[Rota Especial] Recrutamento

Granite Cave, sábado, 5 horas da tarde.

Mais um belo sábado ensolarado tomava conta de Hoenn. Em diversos pontos dessa região tropical, pessoas aproveitavam para se divertir da forma como podiam. Em Slateport e Lilycove as praias estavam lotadas. Em Rustboro, a fila da sorveteria estava quilométrica. Mas a nossa história não possui como foco um dia de verão comum...

Dois treinadores ainda em ascenção haviam decidido aproveitar o fim de semana de uma maneira diferente. Ruby e Saphire caminhavam pelo interior da Granite Cave, local onde muitos desafiantes do ginásio de Dewford aproveitavam para treinar.

- Tem certeza que você quer descer esse lance de escadas, Saphire? Já é o terceiro lance que estamos descendo. - Previnido como sempre, Ruby demonstrava preocupação em sua voz. - Vai ficar cada vez mais difícil para voltar. E o meu Pokénav está completamente sem sinal!

- Pode ficar tranquilo! Na volta é só seguirmos em linha reta até acharmos as escadas para subir. Não tem erro! - Sempre aventureira, Saphire transmitia muita segurança em sua voz. - Os pokémons mais poderosos da caverna habitam os andares inferiores, então é para lá que devemos ir!

Ruby não estava muito contente em ter deixado Saphire liderar a aventura, mas sabia que ela seria a melhor em desempenhar a tarefa. Os dois treinadores estavam ali com o objetivo de ampliarem suas equipes, cada um com seus motivos. Saphire pretendia capturar um pokémon para utilizar em seu desafio ao ginásio de Dewford. Ruby, por sua vez, queria ampliar suas possibilidades para o próximo Contest.

Lilycove City, sexta-feira, 8 horas da noite.

Lisia estava ofegante quando entrou em seu escritório. Ruby a aguardava pacientemente. Ela havia provado ser uma excelente tutora, pois foi questão de tempo até ele conseguir seu primeiro Ribbon. Porém, sua tutoria era limitada parcialmente devido a grande demanda de serviços. Afinal, Lisia era ao mesmo tempo uma líder de ginásio, uma top coordenadora e também hostess de grandes eventos da alta sociedade de Hoenn.

- Olá, Ruby! Como você está? - Dizia a mestra, com um tom de voz descontraído. - Infelizmente não tive tempo de ler os mínimos detalhes, mas soube que quem levou a melhor no Contest de Pacifidlog foi o Haruki Odayakana. Não se desanime com a derrota, ela sempre é essencial para nos fortalecer! - O entusiasmo na voz de Lisia era tão animador que até fazia a derrota parecer algo melhor que a vitória. - Mas conte-me. Como foi sua participação no Contest?

Assim que Lisia fez a pergunta, Ruby ficou com seu rosto mais vermelho que uma Tamato Berry. Ele engoliu em seco, tossiu um pouco e enfim respondeu, claramente constrangido.

- Não cheguei nem a me inscrever. Minha equipe de pokémons ainda está incompleta...

Pela primeira vez em muito tempo, o sorriso de Lisia desapareceu. Apesar de não estar furiosa, era bem claro o quanto o despreparo de Ruby havia deixado ela decepcionada.

Granite Cave, sábado, 5:10 da tarde.

- E então, Ruby? O que você acha que devemos fazer?

Saphire questionava seriamente, mas percebeu que esteve falando sozinha por vários minutos. Ruby estava distraído demais com seus pensamentos e nem ouviu o que ela havia dito. Irritada, Saphire apontou a luz de sua lanterna no rosto do garoto, atordoando-o e finalmente conquistado sua atenção.

- Ah? Oi? Fazer o que?!? O que houve, Saphire?

- Faz cinco minutos que eu avisei que estamos perdidos e você nem me responde! - Protestou a garota, claramente irritada com a situação.

