[Valley of Steel] Bullet Punch

  Muitos comandos. Uma agitação só. Vários pontos de abordagens. E era isso. Tudo parecia correr conforme o ordenado, exceto por uma coisa: - Clover, Davi, vocês vão até o local. Pode ser que tenha Pokémon ferido. Fiquem de olho, estarei monitorando por aqui mesmo com Swampert. – dizia para eles, em ordens diretas, ao sair da tenda que a criminosa estava. Eles iriam resolver como foram treinados para fazer, e em caso de caos e desordem, eu iria intervir.
De tablet na mão, eu iria para o centro do terreno, onde acompanharia o relatório, o avançar dos cadetes e, claro, ficar de olho na bandidona que estava ali.

Ficar ali no meio do acampamento era agoniante. Era difícil delegar funções e esperar que tudo desse certo. Sei que com o tempo a gente tem que deixar os comandos fluírem e deixar “florescer” o melhor da corporação cadete, e não as podar. Parece bonito este pensamento de coach de quinta, mas juro que foi o RH quem me mandou assistir mil vídeo-aulas sobre isso quando virei capitão. Mas cara, depois desse tempo todo, mais de dois anos em lideranças, primeiro capitão, agora como comandante, não deixava de ficar ansioso com o que poderia acontecer.

Muitos “e se...” brotavam em minha mente, ao passo em que eu estava caminhando conforme eu direcionava a minha mente para pensar melhor. Pensar qual seria a melhor decisão. Tentar prever o que os meus subordinados encontrariam, o que eu decidiria depois. Aquilo tudo era levemente ansiogênico. Não me levava à loucura, mas causava pensamentos obtusos do que seria a partir dali. Tanto que demorou pra eu perceber que a enfermeira Joy estava na tenda da captura, queria dar água para a meliante e ainda curar os Pokémon. Linguagem corporal e eu entendi isso tudo :slow: Ou quase tudo, tinha alguns muitos ruídos naquele raciocínio.

Pigarreei quando meus ouviram a fala de Sam, e o tablet parecia só mais uma massa de telas com letras e códigos que mostravam a área escaneada pelo drone (nada especial). Swampert mantinha-se atento. Suas barbatanas pareciam mexer conforme sentia a vibração do solo. Mas não esbanjava reações. Clover e Davi ainda demorariam muito para poder ofertar um sinal de retorno. A mente meio que deu uma travada de segundos.

- Ligue o seu temporizador do relógico. Me reporte a cada 10 minutos os seus passos. - autorizava a moça a procura, enquanto voltava para a tenda de captura. E daí ia minha segunda ação.

Ao entrar na tenda, vendo Alex e a enfermeira tendo uma discussão por via de vieses da profissão, eu não sabia exatamente do que se tratava, embora tivesse a suspeita baseada na linguagem corporal. Minha linguagem corporal também era clara. ”Precisamos que você saia e não tenha contato com a suspeita.” (mãos na cintura, postura de superman, cabeça balançado negativa, olhar de acusação para a ruiva) Dei uma postura de que aquela ordem não era questionável. Não estaria negando água para a moça ali. Estaria negando, sim, cura para os seus Pokémon feridos. Infelizmente. Não me sentia bem com isso. Mas tinha que tomar algumas duras decisões. Aquela era uma delas...

Era terrível ficar no acampamento, mas eu sabia que era necessário ter uma cabeça controlando tudo. Não era a melhor, mas era a que tinha maior patente :slow: Meus dedos faziam um leve barulho no tablet, enquanto ficava caminhando de dentro para fora da tenda, não deixando Alex sozinha com nossa “convidada”. Esta não teve a conta deletada (ainda *figurinha de moça agitada*) Mas tudo o que acontecia estava sob o meu olhar. E tinha muita coisa acontecido, separado em três grupos! Grupo 1: Avançar de Davi e Clover no meio das montanhas do vale, onde estavam procurando respostas pela explosão e, sobretudo, Pokémon feridos. Grupo 2: Sam, correndo atrás do que poderia ser o bloqueador de sinal. Possivelmente, a ruiva tinha grande habilidade com tecnologia. Skill, essa, que eu não tinha, só sabia do básico e algumas coisas para não passar vergonha. Hacker um sistema? Por favor, não. Grupo 3: Eu e Alex, sendo babá da moça ali.

Eu tinha que repetir tudo isso, porque a depender do número de informações que eu iria receber desses grupos, teria que tomar decisões mais importantes. Confesso que estabelecer a paz com a equipe de enfermagem não era a minha preocupação no momento. Embora fosse bem educado, nesse tipo de missão, falar poderia soltar informações importantes para a convidada, que de refém, poderia, sim, se tornar espiã; Mesmo assim, estava atento. Meu TDAH não deixava eu ficar parado. Ainda bem que Sam fazia o favor de quebrar aquele mal silêncio de 10 em 10 minutos, mas foi o quebrar do silêncio feito pelo Grupo 1 que me deu taquicardia.

