Re: #01 - O primeiro murmúrio dos ventos

por **Ryousuke** Sáb 06 Jan 2018, 12:59

Travei e parei completamente ao ouvi-la protestar contra minhas ações. Não contestei com a sua ideia, já que a oficial parecia ser mais experiente nestes quesitos. Ao vê-la perdendo a consciência aos poucos, voltei do estado de paralisia e, completamente desesperado, peguei as chaves da algema de maneira desastrada.

Me pus rapidamente a correr na direção em que a policial tinha indicado. Passando pelo Pokémon fantasma no meio do caminho, que me olhava confuso, não tardei em chamá-lo para acompanhar-me.

— Vem, Youma! Growlithe, não deixa ele tocar na sua treinadora! — Gritei para o canino, me referindo ao ladrão. Junto da presença de meu parceiro, continuava a correr até a fazenda. Tentava retirar as algemas com a chave no meio da ação, que unida ao meu desespero, tornava aquela uma tarefa difícil.

Off:

por **Sckar** Dom 07 Jan 2018, 02:51

Ao ouvi-la, Ryousuke travou e nem protestou, apenas a obedeceu. Pegou as chaves e correu, chamou Youma para segui-lo e pediu para Growlithe cuidar de sua treinadora.

Enquanto corria, ia tentando se desalgemar, mas era difícil fazer ambas as coisas ao mesmo tempo. Tropeçou e caiu no chão poucos metros depois de entrar no mato, rumou à fazenda. Ao cair, derrubou a chave e esta se misturou à um arbusto. Teria que procurá-la antes de prosseguir. Que azar!

OFF:

por **Ryousuke** Dom 07 Jan 2018, 13:56

Continuava desajeitadamente tentando me desalgemar, mas por estar tão focado nisso, não estava prestando atenção no caminho. Quando percebi, já tinha tropeçado e estava indo com a cara diretamente pro chão.

Tentei me recompor imediatamente. Cuspia um pouco de terra ao me levantar, e estava preparado para voltar a correr. Mas então eu notei algo desesperador; a chave das algemas tinha sumido..!

— D-Droga! — Me pus a procurá-las no meio do mato, remexendo os arbustos mais próximos. — Cadê a chave?! Youma, você viu onde ela caiu?! — Vasculhava desesperadamente. Não poderia chegar até a fazenda com as algemas presas em meus pulsos. Ninguém me ajudaria ao vê-las.

por **Sckar** Dom 07 Jan 2018, 22:53

Caiu e engoliu terra, cuspiu-a e então percebeu que a chave havia sumido. O desespero preencheu seu interior e aparentemente, de seu pokémon também. O qual arregalou os olhos e começou à procurar a chaves freneticamente, junto de seu treinador.

Passaram-se alguns segundos... ou talvez minutos. Afinal, numa situação tão desesperadora, era difícil precisar o tempo que passava. Já que cada segundo à mais em que se demorava, sentia que perdia 1 hora ou mais. Então será que tinham-se passado segundos ou minutos? Ele jamais saberia responder à isso.

Contudo, encontrou a chave com a ajuda de Yoma. Sim, foi ele quem achou atrás de uma moita e entregou-a ao seu treinador, que estava agachado, procurando pela mesma em outra moita. Agora só precisava retirar as algemas e retomar seu caminho...

por **Ryousuke** Seg 08 Jan 2018, 00:22

Virei-me para Youma, que me chamava a atenção. Ele tinha encontrado a chave, felizmente! — Achou..! — Reagi, aliviado. Aquela busca parecia ter demorado uma era, mas finalmente tinha acabado. — Bom trabalho! — Após elogiá-lo, afaguei o topo de sua cabeça brevemente. Agora poderia voltar a rumar até a fazenda.

