Encontros e Reencontros nas ruas de Viridian

por **Julieh** Seg Mar 24 2014, 18:00

Off:

Após recceber de volta a pokeball de Kiseki da enfermeira Joy, Alice agradeceu e saiu do Centro Pokémon. Já fora do edifício, a garota liberou seu pokémon da pokeball.

- Como você está, Kiseki?

O pequeno eevee respondeu com um sorriso, mostrando já estar curado dos ferimentos da última batalha. Alice também sorriu, aliviada.

- Bem, chegamos em Viridian. Mesmo eu tendo nascido aqui eu quase nunca vinha para a cidade, já que nossa casa é um pouco mais afastada. Você também nunca veio aqui, né? Então o que acha de darmos uma volta para conhecer melhor a cidade?

- Eevee?

Kiseki parecia preocupado já que provavelmente não demoraria muito para começar a escurecer. Eles haviam passado a maior parte do dia na rota 1 para chegar em Viridian, mas Alice estava empolgada por finalmente chegar à cidade e gostaria de conhecer melhor a sua própria cidade natal. Mesmo podendo deixar para conhecer a cidade toda no dia seguinte, Alice não queria passar o resto do dia trancada em um quarto. Ela planejava apenas dar uma olhada nas redondezas do Centro Pokémon e depois voltar para passar a noite lá, já que sua casa era meio longe dali.

- Não se preocupe, Kiseki. Vamos apenas dar uma voltinha rápida, voltamos antes de escurecer. Ou você prefere ficar sem fazer nada em um quarto até amanhã?

A ideia não pareceu agradar Kiseki e por fim os dois decidiram caminhar ali nas redondezas e voltar para o Centro Pokémon quando começasse a escurecer.

por **Nerkon** Qui Mar 27 2014, 13:41

Off: Olá, estarei te narrando nessa rota. Espero não decepcioná-la.
E só lembrando, você pode escolher no primeiro post de toda rota o horário para ajudar o narrador, pois assim fica mais fácil de controlar o fluxo de tempo.

Por último, caso queira não hesite em pedir alguma coisa sobre seu parceiro para mim.

A jovem Alice havia, pela primeira vez desde que iniciou sua jornada, regressado à sua cidade natal. Embora tivesse feito a escolha de evitar estar nas ruas durante a noite, a jovem estava ansiosa para explorar a cidade sem a restrição de ser a filha duma família rica e importante, afinal naquele momento ela era apenas uma mera treinadora como qualquer outra e possuía total liberdade para decidir por onde andaria... ou ao menos era nisso que acreditava.

Mesmo naquele horário as ruas ainda estavam um tanto movimentadas e em meio às pessoas que cruzavam pelas calçadas muitos treinadores podiam ser identificados - alguns em grupos - e a maioria destes dirigia-se ao Centro Pokémon, possivelmente por estarem na mesma situação que a própria Fuyuki esteve há alguns minutos, quando chegou a Viridian.

A treinadora e seu Eevee inevitavelmente se distraíram durante a caminhada, pois as ruas ao redor do Centro Pokémon eram movimentadas e seguras, além de possuírem algumas lojas variadas. Por outro lado o sol estava começando a se pôr e alguns já iam ao Centro reservar quartos antes de sair pelo resto da noite.

por **Julieh** Qui Mar 27 2014, 16:05

Off:

Informações do Zorua:

Alice observava as movimentadas ruas da cidade. Ela não se lembrava de quando foi a última vez que andou pelas ruas da cidade sem preocupações ou se sequer já havia feito isso. Havia também muitos treinadores, alguns indo em direção ao Centro Pokémon. “Será que tem muitos pokémons selvagens na cidade? Ou então eles deviam estar batalhando entre eles.” Enquanto pensava que talvez fosse bom uma batalha apenas por diversão de vez em quando uma loja chamou sua atenção. Era uma loja que vendia acessórios tanto para humanos quanto para pokémons.

Quando Alice ia para a loja, Kiseki chamou sua atenção. Ele parecia um pouco preocupado e a garota se agachou para tentar entender o que o preocupava.

- O que foi Kiseki? Ah, é porque o sol já está se pondo, certo?

