[EVENTO] ALICHE NO PAÍS DAS MÁS ERVILHAS

Teatro Continental!

Chris Ayusa!

Ora... Talvez o rapaz realmente soubesse para onde desejava ir... Mas, infelizmente não fazia ideia de como rumar até lá. Assim, sabendo para onde queria ir, mas sem saber como, o jovem simplesmente decidia acatar ao que fora instruído pelo estranho gato com poderes de "vaporização". Se aquele era realmente o caminho que o levaria de volta, isto era difícil dizer, mas certamente o levaria a algum lugar... Se isto era bom ou ruim? Ora... Pelo menos era algum lugar; ou seria a lugar nenhum? Bom, o importante é que após saltar pelas peças de dominós e alcançar o outro lado do palco, o jovem enfim havia alcançado o segundo lado do palco, onde desta vez, apesar de não se materializar como a pouco, a voz de Cheshire, o gato, enfim voltava a ressoar aos ouvidos de Chris e também às diversas caixas de som equipadas em todo o salão. Contudo, sua vez parecia um pouco abafada, como se estivesse a se esconder em meio à uma aglomeração de cogumelos que haviam ali.

- Ora! Saber onde se quer chegar já é o primeiro passo... Ou seria o primeiro salto? afinal, foi isto que você acabara de fazer... No entanto, temo lhe dizer que isto não será possível... Não por enquanto. O País das Maravilhas precisa de sua ajuda, jovem, uma vez mais, assim como precisou a anos atrás. - Continuara a voz, que parecia "viajar" de um lado a ouro, apesar de não ser visto. Ora, a sonografia também estava de parabéns. - Mas, posso lhe guiar ao caminho mais seguro possível até que consiga encontrar uma forma de solucionar a tudo e então retornar. - Prosseguia em um tom enigmático, porém ao mesmo tempo a liberar uma risadinha de deboche. - Apenas sei que não gostaria de estar em seu lugar... De qualquer forma, já experimentou estes cogumelos Parasect? Eles realmente podem te levar à lua... Se é que me entende. Salte sobre eles e eles o guiarão até a clareira... E eu não demoraria se fosse você; ouvi dizer que os soldados da rainha de copas estarão se reunindo aqui no lago de lágrimas de Togepi em breve. - Assim, finalizava o gatuno, deixando a Chris uma vez mais a liberdade de seguir a seus dizeres ou não. Poderia não ter entendido o que o gato lhe desejara dizer, mas assim que resolvesse experimentar os cogumelos, veria que realmente o que fora dito tinha seu sentido... Eram feitos de uma substância elástica, que lhe tornava algo próximo a uma cama elástica, e saltando de um ao outro, era hora de seguir até a lateral do palco, para enfim sair de cena e permitir uma nova mudança de cenário.

Teatro Continental!

Chris Ayusa!

Após saltitar para fora do palco, as cortinas se fechavam por um instante e o jovem finalmente tivera um tempinho para respirar longe dos olhares do público e também de beber um copo de água para lubrificar as cordas vocais que tanto seriam usadas naquela encenação. O público parecia se divertir com a atuação de Chris, tendo muitas pessoas não conseguido segurar o riso e então gargalhar quando este questionara se tinha de comer os cogumelos. Claramente existiam cogumelos alucinógenos no universo pokemon, então fora isto que causara o alívio cômico durante a cena. Era interessante a escolha de Chris para aquele papel, afinal, apesar da peça em si ter um ar um tanto sombrio, sua personalidade continuava a mostra, de forma a proporcionar à peça o alívio de que ela precisava.

Contudo, graças a eficaz equipe de contrarregras, o cenário uma vez mais era alterado, agora para uma espécie de clareira. Contudo, o campo gramíneo ali parecia um tanto afetado, meio que como se houvesse ocorrido um combate ali, e realmente o houvera. Uma simulação de corpo de Kommo-o restava abandonado ao chão, sua cabeça apoiada sobre aquilo que ainda a pouco estava a simular o rio de lágrimas, e que agora era apenas um rio de sangue, tendo as peças de dominó sido retiradas e a "agua" azul substituída por algo de visual vermelho e aspecto mais viscoso. A criatura fora violentamente abatida. E era neste cenário que Chris seria levado após tanto saltitar. O gato de Cheshire ressurgir, próximo a uma ave, e discretamente acenava para Chris, chamando enquanto um estranho grupo de soltados vestidos de ervilhas se retiravam do cenário Tinham a maior parte de seu corpo dominado pela esféria construção a simular uma ervilha, do qual saiam apenas sua cabeça e demais membros, segurando ainda em suas mãos lanças agora cobertas em sangue.

