Re: Dia 2(Parte 2) - De volta ao caminho de Pewter

por **gustavo** Ter Abr 14 2015, 14:50

Bom, a "tarefa" foi feita. Eu realmente vivi o tipo de aventura que eu queria ali, naquela rota que não parecia nada mais, nada menos do que um caminho monótono e chuvoso. Uma batalha, um resgate, um acidente e um... romance? Talvez. Mas enfim. Mary, a garota no qual fazia eu ficar em um tom de vermelho que não seria de cansaço, suor ou raiva, finalmente estava um pouco mais segura. O Heracross havia sido abatido, e a jovem garota salva.

Logo, a garota aceitou minha proposta de bom grado e apoiou-se em mim com um de seus braços, para evitar esforços desnecessários em sua perna ferida. Assim, eu estava ao lado de uma possível... garota da minha vida? Meh, eu não sabia se isso poderia acabar sendo o mesmo para ela, mas era notável o fato de que eu demonstrava essa afeição no jovem semblante que eu carregava.

Leo havia utilizado seu Water Gun com eficácia e limpado o caminho para nós, então eu retornei todos os meus pokémon e foquei em dar suporte a jovem cujo meu peito derretia de afeto. Mas ainda havia uma coisa que ainda me deixava aflito, que era o fato de, apesar de nós estarmos a salvo, o Heracross estar extremamente ferido, graças ao nocaute e ao contato com as chamas após sua queda.

- Mary... Eu sei que você está assustada com esse pokémon selvagem, mas será que seria bom deixar ele ali, à mercê do pior que possa acontecer? Nós podemos ir direto para algum centro, se quiser.

por **Sajin** Ter Abr 14 2015, 16:11

Com o coração palpitante devido à proximidade com a garota, Timothy retornou seus companheiros para suas esferas e já estava pronto para partir, entretanto, ainda não podia, nem queria fazê-lo.

Sentia-se alarmado com o estado em que estaria o derrotado quitinoso azul, afinal, eles haviam saído vitoriosos e em segurança enquanto que ele ficava para trás, com o provável destino de ser coberto pelas chamas. E com esse sentimento de talvez... Culpa? O garoto tocou no assunto com Mary.

- Apesar do que ele me fez... – Começou com os olhos baixos. – Não seria bom deixa-lo lá... Poderia fazer algo a respeito?

Enquanto isso o cambaleante azul se esforçava para se afastar das chamas.

por **gustavo** Ter Abr 14 2015, 16:53

Bom, eu estava me sentindo mal pelo estado em que eu havia deixado o pokémon inseto que, caso deixado sozinho, pereceria em chamas. E essa imagem começou a se sobrepor na minha cabeça, me deixando, de certa forma, perturbado. E eu não queria imagens estranhas sobrepondo o pensamento que eu tinha por Mary.

- Tudo bem... Espere só um pouco - Retirei uma esfera escarlate vazia de meu bolso com a mão vazia que eu tinha, e arremessei-a no pokémon. Assim, eu poderia levá-lo junto com a garota em segurança.

- Bom, espero que funcione. Enfim, porquê esse Heracross estava te atacando?

por **Sajin** Ter Abr 14 2015, 17:38

E após uma leve reflexão o garoto tomou sua decisão, iria capturar o quitinoso azul e leva-lo consigo em segurança. Era um momento propício para captura, afinal, restavam poucos minutos de fôlego para criatura, além de estar demasiadamente cansada, e assim Timothy lançou uma esfera multicolor vazia sobre ele.

A esfera englobou o azul e ficou a balançar por alguns instantes sobre o chão, entretanto, parecia que ainda restava forças suficientes na criatura para se libertar da pokébola.

- Não funcionou... – Anunciava a garota com um semblante triste. – Eu acabei tropeçando no ninho dele...

por **gustavo** Ter Abr 14 2015, 17:50

Eu havia tentado capturar o quitinoso pokémon que, apesar de todos os ferimentos, não queria ser capturado. E o motivo se tornou aparente: A garota havia pisado no ninho do mesmo. Ele estava atrás de seus filhotes e provavelmente queria vê-los mais uma vez, antes de se partir. Eu vi isso, e vi que eu deveria, pelo menos, dar um fim digno a aquele pai.

- Mary... Acho que ele quer ver seus filhotes. Pode sentar aqui por um momento, por favor? Eu já venho. - Logo, saí à procura do ninho do pokémon, para colocá-lo ao lado de seus herdeiros antes do mesmo se desfalecer.

- É o mínimo que posso fazer...

por **Sajin** Ter Abr 14 2015, 18:23

Em meio à falha o garoto acabou desistindo da ideia de capturar, assim como salvar a vida do quitinoso azul. E com o anuncio da jovem sobre um ninho, Timothy decidiu ir à busca do ninho para pegar as crias do Heracross e proporciona-los um último encontro, uma despedida digna, ou, simplesmente traumatiza-los pelo resto de suas vidas.

- Mas não havia filhote nenhum dentro do ninho. – Anunciou intrigada, depois olhou para baixo, suspirou e continuou com a voz mansa. – Você pode ter desistido dele, mas eu não... Afinal, é minha culpa!