Sabendo no que poderia acontecer novamente, concentrei toda a minha atenção no ato de me desalgemar. Somente depois de conseguir iria voltar à correr, procurando pelo local em que haveria alguém capaz de ajudar a policial. Agora, a preocupação anterior tinha retornado.

por **Sckar** Seg 08 Jan 2018, 12:11

Após elogiar e afagar o fantasma, se desalgemou e voltou à correr. Corria na direção em que a policial havia lhe apontado antes de desmaiar. Em poucos minutos avistou uma casa de madeira. Era térrea e de tamanho mediano, ficava numa parte em que o mato estava aparado e não haviam muitas árvores por perto.

Contudo, o garoto não via ninguém de onde estava. Nem humanos e nem pokémons. Nem mesmo ouvia-os. Estava tudo muito quieto. Aonde estariam? E como faria para encontrá-los?

por **Ryousuke** Seg 08 Jan 2018, 12:39

Depois de alguns minutos correndo eu tinha finalmente avistado uma residência. Será que era onde moravam as pessoas a quem a oficial pediu para eu chamar, ou será que aqueles que a ajudariam estavam mais à frente?

De qualquer forma, decidi tentar essa primeiro. Não tinha muita escolha e nem muito tempo, afinal. Me aproximei da porta apressadamente, batendo em sua superfície algumas vezes.

— Alguém em casa? Por favor, é uma emergência! — Proferi, com uma entonação preocupada da voz. Apesar de não estar ouvindo e nem vendo nenhum indício de vida naquele local, o mato aparado indicava que não era um local abandonado, ao menos não há muito tempo. Mas era possível que não tivesse ninguém em casa. Enquanto aguardava alguma resposta, procurei pela presença de algum veículo que pudesse confirmar isto.

por **Sckar** Seg 08 Jan 2018, 13:07

O rapaz decidiu bater na porta e gritar por ajuda. Não avistou nenhum veículo, mas talvez só não estivesse ali, mas guardado em algum canto que o rapaz não conseguia avistar ou imaginar.

Após alguns instantes ouviu uma voz rouca e masculina, dizendo:

- Calmaaaaaa.... Já vou!!!

Então a por foi aberta por dentro e um senhor gordo, com o cabelo grisalho e desgrenhado nas têmporas e um bigode grosso e igualmente grisalho e desgrenhado, vestido de macacão jeans velho, camiseta bege surrada, botas pretas e um chapéu de cowboy marrom, estava ali.

- O que foi, filho? O que você quer?

Pareceu não dar muita importância para o jovem Ryousuke.

por **Ryousuke** Seg 08 Jan 2018, 13:59

Me surpreendi ao ouvir uma voz sair de lá de dentro. Não demorou muito para que a porta se abrisse, revelando a imagem do senhor de aparente meia-idade que residia ali. De olhos arregalados, lembrei-me de toda a situação que estava acontecendo ao ouvir a sua pergunta.

— Senhor, a oficial da cidade de Littleroot sofreu um acidente e machucou a cabeça e a viatura capotou ela pediu para que eu viesse buscar ajuda urgentemente até essa direção então eu encontrei essa casa aqui mas eu não sei se é o senhor que ela pretendia que eu chamasse então eu te imploro AJUDE-A POR FAVOR! — Desesperado por temer não ter tempo, eu cuspia informação sem pausa alguma e de maneira incerta, ao ponto de quase hiperventilar após terminar a fala. Youma, preocupado com a maneira que eu respirava, dava tapinhas leves em minhas costas para tentar me acalmar.

por **Sckar** Ter 09 Jan 2018, 02:15

O velho de uns 70 anos - sim, um velho e não alguém de meia-idade -, espantou-se com o dito pelo garoto.

- Nossa?! Sério?!

Perguntou retoricamente, com os olhos arregalados e boquiaberto. Então colocou dois dedos da mão direita na boca e assobiou. Pegou algo num móvel próximo à porta e colocou no bolso. Então saiu e trancou a porta rapidamente, dizendo:

- Mostre onde ela está!

Foi então que o garoto viu um equino flamejante com um chifre no meio da testa, puxando uma carroça, surgir atrás dele. O velho sentou-se e pegou as rédeas e disse:

- Suba!

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Imagem meramente ilustrativa.

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