- Como assim estamos perdidos!?! - Questionou Ruby, finalmente caindo em si. - Não era você que dizia que bastava seguirmos em linha reta que seria fácil traçar o caminho de volta?

- Na teoria parecia bem mais fácil... - Resmungou Saphire, com um tom de voz indignado. - Acontece que logo após descermos a última escada, eu marquei aquela pedra ali para garantir que não iriamos nos perder na volta! Mas já é a terceira vez que estamos passando por ela... Estou desconfiada que este andar é um grande círculo ao invés de uma linha reta...

Ruby refletiu por alguns segundos e então pensou numa possível solução para que pudessem retornar em segurança. Apesar de ser uma ideia simples, poderia funcionar.

- Você disse que marcou essa pedra quando estávamos próximos da escada que haviamos acabado de descer, certo? O que você acha de olharmos pelas proximidade e subirmos para o andar anterior ao invés de procurar outra descida? Não chegaremos para o fundo da caverna como você quer, mas ao menos a gente iria saber nossa localização exata.

Saphire concordou com a cabeça e decidiu usar sua lanterna para observar os arredores em busca da escada de subida. Enquanto isso, Ruby retirava seu Pokénav Plus de sua mochila e verificava se havia algum sinal. Negativo. Sem telefone e muito menos GPS. Mas logo a busca por uma escada perdeu seu foco completamente. Saphire gritou. Mas não de medo, mas sim de empolgação.

- RUBY, OLHA ALI! UM ABRA! ELE É O POKÉMON PERFEITO PARA DERROTAR O BRAWLY!

Após a gritaria de Saphire, a reação do Abra foi a mais lógica possível: ele utilizou o principal movimento de seu arsenal. Em questão de segundos o Abra usou seu Teleport e se desmaterializou diante dos olhos da treinadora. A reação dela acabou sendo muito óbvia e natural: não assumiu a culpa e implicou com Ruby.

- Viu o que você fez, Ruby? Mirou sua lanterna no Abra e fez ele fugir!

- Mas... mas... Foi você que gritou e...

- Sem "mas", Ruby! O Abra fugiu, mas ainda deve estar por perto. Vamos procurar por ele!

- Mas... e a escada? A gente não tá perdido?

- Viemos para cá para capturar pokémons novos, não? Prioridades, Ruby...

Sem questionar seu aliado, Saphire começou a perambular pelo andar em busca de Abra. Ruby logo deu o braço a torcer. Estava um pouco indignado com sua amiga, mas a seguiu sem protestar. No fim das contas, uma coisa levou a outra. Os dois acabaram encontrando uma escada, que levava para o andar de baixo.

- Vamos lá, Ruby! Tenho certeza que o Abra fugiu para o andar de baixo!

Ruby nem reclamou. Apenas suspirou e seguiu sua amiga impulsiva.

Contra sua vontade, Ruby desceu mais um lance de escada na Granite Cave. Se ele já não sabia onde estava, a situação agora era pior ainda. A escuridão tomava conta total do ambiente. E, se Saphire permanecesse calada - o que naquele momento de impulsividade e ansiedade era um pouco difícil - o único som que eles ouviriam eram os de gotas da umidade local pingando no chão.

- Abra! Nós sabemos que você está aí! Apareça!

- Você sabe que as chances disso espantá-lo ao invés de atraí-lo são altas, né?

Saphire ficou indignada com o comentário de Ruby, mas preferiu ignorá-lo ao invés de protestar. Logo eles continuaram andando sem rumo pela caverna. Sem sinal de uma escada para outro andar e muito menos de algum pokémon. Até que, após alguns minutos, Abra surgiu diante dos olhos dos treinadores. A filha do Professor Birch ficou ansiosa ao vez o psíquico, mas nem conseguiu alcançá-lo. Dessa vez, porém, não era porque ele havia se teletransportado, mas sim porque ela havia tropeçado em uma pedra.

