WINNER 2 - Natalie vs Ayzen

[OFF:] OI de novo Renzinho. Oi Shi-fofa. Façamos uma boa batalha o/

Eu to com sono. Confesso que ter ficado na churrascaria até mais tarde com o Gaulvi, seus amigos e sua comunidade me deixou um pouco mais cansado naquele dia. Claro que quando a gente vai se aproximando do momento da batalha, aquele leve nervosismo acabava suprimindo a preguiça e a vontade de ficar debaixo da coberta no ar-condicionado do quarto. Mas sabia que eu estava em uma competição, então logo cedo eu coloquei café pra dentro, dei uma corrida na esteira da academia do hotel, e já estava novo em folha! Ou quase. ...

A arena estava animada. Cada vez que as batalhas das chaves se aproximavam das finais, o povo concentrava sua atenção nas finais. Confesso que noto que está mais populoso aquele estádio. Quando fui questionado sobre alguma coisa como “codinome”, apenas sorri dando de ombro. A ideia que passava era “não faço a mínima ideia, porque não sou criativo, mas confio em você”. Do outro lado, Nathalie, minha oponente, com dois Pokémon que prometiam dar um bom trabalho ali. - Oi, moça. Prazer em conhecer!- aquele leve grito acenando alto, já que estávamos em posições opostas do campo.

Não demorou para que a ordem fosse dada de inicio da batalha e eu não demorei pra ofertar os comandos. - Rotom, use Volt Switch em Hatterene e dê espaço para Donphan. Donphan, ataque com Knock Off o Hatterenete. Ceruledge, retorne, vamos de Copperajah. Copperajah, vamos testar esta belezinha de Tera Steel e use Heavy Slam em Haterrene.- e foi assim que eu dava os comandos 100% agressivo contra Hatterene, sem medo de ser feliz.

off:

Perai, o Ace das batalhas é da Máfia das Letrinhas? CALMA AÍ ENTÃO QUE EU TÔ NO MEU LUGAR DE FALA, essa batalha é minha e, se não for, eu infelizmente terei que processar. Eu provavelmente devo conhecer um advogado ou dois que assumiria essa causa. Terei de consultar atentamente com os fornecedores de--- figurinha.

AHEM!

De alguma maneira um tanto quanto esquisita, era estranho pensar que havia dado um jeito de galgar espaço até aquele ponto do torneio, especialmente levando em consideração que as regras da competição haviam limitado o uso dos pokémons para bichinhos que não tinha um pingo de intimidade e compreensão a respeito de suas 'funcionalidades' em campo. Mas, hey! E não é que pra sua surpresa, eles eram até que bons no que faziam, apesar do fato?

...uma pena que não tinha tido muito tempo pra pensar em como melhor aproveitar as forças e fraquezas de. É fato que, de um jeito ou de outro, tinha algumas coisas das quais se arrependia no processo...

Meh!

Orbes cinzentos passearam de maneira preguiçosa pelo telão que, milagrosamente e para sua grande felicidade, não repassava as imagens dos treinadores duelando em campo. O fato trouxe um discreto relaxar para os ombros, ainda que por um motivo ou outro, eles não estivessem propriamente tensos, por mais que a ideia de ter que enfrentar uma nova batalha (que, pra variar, era com alguém que não tinha pokémons muito amigáveis, por assim dizer) oferecia, indiscutivelmente, um breve nervosismo arranhando pela linha da coluna.

O que, obviamente, não a impediria de participar, de qualquer maneira.

Um dar de ombros foi tudo o que respondeu para a apresentadora a respeito de - ...pronomes? Um arquear de sobrancelhas veio por um brevíssimo instante, mas a ruiva não ponderou muito a respeito do fato. Em contrapartida, a fadinha psíquica pareceu bem feliz da vida com o reconhecimento que recebeu da drag, por um motivo ou outro - sua 'mãozinha' se ergueu no ar, balançando em um tímido cumprimento após uma delicada reverência pra lá e pra cá.

Quem não ficou feliz foi a Vaporeon, coitada, COMPLETAMENTE IGNORADA.
Isso é preconceito, tá? Ela até fez cara feia pra Floratta, torcendo o nariz na direção da arena e encarando os adversários que, pelo visto, seriam os únicos que lhe dariam um pingo de atenção.

Sniffle...

...Outra coisa que era estranha que é válido mencionar, por assim dizer, bem, se tratava do eletrodoméstico encarando sua ALMA do outro lado do campo. Um espécime que a ruiva encarou por bem mais que um ou dois segundos, assim que o olhar deitou em sua imagem; E, oh, céus, quão estranho era ter que lidar com um daqueles em um time adversário.

