Pokémon Mythology RPG
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A Jasper's Tale - Rumo ao Platô!

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† Post 01: Rota 22 - O caminho Jasperiano †




Foram poucos dias, mas foram intensos.

Era com esse pensamento que Wilhelm e SpitFire caminhavam pela Rota 22 logo após saírem da Cidade de Viridian.

Em poucos dias eles haviam se conhecido, lutado batalhas que queriam e não queriam ter lutado, "capturaram" um Pidgey, libertaram um Pidgey, conhecido uma singular Enfermeira Joy, aprendido diversos golpes novos, evoluído pessoalmente e o principal, se tornaram amigos inseparáveis.

Wilhelm antes de ir embora da cidade pegou um dos jornais gratuitos que estavam na Academia Pokemon para ler. Soube das novidades que estavam acontecendo e inclusive descobriu finalmente quem era a velha misteriosa com quem havia lutado. Um achado! Dera muita sorte em ter uma luta tão singular.

Agora na Rota 22 seu objetivo era outro. Ele ia tentar chegar até o Planalto Indigo para procurar o local onde viveu seu antepassado, Kitsuno Jasper, o funfados dos Clã dos Jasper, dos Olhos Vermelhos. O mapa indicava o caminho, mas não indicava o que eles encontrariam pela frente.

Foram conversando, e antes ainda do entardecer, resolveram fazer um Pit Stop para um lanchinho. Ainda levava consigo o Ovo de páscoa, mas resolveram comer outras coisas mais nutritivas. Sentaram-se embaixo de uma árvore grande e cheia de galhos e folhas. Abrigados do sol, naquela sombra puderam parar e observar a bela natureza que seguia por aquela rota.

- "Spit. Chega mais rapaz. Você está com sede? Depois desse descanso nós vamos testar aqueles novos golpes em combinação com outros. Quero ver você preparado pro combate!"

Olho a paisagem ao meu redor. Procuro um local com água para beber e encher meu cantil. Além disso, procuro sinais de perigo. Disseram que é uma zona com alguns Pokemons que podem ser agressivos.




OFF: Hey Narrador! Boa tarde! Se não for muito, sigo alguns preceitos de não capturar Pokemons e tenho um certo comportamento diferente dos outros treinadores. Se ainda não tiver feito isso, sugiro que leia minha ficha para que eu não acabe passando desnecessariamente pela rota. Espero poder acompanhar um game maduro, surpreendente e diferente.
Abraços.

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OFF: Me esforçarei ao máximo para adaptar-me com seu personagem e peço desculpas se acabar fazendo besteira! >.<
Espero que se divirta! o/
~Desculpe pelo post ridiculamente terrível, mas estava meio que sem inspiração ;-;
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Poucos e intensos dias. Wilhelm adentrava a Rota Vinte e Dois com esse mero pensamento. Sua pequena salamandra de fogo servia-lhe de companhia no longo caminho de estrada batida. Era até estranho ver suas afinidades, considerando o pouco tempo que estavam unidos. Inclusive, travaram combates e enfrentaram perigos que não desejavam. Recentemente, até mesmo salvar um Pidgey se somara às suas aventuras.

Neste local cerrado, seu único objetivo era alcançar o Planalto Indigo, em busca do local que servira de moradia para seu mais velho antepassado, fundador de seu clã de origem. Possuía o mapa e o trajeto do caminho, mas não os empecilhos que ali encontraria.

Pouco antes do pôr do sol, aliados estancaram no lugar para apreciar uma simples e saudável refeição, que restauraria suas energias e lhes forneceria a vontade de prosseguir seu trajeto. Ao sentar-se encostado ao tronco, o moreno observava fixamente a natureza que envolvia-lhe, permitindo que um simples sorriso emoldurasse seus lábios finos.

Deixando alguns lembretes no ar para Spitfire, este sendo o nome de seu companheiro de viagem, Wilhelm passava os olhos a seu redor, em busca de uma nascente de água. Nada via-se por perto e, obviamente, precisaria se erguer de seu local de aconchego e caminhar para encontrar tal líquido da vida.

