Re: Encontros e Reencontros nas ruas de Viridian

por **Julieh** Sáb Mar 29 2014, 15:28

Alice se sentiu entristecida ao ouvir as palavras do homem. Ela gostaria de ajudar, mas não tinha ideia de como e realmente estava ficando tarde.

- Senhor, por favor não fale assim. Tenho certeza que se o senhor continuar vivendo hverá dias ruins, mas também deve haver dias bons. Se o senhor desistir assim, nada irá mudar.

Alice não sabia bem como expressar seus sentimentos, mas não queria ouvir alguém dizer que vivia apenas para esperar sua morte. Enquanto ela pensava em como dizer o que queria, Kiseki percebeu mais alguém no beco e se posicionou para se defender do que quer que fosse. Isso assustou Alice um pouco, mas logo ela percebeu que era apenas um pequeno pokémon. Respondendo ao sinal do homem, o pokémon se aproximou possibilitando que Alice pudesse vê-lo melhor. O homem explicou que aquele bebê havia perdido sua mãe e após pensar um pouco pediu que Alice cuidasse do pokémon bebê.

- Eu sou sim uma treinadora, mas ainda sou muito inexperiente. E eu não me importaria de cuidar dele, na verdade eu adoraria poder ser uma boa treinadora para ele e fazê-lo feliz, mas... se eu o levasse o senhor não iria se sentir solitário? Esse pokémon também parece ser apegado ao senhor...

Alice queria poder tirar aquele pokémon das ruas e cuidar dele para que ele pudesse superar a morte da mãe e ser feliz, mas ao mesmo tempo não queria deixar aquele homem solitário. Ela já não conseguira ajudar o homem e ainda levaria embora seu companheiro? Não podia fazer isso, mas ao mesmo tempo não resistia àqueles olhos arredondados do pequeno pokémon.

por **Nerkon** Sáb Mar 29 2014, 21:11

Quando Alice demonstrou estar preocupada com a solidão do homem, ele cerrou os olhos e sutilmente balançou a cabeça negativamente, aparentemente despreocupado com o que a garota acreditava ser um problema.

- Não precisa se preocupar com isso, existem muitos Pokémons pelas ruas que já me fazem companhia... Mas esse é apenas um bebê, eu não tenho como cuidar dele e seria melhor que ele crescesse viajando pelo mundo. - O homem sorriu por alguns breves segundos antes de voltar a focar sua atenção na pequena Pichu, a qual estava até então relaxando em seu colo. - Pensarei em tudo que você me disse, não se preocupe... mas novamente eu peço que cuide dessa Pokémon, ela não irá sobreviver nas ruas com essa idade.

Se a treinadora havia notado alguma diferença no semblante do homem era de que ele parecia estar menos triste e mais confiante que quando ela o encontrara, talvez suas palavras realmente tivessem tido algum efeito e poderiam desencadear alguma mudança na vida daquele pobre morador de rua... apenas talvez.

por **Julieh** Sáb Mar 29 2014, 21:49

Alice ouvia o que o homem dizia enquanto observava o pequeno pokémon no colo dele. Realmente, um bebê como aquela Pichu não conseguiria durar muito nas ruas da cidade. Alice não conseguiu ajudar o homem como planejava, mas pelo menos podia dar uma vida melhor para aquele pequeno pokémon. A treinadora assentiu com a cabeça e se aproximou, agachando até estar cara a cara com a Pichu.

- Olá. Estamos aqui conversando sobre o que fazer com você, mas sequer perguntamos sua opinião. Que falta de educação a nossa, não? – Alice sorriu e pegou uma pokeball em sua bolsa, mostrando-a para a Pichu – E então? Você gostaria de vir comigo? Eu ainda sou uma treinadora inexperiente, mas vou me esforçar para ser uma boa treinadora para você.

Kiseki também se aproximou e se posicionou ao lado de sua treinadora. A expressão do Eevee demonstrava o quanto ele era apegado a Alice. Mesmo não tendo experiência como treinadora, ela se preocupava com aqueles próximos a ela e sempre cuidou bem de Kiseki, mesmo sendo um pouco atrapalhada. Para o pequeno Eevee aquilo era o mais importante para um treinador.

