#01 - Nosso Recomeço ft. No Olho da Tempestade

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Off:

Foi por pouco que Ampharos não caiu naquela primeira rodada, o semblante cansado dele mostrava isso. Gunvolt e Héstia não sofreram tantos dano na batalha como eu imaginava, porém foram colocados em um estado de confusão que foi o principal responsável por impedir com que aquela batalha já estivesse encerrada. Se não quisesse ter complicações, precisaria livrar pelo menos um deles daquela situação.

De minha mochila, peguei um Full Heal e fui em direção a Heracross, rapidamente, para aplicar o item medicinal nela. Foi quase que de imediata sua recuperação, agora ela estaria pronta para encerrar a batalha de vez. Posicionou-se novamente encarando Ampharos pronta para executar seu próximo comando.

-Vamos acabar com ele. Ataque com Brick break, se precisar, use outro. Gunvolt, tente atacar com seu Thunder Punch.

Ross at CupcakeGraphics

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Off:

Mais uma vitória foi conquistada por nós contra o trio de elétricos. Depois de livre da confusão, Heracross só precisou dar um último golpe em Ampharos para nocautear o pokémon. Ao finalizar a batalha, fiz como antes e peguei itens medicinais para cuidar deles. Para Heracross eu entreguei a Sitrus Berry, enquanto em Gunvolt eu apliquei outra Hyper Potion.

-Desculpem por isso, não vou mais fazer vocês passarem por isso. Podem confiar em mim.

-Vire(Beleza então).

-Heracross!(É um idiota mesmo) - Heracross, como sempre, demonstrando tremenda confiança nas palavras de seu treinador.

Agora que estavam prontos para o combate mais uma vez, ou talvez para mais um puzzle. Dessa vez nós tínhamos três buracos largos iguais ao do narrador com alguns escritos que eu não conseguia ler, além de estátuas de três pokémons, sendo eles Starmie, Lanturn e Eelektross. A porta de agora não tinha entrada para emblemas, deixando-me sem saber o que fazer.

Alguns minutos depois, uma voz me chamou, dizendo que iria me ajudar -Ah, tá, tudo bem - dei uma pausa e então tive uma reação totalmente diferente -Espera! Quê? Era como se fosse uma melodia que me dava mais um enigma, porém uma outra pista. Aquilo parecia fazer mais sentido se relacionasse aquela cantiga com as estátuas à nossa frente -Entendi, um desses pokémons é sobre quem essa pista fala.

Não poderia comemorar anda, pois se errasse a resposta, a porta se fecharia por 5 meses. Não seria um trabalho fácil, pois os povos antigos não falavam nada com nada em suas charadas, muito menos davam respostas que faziam sentido, mas fazer o quê? Comecei a analisar as estátuas e o enigma.

-Se formos ver bem, a palavra estrelinha serve como metáfora para algo, e não um objeto ou criatura, então podemos descartar - ainda restavam duas opções, mas não estava fácil -Obedecer a luz pode significar que o Lanturn o chama com sua luz, mas ser a última coisa que ele vai fazer pode se referir ao Eelektross caçando sua presa.

Tive que pensar um pouco, para desvendar o mistério, eu precisaria separá-lo por partes.

"Siga, siga, estrelinha, obedeça a luz de sua mãezinha" Imaginei o que seria. Starmie realmente era uma estrela, mas o resto da cantiga não fazia sentido para ela. Foi aí que eu me lembrei, Lanturn também é conhecido como "the deep-sea star" devido à sua lanterna na cabeça, que a permite ser vista em meio às águas durante a noite, mesmo estando submerso.

Um desejo pode realizar! Será o último ao findar. Eelektross pode também atacar suas presas, mas estamos falando dos perigos do mar e essa espécie tem a fama de puxar suas presas do litoral para a água. Enquanto isso, Lanturn aproveita de sua luz para cegar sua presa, aproveitando o momento para atingi-lo com um golpe elétrico e engoli-lo por inteiro.

Já sabia o que fazer, apenas precisei ordenar para Gunvolt.

-Gunvolt, vamos abrir aquela porta. Use sua eletricidade no buraco do narrador Lanturn. Coloque seu braço lá dentro e descarregue energia.

Ross at CupcakeGraphics

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Quando Electivire deu uma descarga elétrica na resposta correta, eu estava bem tranquilo, pois estava com plena certeza de que não havia outra possibilidade, o que se confirmou quando aquela porta abriu nos dando acesso ao que parecia a sala do tesouro de um grande jogo de exploração. As artes agora estavam cada vez mais bem feitas com figuras que nos lembravam claramente dos desafios pelos quais passamos até chegar até aqui. Lá estavam presentes diversos pedestais, novas colunas de mármore e...

-Tumbas? Sim, localizada próximas à escadaria que supostamente levariam ao topo, ou a algum outro andar daquele monte. A subida parecia infinita e a cada nova área estava uma sala maior que a outra. Estava sendo cansativo, mas cada descoberta fazia os momentos passados ali valerem a pena. O mais interessante eram os símbolos cravados em cada uma das tumbas feitas do mais belo mármore. Voltei a ver os detalhes daquele salão, pois passei por outras figuras rapidamente e não consegui notar o que cada uma significava realmente.