O piar dos pássaros rasgava a barreira de som e servia como fundo de voz para a Rota. Figuras minúsculas e indefinidas planavam ao longe. Paz, apenas isso e nada mais: Eis a definição que servia perfeitamente para tal paisagem.

Isso é, ao menos era o que ele pensava.

Abruptamente, um grito forte, um pio engasgado. Era isso que interrompia os pensamentos tranquilos do rapaz, que, em alerta, erguia-se novamente, juntamente de seu Charmander.

Os barulhos eram cada vez mais altos, mais desesperados. E, aos poucos, se fechavam para sua própria origem, diminuindo os timbres e aos poucos trazendo novamente a suposta tranquilidade e o ar de tensão por sob o ar.

Novamente, o silêncio.

O quê o moreno iria fazer?

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† Post 02: A Tempestade depois da calmaria. †





Continuando sua jornada em busca do seu passado e do seu futuro, Wilhelm tirou uma folga de sua caminhada para descansar e se alimentar no fim da tarde, em companhia de Spitfire e do pôr do sol.
Tudo era calmaria e tranquilidade, o normal naquele recanto de paz e harmonia que era a rota que seguia em direção ao local mais aclamado do continente de Kanto, o caminho para a Victory Road.

Enquanto descansavam ao pé de uma árvore ouvindo o piar dos pássaros, Wilhelm e SpitFire se assustaram com um som diferente do habitual. Um grito em meio aos sons naturais, logo abafado e voltando a normalidade.

Ao ouvir o estranho barulho logo assimilo como um grito que poderia ser considerado um pedido abafado de socorro. Me levanto e chamo Spit para guiar o caminho, já que seus sentidos são mais apurados.

- "Spit! Você também ouviu isso! Rápido, de qual direção veio este chamado?!"

- "Char! Char!" - Disse SpitFire apontando para a direção noroeste.

- "Vamos garoto! Vamos ver o que está acontecendo! Precisamos saber se isso foi um pedido de socorro. Alguém pode estar em perigo!" - respondo em seguida.

Correndo na direção especificada, eu vou na frente enquanto SpitFire logo vai me seguindo.



OFF: Obrigado por me aceitar! Espero que posamos nos dar bem juntos Smile E seu post está ótimo!

Até logo!

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Virando-se para a pequena salamandra de fogo, Wilhelm fazia-lhe pedidos, que ao mesmo tempo poderiam ser traduzidos ou vistos como ordens. Não poderia guiar-se por si só, isso era claro. Muitos barulhos demarcavam existência em tal rota, e confiar-se apenas em um lado que poderia por acaso ser o correto poderia se resumir em um erro terrível. E uma decisão do tipo teria uma boa chance de acarretar nos ferimentos ou até mesmo situação crítica do ser que possivelmente clamava por auxílio.

SpitFire apenas balançou a cabeça em concordância ao notar as reações de seu Mestre, seu companheiro, seu amigo. O animal inclinou a cabeça para cima, olhando ao redor e farejando o ar um pouco, em busca de pistas extras. Fez uma careta com um odor fino e úmido, torcendo o nariz e aguçando sua audição. Em algum tempo, indicou o caminho para Wilhelm, que apenas esperava ansiosamente a resposta. O moreno retrucou uma simples frase, que foi seguida de uma concordância muda pela espécime que há tempos o acompanhava.

Feito isto, ambos corriam na direção de onde viera o tal berro angustiado. O som de uma queda d'água aos poucos se fazia cada vez mais definido, o que chamava a atenção do rapaz. Havia uma cachoeira por ali? Mas... Isso estava no mapa? Não se lembrava sequer de ter ouvido falar da existência de tal imagem na Rota Vinte e Dois.

De todo modo, não era hora para refletir sobre o local. Balançando a cabeça e procurando deixar o pensamento de lado, ao menos por algum tempo, o moreno apressou o passo.

