O garoto cometeu o crime de estragar uma foto. Contudo, não tardou para se redimir e tirar outra foto. Que inclusive, a melhor foto que vão ver na vida. O garoto é bom.
Artemísia, que a tão pouco estava desfrutando de um espetinho de camarão, se surpreendeu com um membro da organização. O homem ofertava uma participação em trocas de mimos para todos. Ser uma pessoa bonita apresentava suas vantagens. Logicamente, não tardou para sumir em meio aos bastidores
Nesse desenrolar, o Nicholas finaliza sua apresentação. O homem tinha muito conhecimento sobre música e sabia tocar instrumentos e fazer um show. Ao menos o garoto via dessa forma, no mínimo muito maneiro. O garoto Hayato parecia estar cercado de pessoas extraordinárias.
O treinador conhecido por ser uma pessoa complicada socialmente saiu, assim disponibilizando o palco para a próxima atração. Agora era a vez do Luch apresentar. O homem começou com seus passos de dança, com toda uma coreografia e músicas bem divertidas. A Meo-May o acompanhava sem perder os passos, estavam fazendo um bom trabalho.
Mais uma apresentação finalizou, e outra iria se iniciar, dessa vez não era uma pessoa conhecida. Um garoto com uma flauta entrou na vista da multidão, parecia bem experiente. No repertório tinha uma música chamada ‘Asa branca’, parecia famosa. Bem, nosso garoto Hayato não ficou muito para apreciar esse candidato. Procurou por um membro administrativo do torneio para que pudesse ver a possibilidade de entrar, visto que estava um pouco atrasado em sua decisão. No momento, restava um retorno positivo.
O criador, com uma ideia em mente, tentou se preparar com o tempo que lhe sobrava. Passeou ao redor da praia, onde conseguiu encontrar um homem vendendo coisas. Sem demora, comprou um óculos transparente e arredondado com armação dourada, simples e nada chamativo.
Quando retornou, a apresentação da Karinna estava por iniciar. Como disse antes, cercado de pessoas extraordinárias. Karinna parecia muito calma na vista de todos, com um bom som de fundo fazia sua apresentação com seus passos seguidos por seus monstrinhos. Seria bem complicado escolher um para vencer de tão bom que foram todas. O melhor de tudo era a Flora transmitindo os talentos de todos, parecia se divertir muito com isso.
Enfim, Karinna se despedia do público, enquanto o organizador chamava outro nome. HAYATO FUJIWARA! O garoto então conseguiu sua vaga. Nesse momento se atrapalhou um pouco, visto que antes não tinha nenhuma resposta confirmada. Pôs o óculos em seu rosto, nítido o nervosismo. Arrumou o cabelo de uma forma um tanto exótica para sua pessoa, puxou para os lados, como uma franja lateral, de forma que ficasse visível sua testa. Parecia até ser um cabelo lambido.
Demorou poucos minutos para que o garoto se organizasse, e então, subiu no palco acompanhado de sua companheira Kaya. O monstrinho acenava para o público e então se acomodava em uma bateria que ficava um pouco atrás de onde estava o microfone. Hayato, nervoso, visto a multidão que se estendia em sua frente, acabou por deixar o silêncio tomar conta por poucos segundos. Mas, o silêncio se quebrou quando sem querer acabou causando aquela interferência no microfone, enquanto tentava se acomodar.
– P-perdão! M-me cha-chamo Hayato! – ainda meio nervoso introduzia sua apresentação – Er… então, vocês sabem o que um tijolo falou para o outro? – questionou, emendando a resposta – Há um ciumento entre nós! Hahha… – Kaya que estava na bateria, coordena algumas batidas, como um BA TUM TSS!
Então o talento do garoto eram piadas engraçadas? Vamos ver o que o público acha. No momento ninguém parecia morrer de rir, com exceção da raposa que ficou com os outros. Gargalhava enquanto batia a pata no chão, mas nada muito exagerado. Se o garoto focasse em sua turma, poderia ver a cena. É um ótimo senso de humor.
– Contei uma piada química, mas não houve reação! Tudo bem, tudo bem, essa é a melhor. O que o Growlithe disse quando viu que arrumaram a árvore de natal? – o monstrinho companheiro fazia batidas de suspense acompanhando a fala do garoto, enquanto o mesmo apresentava entusiasmo em contar as piadas, era uma boa dinâmica, e melhorava o clima – Oh, então finalmente colocaram luz no banheiro! Hahahah. – essa aumentou o nível, algumas pessoas pareciam gostar, era melhor do que esperava – Sabe, isso me lembra que o aniversário da minha tia é no natal, e eu tinha que dar um presente, né? É o aniversário dela, e como era natal valia por dois! Então eu pensei bastante, mas minha tia é uma pessoa um pouco esquecida, das coisas, sabe? Ela esqueceu que era aniversário dela. Mas para a sorte dele, meu presente era um cartão de memória, não esqueceria mais! Hahahah.
O garoto seguiu contando piadas e histórias engraçadas, ao menos ao seu ver. E não estava com o mesmo nervorsismo de antes, o que proporcionou uma melhor apresentação. Mas o melhor com certeza era o monstrinho na bateria acompanhando suas piadas. As piadas não eram muito boas, mas isso com certeza trazia um ar a mais, entende?
– Para finalizar, vou contar mais uma boa para vocês! – anunciou o garoto.
Então, um camarada chegou na lanchonete, né?
– Bom dia!
– Meu nome é Djalma e eu quero um suco de laranja!
O atendente perguntou:
– De que?
– Djalma!
Essa era a melhor no seu repertório, não tem como.
Sua apresentação terminou, o garoto se curvou junto ao seu monstrinho para a plateia, agradecendo a atenção. Algumas pessoas pareciam gostar, aplaudiram o garoto. Fico feliz com isso, eu, narrador.
Hayato saiu para os bastidores, e um repórter ou algo assim fez uma pergunta sobre a apresentação.
– Hayato, certo? Você acha que o público odiou ou amou sua apresentação? –
– Ahhn… – o garoto olhou para a câmera que o filmava – Ah, essa é fácil! Os dois! Amaram tanto que vão odiar por isso! Haha.
Faz sentido? Não sei, mas a pergunta que ninguém fez: como um Krookodile consegue tocar bateria tão bem?
Encerra abertura de The Office.