Ainda era pela manhã quando Satoshi deixou sua casa, levando consigo apenas uma mochila sobre as costas e esperança em seu coração. Além destas duas coisas, o jovem treinador ainda era acompanhado de perto por seu amigo Psic, apelido dado por ele à seu amigo Kadabra, quando este mesmo ainda era um pequeno Abra.
As solas dos sapatos de Satoshi estavam bastante gastas, reflexo da valentia do rapaz em trilhar todos aqueles duros caminhos por onde havia deixado sua marca. Satoshi era sim um jovem treinador, mas não um treinador inexperiente ou novato, já havia passado por poucas e boas em sua carreira como treinador, e não deixaria mais uma boa aventura escapar bem debaixo de seu nariz.
Os dois, treinador e Pokémon estavam prestes a entrar na estranha e sinistra cidade de Lavender, todos já sabiam das histórias e mitos que assombravam a todos os moradores daquela cidade e afugentava qualquer turista que passasse por ali, mas não estes destemidos guerreiros.
- Vamos andando amigo, não podemos nos intimidar apenas por estas histórias! – Satoshi estava decidido e ninguém iria tirar essa idéia de sua cabeça.
A cada passo dado para dentro daquela macabra cidade, um clima gélido e sombrio tomava conta do local e deixava na alma de nossos heróis a incerteza sobre o que aconteceria dali para frente. Uma névoa bastante densa começava a baixar na cidade, isso já era por volta de meia noite, Psic já não estava mais tão confortável em andar por aquelas bandas como haviam feito no começo, poderiam também notar que nenhuma viva alma caminhava por aquelas ruas, nem sequer o centro Pokémon estava aberto, realmente era algo inédito, algo para deixar qualquer treinador de orelhas em pé.
- Será um problema se você precisar de cuidados meu amigo, nem mesmo o Centro Pokémon nos poderá dar alguma assistência a essa altura... Bem vamos continuar seguindo ao sul! – Satoshi estava mesmo despreocupado... Àquela altura dava-se pra desconfiar se o treinador era mesmo despreocupado ou de fato um tolo inconsequente.
De repente, a névoa começava e se dissipar, o tempo começava a ficar mais ameno e já era possível notar que a lua dava o ar da graça no céu, isso talvez fora um bom presságio, ou apenas uma desagradável coincidência mesmo, agora que tudo havia aparentemente ‘clareado’ os dois davam de frente à um estranha torre, com dois chifres ao alto e muitas avarias a sua volta, parecia ser uma construção bastante antiga e macabra.
- Vamos entrar... – Os limites de Satoshi estavam extrapolando qualquer expectativa, até mesmo de seu fiel escudeiro, Psic, ninguém que conhecesse bem aquele rapazote jamais imaginaria que fosse chegar tão longe apenas por uma leviana tentativa de encontrar aventura.
Sem nem ao menos ainda ter entrado, o Pokémon Psíquico sentia uma presença estranha, algo que os estivera rodeando logo quando entraram na cidade sem eles terem percebido. O portão que dava o acesso ao interior daquela torre assemelhava-se a uma enorme boca, onde a porta, talhada de boa madeira davam a sensação de que se fossem dentes.
Assim que entraram perceberam que poderiam enxergar muito pouco, o ambiente estava todo escuro e sem sinal de ninguém ali dentro, os passos dados por Satoshi e Psic poderiam ser ouvidos até do lado de fora, o chão era bastante velho e todo feito à madeira, por isso rangia muito. Como por encanto, uma sucessão de velas foi começando a se ascender, seguindo desde as que se encontravam perto da porta até chegar ao meio, onde estava um Hall aberto com uma escada ao fundo. Agora com tudo mais claro, Satoshi e Psic poderiam ver, que ao final da escada se encontrava um Haunter, Pokémon tipo Fantasma que parecia rivalizar com Psic, no topo da escada um homem alto e mascarado.
- Quem são vocês e o que querem aqui? – Esbravejou a estranha figura
Satoshi não era muito de conversar com estranhos, mas esquentadinho como era não ia sair desse sem retrucar o figurão.
- Eu sou quem pergunto... – Satoshi tinha sempre algo na ponta da língua, mesmo que fosse algo mal-educado.
- Ora essa, mas que garoto insolente! Não tenho tempo para você... Vou mandá-lo de volta para casa! Vá Haunter! – Logo mandava seu Pokémon ao ataque.
