Explorando a Cidade de Olivine! A Chegada de um Novo Recruta.

Olivine City - Ken, the explorer

Como uma demonstração de boas vindas, os primeiros raios da manhã afagavam a pele de nosso jovem - e mais recente treinador - Ken Asagiri! Vindo diretamente da região fria de Sinnoh agora jazia no centro movimentado da cidade morna e litorânea de Olivine! O que trazia o rapaz para começar sua aventura em parte tão longínqua de suas raízes? Bom, pelo menos seu objetivo era claro. O rapaz como um entusiasta das práticas de investigação policial agora procurava uma forma de introduzir-se nesse mundo. Em uma região totalmente diferente, apenas com seu companheiro Houndour como algo familiar ele poderia sentir-se um pouco perdido em como agiria dali, felizmente nada que pudesse abalar o seu otimismo.

Enfim. A manhã ensolarada fazia a cidade parecer exatamente como o cartão postal, grandiosa, clara, um pouco quente e… estranhamente vazia. Não me levem a mal ainda havia certa movimentação de trabalhadores e transeuntes mas todo o conhecedor da Região saberia que Olivine era uma cidade bem mais movimentada. Dado não só a zona portuária como também pelo turismo gerado pelas praias. Ainda sim se o Ken observasse ao seu redor não veria muitas lojas abertas, e os poucos que passavam pareciam meio tensos e sem muita conversa. O que era péssimo para o objetivo do nosso novato.

Felizmente como narradora onisciente que sou, posso listar algumas opções resultantes de qualquer observação mais atenta do local. Na frente de Ken havia uma placa indicando alguns locais interessantes. Se seguisse para a direita, o rapaz encontraria o centro Pokémon, o local perfeito para um treinador iniciante encontrar abrigo, itens e também informações. Para a esquerda havia a indicação da Delegacia de Olivine, o famoso DPO. Dessa mesma esquerda vinha uma uma jovem carregando vários folhetos em seus braços. Cada gato pingado que conseguia encontrar a mulher entregava um dos seus folhetos e gritava palavras de ordem. Se ficasse parado provavelmente Ken também seria abordado.

E como última opção, se nosso treinador olhasse para frente veria um parquinho de terra batida e vários brinquedos. Deveria ser um local bem frequentado dadas tantas atrações, no entanto apenas um garotinho jazia ali solitário. Solitário não! Ao seu lado havia um Rattata correndo em círculos ao redor de suas pernas como se pedindo atenção. De shorts e boné azul dava a entender ser um dono do Pokémon e o pequeno parecia bem decepcionado, para não dizer triste, ali suspirando e quase ignorando o pobre ratinho. Sim, um muleke e um Rattata porque aqui também apoiamos os clássicos.

Os locais, a jovem, o garotinho. São um bocado de opções certo? Qual delas poderia ser a que chamaria a atenção de Ken?

Olivine City - Ken, the explorer

Mesmo que a curiosidade fosse forte, a empatia de Ken pelo garotinho parecia falar mais alto. Usava de alguns pensamentos dedutivos sobre o ratinho e o jeito do pequeno treinador para concluir que precisava de alguém para ouvir dos seus problemas mundanos. Mas não se preocupe a mulher dos folhetos acabou estacionando na frente de uma loja para distribuir os papeis, então ele poderia tentar abordá-la mais tarde se quisesse.

Um pouco desajeitado mas com as melhores intenções, Ken abaixava-se para perguntar ao menino se estava tudo bem. O pequeno, antes tão envolto em pensamentos tomava um pequeno susto antes de subir o olhar para o rapaz. Rattata por sua vez parava de correr para encarar Ken e Ace com um olhar curioso. Foram necessários alguns segundos, como se pergunta-se se deveria falar ou não, que o rapazinho finalmente se manifestou.