Após o susto de ver sua amiga cair no chão, Ruby prontamente a ajudou a se levantar. Ela havia ficado com um pequeno ralado no joelho, porém, apesar disso ela estava bem. O único prejuízo grave ali havia sido o fato de sua lanterna ter caído no chão e quebrado com a queda. Agora a lanterna de Ruby era a única fonte de luz no local. Neste meio tempo, Abra já havia fugido novamente e a suposta pedra agora estava diante da dupla de treinadores, claramente enfurecida.


- Quem você pensa que é ao ficar na frente do meu caminho desse jeito? - Protesta Saphire, indignada. - Por sua culpa eu acabei perdendo o Abra de vista novamente!

O pequeno Aron continuava irritado e até ameaçou atacar Saphire, que só não foi atingida porque teve reflexo e saltou para trás no momento certo.

- Seu folgado! É batalha que você quer? Então batalha você terá! Budew, vai!

O pequeno Budew tomou frente na batalha, apesar de se sentir um pouco desorientado devido a baixa luminosidade. Ruby fazia o possível para iluminar o campo o máximo que podia, mas com uma lanterna só era um pouco difícil.

- Budew, use seu Stun Spore e depois ataque com Mega Drain!

Diante do confronto, o pequeno Aron demonstrava ter muitas habilidades em combate. Mas isso já era de se esperar, já que ele vivia em um ambiente hostil como aquele. Assim que Budew usou o seu Stun Spore, Aron criou uma barreira protetora e nem sentiu os efeitos do golpe. Em seguida, após receber o impacto do Mega Drain, retribuiu com uma cabeçada potente, que não só jogou Budew longe como nocauteou em um único golpe. Havia sido um acerto crítico!


Campo: Subsolo da Granite Cave. O terreno é irregular e não há nenhuma fonte de luz além da lanterna de Ruby.

- Aquilo foi... ? -A jovem se questionava ainda sem acreditar. - Impressionante! Eu preciso capturar esse Aron!

- Cuidado, pelo que eu analisei na pokédex, este golpe que ele utilizou se chama Head Smash! Não é um movimento que Aron aprende naturalmente. Ele herdou de um dos pais.

- Mais um motivo para que eu o capture!

Sem perder tempo, Saphire retornou Budew para sua pokébola e então convocou o seu pokémon inicial para a batalha. Marshtomp logo se posicionou em campo e observou Aron com destreza. Quem levaria a melhor no segundo round?

Impressionada com as habilidades de Aron, Saphire se sentia segura com a escolha de Marshtomp para o confronto. Devido a sua combinação de tipos, ele não só resistia ao poderoso Head Smash como também possuía um golpe em seu arsenal forte o suficiente para causar sérios danos no pequeno Aron. Ruby assistia ao confronto em silêncio, intrigado com a forma como Saphire mudava completamente de comportamento diante de uma batalha.

- Marshtomp, vamos explorar as fraquezas dele! Ataque com Mud Bomb! Repita o golpe logo em seguida!

A batalha retornou em questão de segundos. Aron era naturalmente lento, mas parecia prevenido assim que Marshtomp usou seu seu primeiro Mud Bomb. Graças ao seu Protect, o golpe acabou sendo bloqueado com perfeição. Mas os efeitos do movimento não duraram tempo suficiente para impedir o inicial aquático de Hoenn de lançar seu segundo golpe.

Com o movimento duplamente efetivo, Aron não conseguiu resistiu e logo foi nocauteado. Marshtomp havia saído ileso e, através da pouca luz que a lanterna de Ruby emitia, era possível perceber que ele estava orgulhoso de si.

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Campo: Subsolo da Granite Cave. O terreno é irregular e não há nenhuma fonte de luz além da lanterna de Ruby.

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Logo após o nocaute, Saphire lançou uma pokébola em Aron. Ele ainda tentou resistir a captura, mas após quase um minuto de insistência, ele acabou desistindo e se deixou ser capturado.