Enquanto Alice esperava a resposta da Pichu, ela pode perceber que o homem parecia menos melancólico do que quando ela o encontrou. Poderia ser apenas sua impressão? Ou talvez suas palavras realmente tiveram algum efeito? De qualquer forma, Alice estava feliz por ter melhorado o humor do homem, mesmo que um pouco.

por **Nerkon** Seg Mar 31 2014, 03:25

Off: Desculpe a baixa qualidade dos meus últimos posts >:

Apesar de Alice ter agido de forma amigável, a pequena Pichu imediatamente ficou assustada quando a garota aproximou-se de forma brusca e por isso escondeu-se atrás das pernas do mendigo, de onde passou a observá-la em segurança.

- Ora vamos, não há porque ter medo, ela é minha amiga. - O homem começou a dar leves toques nas costas da Pokémon, que eventualmente desistiu e novamente subiu nas pernas próximas, ficando próxima à treinadora e ainda que graças ao morador de rua tivesse perdido boa parte do medo que sentia pela garota, a roedora ainda demonstrava um pouco de timidez. - Você precisa ir com ela, bebê... não poderá ficar comigo por muito tempo.

Ao ouvir as palavras do homem, a Pichu imediatamente encolheu-se e segurou-se nas vestes sujas onde pisava. Esperava que fosse apenas alguma brincadeira e caso fosse verdade provavelmente choraria. Já o mendigo não recuou e trocou olhares com Fuyuki, parecia ter algo em sua mente.

- Por favor capture ela agora, se não... - O homem olhou para o canto, estava disposto a tomar medidas drásticas, mas evidentemente desejava poder evitá-las.

por **Julieh** Seg Mar 31 2014, 18:03

Off: Não se preocupe. Eu não acho que estejam ruins ^-^
Além disso sempre tem aqueles momento que não sabemos bem o que escrever mais.

A Pichu parecia realmente querer ficar com o homem e Alice não se sentia bem em capturá-la assim. Mas pela reação do homem era perceptível que ele queria que a Pichu fosse com a treinadora, mesmo que contra a vontade da pokémon. Alice sabia que isso provavelmente seria o melhor, mas também entendia um pouco como a Pichu deveria estar se sentindo. Mesmo com o que o homem havia falado sobre capturá-la logo, Alice queria tentar convencer a Pichu mais uma vez, ela não queria levar a bebê a força.

- Eu sinto muito se te assustei agora a pouco. – Falou suavemente – Não foi minha intenção. Meu nome é Alice e este é o meu parceiro, Kiseki.

Ela fez um sinal para Kiseki, o qual estava perto, mas ainda mantinha uma pequena distância da bebê, visto a última reação dela. Quando falou sobre o seu pequeno Eevee que Alice percebeu, mesmo ele já sendo bem maduro ele não devia ser muito mais velho do que aquela Pichu.

- Agora que eu parei para pensar, vocês dois devem ter quase a mesma idade, não? Aposto que se dariam bem.

Ao ouvir isso, Kiseki percebeu que pela primeira vez encontrava outro pokémon que era tão jovem quanto ele. Por um momento o pequeno eevee imaginou como seria se eles tivessem a companhia da Pichu.

(Não precisa ter medo da Alice.) – Kiseki falava com a Pichu na língua que apenas os pokémons entendiam – (Ela é assim, meio atrapalhada e não sabe como se expressar direito, mas é uma boa pessoa. E não se preocupe, mesmo que ela seja assim, eu estou aqui para ajudá-la, como um irmão mais velho faria. E claro que se você quiser vir conosco você também seria como minha irmãzinha mais nova.)

Mesmo sem entender exatamente o que Kiseki falava, pela forma que ele falava Alice podia ter uma ideia do que se tratava e continuou:

- Eu entendo que deve ser difícil deixar tudo o que você conhece para trás, mas todos nós estamos apenas pensando no deu bem. Você não gostaria de conhecer o resto do mundo conosco?