- Eevee.

- Talvez fosse melhor a gente voltar para o Centro Pokémon... Mas eu queria tanto ver aquela loja... Esta rua parece ser segura e eu não vou demorar na loja. Mas não sabemos como é a cidade à noite, mesmo ainda estando bem movimentada...

Kiseki podia ver que Alice queria muito ir ver a loja, mas estava preocupada com a segurança deles, já que nunca se sabe o que pode acontecer à noite. Se eles olhassem rapidamente a loja provavelmente daria tempo de voltar antes de ficar muito escuro. O pequeno eevee suspirou, ele sabia que provavelmente se arrependeria disso, mas não queria que Alice ficasse chateada por não ir naquela loja. Então ele começou a andar em direção à loja.

- Kiseki... Eu prometo que vou apenas dar uma olhada rápida.

Aquilo pereceu realmente deixar Alice feliz, mas Kiseki sabia que mesmo ela tendo prometido não teria como ela ser rápida para olhar aquela loja que tanto chamou sua atenção. E assim como Kiseki previu, quando saíram da loja já estava escuro.

- Desculpe, Kiseki, mesmo eu tendo prometido... Agora é melhor voltarmos para o Centro Pokémon. Hum... Pra que lado ficava, mesmo? Tudo parece diferente à noite.

por **Nerkon** Qui Mar 27 2014, 22:02

Off: Sem problemas. Mas no futuro tenha em mente que narrar que há uma loja, árvore ou alguma outra coisa em X lugar é tarefa do narrador. Como não é algo que cause problemas eu deixo passar quando é puramente pelo quesito narrativo, como no seu caso, mas é bom tentar combinar às vezes o que pode ou o que não pode ser feito com o narrador.

Tudo certo com o Zorua, já adicionei os dados lá.

O tempo que a jovem Fuyuki havia desperdiçado na loja foi, infelizmente, suficiente para que a noite chegasse antes da garota dirigir-se ao Centro Pokémon. Eram cerca de 18:23 quando a treinadora saiu do estabelecimento e imediatamente ela notou que as ruas estavam muito menos movimentadas que há algumas horas. Embora a iluminação fosse adequada e os carros estivessem cruzando as estradas a todo momento, qualquer garota de família rica cuja experiência nas ruas à noite era mínima não deixaria de se sentir insegura.

Kiseki estava preocupado, sua mestra certamente poderia ser alvo de algum sequestrador que conhecesse seus pais e portanto o pequeno Eevee desejava tirá-la dali o quanto antes. Caminhou um pouco para um dos lados e logo virou-se para a garota, como se estivesse sinalando que aquela era a direção correta para chegar ao destino almejado pela moça - e de fato era. Antes que pudesse seguir, murmúrios eram ouvidos pela garota, todos oriundos de um beco próximo. Ela não sabia se a origem de tal som era um humano ou Pokémon, e também não sabia se estaria em segurança caso fosse investigar.

por **Julieh** Qui Mar 27 2014, 22:48

off:

Alice se sentiu aliviada quando Kiseki mostrou que sabia o caminho. Olhando mais atentamente, ela podia perceber que provavelmente aquele era mesmo a direção de onde eles vieram, mas antes que pudessem retornar ouviram algo vindo de um beco próximo. Certamente um beco escuro à noite era o último lugar que Alice queria estar naquele momento, mas ela não podia deixar de se perguntar quem ou o que estava fazendo aquele som. Podia ser perigoso ir ver o que era, mas também podia ser uma pessoa ou pokémon precisando de ajuda.

- Kiseki, você ouviu isso?

Kiseki logo pode perceber o que se passava na cabeça de sua treinadora. Era evidente que ela queria verificar a origem daqueles murmúrios antes de poder descansar tranquila no Centro Pokémon. E ele sabia que provavelmente não conseguiria convencer Alice a apenas ignorar aquilo, na verdade ele próprio estava um pouco curioso e também não queria ignorar alguém precisando de ajuda, se fosse o caso.

- Eu vou dar uma olhada no que é, já volto.