Foi nessa hora que eu vi a imagem de um rapaz, mas não um estátua ou uma pintura, mas de uma pessoa, alguém que parecia estar mais vivo do que eu encarando uma pintura um tanto velho, meio apagada, mas que ainda tinha história para contar para aqueles que soubessem como interpretá-la. A imagem de três pessoas semelhantes com os pokémons ovelhas ao seu lado, todos com os braços levantados assim como as imagens de outras salas. Eu não entendia o que representava, mas logo o homem estava de costas para mim me ajudaria, mas não antes de mencionar que outro passara por lá.

-Outra pessoa? Talvez seja ele. Isso não importa agora, vamos ver o que ele tem a me dizer.

Ele contou coisas sobre um povo do passado que reverenciava o deus Lua até o dia que um pássaro dourado que brilhava como o sol foi avistado pelo chefe de sua tribo. A partir daí, começou uma viagem pelo mesmo caminho que ele fizera até encontrarem uma terra que era de muito bom grado ao povo que nela chegou, o motivo pelo qual lá foi estabelecido um reino que cultuava tal ave. Mas a criatura não poderia ficar lá para sempre e conforme o tempo passava ela permanecia naquele local cada vez menos. E foi nesses momentos de afastamento que uma grande tragédia ocorreu, levando a uma guerra entre o próprio povo para ver quem tomaria o controle do reino quando as águas começaram a ocupar as terras da ilha, deixando cada vez menor. Como homenagem aos mortos, suas tumbas foram construídas com o mármore extraído das terras do monte.

Ao término da história, ele virou-se para nós mostrando-se como uma pessoa comum, sem nada de especial, então o espírito dos que já haviam partido passavam a caminhar ao meu lado. Chegou a hora dele partir, não sem me dar palavras de motivação e que eu deveria mostrar minha força para o deus deles. A passagem estava aberta para nós subirmos.

-Então teremos mais um desafio antes da batalha final - naquela hora eu já estava determinado a derrotar qualquer coisa que viesse a encontrar. Se ele me achava capaz de ser um oponente digno à grande ave dos raios, então assim eu o faria. Olhei para os três pokémons que estavam comigo, Gunvolt, Heracross e Héstia, o trio que havia me trazido até aqui nesse desafio para recomeçar após uma derrota estava se saindo tão bem, mas até quando eles poderiam fazer as coisas sozinho? Era certo que estavam cansados por causa de tudo o que passamos, mas ainda não era hora para descansar. A pequena lutadora era a que sabia dessas coisas.

Peguei as outras pokébolas dos que ainda teriam sua chance de brilhar contra os oponentes. Meowstic e Sealeo que ainda não tinham lutado depois que saímos da cidade, Amarílis que nos ajudou contra os pokémons selvagens do lado de fora do monte. Guardei suas esferas com cuidado enquanto mantive o trio ao meu lado, estava na hora de subirmos as escadas para o último obstáculo.

-Vamos, nosso oponente nos aguarda.

Ross at CupcakeGraphics

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Ross at CupcakeGraphics

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Spoiler:

Aquela batalha acabou rapidamente com a determinação que todos nós compartilhávamos. Cada golpe foi dado com o maior poder possível de cada um, sendo que até mesmo a considerada mais fraca da equipe deu um dano bastante alto e responsável por trazer um fim à tirania de Golem. O movimento aquático, que recebeu boost da chuva e da Water Gem, derrubou o pokémon de pedra do alto do monte até sua cova, a qual seria cavada por ele mesmo com a força da gravidade. Uma cova feita sob medida, diria eu.

Claro, ao ver o pokémon sendo arremessado para fora da superfície precisei dar uns tapas na bochecha e respirar fundo para não ficar pensando no que eu acabava te fazer com o pokémon -Tudo bem. Foi por um bem maior - disse em um tom baixo. O importante era que aquela batalha havia acabado e ele havia nos deixado alguns presentes -Pelo menos, ele deixou algo para compensar o esforço.

Indo em direção aos objetos, percebi que se tratavam um cristal brilhoso e de uma boneca de um Voltorb. O primeiro eu conseguia identificar, era um Z-Crystal, parecido com os outros que eu tinha, mas este sendo o do tipo elétrico. Quanto à boneca, não sabia como a usaria, mas resolvi guarda, pois se é item de boss significa que serviria para uma coisa no futuro. Com o loot pego, virei-me para minha equipe.

-Vocês... Obrigado pelo esforço, foram todos muito bem.

Tive que falar pouco, pois ainda precisaríamos tratar dos ferimentos de JJ e não tinha como deixar ele ali sem ninguém para fazer a segurança dele. De minha mochila, peguei alguns curativos para cuidar dos ferimentos, quanto às possíveis costelas quebradas, não era especialista para ajudá-lo com isso, portanto ele teria de esperar pelo resgate chegar. Quando terminado, peguei a pokébola de Heracross e a liberei.

-Heracross, preciso que você proteja o Mister. Não podemos deixá-lo sozinho aqui e você é a que tem mais experiência quando o assunto é cumprir uma missão ou dar suporte a um Ranger, então preciso que fique aqui enquanto nós vamos lá pra cima, certo? - a lutadora olhou para mim e me encarou antes de dar um joinha como se quisesse dizer "Deixa com a mãe".

Quando estivesse tudo pronto, subiria para encontrar o que deveria ser o nosso último desafio.

Ross at CupcakeGraphics