SpitFire foi o primeiro a adentrar a mata, em um velocidade quase inacreditável. Passaram-se alguns minutos, mas a pequena salamandra de fogo estancou no local após a travessia por entre as árvores, encarando fixamente a imagem à sua frente.

Quando Wilhelm parou ao lado do animal, pôde ver o que tanto roubava sua atenção. Cercado por árvores, um lago. E, claro, explicando o sonoro embater de águas, uma cachoeira. Várias pedras pontiagudas permaneciam próximas desta, e também algumas lisas estavam espalhadas pelo lago. Alguns animais nadavam por ali, no fundo das águas límpidas, em sepulcral silêncio. No entanto, não era a imagem esplendorosa que jazia ali que envolvia SpitFire. Mas sim, uma pequena figura que fazia todo o contraste em tal paraíso natural.

Uma pequena ave de três cores, em alternância com o escarlate, o marrom e um estilo acinzentado, permanecia agarrada à um pequeno galho preso no centro da cachoeira. Aferrada com o bico na pequena madeira, recebia estrondosos impactos de água em seu corpo, que desequilibrava-se e ameaçava recair às pedras. A umidade em seu corpo retirava-lhe o direito de voo, envolvendo o pássaro em crítica situação. Pequenas gotas rubras escorriam de seu corpo, e, envoltas no líquido da vida, enclareavam e lentamente pingavam na direção das águas, que tomavam um suave tom avermelhado após certas gotas acrescentadas ao lago.

Aos poucos, o bico firmemente fechado entreabria-se fracamente, e os olhos do animal cerravam-se de modo lento. A ave perdia suas forças e permitia-se entregar para, quem sabe, a morte.

E agora, o que o jovem deveria fazer?

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† Post 03: Now or Never! †



Quando finalmente Wilhelm e SpitFire chegaram ao local de onde teria vindo o grito aterrorizado, eles perceberam que o pior realmente estava acontecendo. Uma vida estava em perigo. Não a vida que Wilhelm imaginava, não era uma garota em apuros, sofrendo algum mal ou então em apuros. Aparentemente era um Pokemon.

Rapidamente ele observou o local. Um belo cenário, digno de ser descrito durante três páginas em um livro de aventura, mas era tanto belo quanto mortal. No centro da cachoeiro que estava logo a sua frente estava um Pokemon, aparentemente era Spearow, comum naquela região, mas não havia tempo algum para abrir a sua Pokedex e ter certeza do que estava dizendo.
Aquele Spearow estava agarrado apenas com a força de seu potente bico a um galho, mas nem mesmo sua força estava sendo capaz de segurar o seu peso corporal enquanto a água o deixava escorregadio e caia em seu corpo pesando suas penas. Abaixo dele algumas pedras estavam inocentemente atracadas ao leito do lago que se formava ali, estavam prontas para servir de chão a pequena e vulnerável ave.

Não havia muito o que fazer. Pensou em saltar no lago e tentar ficar abaixo do Pokemon para segurá-lo quando ele caísse. Mas era um suicídio. Não pôde deixar de lembrar uma das frases de seu pai quando uma vez foi repreendido por quase morrer tentando salvar um Pokemon em situação de risco: "Lembre-se Wilhelm. Dar a vida por alguém parece nobre, mas como você pretende defender alguém morto? Mantenha-se vivo!"

Foi naquele momento que ele viu que não dava mais tempo. O Spearow não estava mais aguentando e desmaiou ainda tentando se agarrar ao velho galho e evitar a queda mortal.
Foi um movimento rápido. Quase tão rápido quanto seu raciocínio ante aquela situação repleta de adrenalina. No espaço de tempo de 2 batidas do seu coração acelerado Wilhelm agiu.

Puxo uma das pokebolas presas ao meu cinto apertando o botão central para que ela se expanda, miro calculando a trajetória que o Pokemon fará na queda e então arremesso. Fico observando ela voar em direção ao meu alvo.

Era Tudo ou Nada. Era Agora ou Nunca. Era Vida ou Morte.

