Re: Rota 29 - Spooky boy.

por **Nerkon** Ter Dez 31 2013, 01:27

Apesar da tensão que pairava no ar nada extraordinário aconteceu, Selena aplicou a Potion de Andrew em Swablu sem resistência e logo a ave ficava mais calma, ainda que fosse possível escutar um gemido proveniente da mesma e seus batimentos cardíacos permanecessem acelerados, algo nada surpreendente ao se considerar o quão machucadas as asas da Pokémon estavam.

Um forte cheiro de sangue começava a tomar conta dos arredores, ainda que a fogueira combatesse parte do odor, era evidente que permanecer no local não faria muito bem para nenhum dos presentes, mas Eevee não se deixava convencer por Andrew, recuava e mostrava os dentes, irritado com o rapaz. A situação apenas piorava quando Selena obtinha sucesso em colocar Swablu numa de suas Pokebolas, capturando a Pokémon cujo estado a impedia de resistir.

Ver sua companheira ser levada por uma estranha havia sido o fim da picada para o Pokémon, que reagiu tentando avançar contra Selena, porém em meio a seu percurso a criatura foi atingida por um pequeno projétil de metal que perfurava uma de suas pernas, quebrando um osso e deixando-o caído no chão, sem conseguir voltar a levantar-se, ainda que sentisse a dor do ataque.

Aquilo obviamente vinha como surpresa para Andrew e Selena, que imediatamente olhavam para a direção de onde teria sido originada a bala e viam um homem jovem e de estatura mediana aproximar-se. O estranho era bonito, mas ao mesmo tempo possuía uma aura, seus cabelos prateados eram lisos e mantidos num corte curto, os olhos avermelhados fitavam o grupo sem hesitação visível, como se já estivesse acostumado com batalhas violentas, seu braço esquerdo era mecânico e possuía garras afiadas, como se tivesse sido feito exatamente para batalhas, na mão direita o rapaz segurava uma espada bastarda cuja lâmina estava suja de sangue, teria sido ele o assassino daquele garoto? Bem, as vestimentas do jovem eram esquisitas, mais similares a trajes de batalha do que roupas normais.

- Mais dois? Pelo menos esses aí não fugiram. – Parecia referir-se aos Pokémons do morto, mas mais importante que tudo era a forma como ele deixava evidente que teria visto outros Pokémons, com quem Selena e Andrew estavam lidando, afinal?

Off: Imagem para ilustrar - https://i.imgur.com/z0TFEv8.jpg

por **Lily** Ter Dez 31 2013, 01:50

Bem, o albino tinha razão em algo, seria bom conter o sangramento da loira. Os dois já tinham problemas suficiente por hora. Selena obrigou-se a deixá-lo vencer aquele debate, afinal de contas, o que adiantaria ela discordar naquele momento?

O Pokémon acalmou-se após ingerir a potion na qual a treinadora havia lhe dado, fazendo a mesma suspirar com certo alívio. Com isso, a loira obtivera sucesso na captura, já que a ave não tinha condições de lutar contra isso.

Fora questão de segundos até que ouvisse os passos da raposa e acabou olhando na direção que vinha. Observou o momento exato em que um projétil acertou o Pokémon, o machucando. Selena teve certeza naquele momento de que Andrew era inocente e ela havia julgado precipitadamente as coisas. O assassino havia aparecido, certamente.

Olhou na direção que viera o disparo e um homem surgiu. Apesar de sua aparência claramente ameaçadora, a treinadora sentia que ele emanava algo mais... Algo que a fazia fica alerta e disparava seus instintos. Era perigoso. E não teve de pensar muito para isso, as provas estavam nele. O treinador morto havia sido atingido por algo afiado e aquele homem havia exatamente a arma que poderia ter sido usada. Também não teve a menor hesitação em machucar a raposa. Era outra prova.

A jovem se levantou lentamente, pegando Luke no colo com a outra mão. O mantinha junto ao peito com a Pokeball, como se quisesse proteger ambos. Sua expressão era séria e seus olhos analisavam cada movimento do rapaz a sua frente.

E ela achando que Andrew era alguma ameaça...Do lado do outro, era quase um anjo.

- Você fez isso, não é? - Já era a segunda vez que usava tal frase, mas dessa vez estava convicta que estava certa. Quis evitar tais perguntas como "quem é você?" ou "o que está fazendo aqui?", pois o que via era suficiente para ter respostas.

por **Kin-chan** Qua Jan 01 2014, 17:09

Qualquer um tomaria um susto quando se ouve o estampido de uma bala passando tão próximo assim de você, com Andrew não foi diferente, caiu sentado pateticamente assistindo o pequeno eevee choramingar de dor enquanto o sangue ia embora. O garoto virou o rosto e quase ficou de queixo caído com a pessoa que estava parada a entrada daquela ramificação.

De onde deabos aquele cara achava que tinha saído? Algum RPG de merda onde você só precisa apertar Z de tão fácil que é e colocam personagens com aparências super poderosas só para chamar a atenção de um publico saturado de historias repetitivas. Alias... de onde tinha saído o tiro se com a mão humana ele segurava uma espada e a outra obviamente não estava segurando nada? E Andy achava meio impossível ter uma boa mira atirando com garras. Bem tirando os palavrões que saíram da cabeça do adolescente aquele cara podia se resumir é um psicopata bizarro. Ele até quis rir, mas nunca é bom rir da cara de gente que possui armas. Disso ele sabia. na verdade ele tinha aprendido uma ótima lição sobre valentões: ignore-os.