...que gosto ruim na garganta, era ter que enfrentar um dos seus.

— E aí? — Um acenar foi devolvido na direção de seu oponente, um sorriso simples brincando pelos lábios no processo de. — Te falar- É crueldade ter que enfrentar esse Rotom aí. — Um comentário passageiro, um riso curto e um balançar de cabeça. — É um dos meus principais... — MAS NÃO QUE ISSO IMPORTASSE TANTO- — Mas barraram ele na entrada, sacomé! — Um infortúnio.

Pra falar a verdade, talvez ela pudesse ter tentado colocar ele pra dentro com um Rotom Phone falso e-

...
...
...

Um tique no olho que veio, inevitável, assim que as ordens vieram em campo e um elefante gigantesco entrou no meio do campo de batalha - e não só isso, como também trazendo consigo a potência de uma terastalização e, obviamente, todo o foco da rodada havia caído na coitada da sua Hatterene. Um sorriso afetado brincou pelos lábios, mãos escorregando pra dentro dos bolsos com uma respiração lenta, profunda, tomando conta da sua postura por um momento.

— ...Como se o primeiro não bastasse... — Ugh. Infelizmente, naquela situação, não havia muito a se fazer. Não era como se pudesse simplesmente ignorar o elefante - a solução era, como havia acontecido muitos outras vezes, balançar a cabeça e encarar. — Maravilha. — Ou será que podia esfaquear pessoalmente o adversário do outro lado? Isso provavelmente poderia contar como algum tipo de vitória-

Ehem...

— Yawn no Copperajah... E no Donphan. — Foi a primeira coisa que pediu para seus pokémons. Uma esfera permanecia em mãos, casualmente jogada para o ar, só para ser recuperada mais uma vez em um agarro quieto dos dedos. — Nuzzle no Copperajah e Protect. — Um tiltar breve de cabeça para o lado, uma calmaria quase afetada brincando com a expressão.

Pode começar sem medo de ser feliz, mas também não vai ser feliz batendo, não.
Pelo menos, não agora!

o off n cabe onde eu gosto de colocar então vai aqui
boa sorte, que vença a melhor letrinha!!!!!!!!!

Battlefield

MAS NINGUÉM RESPONDEU??? Flora Floratta tentou ser inclusiva, mas parecia que nossos dois participantes ace não ligavam muito para seus pronomes. Vou tomar isso como um indício de que eles não se importavam com qual era utilizado, e não que eles haviam fugido das aulas de português — tenho quase certeza de que não são oriundos de Galar ou Unova para querer dar a desculpinha de que falam apenas inglês.

... De certa forma, era até que justo a queen ser ignorada, depois de também ignorar alguém em campo. Na defesa dela, na última vez em que mencionou um Vaporeon em um dos seus shows, um cara estranho com orelhas de Eevee apareceu do nada e começou a falar algumas coisas... pertubadoras. Mas enfim. Nada disso foi capaz de abalar a presença de espírito da apresentadora, que parecia continuar radiante.

— Pois então muito que bem, meu povo! A gente tá aqui pra causar, então sem tempo pra ficar de picuinha, né?! Ainda mais quando a gente tem uma lacradora tão grande em campo que sua mera presença já chama toda a atenção! — Falou ela, enquanto assistia Ayzen retirar seus Pokémon e então focar todos seus recursos sobre a pobre Hatterene. — Ayzen aparentemente não gostou desse lacre trans não ein... Mandou seus Pokémon embora, e aí trouxe não apenas um, mas DOIS ELEFANTES para arena. Pelo visto, a Hatterene não vai conseguir ignorar os elefantes na sala...

E foi assim mesmo. Rotom, com seu chicote elétrico, se ricocheteou para o lado de seu treinador, e este trouxe ao campo dois novos monstrinhos. Já Natalie parecia levar as coisas com mais calma: justificável, uma vez que ela tinha uma aliada tão bafônica quanto aquela psíquica. Seus bichinhos alvejavam os paquidermes com a maior tranquilidade do mundo. — E pelo visto, Natalie está tão acostumada em ser o holofote que ela nem liga muito... Vaporeon tá quase que dormindo, e pelo visto vai chamar Copperajah e Donphan pra sonequinha da tarde também... Mas lá está ela! Hatterene, o ícone trans, chocando todo mundo! Ou melhor, só o Copperajah mesmo, mas é isso que importa!

