[There Are Several Ways. What Will You Choose?] - Route Two -

O Sol estava ao cume do meio-dia. Iluminando sua rebaixada servente, a Terra, cujo esta vivia em órbita eterna ao seu redor, atirava seus majestosos raios luminosos à pontos que poderiam até mesmo dizer-se impossíveis. Há quem diga que sua luz possa penetrar as entranhas do Globo, trazendo vida ao núcleo deste planeta, onde a predominância da água se faz presente em sua divisão de dois terços.

De todo modo, tal fato não alteraria o ritmo do coração acelerado da ruiva. Em batidas que lembravam a de um tambor, velhos dilemas a perseguiam. O quê poderia fazer caso surgisse algum problema maior? E se seus pokémons encontrassem um obstáculo insuperável? Alguma nova abertura em pleno espaço-tempo poderia firmar-se ao infinito? Teria a mesma sorte de escapar desta com vida?

Várias outras perguntas rondavam sua mente, era inevitável. Ela ainda não tivera a capacidade de acostumar-se com a rotina de uma nova aventura. Sempre, sem exceções, sua reação inicial era exatamente como a que estava sendo agora.

Medo e insegurança. Curiosidade e animação. Como alguém poderia ter a capacidade de resistir por tanto tempo com tais sentimentos e sensações?

Ela sabia que não deveria ser assim. Seus instintos, perseverança e companheiros. Eles não mereciam uma boa dose de confiança? Infelizmente, seu senso lógico não possuía a coragem de adaptar-se à isso. Afinal, não se pode vencer qualquer coisa com a fé, não é verdade? Ou tudo que ela pensara por toda sua vida estava completamente mergulhado em equívoco?

Tais pensamentos não ajudavam em nada seu estado psicológico atual. A ansiedade pesava por seus ombros, juntamente com a responsabilidade. Tinha em mãos quatro pequenos para cuidar, além de si mesma. Como ela aguentava isso? Bem, eis uma coisa que era mistério para a garota.

Se a vissem agora, ela até podia imaginar quais reações seus pequenos poderiam esboçar. Ryo provavelmente tentaria confortá-la com sons, expressões e atos. Tyse a marcaria com mais manchas roxas de bicadas enquanto a encarava de modo desafiador e cheio de superioridade, como sempre. Zuby, com sorte, apenas permaneceria em silêncio e perto de si. Já Spinda... Este era difícil de dizer. Não sabia bem como era sua personalidade, mas algo lhe apontava que seria um pequeno brincalhão e infantil. É, seus companheiros não eram os mais normais do mundo, sem dúvida nenhuma. Não que se incomodasse com isso, sinceramente. Até apreciava tal coisa. Normalmente, costumava se entediar com repetições sem um detalhe especial. Aí sim teria um problema em mãos, não é verdade?

Enquanto a brisa fresca divertia-se por entre as mechas ruivas da garota e as fazia rodopiar no vácuo, a calmaria aos poucos a atingia com os pensamentos. Como sempre, não poderia ser tão ruim. Certo?

Às vezes, precisava ter um pouco - ou muito - mais de confiança em si mesma e no destino. Tudo deveria dar certo no fim. Ou, no mínimo, escapariam com vida e, sem dúvida, todos juntos. Esse era seu desejo, dever e objetivo. Não poderia deixar essa responsabilidade de lado.

O quê poderia encontrar pela frente, bem, apenas o tempo poderia dizer, sendo este próximo ou não.

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OFF: Para o ser que tiver coragem de me narrar;
Oi *^* Eu espero que não faça você narrar uma rota que seja muuuuuito entediante. Paciência com a tia, tá? ><

Off: Serei seu narrador espero que se divirta.
Off2: Sou corajoso o/

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A treinadora adentrava na Rota 2 como se essa fosse sua primeira, todas as sensações do inicio de sua jornada, voltava a cada passo que ela dava para dentro da pequena rota, o entusiasmo e a também o medo, subiam pelo seu corpo.

O sol do meio dia iluminava a rota, aves cantavam, pokémon passavam de um lado para o outro, mas nada que atiçasse a curiosidade da jovem, mais isso não durou por muito tempo.
A ruiva continuava sua caminhada pela estrada de terra, perdida em seus pensamentos, até que algo quebrou o silencio, era um pedido de socorro, não de um humano e sim de um pokémon, ele estava distante, muito além das árvores, mas mesmo com toda a distancia a treinadora tinha que saber do que se tratava.

Seus pensamentos voavam longe, mas foram automaticamente sugados para a realidade ao ouvir o grito do animal. Olhando rapidamente em volta, precisou morder o lábio inferior ao notar que não teria muito sucesso em apenas tentar ver. Afinal, o pequeno provavelmente estava longe.

Ela respirou fundo, liberando seu pequeno Nidoran da esfera bicolor que o envolvia. O animal logo tomou forma em um raio luminoso de tom escarlate. A garota abaixou-se perto do companheiro, respirando fundo.

