! — Você não pode julgar um susto, pode? Principalmente um repentino. Mas foi quando o colosso se ergueu do chão e teve que forçadamente se ajeitar em sua cabeça, ainda que escorregando um pouquinho para trás, no primeiro elo, que compreendeu sua intenção - o que arrancou um riso besta da garganta.

Digamos que uma serpente gigante quando se procura alguém é, com certeza, uma ótima montaria.

…

— Tá, vamo ver… — Murmurou, apoiando uma das mãos contra a nuca do gigante de metal enquanto espiava o Pokénav e a localização da loira. — Ela deve ‘tá aqui em algum lugar. É só procurar uma doida possivelmente pelada, não deve ser tão difícil… — Ponderou com seus miolos, esticando o pescoço de um lado pro outro enquanto revistava a praia - não era exatamente lotada, mas também não estava vazia. Considerando que não havia nenhum estardalhaço em qualquer lugar, optou por dar uma olhadinho pelo mar - e foi só aí que enxergou, um pouquinho distante da orla (mas não o suficiente), uma cabeça dourada que facilmente poderia estar roncando no sol. — AH, ALI!!! — Deu duas batidinhas na cabeça do Steelix, apontando na direção do que julgou ser sua zé lelé. A serpente virou, piscou, andou…

E parou bem no limiar de onde as águas batiam.

Tenho que admitir que, considerando que a vasta maioria de seus pokémons não dava a mínima para aquele tipo de coisa, demorou alguns segundos antes de entender o que é que acontecia. Pendeu o corpo para o lado, tentando descobrir se havia algum obstáculo, mas claramente não havia nenhum - não para si, pelo menos.

— Que foi? — Perguntou, observando a maneira como a cabeça do animal se movimentou com discrição, um dos grandes olhos se chocando com os seus de um jeito contido, inquieto, antes que voltasse o olhar pras águas novamente.

E foi aí, meus senhores, e só aí, que a realização bateu.

— …Ei… — Chamou, suave, afagando a cabeça do grande animal. — …Tá tudo bem. Não vai te machucar. — Outra vez, a atenção do Steelix voltou para si. — …Confia em mim? — Pediu, suave. Compreendia o temor ou, em uma palavra talvez mais bem escolhida, a hesitação. Considerando o que havia experimentado da dimensão Rainbow e que se tratava de um pokémon treinado por Nicholas (vamos combinar - o ruivo não parecia o tipo de pessoa que tirava um dia numa praia), tinha a intuição que a massiva maioria das experiências do metálico com grandes quantidades de água ocorriam justamente em uma batalha, algo obviamente não muito agradável àquela tipagem de animal.

Entretanto, havia uma grande diferença entre um corpo d’água natural e uma bomba de poder aquática vinda de um pokémon que, de certa forma, quase sempre tinha com o único intuito induzir um nocaute assertivo.

— …Tá tudo bem se você não quiser. — Disse, finalmente, após alguns segundos de silêncio. — Eu posso ir sozinha. — Garantiu, espiando mais uma vez a distância entre a orla e a bonita dorminhoca (?). Já estava ponderando descer e se questionando se deveria levar algum pokémon consigo quando, em um arrastar vagaroso, o metálico se moveu em avanço. É verdade que se assustou com o fato, considerando que não esperava que realmente acontecesse - entretanto, um sorriso manso brincou pelo rosto, oferecendo um novo afago ao animal. ”Bom garoto”, pensou, mas deixou que a carícia falasse por si.

Então, foram. Pelo seu tamanho, Kel facilmente se erguia acima d’água por vários metros, mesmo quando a profundidade foi aumentando. Ao chegarem mais perto, identificou um projeto de Vaporeon distraído enquanto implicava com uma Staryu em uma rocha próxima, o que arrancou um riso curto da ruiva - e, quando olhou para a INOCENTE irmãzinha largada na outra pedra, foi quando um sorriso MALIGNO cobriu seus lábios. Não direi nada a respeito de chifres e rabo, mas acho que é uma ótima possibilidade a se deixar em aberto.

