Pokémon Mythology RPG 13
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PRÓLOGO — O pequeno ciumento

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Mensagem por Moonchild Dom Nov 01 2020, 19:47

How long 'til you play me the song
That will make me belong to you?
Aquela era a quinta vez vez na mesma semana que eu acompanhava Hana até seu criadouro. Minha irmã tinha se tornado uma Criadora Pokémon há poucos anos, mas se mostrou promissora desde o primeiro dia. O local era como uma parte da Escola de Treinadores da Cidade de Jubilife, financiado pela Companhia Pokétch e com o apoio do Fã Clube Pokémon. Por ser estudante de Nutrição anteriormente, Hana decidiu logo no início do curso que gostaria de desenvolver um trabalho voltado para os Pokémons. Aquele ainda era um projeto pequeno, mas estava indo bem. No dia anterior, eu tinha ido em um dos Laboratórios vizinhos em busca do meu Pokémon inicial. O Professor responsável não estava presente, então me contentei em apenas pegar minha Pokedex e algumas Pokebolas. Fiquei de voltar no dia seguinte afim de pegar meu primeiro companheiro de viagens.

Mas voltando a falar da minha visita, como eu em breve estaria saindo de casa rumo à minha própria jornada como Coordenador achei que seria interessante um tempo com ela. Afinal, era a pessoa que eu conhecia que mais sabia do assunto que se tornaria o centro da minha vida por algum tempo. Logicamente, ela me apoiou desde o momento que cogitei tomar tal decisão e está me apoiando até agora ao me permitir vir até seu local de trabalho com tanta frequência. No fim acabava não sendo muito problema porque os seus colegas gostavam de mim, além dos Pokémons pelos quais ela estava responsável. Eles gostavam dela, então quando fui apresentado como seu irmão eles logo se sentiram seguros comigo. O único que se mostrou hostil comigo foi um Azurill. Ele era o novato entre o grupo e tinha ficado muito apegado à Hana. Segundo ela, o pequeno tinha ciúme dela com qualquer outro Pokémon ou pessoa. Eu só conseguia achar graça mesmo de suas tentativas de me empurrar para longe da minha irmã. Logicamente, ele se tornou o meu protegido, mesmo que ele em si não me quisesse por perto.

Acabou que esses últimos dias eu acordava já pensando em como aquele Azurill iria tentar marcar seu território novamente. Os três primeiros dias foram um pouco mais intensos, mas perseverei tentando me aproximar do pequeno encrenqueiro. Conforme eu retribuía sua agressão com biscoitos e carícias, ele foi percebendo que eu não era uma ameaça. Muito pelo contrário, porque a todo momento eu queria mostrar uma nova travessura sua para Hana. Ele percebeu que estar comigo significava ver sua criadora mais vezes, então foi se deixando levar.

Foi no quarto dia que eu percebi que ele não estava mais dando tanta atenção assim quando Hana aparecia para checar o estados dos Pokémons. O pequeno Azurill agora dispendia todo o seu tempo tentando chamar a MINHA atenção, por vezes até trocando seus petiscos favoritos por uma passadinha de mão na sua cabeça. Hana rapidamente percebeu que agora era eu o alvo da afeição dele e eu fiquei bastante feliz por ter feito meu primeiro laço com um Pokémon.

No quinto dia, eu já apareci com a mochila nas costas. Seria a última vez que visitaria Hana e os Pokémons do criadouro em algum tempo. Me despedi de todos eles, mas quando foi a vez do Azurill ele parecia não entender a situação e tentou o tempo todo manter-se brincando. Quando o momento chegou, Hana se despediu com um abraço e ambos começamos a chorar. Sem entender nada, o pequeno saltou no meu ombro e se meteu entre nossos rostos. Ele estava triste por estarmos tristes, e na sua inocência tentou fazer alguma graça para nos animar.

— Escuta, rapaz. — eu disse enxugando as lágrimas e pegando-o no colo. Me agachei para colocá-lo no chão e fiquei encarando seus olhinhos ainda curiosos sobre o que estava acontecendo — Eu vou viajar por um bom tempo e não vou poder vir mais aqui cuidar de vocês e da Hana. Vou precisar que você seja bonzinho e tome conta dela por mim, tudo bem? — expliquei a situação por fim e com uma carícia na cabeça do Azurill eu me levantei para partir. Antes que eu pudesse sair do cercadinho, senti algo puxando minha calça. Era ele, lógico. Desta vez eram seus olhos que estavam cheios de lágrimas. Ele fez seu som característico conforme tentava me fazer ficar. Hana foi quem entendeu o recado.

— Ele quer ir com você. — ela disse. Meus olhos se arregalaram em surpresa. O Azurill, por outro lado, ficou saltando em cima da própria cauda como de costume, mas sua expressão foi de animação ao perceber que tinha sido compreendido.

— Mas ele não pode vir comigo, ele é do criadouro. — falei descrente da possibilidade daquilo acontecer.

— Ele pode ir contigo, sim. Muitos dos Pokémons que vem parar aqui são liberados logo depois que terminamos de cuidar de suas possíveis doenças. Você só precisaria preencher o formulário para eu poder registrar no sistema a saída dele. É bem simples, na verdade.

— É sério? — perguntei, embora não duvidasse do que Hana tinha dito. A Criadora balançou a cabeça positivamente, no que me virei e peguei o Azurill nos braços novamente. Seguimos então para o escritório, onde pude preencher o tal formulário de liberação e também recebi uma Pokebola. Tudo tinha sido bem emocionante até ali, mas foi naquele ponto específico que eu percebi que era aquilo que eu queria mesmo para minha vida. Com um toque na testa do Azurill, ele se tornou um raio de energia vermelha que foi absorvida pela esfera de captura. Ela balançou na minha mão e piscou três vezes, até enfim o barulho característico ecoar na sala e sinalizar que estava concluído.

Naquele mesmo dia, seguimos nossa viagem para Dewford Town. Com a informação de Hana de que Mawiles gostavam de aparecer em uma caverna da Rota 106 próxima de Dewford, não consegui pensar em outro lugar para enfim começar minha jornada. Afinal de contas, como eu poderia seguir em frente se não tivesse ao meu lado o meu Pokémon favorito?
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Mensagem por Ayzen Dom Nov 01 2020, 19:52

@Moonchild

Inicial entregue. Pode começar a sua aventura em Dewford ou rotas adjacentes.
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