Estava longe de ter passado sequer um segundo, mas foi tempo suficiente para toda uma projeção passar pela mente do rapaz. Uma vez um velho lhe disse que havia um deus que protegia os Pokemons. Não existiria um momento mais propício para esse deus interceder.

Deus... Se você existe mesmo, guie esta pokebola e salve este Pokemon...


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Por meio segundo, a ideia de saltar para a morte e ao mesmo tempo para uma possível salvação da pequena ave correu pela mente do moreno. Porém, suas lembranças e praticamente ordens de seu Pai intercederam no caminho, o fazendo cerrar os punhos e respirar fundo. O que poderia fazer? Sua personalidade impedia-lhe de dar as costas e sair andando como se nada tivesse acontecido. Seria extrema crueldade fazer isso com o pobre pássaro que lutava por sua vida.

Mas o tempo voava e não estava querendo dar uma pausa agora, nem que fosse apenas para auxiliar a organizar os pensamentos do pobre rapaz. Ao ver o animal soltando-se em consequência da fraqueza, a razão deu lugar à emoção. Não mais sabia o que guiava-lhe ou o que estava fazendo. Mas sabia que o objeto esférico que há pouco escapara de suas mãos rasgava a atmosfera para possivelmente ir de encontro ao pokémon que caía.

De repente, o tempo parou. Todas as coisas pareciam congeladas, enquanto o coração do treinador retumbava fortemente em seu peito. Mesmo que a brisa abrasasse o calor, o suor escorria lentamente pela face cor chocolate de Wilhelm. Tudo que rodeava-lhe parecia reclamar por uma aparência enegrecida, e assim foi. As luzes sumiram, e o que restava agora era o garoto, a esfera que traçava o caminho e a ave que ia à crosta terrestre. Talvez fosse apenas jogo ilusório na mente do rapaz, mas quem se importava? O risco ainda era real. Ele podia ouvir seu coração proclamar por socorro, querendo libertar-se das amarras angustiantes que o envolviam.

Era o desespero.

Foi quando ele notou. A trajetória da esfera. Não, ainda que tentasse imaginar, não era algo preciso. Ela girava, bambeando de um lado para o outro enquanto cruzava o vácuo em direção a sabe Deus onde. Força demais? O que havia acontecido? Seus cálculos estavam errados?

Wilhelm engoliu a seco. Suas chances haviam se esvaído por um erro simples que poderia mostrar-se fatal? O animal corria os mesmos riscos de antes?

Seus pés retrocederam em dois passos, pois o pânico corria pelas veias do moreno, que tentava em vão relaxar na agourenta situação. SpitFire o fitava com preocupação, mas conhecia o moreno o suficiente para saber que nada conseguiria fazer para melhorar a expressão facial do garoto, que não fosse o auxílio de Spearow. Mas como poderia atirar-se à um rio? Seu corpo tremia com o mero pensamento.

Então, desviou o olhar para a trajetória. Tudo parecia correr em câmera lenta, mas não sabia se era melhor ou pior assim. A salamandra de fogo coçou a cabeça, perdida. Como poderia ajudar? Seria tolice tentar...

Enquanto isso, os pensamentos de Wilhelm resumiam-se em rogar para Deus em nome da ave que estava na beirada do Abismo da Morte. Será que um Guardião do Mundo faria um animal tão puro e inocente cair às garras do sofrimento por um acidente, talvez?

Ele não via, mas SpitFire agora corria. Corria pela margem do lago, aproximava-se constantemente do animal que ali chegava a parecer preparado para a dor fatal, para o último suspiro. Mas como poderia permitir? Não, não. Seu Mestre, seu companheiro o ensinara. E assim, seguiria seus sábios ensinamentos. O animal tinha a consciência de que não poderia errar e um único tiro seria sua única chance.

A salamandra passou a mão na terra úmida, com certo tremor, respirando fundo antes de encarar a lama fofa em sua patinha. Balançou a cabeça e, encarando a trajetória da esfera, lançou o tiro contra a mesma. Grãos melados embateram-se contra o corpo do objeto, que com uma sutil inclinação, agora caía.