- Zuby, eu preciso de sua ajuda - Ergueu levemente uma mão quando os gritos se repetiram - Se atente à esse som e guie-nos até seu ponto de origem, certo? - Rapidamente levantou-se. Não precisou esperar muito tempo antes do animal sair em disparada, acabando por precisar correr atrás dele.

Nunca mais iria pensar em ter problemas. Sinceramente? Isso só atraía azar para si...

A corrida por entre as árvores quase alucinada, rendeu-lhe uns bons arranhões por galhos. Era melhor nem pensar sobre quantas vezes acabara tropeçando em uma raiz ou algo do tipo.

Ela precisou parar um pouco para tentar recuperar a respiração já descompassada, antes de ver a coloração das águas há poucos passos de distância. E era exatamente de lá que vinham as clemências por ajuda.

Aproximando-se da margem, precisou olhar por um mínimo de tempo antes de notar o pequeno pokémon arroxeado, assustando-se com a situação do menor. Seu primeiro impulso foi correr pela grama, seguindo a correnteza. Também não poderia perdê-lo de vista, ou de nada adiantaria ter ido até ali. Inclusive, o animal - não tivera ainda a consciência de sua espécie - era arrastado pelas águas em velocidade espantosa.

Mas que poderia fazer? Tinha a consciência de que Ryo não seria de ajuda justamente por não ter aprendido a lançar seu Vine Whip. Distância seria problema para a pequena, sendo o caso de querer puxar o pokémon para fora do rio.

Obviamente, estava fora de questão entrar em suas águas. Seria uma pura tentativa falha; provavelmente a correnteza a tragaria. Zuby e Spinda, nem pensar.

Restava sua única opção com chances de sucesso; Tyse.

Recolhendo o conhecido objeto esférico, um raio escarlate ocupou-se com o trabalho de expulsá-lo para fora de seu local de repouso.

Ao ver-se no ar, o pássaro encarou os lados por um tempo antes de retornar para o ombro de sua treinadora, meio estressado por ter sido chamado para, supostamente, nada. Infelizmente, não era hora para isso.

- Tyse, depois você faz o quê bem entender, mas agora vai precisar colaborar - Foi sua primeira reação à atitude. Poucas gotículas de suor percorriam uma trilha em seu rosto pela corrida sem descanso. Se bem que deveria começar a se acostumar com isso - Está vendo ali? - Apontou para o galho que boiava sob as violentas águas azuladas do rio - Preciso que você voe até lá e traga o pokémon que estiver lá para mim. Segure-o firme com suas patas, entendido? - O animal ficou a olhando por um tempo, antes de simplesmente balançar a cabeça e dar um rasante na direção da vítima em apuros.

Sinceramente, nessas horas era quando mais agradecia ter tido a sorte de encontrar um Pidgey realmente veloz...

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A treinadora estava ofegante na margem do rio, mas tinha que deixar o cansaço de lado se quisesse realmente salvar o pokémon. A correnteza estava forte, e a jovem tinha que pensar em suas opções, o Bulbasaur não seria útil naquela ocasião, já que não sabia usar suas vinhas, o Nidoran também não ajudaria, suas pequenas patas não chegariam nem perto do pokémon que ali estava preso, mas havia uma luz no fim do túnel, o seu Pidgey, com certeza era a melhor escolha.

A garota falou para que seu Pidgey pegasse o pokémon pelas patas lhe tirando do rio, o pokémon pássaro ficou receoso em um primeiro momento, afinal, estava arriscando a sua vida, mas quando o Pidgey olhou para o pokémon preso, não podia recusar a ajuda, era muito sofrimento para aquele pequeno bichinho.

O Pidgey voou para o rio, com uma incrível determinação, pegou o pokémon pelas patas, e retornou ele para margem, o pokémon roxo se assemelhava muito com um rato, estava cansado de tanto segurar naquele galho, mas isso não o impediu de dar um grande abraço na treinadora que o salvou.

A garota apenas relaxou quando o pequeno foi segurado e erguido no ar por seu pássaro. Ela precisou sentar no chão antes que acabasse caindo. Seus sentidos jaziam bloqueados temporariamente pela adrenalina que ainda corria até mesmo por seus poros. As batidas de seu coração retumbavam, ecoantes, dentro de seu peito. Seus lábios entreabertos mandavam fortes golfadas de ar para fora de seus pulmões, as recuperando no mesmo ritmo. Aquele era o seu limite. Não aguentaria por nem mais um minuto caso não parasse para descansar.

Apesar de tudo, não pôde deixar de abrir um pequeno sorriso quando o roedor aproximou-se, acariciando gentilmente sua pelagem com uma das mãos. Não conseguiu resistir em tomar em mãos o aparelho eletrônico avermelhado da mochila, mirando calmamente a lente do objeto para o animal, se atentando para a já conhecida voz robótica provinda de tal, analisando mentalmente as informações obtidas de sua espécie.