Se inclinou para frente, sussurrando algumas coisinhas no ouvido da serpente metálica. O animal a espiou por um instantinho, mas não questionou - abaixou no mar, abrindo a grande boca e coletando uma quantidade incrível de água antes que os dentes se fechassem, firmes, impedindo qualquer passagem do líquido precioso para fora. Calmamente, se ergueu outra vez, até que chegasse bem acima de Karinna, os olhões volvendo para baixo para se certificar que estava no lugar certo.

A monotreinadora não teve muito tempo antes de reclamar ou talvez sequer perceber o motivo do sumiço do sol e da sombra repentina que a cobriu, eu imagino. Não quando, em míseros milésimos de segundos, a cabeça do Steelix se reposicionou e sua mandíbula se abriu, despejando o banho de um “balde” gigantesco em cima da loira de uma só vez.

… … …essa é por ter me preocupado à toa, sua babaquinha.

Vá, até tentou ser uma ótima irmãzinha e não rir da cara da loira quando ela escapou da pedra e caiu na água que nem uma jaca podre, apertando os dentes contra o lábio inferior e reprimindo num sorriso travesso - ENTRETANTO, contudo e todavia, quando ela brotou pra cima xingando que nem um pedreiro maluco na mesma baforada que tratava a serpente com todo o amor do mundo, não deu: A gargalhada veio do âmago do estômago, tanto é que nem ligou quando recebeu um biquíni na cara. VIU, VIU??? EU FALEI. P E L A D A.

— OOOOI PRA VOCÊ TAMBÉM! — Debochou. Deu um tapinha leve no corpo da serpente metálica, que se inclinou e posicionou o cabeção perto da pedra - não que tenha tido alguma utilidade real. Não pense que você subiu nessa pedra, minha senhora, porque Chase fez ABSOLUTA QUESTÃO de se arremessar de cima de sua bela montaria direto pra cima de uma loira ingênua que se aproximava mais uma vez pra escalar sua pedrinha, o que resultou em novo mergulho (forçado, de certa forma). Mas o grande fato da situação é que esmagou os ossinhos da loira em um aperto saudosista. Não se engane: Depois de tanto tempo grudadas, sentia que não via a princesa há SÉCULOS!

E era verdade, de certa forma.

— Eu tava era esperando a madame me dar moral, isso sim! Só quer saber do namorado, agora, um absurdo, ESQUECEU COMPLETAMENTE da irmã... — Dramatizou um choramingo, puxando a peça de banho e amarrando-a nas costas da loira - com firmeza, dessa vez. Trabalho feito, largou os braços em cima dos ombros da loira, deitando a bochecha por ali e espiando a companheira. — ...nem me fala. Eu passei HORAS me arrastando em uM TUBO RIDÍCULO E ACHO QUE ENVELHECI UNS TRINTA E SETE AN-...................... que mancha roxa é essa no seu pescoço, hein?

...sabe quando você consegue cheirar que tem alguma coisa estranha no ar?
Bem, não era tanto o caso. Talvez seu narizinho ainda estivesse DANIFICADO por causa da odisseia no esgoto, mas o que eu posso te falar com toda a certeza é que conseguia sentir algo diferente.

Não que precisasse ser uma gênia especialista pra que isso pudesse acontecer. Não eram muitas as vezes que Karinna Bley não só emudecia diante de uma pergunta simples, mas também se portava como se fosse explodir a qualquer momento (e, juro pra você, temeu que o fato realmente ocorresse, levando em conta todo o seu histórico desagradável com kabooms, então até chegou a afastar um pouquinho a cabeça em um instinto primitivo que, se fosse parar pra pensar de verdade, provavelmente não se orgulharia a respeito).