As coisas passavam como um filme, e todo filme possui um final. Com um sutil golpe nas penas traseiras, a esfera bicolor chocou-se contra a ave que, resignada entre escolher uma possível e única chance de salvação ou o findamento de sua vida, permitiu-se ser absorvida pelo raio escarlate provindo objeto, no exato momento que este chocou-se contra as pontudas rochas e quicou para a água após o som de algo que parecia uma bela rachadura formando-se na pokéball.

Esta, agora sacudia lentamente de um lado para o outro, destacando-se na água e brilhando suavemente em um tom escarlate, antes de brilhar em uma tonalidade esbranquiçada e parar em meio ao lago.

Pokémon Capturado!
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Spearow Apelido
Lvl05 [000/100]
Trait: Keen Eye
Hold Item: ~x~
Happiness: 0
MoveSet
- Peck
- Growl
- Leer
- ~x~


SpitFire deu um pequeno sorriso, recuando ao secar o suor que escorria por seu rosto e se sentando na relva macia, relaxando um pouco, finalmente. Wilhelm ficaria bem agora, não?

E agora, o que o treinador faria?

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† Post 04: A Centelha Divina. †





Os poucos segundos parecerem-lhe uma eternidade.

Wilhelm depois do choque bambeou de emoção e caiu sobre seus joelhos, olhando para a cena e seu amigo que observava com alívio a pokebola presa em meio aos pedregulhos que entremeavam o lago.

O aperto no seu peito ainda era forte, mas agora soava como um afável abraço, e não como um aperto de um urso. Deixou-se por um momento desabar e apoiando suas mãos no chão de terra e folhas secas, tirou o peso na sua consciência em toneladas de lágrimas.

Enquanto as lágrimas caiam devagar pelo seu rosto e umidificavam o chão, Wilhelm teve a epifania que mudaria sua vida, corroborando suas ideias e pensamentos antigos e confirmando a razão de seu viver.

Me levanto com firmeza, enxugando os olhos vermelhos e molhados. Vou andando em direção ao Spitfire para afagar sua cabeça e agradecer por ter salvo a vida daquele Pokemon. Com isto ele de certa forma também havia salvo a minha.
Retiro minha bolsa e minhas roupas, ficando apenas com a roupa de baixo. Dou alguns passos entrando no lago, sentindo a água tão gelada quanto límpida tocar o meu corpo e a correnteza leve tentar me desequilibrar. Quando a água chega a minha cintura, vou nadando em direção a parte do lago onde a pokebola ficou presa, usando os pedregulhos como apoio para melhor me deslocar no meio aquático.
Ao pegar a pokebola, vou nadando de volta para a margem onde o Spit está me esperando. Chegando lá, antes de livrar o pobre Spearow do claustro daquele objeto, eu olho para o meu amigo e digo.


- "Spit... Eu tive um confirmação cara. Uma confirmação divina. Um sinal.
Quando lancei aquela esta pokebola e roguei que se houvesse um deus que olhasse pelos Pokemons, que ele se mostrasse agora e guiasse o rumo daquela bendita bola. Mas ele não fez isso. Ele não a guiou.
Por momento eu balancei, nunca tive fé em deus nenhum, mas acreditei uma vez nas histórias que me contavam que o Universo havia sido criado pelos Pokemons. Por um breve segundo amaldiçoei o deus que um dia acreditei. Mas quando vi VOCÊ atirando aquela bola de lama e mudando, mesmo que de leve, a trajetória da pokebola de modo que ela acertasse perfeitamente este Spearow, eu percebi.

Muitas pessoas esperam que deus aja em nossas vidas controlando tudo, o nosso destino, as nossas ações, a natureza... Mas elas apenas pedem isso e esperam, sem se esforçarem para conseguir realizar seus desejos. Deus não fica olhando para nós e executando as coisas que deveríamos fazer. Deus não influencia as nossas ações, controlando nosso livre-arbítrio. Mas ele vive dentro de nós, nos capacitando a agir, a realizar Milagres.