Ali estavam as palavras que Kiseki sabia que viriam, mas ele se recusava a deixar Alice ir sozinha a um lugar possivelmente perigoso. Logo o eevee se pôs a caminhar ao lado de sua treinadora e os dois entraram no beco.

por **Nerkon** Qui Mar 27 2014, 23:18

Off: Como eu disse, não teve problema algum o que você fez, mas mesmo assim é bom sempre ter uma dose de cuidado.

Imediatamente após olhar para o interior do beco Alice descobriu que a origem dos ruídos era um homem, provavelmente morador de rua, o qual estava sentado e apoiado numa das paredes. O sujeito aparentava possuir em torno dos quarenta anos de idade e a jovem facilmente notou o quão mal feita era a barba do homem, mas o que realmente espantava eram as roupas do desconhecido, todas rasgadas, velhas e sujas. O tom de pele do possível mendigo era claro e ele possuía um semblante depressivo em sua face.

Quando notou a presença da treinadora, o adulto pôs-se a olhar para ela e, com uma voz amigável, começou a falar.

- O que uma jovem como você faz aqui, nesse beco imundo e esquecido?

por **Julieh** Sex Mar 28 2014, 00:06

Off: Ok, vou tentar evitar isso.

Alice não sabia como reagir ao que via. Claro que ela sabia que existiam pessoas que não eram tão privilegiadas quanto ela, mas nunca havia parado para pensar bem em como seria uma vida assim. Ela estava perdida em seus pensamentos confusos quando o homem notou sua presença e lhe perguntou o que fazia ali.

- Ah! E-eu...

A jovem sabia que seria falta de educação não falar nada, mas ela ainda não etava preparada para falar com um desconhecido assim do nada. Além de que o lugar a deixava ainda mais nervosa. Kiseki acariciou levemente a perna de Alice, tentando fazer com que ela se acalmasse o que funcionou. Respirando fundo, Alice tentou novamente responder a pergunta do homem.

- E-eu ouvi um som vindo daqui e pensei talvez pudesse ter alguém precisando de ajuda aqui.

Ela falava baixo, mas era o suficiente para que o homem pudesse ouvir o que era dito.

- O senhor está bem? Parecia um pouco triste agora a pouco. E... bem... Suas roupas...

Alice não sabia bem como falar aquilo ou se ao menos devia estar comentando a situação das roupas do homem. “O que eu estou falando? É claro que ele sabe que as roupas dele estão rasgadas. Talvez ele não tenha dinheiro para comprar novas? Será que o papai se importaria se eu pegasse um pouco de dinheiro emprestado para comprar roupas para um homem desconhecido que eu encontrei na rua? Claro que ele ficaria! Acho que ele ficaria mais bravo é por eu estar conversando com um desconhecido que eu encontrei em um beco da cidade.”

Alice chegou à conclusão que ela não deveria estar ali, mas não poderia simplesmente fingir que nada tinha acontecido e ir embora. Ela o observava esperando que ele lhe respondesse e explicasse o que aconteceu sem que ela tivesse que tentar perguntar de novo, ou melhor, se ele não respondesse ela nem iria perguntar novamente. Talvez fosse melhor ela nem ter comentado aquilo.

por **Nerkon** Sex Mar 28 2014, 01:19

O homem parecia confuso enquanto fitava a jovem que parecia estar preocupada com ele. Claro, ele era apenas um morador de rua daquela cidade e por essa razão não estava acostumado com cordialidade ou ao menos ser notado por aqueles ao seu redor, era fácil de entender o motivo para que seus olhos estivessem arregalados, demonstrando surpresa.

- Oh sim, estou bem. É assim que eu vivo. - O homem respondeu, observando a garota com seriedade. Após aquelas palavras o homem tossiu um pouco, recompôs-se e suspirou antes de voltar a falar. - Sou apenas um sem teto que perdeu tudo, não tem porque se preocupar comigo... apenas tome cuidado por essas ruas, nem tudo é o que parece.

