Rumo ao vale do aço!

O homem ouvira atentamente os comandos dados por Lucas, e como em reação a isso, simplesmente emitira um fino sorriso de sarcasmo que perdurara pelos momentos seguintes. De braços cruzados diante de seu peito ficou por um momento a pensar nos comandos a dar para seu Drapion. Após alguns instantes, que não demoraram tanto, ele enfim começou a se pronunciar. - Drapion, é hora de terminarmos isso de uma vez. Night Slash! Destrua-o. Destroce-o. O grande monstro abriu levemente sua boca, emitindo o que seria um sorriso de arrogância. Ele bateu as pinças de suas "mãos" e preparou-se para o ataque.

Ele começou a mover suas pernas na direção de Spiritomb, era muito mais veloz que o fantasma, de forma que este ainda nem preparava seu ataque quando o pokémon de pinças começou a avançar em sua direção. Entretanto, havia algo de errado com ele, com Drapion. No meio do caminho, ele simplesmente interrompeu sua corrida. Spiritomb a este tempo, começara a acumular uma energia negra diante de seu corpo. Drapion então começara a bater suas pinças no chão, como em efeito de sua confusão. Em um destes golpes, sua mão batera em sua própria face. Estava sofrendo pelos efeitos do estado de confusão que Spiritomb o botara. Recuando um pouco por conta dos ferimentos que causara em si mesmo, ele voltou a correr, agora na direção de Spiritomb, suas pinças levantadas mais uma vez, preparada para espancar Spiritomb mais uma vez, mas, fora então surpreendida por uma espécie de corrente de energia negra que avançara até sua perna, disparada por Spiritomb. Com a explosão que a corrente produzira ao chocar-se com seu corpo, ele foi jogado para trás, caindo já inconsciente no chão.

O homem, em momento algum retirara seu sorriso de seu rosto. Pelo contrário, com certa frieza ele pegara a pokéball do "monstrinho" em suas vestes e o retornara. - Ora, ora... Pelo visto, o subestimei. - Seu sorriso aumentava ainda mais seu tamanho. - Bem. Esse é um costume meu. Mas, bem... Não irá ocorrer da próxima vez. - O homem enfiou mais uma vez as mãos no interior de suas vestes e encarou Lucas. Enfim, apertando o botão ao centro da esfera, fazendo com que dali irrompesse um lampejo prateado que cortara o local escuro que se tornara aquela sala da caverna de Meteor Falls.

Diante da face de Harima, uma segunda criatura surgia diante dos olhos de Lucas. Era uma criatura que poderia ser chamada de humanoide. Tinha sua silhueta um tanto humana, dois braços, pernas, mãos, pés. Mas ainda assim havia certa pitada animalesca na criatura, que possuía longos bigodes amarelados. Estranhamente ele possuía duas colheres presas em suas mãos, que alias, possuíam apenas três dedos cada. Era Alakazam, e isso ficara claro quando ele mesmo disse o seu nome. - Conheça seu próximo oponente. Desta vez, garoto... Desta vez serei bonzinho. Poderá escolher livremente o oponente. Vença esta batalha e o deixarei ir. Vença, e poderá levar Lunatone.

No entanto, a figura do homem naquele momento em que encerrara suas palavras, desviou seu olhar rapidamente para a mesma passagem que Lucas viera até aquele local. Depois, voltou-a para Lunatone, e enfim pronunciou-se. - Então, você conseguiu um novo heroi? Ah o desespero... Oque não fazem em momento de desespero... - Depois, continuou a desviar olhares, de Lucas para a entrada... Não adiantava Lucas olhar para a passagem, tudo o que ele veria era a escuridão vazia. Qual seria então a reação do rapaz?



