Edição especial: Steven Stone, cadê você?

 - Amiga?- Kitshomo não é um nome comum, disso Ayzen sabia. Jogando no google, você só tem referência à família Kitshomo, de Kanto, e muita referência do próprio Ranger, afinal, ele não era um agente secreto, embora tendo mínimas menções, nada que chamasse atenção. De tantos rangers, Ayzen não era lá grande importância. Mas era um cara legal. Estilo Smallville. But, poderia ser uma prima distante? - Pode até ser que seja uma parente, viu?- sorria. Talvez até ficasse curioso, esperando o nome da tal amiga, mas acho que não ia vir não, já que narrou o caminhar...

Foi para os fundos, sem ninguém seguir pra lugar nenhum. Se Joy falou de roubo, não era pra menos, né? Uma burocracia dessas só ocupava tempo e não controlava nada. O ranger seguiu para o almoxarifado, onde tinha um bando de materiais, que de certo, ele levaria um tempo para localizar álcool, máscara e luvas. Claro que o jovem loiro assinaria no livro: nome, contato, materiais retirados, para dra. Sandra, para que seja avaliado em pesquisas na Universidade de Pewter. É isso!

Larvesta permanecia na bolsa o tempo todo, quentinha, sem se mexer muito. No fim, antes de dar um tchau para enfermeira Joy, Ayzen trocaria mais uma vez os Pokémons: Lampert saia, Ninetales entrava.

 Confesso que não sei porque a troca de Fire por outro Fire. Foi meio que aleatório, ne? Mas enfim, troca feita... Tem tanto bicho no storage que Ayzen nem sabe o que escolher pra treinar primeiro. No momento, entretanto, não era foco em treino. Era mais um período educacional para aprender mais sobre os mistérios do mundo Pokémon, incluindo mágicos. Estudar estas coisas místicas com ciência passou a instigar o garoto. Inclusive, o deixava bem empolgado, até! Até que olhou no GPS e percebeu que estava um pouco longe!

Ayzen ainda tentou sair pelas ruas de Pewter, enquanto procurava o melhor trajeto. Graças a Deus no Google tinha o tempo que demorava, o que fez o rapaz pensar duas vezes. Pensou mais uma! Deslizou seu dedo pela tela do celular, como se procurasse uma solução mágica. A magia era o uber e o que o dinheiro poderia pagar. Felizmente, para ele como ranger, não precisava se preocupar com isso. Tinha o suficiente para ter uma vida confortável! Gosto de conforto. Ayzen deve gostar também!!!

Pronto. Pedia uber, embora ele combinasse demais com uma aventura de bike, pois ele é fitness. Mas pensou no cuidado dos seus ovos misteriosos e Larvesta, que com seu calor natural, aquecia os meninos que viriam a nascer. Fora o peso extra, né? Não era lá grande coisa, mas era um pouco volumoso, poderia supor. O ranger apenas decidiu esperar por ali mesmo, próximo do centro pokémon, para poder embarcar e ir pra universidade.

- Tá tudo certo aí, rapaz?!- Ayzen tentava evitar a voz de baby talk, mas não fora possível. Começava com um tom mais objetivo e direto, finalizando com aquela voz enroscada e cheio de ternura. Isso porque ele via Larvesta usando a sua carteira de bico, o que não seria bom pra as finanças do ranger. Tirava de perto, colocando qualquer coisa no lugar, talvez um item aleatório. É isso!

Como imaginei, encontrar Uber era bem prático e rápido. Ayzen repousou a sua, agora, pesada mochila sobre o banco, enquanto se sentava, verificando mais uma vez Larvesta dormindo abraçado com o que quisesse. Era possível sentir o calor daquele local. E era Ayzen o paizão babão sobre a larva que nem se mexia. Um bom dia para sr. José e uma recusa nos docinhos. Ayzen queria mesmo era desvendar os mistérios da bolinha de gude (QUE NÃO ERA DE VIDRO), para poder matar a curiosidade.