Psic também entrava em cena, não poderia deixar que seu treinador fosse ferido por outro Pokémon sem que ao menos tentasse fazer algo. O falastrão não deixava escolha ao treinador, teria que comandar seu Pokémon naquela batalha sem sentido caso quisesse de fato saber o que estava por trás disso tudo.
Satoshi começou agressivo, ordenou de cara que seu Kadabra começasse usando seu poderoso Psycho Cut, um golpe bastante veloz que se acertasse seu oponente com certeza causaria muitos danos. Haunter, porém não iria aceitar tão facilmente um golpe desse tipo, sabendo principalmente dos riscos que corria, tratou logo de preparar um Shadow Ball e enviar na direção de Kadabra. Os dois golpes muito poderosos se chocavam no ar e causavam uma grande explosão que lançava ambos os Pokémon contra a parede, causando-lhe alguns danos.
Os dois logo se levantaram para continuar o combate, Haunter era mais veloz e sabia dessa sua vantagem, tratou de chegar perto de Kadabra e logo usar o Lick, golpe esse que deixava Kadabra paralisado. A única coisa que o estranho homem não contava era com a habilidade especial de Kadabra, o sincronismo, que fazia com que os mesmos efeitos infringidos ao Pokémon fossem aplicados também ao adversário. Com os dois Pokémon paralisados, os treinadores não tinham muitas opções. Psic conseguia se livrar primeiro da paralisia, e logo desferia um poderoso Psycho Cut contra o Haunter, que ainda paralisado nada pode fazer.
Estava sendo realmente uma batalha emocionante, mas que estava caminhando para o final, os Pokémon eram de alto nível de competição, com ataques muitos fortes e eficazes um contra o outro. O estranho homem começava a perceber que suas chances de vitória estavam a cada rodada, mais escassas; teria que acabar com o combate ali mesmo ou toda a verdade seria revelada.
O Homem mascarado parecia não precisar dar instruções verbalmente á seu Pokémon, até agora Haunter tinha feito tudo sem ouvir uma palavra, talvez usando telepatia, talvez adivinhando o que seu treinador queria... O fato era que Satoshi não sabia ao certo o que de tão estranho aqueles dois compartilhavam, só sabia que teria que vencê-los em uma batalha para descobrir.
O fantasma era quem tomava a iniciativa agora, começava o turno usando um poderoso Dark Pulse, uma poderosa onda negra que ‘caminhava’ ao encontro de Psic.
- Não fique parado, revide usando o Psybeam! – Prontamente o rapaz tomava parte da batalha e tentava algum movimento para defender seu amigo.
Mais do que rápido, Kadabra colocou as colheres que carregava em suas mãos a frente do corpo e atacou usando o Psybeam, como havia sido dito por Satoshi. Os golpes também se colidiam no ar, mas para esta vez, quem tinha levado a melhor fora o fantasma, seu golpe parecia mais poderoso e arrasava o raio psíquico de seu adversário; que logo após era lançado contra uma parede. Satoshi assistindo a tudo, não tinha mais o que fazer.
- Use o Psychic e acabe com tudo.
Mesmo bastante debilitado Psic obedecia a seu mestre e usava o golpe. Haunter era envolvido por uma força sobrenatural que suprimia seus poderes e movimentos, não podia fazer nada, era uma marionete nas mãos de Kadabra agora. Psic que estava com os olhos brilhando, por conta do golpe que estava sendo usado tratou logo de trazer se adversário para a lona.
Haunter ainda poderia continuar com a batalha, embora estivesse muito debilitado... Porém não nessa noite. Surpreendentemente o treinador puxou de seu cinto uma Monster Ball e com uma espécie de raio vermelho recolheu seu Pokémon. Satoshi não poderia enxergar muito bem no topo da escada onde estava o sujeito, mas pode ouvir algumas palmas ecoando por entre aquelas paredes, descendo as escadas e chegando aos seus ouvidos.
- Mas porque isso agora? O que vai fazer?! - Indignado o rapaz disparava perguntas para o estranho ser.
- Não temos mais que continuar com isto... Você me libertou jovem treinador...
Sem entender nada, Saotshi continuava parado, perplexo e estático, seus olhos saltavam do rosto, apenas esperando o próximo capitulo daquele episodio.
- Como assim, eu te libertei... Não fiz absolutamente nada. – Ainda sem entender, Satoshi continuava a sua ‘investigação’.