O rapaz, enfim fizera sua escolha. Decidira aventurar-se no interior daquela caverna, e não seria aqueles morcegos irritantes que lhe atrapalhariam, sem dizer naquela voz... A voz que ecoara em sua mente, e que seus monstrinhos não pareciam reagir de forma alguma, deixando evidente que estes não a ouviram. Matthew corria para longe dos morcegos, aprofundando-se cada vez mais na caverna. Seus passos rápidos e apressados eram seguidos de perto por seus monstrinhos, o porco e a esquilo, uma dupla um tanto incomum, que não parecia se dar tão bem, mas que seguiam seu mestre, a quem eram leais. Atravessaram rochas destruídas e outros obstáculos que Lucas percorrera antes. Sua visão era cada vez pior, e sua respiração, parecia cada vez mais pesadas, era o efeito que uma caverna como aquela poderia ter sobre um simples ser humano. Mesmo um ser humano em sua plenitude de suas condições físicas - e por que não mentais, uma vez que não seria todo mundo que conseguisse ter o ânimo para aventurar-se em um lugar esguio e mal iluminado daqueles. - teria suas dificuldades.

- Continue em frente... Continue... - Disse a voz enfim na cabeça de Matthew, agora mais forte e mais clara, parecia ter ouvido o clamor do rapaz. - Venha até mim... Continue em frente!

O caminho que seguia não era tão fácil, mas continuava. Até finalmente chegar ao mesmo ponto que Lucas... No mesmo salão... Mas tudo parecia tão escuro... Avistara apenas uma silhueta de costas, Lucas, observando a jaula de Lunatone, que parecia emitir de seu corpo uma aura rosada, iluminando brevemente seu corpo em meio a escuridão da caverna. Não conseguia enxergar o homem com quem Lucas batalhava, tampouco o pokémon paranormal que aos olhos de Lucas ele acabara de lançar. Mas, apesar de não vê-lo, ele o ouvira... Ouvira uma voz cortante, muito mais fria e cortante que a que Lucas estava a ouvir. Mas a voz vinha da mesma pessoa. Da mesma coisa.

- Então, você conseguiu um novo heroi? Ah o desespero... Oque não fazem em momento de desespero... - Qual seria a reação do rapaz diante da voz que ecoava em sua mente? A voz suave e feminina parecia ter desaparecido de sua mente, sendo esta tomada pela segunda voz, a fria, que causara arrepios em seu corpo.

A partida se apertava cada vez mais, finalmente a confusão acabou por nos ajudar, abrindo caminho para atacarmos e terminarmos aquela batalha de vez, porém nem tudo poderia seguir um roteiro fácil, aquele homem simplesmente recolheu seu Pokémon e me desafiou a um novo duelo, dessa vez ele me deixaria livre para escolher meu Pokémon, e meu oponente seria um Alakazan.

- Bom! Spiritomb, você cumpriu muito bem o seu dever, agora quero que descanse um cado, você merece meu amigo!

Encarei por alguns instantes meu oponente e prestei atenção em sua fala, será que Lunatone teria conseguido contactar mais alguém? Pelo visto sim, já que o mesmo não parava de olhar em direção a entrada por onde eu vim, talvez essa distração até me ajudasse naquela batalha que estava por vir..

- Tudo bem, vamos ver o que esse Alakazan pode fazer contra minha Blastoise! Vamos lá, pode sair Blast!

As minhas opções para aquela batalha não eram muitas, meus outros Pokémons não eram fortes o suficiente ou possuiam uma certa fraqueza ao oponente, o jeito era contar mais uma vez com minha companheira!

- Blast, vamos lá, quero que comece atacando-o com o seu Ice Beam, em seguida use seu Earthquake, essa caverna deve aguentar o impacto! Vamos lá!

Off: Só como um aviso para que não narrem de forma confusa. kkkkkkk Vocês dois estão no mesmo lugar... Mas, Mathito não vê o homem nem seus pokémons, mas vê o Harima, como se ele atacasse o nada. Já o Harima, não vê o Mathito, nem sequer sabe de sua existência alí.

Após notar que o tal homem tinha um novo desafio para si, Lucas imediatamente retorna seu pokémon fantasmagórico para sua esfera, uma que vez ferido daquela forma dificilmente ele conseguiria causar grandes danos em um oponente que ainda por cima tinha certa vantagem sobre ele... Outro problema que o rapaz enfrentava agora era o de boa parte dos pokémons que carregava consigo naquele momento eram de alguma forma frágeis àquela espécie de pokémon paranormal, mas, sempre havia um pokémon com quem o rapaz poderia contar, e desta forma, decide por liberá-lo. Como em um lampejo liberado pela pokéball em suas mãos, ao tocar o chão, este começou a se moldar, até tomar a forma de uma tartaruga com um par de canhões surgindo de brechas em suas costas.