O campus de Pewter surgia como uma grande construção, inclusive, Ayzen até agradeceu que foi de uber, pois o campus parecia um novo (grande) bairro na cidade. O ranger pagava acorrida e se munia de sua bolsa volumosa, enquanto carregava uma ou duas caixas de luva e máscara nas mãos. Fora um pouco desengonçado para colocar a mochila de lado, pendendo o peso para uma só direção. Seguiu caminhando, até que encontrou a sala da mulher. -...- onde ficava o laboratório mesmo? Os olhos azulados do rapaz percorriam o ambiente procurando algum sinal. De qualquer forma, resolvia mandar uma mensagem para quem sabe fazer as coisas.


Acho que o menino esperava que dra. Bullock respondesse pra orientar onde encontrá-la. Afinal, Ayzen não conhecia muito bem o campus. Embora as sinalizações fossem bem delimitadas, ele temia estar no lugar errado, mas não ficava parado! Tratou de se orientar pelas placas e procurar o laboratório daquele prédio.

 Professora Bullock era bem atenciosa com as mensagens. Talvez um pouco ansiosa, devo dizer. Característica que Ayzen não tinha notado. Primeiro porque ele estava empolgado. Estava fazendo ciência, como costumam dizer! Segundo porque realmente não queria julgar isso. Não faz sentido ele julgar alguma coisa de alguém que foi tão prestativo para com ele. O loiro só ajeitou as caixas mais ou menos, sustentando com seu tronco, enquanto o cotovelo prendia o objeto de mal jeito, fazendo com que ele fizesse uma leitura rápida pelo celular. Estava meio troncho, mas o suficiente para ler e saber que era só entrar!

Duas batidinhas, antes de empurrar a maçaneta e abrir. - Com licença...- era extremamente educado, este Ayzen. Até parece eu. - Desculpe-me a demora, dra... É um prazer te conhece-la pessoalmente.- começava a entrar, procurando algum lugar para colocar o material, nem que seja momentaneamente, apenas para ficar mais à vontade. Não que fosse fazer daquilo a sua casa, mas estava com itens a mais para carregar. - Acho que estava tudo aqui.- sorria, enquanto esperava um retorno da profissional, enquanto cumprimentaria conforme ela cumprimentasse ele: sorriso, dois beijinhos, aperto de mão?

  Ayzen ficava levemente desconcertado pelo susto dado na doutora Bullock. Após deixar as mãos livres, elevou a mão em sua nuca, meio sem jeito, dando sorrisos sem graças ,deixando a mulher conduzir a sua presença na sua sala. O laboratório era apenas mais uma ramificação dali. Ayzen fez tudo quanto era pedido. Dra. Sandra não era o tipo de pessoa com grandes contatos. Talvez seja professora homenageada pela sua competência, pois eu julgo que carisma não era tão grande nela, embora tivesse um enorme coração.

O loiro logo pegou o que lhe devia. Saio de modo sério, segurando a bolinha não de vidro em sua mão já com a luva calçada. Talvez fizesse pouco sentido, já que ele andava com aquilo em seu bolso, pegava com mãos sem equipamentos e, muito menos, importava-se com a integralidade da Intriguing Stone. Devo dizer que em nenhum momento a pedrinha despertara interesse no pesquisador ranger, exceto nas últimas horas.

O menino ia para a sala muito branca e cheia de equipamentos. Não era surpresa para o loiro nada daquilo, afinal, já estagiou em Cinnabar e agora era “preceptorado” pelo Prof. Carvalho e, bem, o que mais tinha nesses locais eram trecos que ajudavam a coletar dados... O que eles iam usar? Algumas ideias bem superfícies surgiam no rapaz, mas nada que pudesse, de fato, assumir um posicionamento. Ayzen estudava Pokémons. Seres vivos! Uma gema antiga não era, nem de perto, parecido, embora alguns conceitos da ciência sejam universais! Com pedrinha e alcool, máscara e algumas luvas no bolsa, fora as devidamente calçadas, o rapaz se aproximava.

- Perdão.. A senhora disse por audio que poderia ter um selo mágico?