- Vou lhe contar então... Ou melhor, vou lhe mostrar.
Os olhos já arregalados do herói tornavam-se ainda maiores, o que estava presenciando à frente de seus olhos era simplesmente encantador e ao mesmo tempo assustador. Em um divino show de luzes o tal mascarado começava a ser ‘içado’ para o alto enquanto seu corpo começava a brilhar fortemente, nisso aquela antiga torre antes pouco iluminada era agora toda acesa sabe-se lá pelo que. O mascarado homem continuava em um tipo de transformação brilhante enquanto o menino via tudo boquiaberto. Uma explosão final revelava a verdadeira identidade do mascarado, ou neste caso, a alma.
- Fui amaldiçoado por uma bruxa, condenado a passar a eternidade trancada nesta infernal torre, que um dia chamei de lar... Mas isso não importa mais, eu lhe agradeço jovem treinador, poderei enfim descansar em paz. – Ao dizer isto, a alma sumia no ar sem deixar rastros.
Satoshi começava a se sentir tonto, seu Pokémon já estava caído ao solo, não se sabia ao certo se pela fadiga da batalha ou pelo mesmo motivo de Satoshi. De repente a visão do treinador ficava totalmente turva, até que o mesmo apagasse de vez.
Na manhã seguinte, Satoshi acordava no centro Pokémon, sem se lembrar de nada. Saia normalmente pela cidade, que agora já não tinha nem sombra daquele ar sinistro que tinha na noite passada, parecia outro lugar... Até mesmo a dita torre havia sumido. Mesmo sem saber de nada, esse que agora partia de Lavender havia se tornar um grande herói, um herói sem rosto, sem identidade e sem os louros da fama, mas um herói discreto e humilde, que só sonhava em fazer o bem.
As solas dos sapatos de Satoshi estavam bastante gastas, reflexo da valentia do rapaz em trilhar todos aqueles duros caminhos por onde havia deixado sua marca. Satoshi era sim um jovem treinador, mas não um treinador inexperiente ou novato, já havia passado por poucas e boas em sua carreira como treinador, e não deixaria mais uma boa aventura escapar bem debaixo de seu nariz.
Os dois, treinador e Pokémon estavam prestes a entrar na estranha e sinistra cidade de Lavender, todos já sabiam das histórias e mitos que assombravam a todos os moradores daquela cidade e afugentava qualquer turista que passasse por ali, mas não estes destemidos guerreiros.
- Vamos andando amigo, não podemos nos intimidar apenas por estas histórias! – Satoshi estava decidido e ninguém iria tirar essa idéia de sua cabeça.
A cada passo dado para dentro daquela macabra cidade, um clima gélido e sombrio tomava conta do local e deixava na alma de nossos heróis a incerteza sobre o que aconteceria dali para frente. Uma névoa bastante densa começava a baixar na cidade, isso já era por volta de meia noite, Psic já não estava mais tão confortável em andar por aquelas bandas como haviam feito no começo, poderiam também notar que nenhuma viva alma caminhava por aquelas ruas, nem sequer o centro Pokémon estava aberto, realmente era algo inédito, algo para deixar qualquer treinador de orelhas em pé.
- Será um problema se você precisar de cuidados meu amigo, nem mesmo o Centro Pokémon nos poderá dar alguma assistência a essa altura... Bem vamos continuar seguindo ao sul! – Satoshi estava mesmo despreocupado... Àquela altura dava-se pra desconfiar se o treinador era mesmo despreocupado ou de fato um tolo inconsequente.
De repente, a névoa começava e se dissipar, o tempo começava a ficar mais ameno e já era possível notar que a lua dava o ar da graça no céu, isso talvez fora um bom presságio, ou apenas uma desagradável coincidência mesmo, agora que tudo havia aparentemente ‘clareado’ os dois davam de frente à um estranha torre, com dois chifres ao alto e muitas avarias a sua volta, parecia ser uma construção bastante antiga e macabra.
- Vamos entrar... – Os limites de Satoshi estavam extrapolando qualquer expectativa, até mesmo de seu fiel escudeiro, Psic, ninguém que conhecesse bem aquele rapazote jamais imaginaria que fosse chegar tão longe apenas por uma leviana tentativa de encontrar aventura.