Karinna de fato explodiu.
Entretanto, não da maneira que o subconsciente talvez estivesse esperando.
A cabeçona de Kel se movimentou para que pudesse olhar direito para a dupla, piscando uma, duas vezes. Ele se abaixou um pouco mais, quase mergulhando de vez, estreitando seus olhões em busca da tal mancha roxa mencionada pela ruiva em uma ÓBVIA inspeção. Eu não posso te dizer se ele entendeu ao certo o papo por ali, mas considerando suas origens, não sei se era tão impensável...
Sabe-se lá o que se passava naqueles miolinhos de metal.

— ...bem, — Começou, escolhendo cuidadosamente as palavras após limpar a garganta. Então, apontou com o dedão na direção do barquinho, onde algumas mães já arrastavam crianças pro outro lado - principalmente um moleque em específico que não devia nem saber limpar a bunda, mas fez questão de participar com um berro de "É ISSO AÍ, DÁ MESMO!!!! UHUUUUU!" — te garanto que não era isso o que eles deviam estar esperando quando ouviram falar do "turismo que te deixa intimamente conectado com a natureza"... — Debochou porque, sinceramente, havia como não?

— ...eu vou te matar, Karinna. — Foi o que sentenciou, momentos antes de afastar os braços dos ombros da loira e QUEBRAR ELA NA PORRADA DE CÓCEGAS. — EU TAVA MORTA DE PREOCUPADA COM VOCÊ, E VOCÊ TAVA SENTANDO POR AÍ??? — É pra fazer vergonha na irmã? Pois bora fazer vergonha na irmã. JÁ TINHAM OUVIDO TUDO MESMO, NUM TINHAM??? Mas, sim; Esse ataque durou alguns segundos, embora não tantos - era difícil quando ela se debatia que nem doida n'água, espirrando tudo pra todo lado, o que simplesmente arrancou uma gargalhada da ruiva, que finalmente cedeu e se afastou.

— Mas, me diz aí... A gente tá falando do mesmo Daisuke? Aquele lá, que dava tela azul de chegar perto da sua mão? — Não a julguem. Era uma pergunta EXTREMAMENTE VÁLIDA, ok??? — ...você tava falando tanto nisso que deve tar toda assada... — Provocou, arrastando algumas gotas d'água pra longe do rosto com as costas da mão. Não estava FALANDO SÉRIO, mas aquela era uma ótima oportunidade de fritar sua irmãzinha. E você acha MESMO que ia simplesmente deixar PASSAR????

Claro que não.

— EIIII — Reclamou (mesmo que com absoluta 0 moral) quando a água foi espirrada pelo batidão da loira. Kel não o fez, embora pudesse tê-lo: O grandalhão apertou os olhinhos e recuou um bocadinho, Eu não vou te dizer que ele SABE brincar, mas considerando sua ANÁLISE PRECISA das duas irmãs, considerou que sim. Isso resultou no gigante levantando a cabeça um pequeno metro e BATENDO NA ÁGUA COM TUDO, além de uma pequena onda que molhou todo mundo e arrancou a apresentação de "Mantou" de sua compreensão. — ........EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEI! — Dessa vez, a reclamação foi um pouco mais justa, direcionada ao grandalhão. Até chegou a tossir um pouco - GASP CASP ARF - e ter que esfregar o rosto por causa da água, porque o bonito foi tão lento na mini-subida que sequer teve tempo de processar as ideias malignas que maquinavam naquele cabeção. Ele nem ligou, abrindo um sorrisinho e apertando os olhinhos - e foi tão bonitinho que nem teve vontade de brigar com ele, ainda que esfregasse o punho em cima da sua bochechinha. — Tu tá sendo uma influência ruim pro Kelzinho, digo nada... — Sim, botou deliberadamente a culpa na loira. Você não achou que teria vergonha de fazer isso, né?