- Consegui! Capturei um pokémon novo para a minha equipe! -Celebrava a jovem. - E então, Ruby? Não está com inveja? Esse Aron foi um grande achado.

- Fico feliz por sua captura, Saphire. Mas ele não vai ser bom contra o Brawly... Ele tem fraqueza dupla contra o tipo lutador...

- Isso são apenas detalhes, ok?

Logo as celebrações chegaram a um fim. Era óbvio que um pokémon selvagem com egg move deveria ter se originado de progenitores poderosos. Logo após a captura do pequeno Aron, Ruby e Saphire ouviram sons de passos pesados. Ao olharem para trás, acabaram se deparando com a mãe do pequenino! Mais visível que a fúria em seu olhar, apenas o desespero da dupla de treinadores.

Aggron continuava furiosa ao ver que seu filhote havia sido levado. Apesar de ser um pokémon grande e pesado, velocidade não era o seu forte, o que permitiu que Ruby e Saphire conseguissem escapar daquela perseguição com vida. Após vários minutos correndo sem rumo pela caverna escura, haviam finalmente conseguido despistar da mãe revoltada. Estavam ofegantes e, sem sombra de dúvidas, mais perdidos do que nunca.

- Saphire, você está bem?

- Tá brincando? Se eu precisasse passar por tudo isso para capturar aquele Aron, eu faria tudo de novo!

Ruby ficou indignado com a resposta, já que no fundo sentia um pouco de pena da Aggron. Mas ele já estava acostumado com sua amiga e seu modo de pensar. A prioridade era, de uma vez, retornarem em segurança para Dewford. Mas o destino parecia conspirar a favor dos treinadores. Mais uma vez Abra aparecia diante deles. Como a dupla de treinadores parecia mais calma, ele teve coragem e se aproximou deles. Calmamente, encostou suas mãos na dupla de treinadores e então os teletransportou.


O cenário que eles estavam agora era completamente diferente. Estavam em outra parte da caverna, bem iluminada e com uma grande imagem inscrita na parede. Porém, além deles, havia outra pessoa ali. Quem era? E o que aquela imagem representava?

Não demorou muito para que o homem que estava observando a imagem percebesse a presença de Ruby e Saphire ali. Sua presença era marcante e só de olhar em seus olhos era possível perceber o seu poder e influência. Apesar disso, demonstrava ser bem acessível.

- Que surpresa encontrar pessoas por aqui! Não é qualquer um que consegue descer vinte andares na Granite Cave!

- Vinte andares?!? - Ruby parecia intrigado, mas logo se recordou que foi Abra quem os levou até lá. - Recebemos ajuda de um amigo para chagarmos até aqui.

- Espera aí... - Disse Saphire, pensativa. - Eu conheço você! Você é o Steven Stone! Atual campeão da Elite de Hoenn!

Ao ouvir seu nome e seu título, Steven ficou um pouco constrangido. Mas logo sorriu e confirmou sua identidade para a dupla. Ele os analisava constantemente com seu olhar e claramente demonstrava interesse pela dupla. Logo começou a dialogar com eles, fazendo-os refletir sobre a figura que estava inscrita na parede.

- Vocês já ouviram falar sobre a lenda da criação de Hoenn? Dizem que os principais responsáveis foram dois grandes titãs. Um deles era capaz de controlar as chuvas e os oceanos. O outro era capaz de controlar o sol e os continentes. Sozinhos, eles trouxeram apenas caos e destruição. Porém, foi graças ao seu conflito que a vida surgiu.

Os dois treinadores ficaram pensativos a respeito da fala de Steven. Como é que um treinador de tão grande renome poderia levar a sério uma lenda? Por mais que existam relatos de aparições de pokémons lendários, seus poderes sempre parecem exagerados e contraditórios demais. Antes mesmo que a dupla dissesse uma palavra, Steven pediu para que eles o acompanhassem até outra galeria, que ficava do lado oposto daquele andar da caverna.