Não demorou muito para que a fêmea entendesse o que ali se passava. Sem dúvida estava em uma batalha, e logo começava a ouvir os comandos de seu mestre, ao mesmo tempo que o senhor finalmente tirava seu olhar do fundo da caverna, da entrada, que também ali no caso era a única saída daquele salão de pedras. Ele encarou seu Alakazam e finalmente emitiu alguns comandos. - Proteja-se do primeiro, Alakazam, Protect. E quanto a seu segundo movimento, use Reflect! - O monstro girou as colheres entre seus dedos, um movimento rápido e com muita destreza, já estava acostumado a fazer aquelas manobras, isso era evidente.

Logo, os movimentos começaram a ser trocados. Blastoise abaixara seu corpo, de forma que seus canhões agora eram direcionados para o corpo do oponente. Seus canhões emitiram um breve brilho azulado e faiscante em seus interiores, até então irromper deles um raio azulado de cada um, ziguezagueando pelo ar, mas com um foco único, Alakazam. O paranormal simplesmente girou as colheres em suas mãos mais uma vez, girou e girou até esperar o momento exato, o momento em que os raios estavam para acertá-lo, e neste momento, parou as colheres em suas mãos, as duas com suas extremidades côncavas direcionadas para cima, e em frente a seu corpo, em frente a suas mãos, ergueu-se uma barreira de um brilho tênue, quase invisível, mas que ainda assim se chocou com o Ice Beam de Blastoise e como praxe não causou-lhe dano algum, havia se protegido do movimento.

Após seu feito de sair ileso ao Ice Beam, Alakazam voltou a girar suas colheres, mas desta vez foi muito mais rápido, logo as parou e seu corpo começou a emitir um brilho, desta vez mais intenso e nítido que o que o cercara ao se proteger. Era um brilho rosado, hora meio dourado, como se um véu o envolvesse misticamente. No momento seguinte, Blastoise começou a pisotear, as batidas que ele realizava no chão eram realmente poderosas, de forma que causava tremor na caverna toda. Mas, o efeito que acontecera era um pouco diferente da que o rapaz tinha em sua mente. Diversas rochas começaram a desabar do teto. Rochas desde achatadas a pontiagudas desabavam ao chão, causando um grande estardalhaço, uma inclusive, caía bem próximo a Lucas, fazendo uma cortina de poeira erguer-se diante de seus olhos, outra bem grande, caíra próxima a única saída da caverna. Mas, com todo aquele dano que agora causara a caverna, Alakazam surgia por cima de uma grande rocha próxima de Blastoise, não parecia ter sofridos grandes danos, provavelmente pelo véu que o encobrira naquele momento e ainda o encobria. Qual seria o próximo passo de Lucas naquele embate?




Matthew decididamente não era dos tipos mais precavidos ou talvez racionais do universo pokémon. Sabia que o brilho que seus dois pokémons ali em campo poderiam lhe proporcionar não era tão bom, quer dizer... Permitia a ele observar melhor a cena por alguns instantes, mas mesmo para um pokémon manter um ataque por tanto tempo para causar luz era um tanto complicado, a não ser que tivesse um pokémon com o movimento Flash, aí sim seu caminho alí seria muito melhor. Ou pelo menos um pokémon que em sua forma normal pudesse proporcionar luz, mesmo que fraca, como a chama da cauda de um Charmander ou suas evoluções, ou até mesmo um Litwick, que o rapaz guardara em seu Storage e não trouxera para a caverna. De qualquer forma, como não tinha nenhuma destas ocasiões a seu favor, pediu para que Mr. Pig lançasse seu Incinerate para o teto da caverna, para iluminá-la por um instante, assim como pedira para que sua esquilo corresse até Lunatone, na tentativa de salvá-lo.