Após dar um "conselho" à jovem Fuyuki, o homem ergueu a cabeça e começou a observar as estrelas no céu. Embora o sujeito não parecesse representar perigo, restava a Alice decidir o que fazer dali em diante, afinal caso não seguisse ao Centro Pokémon em breve, as horas passariam voando...

por **Julieh** Sex Mar 28 2014, 22:28

Aquela seria a oportunidade perfeita para Alice apenas agradecer pelo aviso e ir embora como se nunca tivesse encontrado aquele homem. Mas se fizesse isso Alice não conseguiria descansar tranquila, ela não poderia agir como se nada tivesse acontecido.

- Obrigada, senhor, mas eu não posso simplesmente deixá-lo aí desse jeito, eu não me sentitia bem comigo mesma. Eu gostaria de ajudar no que for possível.

Ela sabia que não mudaria em nada o mundo poor ajudar um morador de rua, mas pelo menos poderia ajudar ao menos uma pessoa. O homem precisava de roupas novas, mas já estava ficando tarde e não tinha como saber quanto tempo demoraria para fazer a compra. Então a prioridade era achar um lugar para passar a noite.

- Será que o Centro Pokémon disponibilizaria um quarto para ele se eu disesse que ele está me acompanhando na minha viagem? – pensou alto.

O Centro Pokémon disponibilizava quartos para treinadores e acompanhantes, mas provavelmente os outros iriam desconfiar se os dois estariam mesmo viajando juntos. Então ela voltaria ao problema da aparência do homem.

- Talvez em casa... Não, é muito longe.

Alice estava tão imersa em seus pensamentos que já não prestava muita atenção nas ações do homem, ela o considerava uma pessoa gentil que não representava perigo. Kiseki também havia parado para pensar, mas estava um pouco mais atento ao que acontecia ao redor. Mesmo aquele homem sendo gentil, ele não podia dizer o mesmo de outras pessoas que poderiam aparecer lá.

- O que eu deveria fazer?

Alice não tinha ideia de como poderia ajudar o homem, nunca havia realmente pensado nesse tipo de coisa. A garota passou a mão por seus longos cabelos e também fitou o céu.

por **Nerkon** Sáb Mar 29 2014, 03:08

Quando ouviu que a treinadora desejava ajudá-lo, o mendigo imediatamente sorriu e voltou a olhar para a jovem. O simples fato de que Alice havia parado o que fazia para falar com o homem e até mesmo pensar em seu bem estar já era o suficiente para trazer um momento de felicidade à vida daquele sujeito que nada possui e que já estava acostumado a ser invisível para os demais habitantes da cidade, entretanto ele estava preocupado com a quantidade de tempo que Fuyuki poderia desperdiçar tentando arranjar algo para ele e portanto não acreditava que seria uma boa escolha para ela permanecer nas ruas... especialmente não num beco, onde todo tipo de gente podre poderia surgir quando se menos espera.

- Escute minha jovem. Estou feliz que esteja preocupada comigo, mas eu não acho que valha a pena você perder seu tempo com esse velho. Nós que não temos nada já estamos acostumados a simplesmente viver nossos dias aguardando pela morte, pode parecer injusto, mas é assim que o mundo é. - O homem pausou e começou a olhar para os próprios pés, em seguida balançou a cabeça negativamente e continuou. - Mesmo que você pudesse me ajudar já está ficando tarde, uma garota como você não deveria estar num beco a essa hora, é perigoso.

Naquele momento Eevee alertou-se para a presença de outro ser no beco. Isso tornou-se mais claro para Fuyuki quando ela percebeu um pequeno ratinho amarelo escondendo-se por trás de uma das latas de lixo que estavam mais afundo no beco. Quando o mendigo notou o Pokémon, ele fez um pequeno sinal com a mão esquerda e logo o Pokémon começou a aproximar-se, indo até o homem e saltando em seu colo. O adulto começou a acarinhar o minúsculo roedor e voltou a falar.

- É apenas um pequeno bebê que eu encontrei a algum tempo atrás... Ele havia perdido a mãe para uma doença. - Abruptamente o morador de rua deixou de falar e começou a ponderar. Quando pareceu perceber algo ele mais uma vez olhou para a treinadora. - Você é uma treinadora, estou certo? Me perdoe por fazer esse pedido, mas gostaria de cuidar desse pequenino?

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