†Deus não escolhe os capacitados. Ele capacita os escolhidos.†


Dentro de nós, todos temos a Centelha Divina. Todos nós somos capazes de realizar milagres. E com eles, podemos mudar o mundo. Mudar o rumo das coisas. Mudar o Destino.

Assim como você foi capaz de mudar agora o destino deste Spearow, eu farei de tudo para mudar o destino de toda uma geração. Nós faremos. Faremos com que a Centelha Divina que se desprende de nossa alma queime tudo ao nosso redor e ilumine aqueles que passarem por nós. Nós faremos o céu pegar fogo!

Você está comigo nessa garoto!?" - disse Wil fechando seu punho e encarando o Pokemon salamandra.


_____

Após uma conversa breve e inspiradora com seu Pokemon, Wilhelm colocou suas roupas de volta e se aninhando em um canto seco em meio as árvores ele liberou o Pokemon de sua jaula e o deitou na relva. Wilhelm então pegou uma de suas camisetas e usou para tirar o excesso de umidade do Spearow, e pediu a SpitFire que ele usasse a chama de sua cauda para ajudar a secar e esquentar a ave deitada no chão.

No fim, o salvamento daquele Pokemon ainda não estava no fim.


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Os joelhos do rapaz ralavam sob a terra macia após o choque de emoções em seu corpo e mente. Respirando aceleradamente, poderia quase sentir seus pulmões inflarem e perderem o ar sem sequer pensar que estavam dentro de seu peito. Por fim, ele chorou.

As lágrimas quentes deslizaram suavemente por seu rosto e, assim como a brisa carrega as nuvens, a água carregava sua melancolia. Ele mais nada sabia, ele mais nada queria saber. Tudo que importava-lhe era o fato de que Spearow estava à salvo. A ave estava bem, ainda que de forma inusitada.

Ergueu-se após alguns segundos perdido em pensamentos, caminhando até a pequena salamandra de fogo que agora jazia deitada no chão, apoiando um braço por sob os olhos. Wilhelm sorriu, acariciando suavemente a cabeça do animal, antes de se afastar um pouco e despir-se.

O rapaz adentrou a água gelada e, estremecendo e respirando fundo, refletiu vigorosas braçadas na água, aproximando-se do objeto caído. Talvez fosse perigoso fazê-lo por conta dos animais que ali estavam, porém, parecia que nada perturbaria a calma dos espécimes submersos. Quer dizer, isso se um canhão não fosse atirado dentro do lago, mas isso era meio impossível...

Recolhendo a esfera bicolor por entre os dedos, Wilhelm retornou para a margem, desviando o olhar para o jovem SpitFire, que agora já havia se sentado. Após um certo discurso, o moreno estendeu a mão para a salamandra, que o olhou como se o garoto acabasse de ter criado uma cabeça extra.

Ah, tá.
Ele queria que as mãos se tocassem.
Charmander fez uma careta. Provavelmente, se conseguisse falar, diria algo do tipo: "Hey, cara, tá de zoação com a minha cara? Tá me tirando se acha que eu vou segurar essa tua mão encharcada, não tá?"

Colocando os braços para trás e os segurando nas costas, a salamandra de fogo desviou o olhar e assentiu mais ou menos com a cabeça, se afastando de seu companheiro para não correr o risco de gotas acidentais de água recaírem por sob seu corpo. Nunca se sabe, não é verdade?

Wilhelm apenas riu, esperando algum tempo antes de vestir suas roupas novamente e encolhendo-se nas proximidades das raízes de uma árvore. Ele tocou a esfera bicolor que há pouco raptara a pequena ave em perigo, respirando fundo antes de ver um raio esbranquiçado impulsionando a parte superior do item para cima, obrigatoriamente partindo-o ao meio. O pequeno formato de um pássaro deu-se no colo do rapaz, que apenas suspirou baixo e retirou uma camiseta de sua bolsa, envolvendo o espécime indefeso ali em frente.

O animal começou a tremer, olhando meio arrisco para o moreno, desviando o olhar para a grama e escondendo o rosto por baixo de uma das asas cortadas.