Sem muita demora, os dois começaram a botar o plano de seu treinador em ação, e por um momento, tudo parecera normal... Mr. Pig lançara seu Incinerate ao teto, ao mesmo tempo que o pokémon do outro rapaz ali presente, Blastoise, começara a bater seus pés no chão brutalmente - Antes já havia irrompido de seus canhões dois raios azulados, que simplesmente se desfizeram ao ar. Em que ele poderia estar pensando? - e com as batidas de seus pés, o local todo começou a vibrar, estremecer. Rochas, de onde Mr. Pig lançara suas chamas, então começaram a despencar do teto, caindo e se espatifando ao chão. Uma destas rochas, aos olhos de Matthew, caíra sobre o corpo de Azula, sua esquilo, enquanto esta corria até Lunatone, assim desaparecendo de sua vista com um grito que ecoara em sua mente. Mas, o rapaz tinha outras coisas com o que preocupar. Mr. Pig, ao ver o que estava acontecendo, imediatamente interrompeu seu Incinerate e ficou a encarar o teto, até que uma delas estavam para cair no exato local em que seu treinador estava, sem que este notasse. Então, se jogou contra ele, o impulsionando e o mandando para trás, junto a seu próprio corpo, os dois esquivando da grande rocha que agora se erguia no exato local em que estavam. Qual seria então os próximos passos escolhidos por Matthew?

A batalha certamente ficaria muito mais interessante com essa modificação inesperada no terreno, certamente a cortina de poeira poderia nos beneficiar junto com as pedras,mas também poderiam dar certa vantagem a ele, a questão era quem iria tirar vantagem disso primeiro.

" O terremoto é um golpe interessante, porém não posso arriscar muitas vezes, tendo em vista o que o primeiro acabou por causar na caverna"

- Droga, não vamos poder utilizar esse golpe muitas vezes, vamos guardá-lo para o momento certo Blast, agora quero que foque no brilho que o circunda e use isso para localizá-lo melhor! Vamos encharcar esse lugar! Surf! Em seguida use o Ice Beam nele!

Off: Mathito, pra ti, não narrei a atitude do Mr. Pig, pois gostei da interpretação que fez dele, e gostaria de ficasse em tuas mãos a narração para o momento em que ele irá salvar ou não a Azula. ^^ E Filho... Como quer batalhar com algo que não vê? Tem mais é que sofrer mesmo. Harima, tu tá com um péssimo parceiro. Kkkkk Alias... Considerei um dano extra no Alakazam por que, mesmo que o Surf de Feraligatr não tenha atingido diretamente ele, a quantidade de água contribuiu para causar algum dano, esta foi a forma que imaginei o momento.

As rochas agora caídas no campo decididamente alterava a paisagem ao redor de Lucas, que agora já não mais conseguia encarar o homem atrás de todas aqueles pedras, mas podia ouvir sua voz, e ela não demorou muito para dar seus comandos para seu pokémon paranormal. - Kinesis, Alakazam! Depois, Energy Ball!

Alakazam, como de praxe, por ser muito mais rápido que seu oponente, começou o novo turno para a batalha. Voltou a girar as colheres em suas mãos, mas desta vez não demoraram muito a parar como da primeira vez, logo ele parou de girá-las e então as apontou para o teto, e com um urrar, as colheres então se dobraram, fazendo com que a atenção de Blastoise misteriosamente fugisse do pokémon paranormal, que agora focava as colheres nas mãos do mesmo. Entretanto, agora era o momento para o pokémon atacar, ele mais uma vez abaixou seu corpo, buscando se recompor da leve confusão que Alakazam lhe impusera, seus canhões focalizaram no oponente e então dispararam, duas esferas compensadas de água, que tocaram no corpo do pokémon psíquico e então explodiram, espalhando água por todo o campo de batalha, molhando a superfície das rochas em que os rapazes pisavam... Bem, isso é o que aconteceria caso um fato engraçado, e estranho, não acontecesse. Uma terceira esfera de água foi levada até o oponente, misteriosamente, uma maior que as outras duas, que ao se juntar as outras, causou uma explosão muito maior... Mesmo que esta terceira não tivesse atingido o alvo. Água era jogada para todos os lados, como em verdadeiras ondas, molhando todas as rochas alí presente, chocando-se contra o corpo de Blastoise, que dividia a água, fazendo com que a quantidade de água que respingasse em seu treinador não fosse tanta.