Sem nem ao menos ainda ter entrado, o Pokémon Psíquico sentia uma presença estranha, algo que os estivera rodeando logo quando entraram na cidade sem eles terem percebido. O portão que dava o acesso ao interior daquela torre assemelhava-se a uma enorme boca, onde a porta, talhada de boa madeira davam a sensação de que se fossem dentes.
Assim que entraram perceberam que poderiam enxergar muito pouco, o ambiente estava todo escuro e sem sinal de ninguém ali dentro, os passos dados por Satoshi e Psic poderiam ser ouvidos até do lado de fora, o chão era bastante velho e todo feito à madeira, por isso rangia muito. Como por encanto, uma sucessão de velas foi começando a se ascender, seguindo desde as que se encontravam perto da porta até chegar ao meio, onde estava um Hall aberto com uma escada ao fundo. Agora com tudo mais claro, Satoshi e Psic poderiam ver, que ao final da escada se encontrava um Haunter, Pokémon tipo Fantasma que parecia rivalizar com Psic, no topo da escada um homem alto e mascarado.
- Quem são vocês e o que querem aqui? – Esbravejou a estranha figura
Satoshi não era muito de conversar com estranhos, mas esquentadinho como era não ia sair desse sem retrucar o figurão.
- Eu sou quem pergunto... – Satoshi tinha sempre algo na ponta da língua, mesmo que fosse algo mal-educado.
- Ora essa, mas que garoto insolente! Não tenho tempo para você... Vou mandá-lo de volta para casa! Vá Haunter! – Logo mandava seu Pokémon ao ataque.
Psic também entrava em cena, não poderia deixar que seu treinador fosse ferido por outro Pokémon sem que ao menos tentasse fazer algo. O falastrão não deixava escolha ao treinador, teria que comandar seu Pokémon naquela batalha sem sentido caso quisesse de fato saber o que estava por trás disso tudo.
Satoshi começou agressivo, ordenou de cara que seu Kadabra começasse usando seu poderoso Psycho Cut, um golpe bastante veloz que se acertasse seu oponente com certeza causaria muitos danos. Haunter, porém não iria aceitar tão facilmente um golpe desse tipo, sabendo principalmente dos riscos que corria, tratou logo de preparar um Shadow Ball e enviar na direção de Kadabra. Os dois golpes muito poderosos se chocavam no ar e causavam uma grande explosão que lançava ambos os Pokémon contra a parede, causando-lhe alguns danos.
Hora da Batalha!
Kadabra {Psic} - Lv. 46 (M)
HP: 87%
Ability: Synchronize
Status: Normal
Vs.
Haunter - Lv. 47 (M)
HP: 82%
Ability: Levitate
Satus: Normal
Condições de Batalha: Salão amplo, porém fechado com iluminação baixa e solo regular. Uma escada ao fundo e nenhum móvel ao redor
Os dois logo se levantaram para continuar o combate, Haunter era mais veloz e sabia dessa sua vantagem, tratou de chegar perto de Kadabra e logo usar o Lick, golpe esse que deixava Kadabra paralisado. A única coisa que o estranho homem não contava era com a habilidade especial de Kadabra, o sincronismo, que fazia com que os mesmos efeitos infringidos ao Pokémon fossem aplicados também ao adversário. Com os dois Pokémon paralisados, os treinadores não tinham muitas opções. Psic conseguia se livrar primeiro da paralisia, e logo desferia um poderoso Psycho Cut contra o Haunter, que ainda paralisado nada pode fazer.
Hora da Batalha!
Kadabra {Psic} - Lv. 46 (M)
HP: 87%
Ability: Synchronize
Status: Paralyzed
Vs.
Haunter - Lv. 47 (M)
HP: 48%
Ability: Levitate
Satus: Paralyzed
Condições de Batalha: Salão amplo, porém, fechado com iluminação baixa e solo regular. Uma escada ao fundo e nenhum móvel ao redor
Estava sendo realmente uma batalha emocionante, mas que estava caminhando para o final, os Pokémon eram de alto nível de competição, com ataques muitos fortes e eficazes um contra o outro. O estranho homem começava a perceber que suas chances de vitória estavam a cada rodada, mais escassas; teria que acabar com o combate ali mesmo ou toda a verdade seria revelada.
O Homem mascarado parecia não precisar dar instruções verbalmente á seu Pokémon, até agora Haunter tinha feito tudo sem ouvir uma palavra, talvez usando telepatia, talvez adivinhando o que seu treinador queria... O fato era que Satoshi não sabia ao certo o que de tão estranho aqueles dois compartilhavam, só sabia que teria que vencê-los em uma batalha para descobrir.