Por meio segundo, refletiu sobre o fato de uma batalha ter a chance de ser o melhor meio de ver se ele não havia adquirido nenhuma espécie de problema mais sério, apesar disso, foi meio obrigada a ignorar. Não era louca ou corajosa o suficiente para tentar tal tática por si só.

Lançou um sorriso agradecido à Tyse, que apenas se encolheu em uma bolinha de plumas, encostado ao tronco de uma árvore. Afinal, se o animal arroxeado estava bem, os créditos eram de seu pássaro, não é verdade? Deveria recompensá-lo depois, de algum modo.

Voltou a atenção para o pequeno em seus braços, o fitando por algum tempo.

- Você está bem, pequenino? - A pergunta saiu de modo automático. Bem, quem se importa? Não achava que isso poderia ser taxado como loucura. Os incomodados que se retirem, ora bolas!

A garota não aguentou, quando o resgate foi concluído, ela caiu no chão, a adrenalina daquele momento travaram todos os seus músculos, e a jovem mal conseguia ficar em pé, mas o aquela sensação estranha foi quebrada, quando o pokémon arroxeado lhe deu um abraço, era o único jeito que ele poderia agradecer.

A treinadora não sabia quase nada do pokémon que acabará de resgatar, assim, decidiu pegar a sua pokédex, e apontá-la para o roedor.

Rattata
Koratta

Morde qualquer coisa quando está atacando. Vive procurando objetos duros para roer. Consegue viver em qualquer lugar e reproduzir muito depressa.

Ela ouviu atentamente tudo o que a voz mecânica dizia, queria saber cada detalhe, e também queria informações sobre a saúde do Rattata.

A garota pensou em começar uma batalha, mas não achou certo forçar o Rattata a uma luta, sendo que ele poderia estar bastante machucado.
Mas ela estava errada, já que o próprio roedor decidiu retribuir a treinadora novamente, chamou a atenção da jovem, e deu alguns passos para trás, ficando em posição de batalha.

Era preciso admitir que a ruiva surpreendeu-se um pouco com a disposição daquele pequeno. Ela o olhou por um tempo, pensativa. Bem, por quê não aceitar, não é verdade?

Tornou a erguer-se, refletindo por dois segundos que escolha deveria tomar para o combate. Tal coisa não demorou muito.

Retirou uma de suas esferas da mochila. Um feixe luminoso percorreu o vácuo enquanto a luz tomava a forma do animal escolhido. Seu bulbo foi a primeira coisa facilmente identificável.

- Ryo, essa batalha é sua, pode ser? - Pediu, abaixando-se ao lado da menor e tocando com suavidade as folhas de suas costas. Sentia o leve estremecimento e hesitação de avanço, mas apenas balançou a cabeça - Eu sei que sua última tentativa não deu muito certo. Mas esse tipo de coisa acontece. E eu quem errei ao mandar você em um conflito com desvantagem. Não quero que se preocupe dessa vez. Vai dar tudo certo - Tomou a pequena nos braços, a abraçando e beijando levemente o topo de sua cabeça, logo deixando-a firmar novamente as patas no chão.

Demorou algum tempo, mas a gentil Bulbassaur não enrolou muito ao tomar sua posição, hesitante e ao mesmo tempo determinada. Um sorriso ocupou os lábios da ruiva.

- Muito bem! Comece com um Growl e avance no Rattata com um Headbutt! - Estava animada. Não iria decepcionar sua companheira. Ah, isso qualquer um poderia apostar.

Hora de voltar à ativa!

A treinadora se surpreendeu, a ultima coisa que esperava de uma Rattata que quase morreu, aconteceu, a roedora queria retribuir sua salvadora com uma batalha.
A jovem pensou, tinha que fazer a escolha certa para aquela luta, mas não demorou muito e ela já foi tirando a sua Bulbasaur, ela estava abalada pela ultima derrota e a garota queria dar confiança para sua companheira.

A Bulbasaur começou a grunhir para a adversária, que ficou bastante assustado, e perdeu um estagio de sua defesa. A Rattata logo se recuperou, e deu um grande salto que parou na frente da oponente, a roedora não hesitou e desferiu um potente Tackle.
A pokémon da ruiva ainda tentou dar uma cabeçada na roedora, mas a Rattata estava esperta, deu um pulo para o lado e desviou do golpe majestosamente.

Hora da Batalha
Campo: A luta se passa na margem de um rio, que estava com uma correnteza incrivelmente forte, o dia esta muito quente, mais do que o normal.

	Vs.
Bulbasaur (F) Trait: Overgrow Lv. 07 90% Status: Normal		Rattata (F) Trait: Guts Lv. 06 100% Status: -1 Defense