- Esta imagem representa Kyogre, o pokémon capaz de controlar as chuvas e os oceanos. Vocês souberam da situação atual de Kanto e Johto, correto? Não acho que seja uma simples catástrofe natural. Tenho plena convicção de que foi ele que causou a destruição dessas regiões.

- Isso significa que o outro pokémon existe e ele é capaz de reverter essa situação?

Steven sorriu ao ouvir a pergunta de Ruby. Após afirmar com a cabeça, o campeão de Hoenn não só confirmou suas suspeitas como também declarou o nome do pokémon dos continentes:

- Groundon deve estar adormecido em algum lugar. Acredito que ele pode não só deter Kyogre como também salvar essas regiões.

Ruby e Saphire permaneciam pensativos diante das declarações de Steven. Ele parecia entender bastante sobre a mitologia e, ao contá-la com tanta naturalidade fazia um delírio como pokémons lendários parecerem uma realidade próxima. Mas após contar aquela história, era natural surgirem dúvidas sobre o que poderia acontecer.

- Kyogre está em Kanto, certo? E se Groudon estiver adormecido em outro lugar, como Hoenn? Não poderia acabar resultando em um caos maior ainda? Dois pokémons destruindo duas regiões distintas?

- Kyogre e Groudon não deixam de ser pokémons, certo? Então isso quer dizer que podemos capturá-los! E se enfrentarmos Kyogre e capturarmos ele? Não seria possível controlar as chuvas sem precisar despertar o Groudon?

- É uma possibilidade. Mas e se eles forem capturados por pessoas má intencionadas? Conseguem imaginar a destruição que uma pessoa pode causar com um pokémon destes em suas mãos?

O questionamento de Steven deixou Saphire e Ruby reflexivos. Por mais que fosse uma realidade que muitos não gostavam de pensar, pokémons já haviam sido utilizados como armamento em guerras. Se alguém com más intenções conseguisse controlar monstros tão poderosos como aqueles que manipulam o clima, era questão de tempo para haver outro conflito catastrófico. Percebendo o desconforto, Steven resolveu mudar de assunto.

- Minha intuição diz que vocês são jovens de boa índole e possuem grande potencial. Consigo ver que qualquer um de vocês poderá até mesmo assumir o meu título um dia. Posso saber o nome de vocês?

- Meu nome é Saphire.

- Eu sou Ruby. É um prazer conhecer você, senhor Steven.

O campeão de Hoenn fez uma breve reverência para ambos e retirou duas pequenas pedras de seu bolso, entregando-as para os dois treinadores. Pareciam ser pedras comum, sem grande valor. Talvez não tivessem nem efeito em batalhas.

- Além de treinador, sou geólogo. Comecei a conhecer sobre a origem de nossa região ao pesquisar o nosso solo e os minerais peculiares que existem aqui. Foi então que eu me dei conta que a composição de Hoenn é intrigante demais e sua origem só pode ser mística. Foi assim que comecei a estudar mitologia e acreditar nas lendas dos antigos Draconoids. Considerem essas pedras como uma lembrança e uma garantia que nos veremos de novo.

- Draconoids? Aquele povoado antigo que viviam em Sootopolis e em Aztlán?

- Exatamente. O conhecimento deles é vasto e tenho aprendido muito com eles. Confio todas essas informações em vocês dois. Nunca deixem elas caírem em mãos erradas. Inclusive eu não duvido que já existam pessoas em busca de Groudon e Kyogre.

- Team Aqua! - Respondeu Ruby, em voz alta.

Porém, após a declaração de Ruby, Steven havia desaparecido de sua vista. O Abra estava na caverna o tempo todo, acompanhando-os. Após o término do diálogo com Steven, ele os teletransportou até a saída da Granite Cave. Agora eles estavam sãs e salvos.