Alice colocou a pokeball no chão e estendeu a mão para a Pichu. Dessa vez, mas cuidadosamente e um pouco receosa de que fosse recusada novamente.

por **Nerkon** Ter Abr 01 2014, 10:13

Ainda que Pichu realmente possuísse o desejo de explorar o mundo, a roedora permanecia cautelosa em relação à treinadora e seu Pokémon, cuja tentativa de aproximar-se de si fora refutada de forma silenciosa: A roedora nem sequer respondia-o. Por outro lado aquilo certamente devia-se apenas à timidez da criatura, fator que provavelmente se tornaria nulo após algum esforço por parte do mendigo, que fitou o ser elétrico com um olhar de desaprovação.

- Saia de perto de mim, bebê. Não tenho mais nada a fazer por você. - Após tais palavras o homem inclinou a cabeça para baixo, permitindo que seu cabelo ocultasse os olhos. O motivo para que ele tivesse feito tal declaração era aparente para Fuyuki, uma vez que ele já havia indicado que faria algo do gênero há alguns segundos, mas Pichu era muito jovem e ingênua para entender a farsa de seu benfeitor e imediatamente sofreu um choque cujo resultado foi o choro imediato. A roedora deixou de derramar lágrimas quando o morador de rua tocou-a com a ponta do dedo indicador de sua mão esquerda, fazendo um gesto de carinho e acalmando a pequena criatura. - Vá com ela, esse é meu primeiro e único pedido para você.

A solicitação do mendigo foi, naquele momento de fragilidade emocional da criatura, suficiente para fazê-la olhar para Alice e aproximar-se. Por meio de tal pressão Pichu certamente ficou abalada, entretanto também passou a sentir o peso do desejo de seu benfeitor e isso resultou em sua resposta favorável para a garota. Até então a Pokémon bebê ainda não havia aberto seu coração para sua possível mestra, porém uma vez que fosse capturada e se acostumasse com a jovem talvez ela pudesse amadurecer sem complicações.

por **Julieh** Ter Abr 01 2014, 21:12

Até mesmo Alice podia perceber pela forma que o homem agia que ele não queria magoar a Pichu, mas aquelas palavras que acabaram por trazer lágrimas aos olhos da bebê foram a forma que ele encontrou para fazer a Pichu ir com Alice. Após mais algumas palavras do homem, Pichu finalmente se aproximou de Alice. A treinadora cuidadosamente pegou a pequena roedora no colo e acariciou-a. Ela não sabia mais o que dizer naquela situação e apenas pegou a pokeball do chão silenciosamente. Com a esfera bicolor em uma das mão e segurando a Pichu com o outro braço, Alice hesitou alguns segundos em capturar a pokémon. A treinadora não tinha ideia de como seria para um pokémon estar na pokeball, mas no estado emocional em que a Pichu se encontrava qualquer coisa poderia acabar abalando-a mais e por isso começou a falar:

- Eu sei que isso pode ser um pouco estranho e talvez assustador no começo, mas eu vou precisar que você entre na pokeball rapidinho. Não se preocupe, eu prometo que logo vou tirar você dela. É apenas por pouco tempo.

Como a Pichu ainda parecia triste e sem vontade de falar com a treinadora, Alice também voltou a ficar em silencio e apenas encostou levemente a pokeball na cabeça da Pichu, que logo foi envolta por uma luz vermelha e entrou na pokeball. “Espero que eu consiga ser uma boa treinadora para você e que algum dia você possa confiar em mim.” Com essas palavras em mente Alice observava o botão da pokeball piscar até que a captura pudesse ser confirmada.

por **Nerkon** Qua Abr 02 2014, 04:54

Off: Quer que eu faça a base da personalidade da Pichu ou prefere escrever tudo de acordo com o que aconteceu na rota?
Altura e peso eu já coloquei na sua box.

Tudo que Pichu fez entre as palavras da garota e sua sucção para o interior de pokebola foi usar a cabeça para assentir com o que Fuyuki planejava. A falta de resistência por parte da Pokémon permitiu à treinadora pôr a criatura na capsula sem a necessidade de enfraquecê-la, após a roedora ter sido absorvida o objeto esférico começou a balançar dum lado para o outro e após seu botão piscar duas vezes a captura foi confirmada, tranquilizando o mendigo que havia assistido a tudo em silêncio.