O fantasma era quem tomava a iniciativa agora, começava o turno usando um poderoso Dark Pulse, uma poderosa onda negra que ‘caminhava’ ao encontro de Psic.
- Não fique parado, revide usando o Psybeam! – Prontamente o rapaz tomava parte da batalha e tentava algum movimento para defender seu amigo.
Mais do que rápido, Kadabra colocou as colheres que carregava em suas mãos a frente do corpo e atacou usando o Psybeam, como havia sido dito por Satoshi. Os golpes também se colidiam no ar, mas para esta vez, quem tinha levado a melhor fora o fantasma, seu golpe parecia mais poderoso e arrasava o raio psíquico de seu adversário; que logo após era lançado contra uma parede. Satoshi assistindo a tudo, não tinha mais o que fazer.
- Use o Psychic e acabe com tudo.
Mesmo bastante debilitado Psic obedecia a seu mestre e usava o golpe. Haunter era envolvido por uma força sobrenatural que suprimia seus poderes e movimentos, não podia fazer nada, era uma marionete nas mãos de Kadabra agora. Psic que estava com os olhos brilhando, por conta do golpe que estava sendo usado tratou logo de trazer se adversário para a lona.
Hora da Batalha!
Kadabra {Psic} - Lv. 46 (M)
HP: 19%
Ability: Synchronize
Status: Paralyzed
Vs.
Haunter - Lv. 47 (M)
HP: 14%
Ability: Levitate
Satus: Paralyzed
Condições de Batalha: Salão amplo, porém, fechado com iluminação baixa e solo regular. Uma escada ao fundo e nenhum móvel ao redor
Haunter ainda poderia continuar com a batalha, embora estivesse muito debilitado... Porém não nessa noite. Surpreendentemente o treinador puxou de seu cinto uma Monster Ball e com uma espécie de raio vermelho recolheu seu Pokémon. Satoshi não poderia enxergar muito bem no topo da escada onde estava o sujeito, mas pode ouvir algumas palmas ecoando por entre aquelas paredes, descendo as escadas e chegando aos seus ouvidos.
- Mas porque isso agora? O que vai fazer?! - Indignado o rapaz disparava perguntas para o estranho ser.
- Não temos mais que continuar com isto... Você me libertou jovem treinador...
Sem entender nada, Saotshi continuava parado, perplexo e estático, seus olhos saltavam do rosto, apenas esperando o próximo capitulo daquele episodio.
- Como assim, eu te libertei... Não fiz absolutamente nada. – Ainda sem entender, Satoshi continuava a sua ‘investigação’.
- Vou lhe contar então... Ou melhor, vou lhe mostrar.
Os olhos já arregalados do herói tornavam-se ainda maiores, o que estava presenciando à frente de seus olhos era simplesmente encantador e ao mesmo tempo assustador. Em um divino show de luzes o tal mascarado começava a ser ‘içado’ para o alto enquanto seu corpo começava a brilhar fortemente, nisso aquela antiga torre antes pouco iluminada era agora toda acesa sabe-se lá pelo que. O mascarado homem continuava em um tipo de transformação brilhante enquanto o menino via tudo boquiaberto. Uma explosão final revelava a verdadeira identidade do mascarado, ou neste caso, a alma.
- Fui amaldiçoado por uma bruxa, condenado a passar a eternidade trancada nesta infernal torre, que um dia chamei de lar... Mas isso não importa mais, eu lhe agradeço jovem treinador, poderei enfim descansar em paz. – Ao dizer isto, a alma sumia no ar sem deixar rastros.
Satoshi começava a se sentir tonto, seu Pokémon já estava caído ao solo, não se sabia ao certo se pela fadiga da batalha ou pelo mesmo motivo de Satoshi. De repente a visão do treinador ficava totalmente turva, até que o mesmo apagasse de vez.
Na manhã seguinte, Satoshi acordava no centro Pokémon, sem se lembrar de nada. Saia normalmente pela cidade, que agora já não tinha nem sombra daquele ar sinistro que tinha na noite passada, parecia outro lugar... Até mesmo a dita torre havia sumido. Mesmo sem saber de nada, esse que agora partia de Lavender havia se tornar um grande herói, um herói sem rosto, sem identidade e sem os louros da fama, mas um herói discreto e humilde, que só sonhava em fazer o bem.