E assim ergueu-se liberando o mesmo Tangela de antes e aos pulos tentou partir em direção ao azul enquanto suspendia a perna quebrada. Assim, Mary se mostrava bem corajosa para uma pessoa que há minutos chorava por sua vida.

por **gustavo** Ter Abr 14 2015, 18:32

Bom, eu procurei pelo tal ninho, mas ela mesmo falou que ele estava vazio. Mas... Como assim? Isso me parece um péssimo motivo para atacar alguém. Mas cara... Que péssima mancada. Eu passei de um garoto tentando ajudar pra uma pessoa sem coração em questão de segundos? Eu, realmente me sentia mal.

- Ei, Mary... Me desculpe. Eu realmente não sei o que fazer nesta situação. Eu não tenho nada que possa nos ajudar aqui, e a única potion em mãos eu utilizei no Leo, que estava muito ferido... Agora eu quem preciso de ajuda. - Apesar de tudo, eu continuava atento à qualquer movimento ou possível queda da garota, cujo eu julgava ter perdido a confiança em mim.

por **Sajin** Qua Abr 15 2015, 18:43

Timothy sentia-se um tanto mal pelas coisas que havia dito ou feito anteriormente, assim não titubeou em ir atrás da garota para lhe dizer algumas palavras e certificar-se que ela não se machucaria novamente. Entretanto, ela parecia estar mais concentrada em como faria para retirar o grandalhão azul das chamas.

Lançou uma de suas esferas escarlates sobre ele e a mesma coisa ocorria, ele continuava a se rebelar contra aquelas esferas. Por fim, a garota cansou se encostando sobre uma das árvores e liberou a sua pequena Tangela novamente.

- Será que você conseguiria ajuda-lo a se arrastar com suas vinhas por aquele local em que as chamas foram apagadas pelos jatos de água? – Perguntou um tanto apressada ao passo que a vinhosa respondia com um salto. – Use o Ingrain primeiro e depois o Vine Whip para puxá-lo.

E era justamente por aquele local que o Heracross tentava escapar enquanto arrastava-se pelo chão enlameado. Logo, a Tangela se posicionou e algumas raízes saíram de seus pés e se fixaram no chão, prendendo-a ali, em seguida ela lançou suas vinhas em direção ao chifre do azul, segurando-o firme nele e puxando-o com o objetivo de facilitar seu caminho.

Enquanto isso a chuva, aos poucos, ia se mostrando mais forte.

por **gustavo** Ter Abr 21 2015, 04:05

Apesar de tudo E contra tudo, o pokémon inseto mal se aguentava em pé, mas não deixava de resistir às esferas bicolores lançadas por mim, assim se mantendo livre. Ele parecia ainda estar atrás de seus possíveis filhotes, mesmo que eles estivessem técnicamente perdidos naquele momento e cujo eu não tinha certeza de sua localização.

- Bom, sei que fui precipitado, Mary, mas não posso ficar apenas observando. Leo, saia. - Arremessei levemente o orbe alvi-rubro do pokémon aquático, que era o mais "sadio" naquele momento e, tecnicamente com um melhor porte, assim ele poderia tranquilamente empurrar o Heracross na mesma direção cujo as vinhas do pokémon composto pelas mesmas o guiava, assim não sendo totalmente inútil na situação.

- Leo, acompanhe o Vine Whip de Tangela e empurre levemente o Heracross na mesma direção, acompanhando a técnica. Tome cuidado para não machucá-lo, por favor. - Eu estava muito, MUITO receoso de ele não ser salvo e ver uma possível lágrima no rosto da garota, ou mesmo na minha próxima face. Eu nunca tive muito "medo" de chorar, mas eu não queria apresentar fraqueza frente à uma garota que, no momento, era querida para mim.

por **Sajin** Ter Abr 21 2015, 21:42

Assim, um tanto arrependido e agora disposto a ajudar a salvar a vida do quitinoso azul, o garoto retornou a tartaruga azul para o meio daquela densa floresta em chamas e em prantos para ajudar o inseto caído.

Leo, seguindo as ordens de seu Treinador, logo correu para trás do Heracross e começou a empurra-lo levemente por aquele caminho, Heracross esse que lhe lançou um critico olhar, mas que nada fez para impedir a ajuda que lhe era oferecida. Agora, parecia que novamente a esperança existia para aquele que por pouco não foi tragado pelas chamas, deixando-o aliviado e até um pouco mais calmo.

E assim, com os esforços da Tangela e do Squirtle, o quitinoso azul conseguiu chegar a uma distância segura do fogo, jazendo sobre o chão lamacento da floresta e sentindo os gélidos pingos de chuva baterem contra suas asas, enquanto que os outros dois ajudantes corriam para perto de seus treinadores com pouco fôlego em seus pulmões.

- Muito obrigado, Tangela. – Dizia a garota sentada sobre as folhas enquanto abraçava a vinhosa. – Você foi mais do que uma heroína para mim hoje... – Depois, olhou para o garoto com seus olhos verdes brilhantes e deu um sorriso tímido. – Fico feliz que tenha mudado de ideia...

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