O corpo de Alakazam se revirava em toda aquela explosão de água, meio que sem controle, mas, logo se agarrou em uma pedra e esperou que a água toda seguisse seu caminho pelo chão e reduzisse a altitude. Parecia realmente abalado, escalou a rocha até estar em seu topo, seus olhos voltaram-se para Blastoise e então seus olhos brilharam, assim como também brilharam em uma outra direção, parecia encarar um outro alvo, mas enfim voltou a seu oponente principal, Blastoise, suas colheres tortas foram apontadas para a tartaruga e diante de seu corpo uma esfera de energia verde se formou, sendo em seguida disparada contra o marinho, que gemeu alto ao receber o impacto em seu corpo, com um baque forte, o fazendo cambalear inclusive e tropeçar sobre uma pedra, que logo fora destruída. Erguendo-se dentre os destroços que agora eram a rocha que caíra, os canhões de Blastoise voltavam a emitir um brilho azulado, logo disparando dois raios azuis, frios como o gelo, mas, seja pela cortina de fumaça que cobria o campo, ou pelo primeiro movimento de Alakazam naquele round, o pokémon marinho errara seu alvo, congelando ao invés de seu alvo, uma rocha logo atrás dele, a maior que alí existia. Como Lucas reagiria à continuação da batalha? Ele não podia ver nada ao seu lado, não podia ver Mathito, tampouco podia ver Feraligatr, mas, pudera ver o movimento de água usado pelo mesmo se juntar ao de seu pokémon.




Mr. Pig realmente se mostrara como um pokémon de personalidade difícil, e um tanto perversa, fato que não agradara tanto seu treinador, não por simplesmente não gostar de tal atributo em seu pokémon, mas sim por não ter notado isso quando ele fosse menor, quando corrigir tais pontos seria mais fácil... Quer dizer, até notara, mas nunca tomara uma atitude firme quanto a isso, nunca se preocupara com as dimensões que sua personalidade um dia poderá tomar. Talvez, se tivesse sido bem instruído ainda quando pequeno, aquelas falhas em seu caráter poderiam ter sido amenizadas, corrigidas, mas, o rapaz não estava dando o seu melhor para o pokémon, não o estava instruindo da forma correta, da forma que deveria ter instruído Mr. Pig. O monstrinho evidentemente não se importava com todo aquele discurso de ter de ajudar Azula, nunca fora com a cara da pequena, e tê-la fora de seu caminho, fora do caminho de seu mestre, poderia ser até algo bom, isso ao seu ver, mas, havia recebido ordens claras de seu treinador... Tinha que ajudar e salvar a pequena, mesmo que isso contrariasse seus próprios interesses.

Com o lenço que Azula a pouco usara agora em suas mãos, o monstrinho corria por entre pedras, seus olhos encarando-as, esperando por algum sinal de sua treinadora. Sua visão, enquanto caminhava pelas rochas, focou-se então em algo... Uma monstrinha branca e azulada, tinha sua pata presa por uma rocha, sua pata traseira esquerda. Parecia realmente doer, e Mr. Pig estava diante da pequenina... Era sua vez de tomar uma atitude, iria ele realmente ajudá-la? Iria obedecer seu mestre? Ou seus interesses próprios prevaleceriam?