- Agora ela é sua, por favor cuide bem dela. Agora acho que é melhor que você vá no Centro Pokémon, já reservou algum quarto? - O homem pausou e suspirou, continuando em seguida. - Não se preocupe em tirar Pichu da pokebola ainda, um adeus só tornará as coisas mais difíceis para ela...

por **Julieh** Qua Abr 02 2014, 21:25

Off: Obrigada, Nerkon. Eu te mando por MP.

Após a confirmação da captura, Alice ainda ficou algum tempo em silêncio observando a pokeball em sua mão. “Eu gostaria de deixá-los se despedir apropriadamente, mas no estado emocional da Pichu provavelmente isso só iria causar prolemas.” Alice tinha uma expressão triste no rosto enquanto lembrava de como a Pichu ficou triste. Mas foi até o senhor lembrá-la de algo importante: ela precisava voltar logo para o Centro Pokémon.

- Reserva? Eu não sabia que eu devia deixar um quarto reservado no Centro Pokémon. Eu nem sabia que isso era possível.

Como uma treinadora iniciante, ainda haviam muitas coisas que ela não sabia. Esse lembrete a fez voltar completamente à realidade e deixou-a um pouco preocupada também.

- Mas o senhor tem razão, é melhor eu ir. Eu queria vir aqui amanhã para poder ajudá-lo com o que eu não pude hoje, mas acho que não seria uma boa ideia trazer a Pichu aqui tão cedo... Mas algum dia eu gostaria de poder mostrar ao senhor o progresso que fizermos juntas...

- Eevee!

- Sim, claro. Nós três, juntos.

Alice havia voltado ao seu eu normal. Ela ainda hesitou um pouco em deixar aquele senhor ali sozinho, mas ao olhá-lo uma última vez percebeu que estaria tudo bem. Ela se despediu e tomou o caminho que Kiseki indicava ser o do Centro Pokémon.

por **Nerkon** Qui Abr 03 2014, 13:50

Alice estava, infelizmente, numa situação similar à maioria daqueles treinadores que nunca saíram de casa, isto é, sem um quarto reservado e por essa razão potencialmente sem um lugar para dormir caso não voltasse para casa. O mendigo suspirou e, antes que a garota fosse embora, decidiu falar algo.

- Boa sorte e por favor tenha paciência com a Pichu. Podemos se ver um dia quando você voltar para desafiar o ginásio... quem sabe.

Após aquelas palavras, Fuyuki por fim retirou-se do beco e seguiu em rumo ao Centro Pokémon. Durante o percurso pôde notar que aquela parte da cidade já não estava tão movimentada, ainda que o relógio marcasse apenas oito horas e onze minutos da noite. A treinadora nem sequer tinha como saber se aquele era um fenômeno raro ou se realmente havia uma razão para as pessoas evitarem aquelas ruas em tal horário, portanto tudo que era capaz de fazer era de seguir em direção ao Centro Pokémon o quanto antes.

Felizmente nada ocorreu durante os minutos gastos para chegar ao local desejo, entretanto Alice surpreendeu-se ao chegar na rua onde estava localizado o Centro. A movimentação era considerável e a jovem notou a presença de muitas pessoas que pareciam ser treinadores, todas as quais com diferentes Pokémons, de diferentes formas... Algumas batalhavam entre si mesmo naquele horário, enquanto outras conversavam, trocavam dicas ou contavam histórias de suas jornadas. Era noite, sim, mas a pequena área em frente ao Centro Pokémon estava viva como ela não esperava e haviam treinadores de todas as idades e tipos, muitos dos quais provavelmente haviam chegado a pouco tempo ou apenas aproveitavam o belo luar antes de ir dormir.

Se desejasse provavelmente poderia enturmar-se com alguém ali, por outro lado também era possível simplesmente ignorar o grande número de pessoas e adentrar no estabelecimento onde, provavelmente, encontraria mais viajantes.

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