Wilhelm respirou fundo. O que poderia fazer? A ave estava realmente ferida, e isso era visto nos diversos cortes ao longo de seu corpo e também na presença de alguns buracos por entre suas penugens. Chamando a atenção da salamandra de fogo, viu a hesitação do animal em se aproximar e obedecer-lhe as ordens, fazendo a pequenina se encolher ali e respirar fundo, se aproximando um pouco das chamas, silenciosamente, temerosa.

O que aconteceria a partir dali?

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† Post 05: †



Observando o pobre Pokemon, Wilhelm viu que ele estava gravemente ferido. Os cortes e perfurações não pareciam naturais, e o rapaz temia que o Pokemons estivesse correndo um risco de vida por ter sido atacado por outros Pokemons.
Abriu sua Pokedex para obter mais informações sobre esta espécie e logo pode projetar uma conclusão de que a ave poderia ter sido atacada pelos de sua própria espécie em uma briga de território ou uma exclusão de seu bando.

- "Charmander, este Spearow está muito ferido. Preciso saber se foi uma queda, um acidente, um ataque de humanos, outros Pokemons ou talvez um ataque de seu próprio bando. A princípio posso concluir pelos machucados que ele sofreu uma série de bicadas e ataques cortantes. Temos que levá-lo ao Centro Pokemon para ser melhor tratado.
Vamos continuar aquecendo-o para deixá-lo seco, mas quero que você converse com ele agora e ente traduzir para mim o que aconteceu." - falou Wilhelm com seriedade na voz.

Depois que o Spearow estava aparentemente melhor, Wilhelm resolveu voltar a colocá-lo na pokebola para o proteger das intempéries da estrada até que ele achasse um Centro Pokemon no caminho. Continuou sua jornada na rota 22 a passos acelerados afim de que chegasse rapidamente a alguma vila ou local onde a ave pudesse ser tratada.





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O moreno questionava-se se a pequena ave não havia sido vítima de alguma ofensiva, humana ou animal. Seria ela alguma excluída de um bando, ou estaria meramente perdida? Ele não sabia o que pensar e não tinha a certeza de que os ferimentos no pássaro eram naturais. Pareciam... Propositais.

Com esse pensamento, ele sentiu seu corpo estremecer em repulsa. Que tipo de ser faria tal maldade com um pobre e inocente pokémon indefeso? Era uma afronta à natureza!

Respirando fundo, retirou seu aparelho avermelhado do bolso, mirando a lente digital do objeto para o espécime e esperando calmamente suas informações, que logo invadiu a barreira de som em um tibre lento e robótico.

Spearow
Onisuzume


A Jasper's Tale - Rumo ao Platô! 21
Ele bate suas asas sobre a grama para encontrar insetos. Quando encontra, puxa-os do chão com o seu bico. Suas asas são curtas, por isso não pode voar por longas distâncias.


Após guardar cada mínima palavra dita no cérebro, o moreno resguardou o aparelho rubro em sua mochila, explicando algumas coisas para seu pequeno Charmander. Tocando suavemente a esfera bicolor que há pouco era vazia, mirava o centro esférico no corpo do pequeno pokémon ferido, observando-o sumir em um rubro feixe de luz.

Erguendo-se, se espreguiçou e já começava a andar novamente para sair dali, antes de milhares de bolhas azuladas explodirem em seu rosto. (Bubble)

Assustado, de um salto para trás, passando as costas da mão em seus olhos que agora ardiam com suavidade. Wilhelm procurou o local de onde saíra aquela ofensiva, dando de cara com um pequeno girino azulado que ria alegremente. Seus beiços, com o aspecto de quem prepara um beijo, eram cheios e meio rosados, além da hipnotizante espiral em seu estômago.

Era impossível sabe o que o animal queria, mas ele enfiou a cauda na água e atirou uma bela quantidade de água na distraída salamandra de fogo, que deu um grito e um salto pra trás, assustado, antes de começar a tremer e a chama de sua cauda amenizar.

E agora?

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