No meio disso tudo aí de choques, sonecas e trocas, parece que finalmente haveria espaço para alguma ação. Os dois elefantes começaram a correr juntos, indo na direção da bruxinha. Eles se prepararam, carregando todo seu peso para jogar sobre a fada e... ela só bocejou, como se tivesse tomado a partida de Vaporeon. Uma barreira mágica entrou na frente dos paquidermes, que trombaram nela e não conseguiram seguir adiante. Copperajah ficou tão confuso com o baque que caiu e nem levantou mais. Alguns segundos depois, começou a roncar sonoramente.

— MINHA NOSSA, E NÃO É QUE ELA CONSEGUIU IGNORAR OS ELEFANTES MESMO?!!!! HATTERENE NEM PISCOU DIANTE DA VISÃO DE DOIS COLOSSOS CORRENDO EM SUA DIREÇÃO! — FLoratta exclamou, claramente surpresa. Até então, ela estava só brincando, elogiando a bruxa por conta de sua paleta de cores particular, mas aquele movimento (ou sua ausência) de desaforo... Genial. — E ELA ENTREGA TUDO MAIS UMA VEZ!!! Ainda assim... São dois elefantes MUITO grandes. Será que Natalie e seus Pokémon vão poder continuar nesse lenga-lenga todo?

Ayzen | Hearthome City | Natalie

✰

LOG:

Você já ouviu falar que elefante tem medo de rato?

Pois sim - eu devo admitir com muita firmeza que, diante dessa dupla pesadíssima, a ruiva se sentiu extremamente tentada a simplesmente jogar seus dois roedores (viu só? Um pra cada um, ninguém fica de fora!) em campo, mesmo que só pra assistir ao seu lado, considerando que eles haviam sido BARRADOS da competição.

— Duplo Muddy Water. — Foi o primeiro pedido que arriscou ao seu pokémon, olhar desviando brevemente na direção do aquático enquanto as mãos deslizavam pra dentro dos bolsos do moletom. Em uma carícia suave, dígitos roçaram pela orbe que ali repousava, na intenção de uma Terastalização a ser ocorrida no segundo turno.

...Talvez fosse burrice, fazer esse tipo de coisa em frente à dois mamutes.
Independente do motivo, porém, ela o fez de qualquer maneira.

— Shadow Ball no Copperajah e Dazzling Gleam. — Acrescentou, a cabeça pendendo suavemente para o lado enquanto os orbes acinzentados passeavam pela imagem de Donphan, um breve estreitar na direção do baixinho terrestre. Não era uma situação boa, aquela ali na qual estava metida, e a ruiva tinha plena ciência desse fato.

Mas, hey!
Não era como se pudesse fazer muita coisa além de encarar e tentar, né?

Um elefante dormindo, outro irá dormir. A dupla estava coberta pelo efeito de sono do Yawn do Vaporeon. Muito bem, muito bem. Parecia que os dois iriam um encostar no ombro do outro e babar perante os turnos que se seguiriam a partir dali. Copperajah foi o primeiro. Donphan não ia deixar seu esposo ir pra cama sozinho. Eu apenas assenti positivamente.

- Donphan, use Knock off em Hatterene. Em seguida, High House Power em Vaporeon. Copperajah, tente acordar e use duplo Heavy Slam em Hatterene.

Diante da minha demora que durou na prática 1 segundo e na realidade mais de 24h, volto a mim pra dar ordens, ignorando a existência de tudo.

- copperajah, use duplo Heavy Slam em Hatterene. Donphan, use High House Power, um em Hatterene e outro em Vaporeon

...oh.
Será que os elefantes REALMENTE têm medo de rato?
Porque o que aconteceu naquela rodada, logo após o pensamento de trazer seus roedores em campo corroer a mente... Bem, certamente podia se tratar de uma singela coincidência, ou talvez seria um pavor silencioso que tentou arrebentar os dentes dos peso-pesado.

Seja lá qual for a explicação, Chase não se deu ao luxo de demonstrar muitas reações além de um discreto sorriso pincelando pelos lábios, um olhar simples lançado na direção da frustradíssima Vaporeon. Levando em conta a situação, talvez não fosse pra menos: Quem é que gosta de ser ignorado desse jeito, especialmente quando tornou a atenção pro campo em um pedido de não-ignorância?

Partir pra ignorância por si só é consequência.

— Duplo Ice Beam na Donphan. — E a atenção se voltou para a fada psíquica. — Protect e Dazzling Gleam. — Uma nota mental foi feita a respeito do comentário de Floratta pra levar a aquática pra tomar um sorvetinho. Seria válido, não? Ninguém poderia dizer que, até então, sua desenvoltura com as situações não havia sido excepcional.