- A-ah! Nossa moço você me assustou! Hum... - Agora seu olhar voltava para o chão, antes dele pegar o ratinho no colo ao perceber que realmente tinha ignorado o pequeno. - Eu e o Tatá estávamos treinando a semana toda. Pois hoje ia eu... E meus amigos batalhar.... A gente quer ser treinador né e finalmente todos ganhamos o primeiro pokémon ... Então a gente combinou de ver qual era o mais forte do clube! - Ele parou um pouco para fazer um carinho em seu pokémon e suspirar. - Só que aconteceu alguma coisa na cidade e ninguém pode sair de casa, os pais não deixam nem vir aqui pro parquinho... E só sobrou eu... Mas eu queria muito muito mostrar o movimento maneiro que a gente aprendeu. - Realmente parecia uma grande quebra de expectativa para o menino. Com seus 6 ou 7  anos ele não deveria ter muita experiência com batalhas e sem permissão para sair da cidade ansiava para ter essa primeira experiência.

- Então moço qual seu nome? Você não parece daqui... Eu sou o Bento! E esse aqui é o Otávio! - Mostrou o ratinho novamente que olhava para Ken de maneira perdida. - Mas ele só responde se chamar de Tatá. - E ao ouvir o nome finalmente os olhos do Rattata focavam no treinador e este soltava um guinchado feliz de cumprimento. Bom o problema foi apresentado, e ainda com uma pequena menção que havia algum problema na cidade. Será que Ken iria tentar ajudar o rapazinho a realizar seu desejo? Ou apenas focaria na informação que recebeu e partiria?

Olivine City - Ken, the explorer

- Oi Ken! Espera.. Outra região? Sério? Que região? É legal lá? Tem muitos pokémon diferente? Então você é treinador também. - Mesmo sendo bombardeado por perguntas. Ken ainda mantinha o foco. Tentando manter o seu código moral, ele pressentia que a parte em que "nenhuma outra criança pode sair de casa" poderia ser algo grave e logo objetivava levar o rapazinho para casa. Felizmente graças a tecnologia com apenas alguns toques em seu Rotom Phone, o rapaz conseguia alguns esclarecimentos ao ver a primeira página do jornal local "A Hora de Olivine"

Após recusa em ajuste de subsídios, familiares dos policiais de Olivine protestam na delegacia da cidade e impedem a saída dos mesmos

A matéria não possuía muitas informações e pela data havia acabado de ser publicada, logo com alguma dedução Ken perceberia que esse tal protesto deveria estar acontecendo nesse exato momento. E como confirmação conseguia escutar de longe a mesma mulher que distribuía os folhetos gritando para alguns transeuntes

Olivine City - Ken, the explorer

Mesmo que sua cabeça estivesse já a mil com as possibilidades de acontecimentos em uma Olivine desprotegida, Ken sabia que não havia muito o que fazer além de acatar as condições do garotinho. Enquanto se perguntava sobre o policiamento civil da cidade, se daria ou não conta, o rapaz e seu houndour procuravam uma posição. Em uma parte vazia e ampla e terra batida parecia ser o local determinado pelas crianças que antes jaziam ali para fazerem suas batalhas amadoras. Tal possibilidade ainda se confirmava quando Bento e Tatá direcionavam-se para o lado oposto do campo. Era quase como uma batalha oficial certo?

- Isso! Vamos lá Tatá! Preparado? - Agora os olhos do rapazinho estavam cheios de determinação e animação prontos para sua estreia. - Vamos começar usando nosso movimento novo super secreto! Taunt e Quick Attack! - Dizia fazendo algumas poses dramáticas, quase como se quisesse imitar o personagem de algum desenho animado que via na televisão. Ele começava os comandos então só restava agora para Ken o contra-ataque.

Enquanto na rua a mulher havia acabado com seus cartazes e palavras e, percebendo que não teria muito mais o que fazer, direcionava-se no sentindo da delegacia onde supostamente haveria o tal protesto. Talvez esse fosse o próximo local a ir depois de deixar Bento em segurança. Pelo menos é que pareceria natural.

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