Davi reportava o que acontecia, e me fazia mais pensativo e com dúvida: ... baixa visão?... – isso era uma informação nova também, fazendo-me sair da “tenda penitenciaria” para colocar minha cabeça para fora, observando mais ou menos a direção de onde vinha. Não tinha fumaça ou qualquer outro sinal de baixa visão... - Clover, dê resposta do que você está vendo, depois retorne e fique com o Davi. Não podemos nos arriscar de serem confrontados em desvantagem.- ofertava as orientações, até a tela do tablet mudar e mostrar que o sensor do drone captava movimentação do campo. Se ele diferenciava ranger de não ranger? Eu acho que seria demais, mas, o Drone poderia ir até lá e mandar as imagens para mim, para saber diretamente quem era. Foi o que eu fiz, assumindo o comando mecânico do dispositivo para que fosse revelado quem era. Sam, cadê você? Já se passou 10 minutos?

Tururu. Sabe aquela sensação de estar sendo atacado por todos os lados? Pois bem. Era o que eu sentia naquele momento. Com a equipe dividida, era terrível manter o controle da ansiedade naquela ocasião, mas confesso que eu estava sendo bastante convincente Isso, porque, diante de tantos anos em missão, não foi a primeira, nem a segunda... bem, acho que todo narrador deste fórum já criou situações que me encurralaram. ENTÃO EU ME TORNEI MELHOR POR CONTA DISSO. Bem, pelo menos é o que eu gosto de acreditar. O tablet em mão com uma leve batuca de dedo, fórum o fone que se ligava direto ao Walk-talk, era possível ver que a missão acelerava bem no seu primeiro dia nas montanhas.

Swampert mantinha sua pose. Sua cara preguiçosa escondia um verdadeiro guerreiro, embora qualquer notasse isso, já que era bem robusto. Com Davi e Clover se reunindo, Sam procurando e se mostrando bem, a única reação era aquele capuz que foi fotografado. Todo mundo tinha medo do sol ali, era? Era hora de proteger o território! Alex se dispôs, mas como parecia tudo controlado (não resolvido, mas dominado), eu teria que defender o “forte”.

- Pode ficar, Alex. Eu vou fazer uma pequena visita. - dizia fora da “tenda-prisão,” mostrando a tela do tablet para ela. Era o suficiente para poder dizer que ela estava no comando até eu voltar e que ela teria que cuidar da prisioneira, porque talvez, seriam dois prisioneiros. Retornava Swampert, verificava o cinto. Era hora de ir atrás do prisioneiro, com Froslass na frente, já que ela poderia colocar seus inimigos em uma ilusão, que poderia ser pior do que a morte. :slow:

Todos estavam em mini missões, isso me incluía neste cálculo. Olhei desconfiado para os lados, mas Froslass flutuava silenciosamente do outro, fazendo à paisana de quem estava fosse “A misteriosa”. A pokémon tinha uma habilidade natural de criar ilusões, o que poderia ser bem vindo quando e trata de uma emboscada. Mas acho que eu fui emboscado! SIM! Minhas medidas eram frustradas ao saber que o meu alvo me tratava como alvo dele, e nada poderia ser feito. Confesso que como ele não pareceu se preocupar em ser notado, nem mesmo depois do drone ter sido desativado (será que quebrou? Ç-Ç), então eu estava esperando algo do tipo. Mas não deixei de ser pego de surpresa!

Minha guarda, que já estava super alerta com a movimentação, abria-se mais. Era possível ver meus pés cerrando o chão, sentindo a bota, ao passo que se abria, abaixava mais com uma leve flexão de quadril, como se esperasse um quarterback me derrubar. Froslass nada reagiu. Tinha achado um espelho estava vendo sua bela imagem nele :slow: Naõ me pergunte de onde surgiu ~q

- Bem... Estou aberto para uma barganha... - dizia olhando sobre o monte em minha frente. Não sabia o que procurava, então, tão pouco saberia indicar o que achar. Sei lá, uma fissura, um direcionamento pelo som, a fim de delimitar onde ele estaria do outro lado do paredão. Alguma forma de passar, claro, já que meu alvo era ele e a intenção era a captura mesmo. A vibração no solo me deixava inseguro, afinal, não sabia o que causava isso... Mas não soava ser uma boa coisa. - Pode começar.- aquele clima passivo-agressivo, mas que me ofereceria, talvez, algumas informações. Deve ser por isso que odeio Hoenn... Vou queimar, igual Grindelwald queimou Paris - sqn