Teriam sido eles os responsáveis pelo abate da criatura? Algumas das ervilhas pareciam também terem sido abatidas, como se o embate não tivesse sido fácil. - Venha... Já é seguro, agora. - Proferia o gato, a instigar o rapaz a se aproximar da criatura. - Pobres pokémons, somos nós... Segundo as novas leis, todos aqueles que não demonstrassem apoio a revolução foram abatidos... Somos poucos agora, os que ainda lutam. - Colocava-se o gato a explicar um pouco mais do cenário em que viviam agora. Contudo, o gato logo voltava a se voltar ao rapaz e então continuar a mencionar algo que fora dito pelo rapaz ainda a pouco. - Devo estar lhe confundindo com outro alguém? Ora... - Continuava o gato, a examiná-lo melhor. - Bom... Talvez, realmente você não seja ele, mas com um pouco de esforço poderá ser. - Constatara o gato, um pouco pensativo. - Por exemplo... Você diria que eu sou um Meowth? Não pareço ser, mas sou. - Continuara ele, a saltar pelo cenário até se aproximar ainda mais do corpo caído do libélula, apenas para ver que ainda havia uma lança infincada em sua cauda.

- Ah! Que cabeça a minha! Como pude esquecê-la! - Bradava uma nova voz a ecoar pelo salão, e quando viram, era um dos "Ervilhas". Havia um olhar de choque em sua face ao notar a presença do gato e de Chris, como se sua presença naquele lugar não estava correta. - Vocês! O que fazem aqui!? - E neste momento, um belo Hakamo-o surgia por trás de suas costas, como se para demonstrar-lhe apoio. - Ah! Você... Você... VOCÊ É ELE!? - Bradava a criatura, apontando ameaçadoramente para Chris.

Teatro Continental!

Chris Ayusa!

A conversa com Cheshire prosseguia em sua nova cena, porém assim como das vezes anteriores, o felino não lhe proporcionava nenhuma explicação clara sobre tudo o que estava acontecendo, e o que realmente era aquele lugar. Assim, não hesitara a enfim indagar o sorridente monstrinho, afinal, já aparentava farto de tantas palavras confusas, como tudo o era naquele lugar: Estranho. De qualquer forma, em resposta, o gato não lhe dera muita coisa, apenas "alargara" mais a seu sorriso - se é que era possível - e disse em um tom ainda cauteloso, de quem tomava cuidado para não tornar as coisas tão claras precocemente. - Mais claro do que fui? Impossível. Se você não entende, é por que ainda não se tornou quem deveria ser. Mas, em breve entenderá... Eu suponho. - Finalizava ele, com um sorriso enigmático em sua face, e mantendo-o mesmo quando o Soldado Ervilha notara sua presença.

- Psiu... Este é um dos soldados da Rainha de Copas! - Dizia o felino, de canto de boca, porém seu tom de voz sendo ampliado em virtude de que todo o público deveria ouvir tal frase. Eis que, em quanto isto, o soldado se aproximava cada vez mais, com um andar desajeitado, mas ainda assim determinado, torcendo sua expressão facial na tentativa de enxergar melhor as feições de Chris. - Não diga besteiras! Claro que você é Ele! Acha mesmo que não o reconheceria? Lembro-me de vê-lo Rainha!- Constatava o homem, enfim resolvendo que de fato ele era o tal Ele. - Cheshire, seu gato miserável? Você deveria se lembrar que apesar de seu espírito livre, você deve lealdade à rainha! - Continuava o soldado, a bater com sua lança no chão, assim que julgara estar a uma distância razoavelmente segura de Chris.

- Eu? Bom, digamos que estou guiando-o até a Rainha. Mas... O problema é que ele ainda se tornou daquele que o país das maravilhas precisam, o salvador!- Prosseguiu o gato, ardiloso, a dar uma piscadela para Chris ao fim de tal frase. - MENTIRAA! - Bradou o soldado, a levantar a lança e então deixá-la em riste para a dupla. - ESTÃO TRAMANDO UM ATAQUE Á RAINHA! - Continuara o soldado, ao mesmo tempo em que notando o tom de voz usado pelo mesmo, Hakamo-o rapidamente circulava-o e parava diante de si, prestes a atacar, ou defender, conforme os comandos de seu mestre.

- Uuuh! - Zombava o gato, a se voltar a Chris. - Pelo visto ele está mesmo certo de que você é Ele... De qualquer forma, eu me defenderia; ou não poderá sobrar muito de você para contar história, ou sequer voltar para casa. - Continuava o gato, a se afastar discretamente, deixando Chris sozinho uma vez mais. - Se você for mesmo quem penso ser, deverá sair vitorioso desta... - Dizia a voz do gato, uma vez que o próprio já tivesse saído de cena.