— .. .... ........VOCÊ DEU NO MEIO DE UM SEQUESTRO????? — Não era o que ela tinha falado. Não exatamente, mas você não pode virar pra mim e falar que era algo muito longe da realidade. Ou de possibilidade de pensamento. Principalmente quando se tratava daquela loira ali.

Quanto à água, se fez de loca e moca. ELA SABIA BEM QUE NÃO TINHA SIDO DAQUELE JEITO OK.

— .....meu deus? O coitado precoce, ainda deve ter dito que é porque você é muito gostosa — ...que foi? QUE TIPO DE CONCLUSÃO VOCÊ QUERIA QUE TIRASSE COM UM "MUITAS VEZES"? E vindo logo de Karinna, que mandava emoji de Kelpsy e Belue Berry e dizia que aquelas eram as verdadeiras frutas da felicidade? — Mas se você tá satisfeita, acho que é o que importa... — Debochou. Não era o tipo de situação que daria pra ficar satisfeita, eu acho, mas cada um, cada um. Será que esse é um nível transcendido de boiolinha?

— NOSSA, nem me fala dessa merda! — Reclamou - enquanto a loira fazia suas macacadas pra escalar a pedra de novo, a ruiva foi um pouquinho mais esperta (ou preguiçosa, você que sabe) e achegou pertinho de Kel, apoiando as mãos em sua cabeça e dando um impulsinho pra sentar na cabeça do gigante. Ele apoiou o queixo bem pertinho da pedra, o que resultava mais ou menos na mesma coisa de ficarem as duas ali em cima, com a diferença que havia mais espaço pra ficarem próximas sem MORRER. — Enquanto você tava lá NAMORAAANDO... O Luch tava dando uma passada lá em Hoenn, a gente ficou de se encontrar... — Enquanto a princesa torrava no sol, remexeu na sua mochila. Felizmente, não demorou fuçando, considerando que guardava a vara portátil em um dos bolsos externos (ou acabaria morrendo antes de encontrá-la), então logo fechou a bolsa de neoprene novamente pra deixar tudo protegidinho ali. — Você lembra que o Luch tinha lá aqueles envolvimento com gente estranha antes? Então... — Um suspiro irritado enquanto os olhos se mantinham na linha e no anzol que pacientemente organizava. — Você acredita que brotou um filho da puta chantageando a gente? E pra mim ainda veio com papinho de querer denunciar o rolê de R., você sabe... — ...sabe? ROCKET e tal...

— Inclusive, você é uma péssima irmã. Eu finalmente me livro dos roxo das pancada por aí e você já quer que eu fique toda colorida de novo, é? — Revirou os olhos, um sorriso debochadinho brincando nos lábios. Não era novidade pra ninguém que vivia marcada - fosse por explosões, necessidade durante missões Rocket ou simplesmente alguma coisa COMPLETAMENTE ALEATÓRIA. As cicatrizes não deixavam mentir, àquela altura.

O membro 'Shianny' realizou a seguinte ação: Lançar Dados

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'[PESCA] Fisgar Algo ' :

E foi somente quando levou TODO O SEU TEMPINHO DO MUNDO organizando a vara, olhando cuidadosamente ao redor e LANÇANDO A LINHA com toda a força que tinha em um ponto aleatório do mar que finalmente voltou a atenção para Karinna e percebeu que a loira a encarava quase como se tivesse duas cabeças.

— ...que foi? — OH. OHHHH, a vara era um problema? — ...não julgue sua irmã, você sabe que eu tenho que conseguir meus aquáticozinhos de algum jeito e nem sempre dá pra sair mergulhando por aí, ok??? — ...não que pescar fosse necessariamente menos demorado, mas você tem que entender que às vezes rola uma situação de, sei lá, PDOER PESCAR NAS DOCAS enquanto ESPERA SUA EQUIPE PRA UMA MISSÃO ROCKET.

Não dá pra mergulhar, sacou? Mas dá pra jogar uma linha.