Enquanto isso, do outro lado do campo, entre outras pedras, estava Matthew, que se aproximara de Lucas, mesmo que ainda não o conhecesse. Lançou a esfera de Feraligatr para o campo e um grande pokémon marinho ali se materializou. De suas mãos, uma esfera de água grande surgiu, e ele logo começou a correr na mesma direção que as esferas de Blastoise, mas, diferente das dele, sua esfera não atingiu o alvo, atingiu uma rocha e logo explodiu, se juntando ao restante das outras explosões, causando uma grande onda direcionar-se a todos os cantos da caverna. A água fora tão forte que batera nos joelhos de Matthew e o puxou para seu interior, fazendo com que fosse engolido pela onda, entretanto, não demorou muito e já estava sobre o chão, de quatro, seu corpo ensopado e decididamente havia engolido um pouco de água. Num segundo movimento, Blastoise fora impulsionado para trás, sem qualquer noção do que fora, isso aos olhos de Matthew, e ao se levantar, disparou raios azulados que se chocaram com uma rocha qualquer e a congelou. Feraligatr entretanto, não sabia o que fazer, estava pronto para usar seu Crounch, mas em que? Não havia qualquer alvo visível para atacar, de forma que ele simplesmente encarava seu treinador, e foi neste momento que a voz horripilante ecoou na mente de Matthew, dizendo. - NÃO SEJA TOLO, RAPAZ! NÃO TENHO INTERESSE ALGUM EM VOCÊ, CONTINUE E SOFRERÁ! - Aquela voz decididamente não vinha de Lucas, o rapaz ao seu lado, nem de seu pokémon, mas algo de errado havia neles... Havia algo de errado neles ou em Matthew. Ele não via nada que pudesse estar atacando Blastoise, e Lucas nem mesmo reagira a sua presença. Quais seriam seus próximos passos naquela caverna entretanto?

A batalha continuava de forma intensa naquela caverna, o round havia terminado e parecia que tudo estava em equilíbrio, naquele momento eu não raciocinava em mais nada que não fosse a batalha, parecia até como se estivesse hipnotizado por toda aquela situação!

- Blast, vamos aproveitar alguns pontos do campo de batalha! Mire seu Ice beam em toda essa água congelada a sua frente e transforme em gelo, isso vai nos ajudar a ganhar velocidade na hora de atacá-lo! Em seguida use outro ice Beam! Dessa vez vamos congelar nosso adversário! Vamos lá, tome impulso no gelo e posicione-se melhor para acertá-lo!

A batalha seguia de forma intensa, entre os comandos acabei por sentir um vento gélido e um peso sob meu ombro direito. Imediatamente olhei para trás e para os lados e não via nada além de pedras molhadas.

-"Que vento frio, deve ser efeito de nossos ice beam, mas essa sensação de algo em meu ombro, será que Lunatone quer dizer algo?"

- AAAAAAAAHHH!

Off: Só pra avisar. Dei permissão pro Harima narrar que sentiu o toque no ombro. ^^

- Querendo modificar ainda mais nosso campo de batalha, garoto? - Ouvia-se então mais uma vez a voz do homem, surgindo por trás de todas aquelas formações rochosas agora caídas em campo. Seu tom de voz em nenhum momento transpassara qualquer nervosismo, estava tranquilo. - Se você vai se preparar, nós também, não é, Alakazam? Inicie com um Calm Mind, procure ficar sobre as rochas, não no chão. E então, dispare seu Energy Ball!

E assim, após os comandos do homem, Alakazam imediatamente pôs-se a iniá-los. Saltou para uma das rochas e ali ficou, as colheres imóveis em suas mãos. Fechou seus olhos e não focou em mais nada que lhe pudesse atrapalhar, limpou sua mente de tal forma que agora seus poderes paranormais, assim como sua defesa a alguns tipos de movimentos, pareciam ampliadas, e isso tudo era notável por uma fina aura que reforçava ainda mais seu Reflect, uma espécie de tela brilhante que continuava a envolver seu corpo.

Enquanto Alakazam focava-se em limpar sua mente, Blastoise, entretanto, voltava a abaixar seu corpo, mas, agora, ainda mais que o normal, assim como seus canhões também miravam mais baixo que antes. Dos canhões então um brilho azulado recomeçou a surgir, e então dois raios azulados foram disparados, não contra Alakazam, mas sim contra o piso molhado, o chão rochoso da caverna, que logo se cobriu de uma camada gélida e escorregadia. Lucas havia conseguido o que desejava, e assim, TALVEZ, tivesse conseguido marcar bons pontos nesta batalha, talvez mais à longo prazo que a curto prazo.

