cap. 01 - Country roads

Uma nova breve troca de olhares foi realizada entre os dois Staffers diante do pequeno lançamento de chapéu realizado por Rick. Eles até chegaram a acompanhar o trajeto do objeto pelo olhar mas, considerando que nenhum deles se mexeu para recuperá-lo, ou não se importavam o suficiente ou simplesmente julgaram que um chapéuzinho pelo meio do caminho não faria mal pra ninguém.

Quiçá até seria útil, em realidade.

— ...Não é assim que a gente funciona. — Foi o que ele respondeu, simples e direto, as mãos se enfiando nos bolsos enquanto o companheiro só observava de vez em quando, dando alguns tiques em sua pranchetinha. — Recomendar? Eu te recomendo ir em qualquer um. E em todos, na verdade. Por que alguém perderia a oportunidade? — Um sorriso morno, sem muita emoção. Não te digo que isso é ruim nessa situação porque, bem, não o é. — Afinal, se não gostar ou for do seu estilo, é só ir embora. — Parecia simples, não?

...Outro curto trocar de olhares diante a menção da Cornucópia.

— Mas. — Acrescentou, os olhos se desviando da imagem do ruivo para que pudessem passear brevemente pelos arredores, em busca de sabe-se lá o quê. — Já que você quer ir no torneio, eu vou te dizer uma coisa. — O foco se voltou na direção do rapaz. — Você não vai ter tempo de ir no Serebyi ou na Viagem, a menos que queira perder o horário. — OLHA, ALGO ÚTIL!!! Mas veja bem, não é que eles são inúteis: É que você não fez as perguntas certas, né? — Mas aí é você quem decide. Não que não dê pra ir neles depois... Só uma questão de organização. — Viu? Não precisa se preocupar de ser barrado depois caso não vá correndo, tá?

Foi com um brevíssimo aceno de dedos que o rapaz se despediu de nosso belo novato: Talvez não tivesse oferecido as informações desejadas, mas é seguro dizer que o havia feito com as necessárias - pelo menos, para a situação na qual o ruivo estava inserido.

O caminho até a tal atração escolhida levou algum tempo para ser percorrido, considerando que se tratava praticamente do lado oposto do evento ao qual estava no momento - ENTRETANTO, porém, contudo e todavia, um aperto de passo já era o suficiente para resolver essa situação e, bem, aí você quem me diz se vale ou não a pena ir trotando pra lá.

Tendo dito isto, me reservo agora ao direito de apresentar a tenda. Era grande em diâmetro, mas o que realmente surpreendia era sua altura, que passava de vinte metros com grotesca facilidade. Com isso em mente, é válido se questionar como a atração não havia chamado atenção desde o princípio, desde longe, mas isso eu te explico: As cores da lona eram escuríssimas e, contra a floresta e com pouca iluminação exterior ao seu redor (o que imagino que seja proposital), a camuflagem era responsável por uma semi-invisibilidade do tipo "se não procura, provavelmente não irá achar".

Logo à frente da tenda, havia um pequeno "corredorzinho" interno que dividia a tenda em si e o exterior - imagino eu que para fornecer mais privacidade para a atração -. A porta seguia o mesmo padrão da Gyaradosu, com o pequeno porém de que havia um painel luminoso de led logo acima que, no momento, indicava em letras verdes brilhantes um "ENTRADA LIBERADA". Duas cordas amarradas em estacas de madeira restringiam a passagem lateral e formavam uma pequena filinha à frente, ainda que com alguma distância da porta em si.

Bem do ladinho da tenda, um Staffer estava sentadinho em uma mesa distraído com o seu celular. O olhar desviou brevemente quando uma figura passou direto pelas cordinhas e entrou dentro da tenda sem pestanejar, mas não fez nada a respeito. Considerando que não havia fila e que a entrada estava, bem, liberada, imagino que seja compreensível.

À frente, uma plaquinha bonitinha já conhecida por Taliore:

CORNUCÓPIA DE GILATINA
- O NINHO -

CAPACIDADE MÁXIMA: 4 JOGADORES

off:

O membro 'DFool' realizou a seguinte ação: Lançar Dados

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'[D100] Porcentagens' : 61

Onde estão? Eu já te digo...
Ou talvez não.

O relógio marcava 18h quando Rickon finalmente bateu com o seu narizinho (bem, talvez não) na "porta" de entrada. Como já bem mencionado, a atração era tão particular quanto a anterior, precisando mover panos e se esgueirar pra dentro caso quisesse dar uma espiada, o que tornava fútil a mera tentativa de observar o seu interior.

Aproximar-se também ofereceu alguns detalhes extras, tal qual um pequeno controle de dois botões (um verde, um vermelho) largado sobre a mesa na qual o Staffer relaxava (talvez para o painel?). Também havia uma cadeira vazia mais próxima da entrada da tenda, o que provavelmente indicava que o jovem não deveria estar ali sozinho. A terceira coisa era que a pessoa por trás do celular era alguém talvez mais novo do que se poderia imaginar (uns 15, 16 anos?) e, sinceramente, alguém que não estava muito interessado em lidar com uma fila de uma pessoa só.

Ele sequer olhou na direção de Rick, na verdade, ocupadíssimo com o seu aparelho eletrônico. Era possível que estivesse resolvendo algo, sim, mas talvez fosse só um adolescentezinho entediado.
"Tá aberto, é só entrar", foi tudo que ele disse. "Quando não pode, a gente fecha", acrescentou, o que poderia ser algo útil a se considerar em atrações futuras.

Tá, certamente não era a recepção que alguém poderia esperar, mas...
É só um garoto, vai? Pelo menos ele respondeu!!!
Ou não, você quem sabe.

A Cornucópia era um ambiente que, de certa forma, exigia privacidade. A primeira porta da tenda oferecia ao rapaz a brevíssima viagem por um pequeno corredor escuro, puramente de tecidos, de cerca de três metros de comprimento. A segunda se punha ao final de tal corredor, no mesmo estilo da primeira.

O que tinha do lado de dentro, porém, era bem diferente.

A primeira coisa que poderia ser percebida era o gigantesco projeto de pico montanhoso que se erguia naquele lugar - o que explicava tanto altura quanto diâmetro -. Feito de rochas escuras, existiam lugares que pareciam possíveis de se andar de sua perspectiva, mas caso quisesse subir, certamente seria necessário escalar. Lá no topo, era possível enxergar um brilho anômalo que se dividia entre dourado e roxo, mas não teria como concluir sobre qual era sua procedência.

Existiam duas coisas peculiares naquele ambiente. A primeira eram as paredes, que pareciam feitas de pura rocha, com várias camadas e reentrâncias como se fossem um mar de carvão. Com uma análise mais apropriada, Rickon seria capaz de perceber que era meramente artesanal, talvez com algum efeito esquisito de luzes por trás. Quem sabe?

A segunda coisa era o chão, completamente negro - e que, de algum jeito, parecia um pouco macio.
Como se fosse um... Colchãozinho amortecedor.

Outro detalhe: Como você já deve saber, havia mais alguém ali. Alguns metros pra esquerda, sim, existia alguém - considerando que estava coberta com um capuz e roupas discretas, tenho a sensação que talvez você precise se aproximar para saber de quem se tratava. O fato é que essa tal pessoa estava bem ocupada passando talquinho nas mãos.

off:

O membro 'Shianny' realizou a seguinte ação: Lançar Dados

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'[D100] Porcentagens' : 83, 41, 5