Então, foi o momento para a troca de movimentos realmente começar. Alakazam reunia uma energia esverdeada diante de seu corpo, ao mesmo tempo de Blastoise voltava a mirar seus canhões que já emitiam o brilho azulado para o paranormal. Entretanto, Alakazam, como de costume, foi o primeiro a atacar, lançou sua esfera contra o corpo de Blastoise, que jogou seu corpo ao chão na tentativa de esquivar-se. Sua pata deslizou e ele caiu, a esfera de energia voara por cima de seu corpo, errando o alvo. Quanto ao seu Ice Beam, o movimento fora disparado no momento da queda, de forma que os raios chocaram-se cada um com um alvo. O primeiro, atingira o corpo de Alakazam, o segundo, contra a rocha em que ele se encontrava, congelando seu pico e fazendo com que, o atordoado Alakazam, graças ao movimento que o atingira, não conseguisse se equilibrar sobre a ponta gélida da rocha e caísse ao chão de mal jeito, causando-lhe danos extras, mesmo que o dano do Ice Beam não tenha sido completo. Pelo visto, a este turno, havia se dado bem.

as, alheio a batalha, Lucas sentia algo de estranho. Um peso lhe caia sobre os om ombros, mas ninguém estava ali... O que poderia ser? Poderia ser mais uma forma de contato de Lunatone? Só sabia que o peso continuava sobre seus ombros, e por um momento falara que sentira algo em seu ombro... Quais seriam os próximos passos do rapaz?




O rapaz parecia prestes a perder sua cabeça. A seus olhos o rapaz a seu lado é quem poderia parecer estranho, afinal, parecia lutar com algo que sequer existia, mas, por outro lado, poderia ser problema de Matthew toda aquela situação. Fora ele que estivera ouvindo aquelas vozes em sua mente desde sua entrada naquela caverna. É ele quem não não via contra quem o rapaz batalhava, mas, de alguma forma agora sabia que Lucas pudera sentir seu toque em seu ombro, mesmo que de uma forma veludada, discreta. Uma pequena pontada de sobriedade em toda a situação, entretanto, a voz não saia de sua mente. Ela parecia cercá-lo, cada vez mais próxima, e sussurrando coisas em seus ouvidos, a voz cortante penetrando sua mente e repetindo sempre as mesmas palavras. - Não seja tolo! Não seja tolo! Não banque o herói! Não banque o herói! - Qual seria a reação do rapaz desta vez diante das vozes que cercavam sua mente, mesmo que a fonte ainda estivesse distante?

Do outro lado do salão, Mr. Pig disparava fogo de suas narinas, indicando sua indignação a fazer aquilo... A ter de ajudar Azula. Por que tinha que ser ele a ajudá-la? E por que faria isso por aquela criaturazinha detestável que tomava toda a atenção de Matthew pra si. Não gostada da pequena nenhum pouco. Ao "ouvir" Azula chamá-lo de saco de banha o monstrinho por um momento refutou em abandoná-la, ou melhor, atingir a pequena ao invés da pedra e libertá-la. Mas, então, diferente da voz de Azula lembrou-se das palavras de Matthew. Ele havia confiado à Mr. Pig a missão de encontrá-la e ajudá-la, e se não o fizesse, estaria descumprindo ordens de seu mestre, estaria prejudicando-o. Não fazia ideia do que o rapaz poderia pensar sobre aquela desprezível, mas, tinha que salvá-la. Seu corpo recebeu um brilho rosado por um instante, e então o brilho de seu corpo reuniu-se todo em sua cabeça, havia focalizado suas energias. Não demorou muito para investir contra a pedra e assim destruí-la. Os destroços da pedra logo caíam ao chão. Pachirisu conseguira desvencilhar-se das rochas e então sair dali. Sua perna estava ferida, tentou apoiá-la no chão, mas a dor, naquele momento era tanta que não conseguira apoiá-la.

Mr. Pig então a encarou. Pachirisu retribuiu o olhar. A pequena não conseguiria chegar até seu treinador daquela forma, não sem ter que se rastejar pelo piso agora úmido em boa parte, e na outra, mais próxima de seu treinador, congelado. Quais seriam as reações dos pequenos? Mr. Pig mais uma vez deixaria seu orgulho de lado e a ajudaria, ou deixaria experimentar a vida de uma verdadeira cobra e deixá-la rastejar pelo chão como uma doente?