Se arrastou para perto do eevee e tentou olhar o machucado, que estava muito, muito, muito feio, tocou o pelo do monstrinho e torceu para ele entender que Andy era um dos mocinhos ali. Shuppet tinha usado o mesmo truque de traquinagem de antes sumindo assim que sentiu a presença de um estranho no lugar.

por **Nerkon** Qui Jan 02 2014, 00:30

A nova figura no local parecia não se preocupar com a pergunta de Selena ou a opinião de Andrew, o estranho apenas continuou a aproximar-se, lentamente e intimidando os treinadores, que não sabiam de onde a bala teria saído – talvez houvesse um atirador no local, afinal. – ou o que aquele homem pretendia fazer.

A aproximação do “soldado” intimidou Eevee o suficiente para que a criatura buscasse proteção nas mãos de Andrew, mesmo o seu sangramento não era suficiente para impedi-lo de desesperar-se por segurança, literalmente, a raposa tremia de medo e se mijava, o “espírito de guerreiro” que aquele Pokémon mostrava ter há apenas alguns minutos estava completamente esmagado.

- Prefiro evitar derramamento de sangue desnecessário. – Desviou o olhar para o corpo, como se desprezasse o antigo treinador daquelas criaturas. – Entreguem os dois Pokémons dele e não farei nada com vocês.

A pergunta de Selena era completamente ignorada pelo estranho, cujo olhar frio permanecia focado na dupla de humanos, assim como nos Pokémons que podia ver.

por **Lily** Qui Jan 02 2014, 00:37

Conforme o homem se aproximava, Selena mantinha seu olhar firme no mesmo tentando permanecer neutra, o que conseguiu com sucesso, afinal recebera muitas lições antes de sair em jornada. Mostrar medo ou desespero não ajudaria e ainda tiraria o "mérito". Ergueu a sobrancelha com a fala do rapaz. Se queria colocar medo nela apenas fazendo suposições, não chegaria a lugar algum. A raiva estava substituindo qualquer medo que poderia ter sentido até aquele minuto e se segurava, ou acabaria ela mesma procurando a morte numa forma bem rápida, pelo menos lutaria.

- Não. - Disse com toda certeza, fitando o rosto do homem. - Não irei entregar nada a você.

por **Kin-chan** Qui Jan 02 2014, 00:52

Andrew encarrou a garota não acreditava que ela podia dizer um negocio desses, mas... suspirou. O pequeno eevee tinha se mijado todo e aquilo era um saco porque só aumentava a chance de o garoto sentir dó da raposa.

— Que tal uma batalha? - disse o garoto encarrando o outro albino e se pondo de pé com o eevee nos braços - Você não tem nada a perder tem? E se ganhar pode ficar com o Pokémon do perdedor ainda por cima. - era difícil intender a maneira como ele falava tinha um tom de esperança na voz e ao mesmo tempo como se tivesse em desespero - E mesmo que perder pode nos matar e ninguém saberia da derrota ridícula que sofreu nas mãos de uma treinadora iniciante

por **Nerkon** Qui Jan 02 2014, 02:15

O desconhecido permaneceu indiferente perante a proposta de Andrew e nada declarou, como se aguardasse por uma mudança na decisão de um dos treinadores. Quando viu que – por enquanto – tal escolha era final, o rapaz levantou a voz ao mesmo tempo em que trocou a mão com a qual segurava a espada e a fincou no chão, perfurando o suficiente para deixá-la presa de modo a demonstrar a força de seu braço mecânico, após o ato ele soltou-a e ergueu o membro artificial, deixando visível o que parecia ter sido o objeto a disparar o projétil em Eevee. Localizado na região do pulso, era pequeno e aparentava estar acoplado ao antebraço, possuía dois canos: O mais longo era retrátil e provavelmente seria aquele capaz de disparar pequenos estilhaços, o segundo continha um objeto de aço, mas cujos detalhes eram impossíveis de se perceber.

- Seus Pokémons estão num nível muito baixo para sequer me vencer, então não seja um tolo e entregue o que peço, não tenho interesse no Chikorita ou no fantasma. – Ao terminar de falar o assassino fitou Andrew, aguardando por sua resposta.

por **Kin-chan** Qui Jan 02 2014, 13:10

Nem se acha esse infeliz deformado. Andy deu de ombros e soltou um sorriso debochado.

— Cara acho que sua mãe deixou você ver muito desenho japonês e jogar rpg de mais e isso não fez muito bem pra sua cabeça. - falou como se não se importasse com o que o cara poderia dizer - Sério deve ter doido que é o inferno fazer essa geringonça bizarra no seu braço. Sem contar que nem deve dar pra pegar umas cocotas assim. - ficou meio pensativo por um segundos depois o olhos - Tú fappa com a mão humana não é? Me diz que é porque além de ser um bizarro deformado você seria triplamente bizarro como masoquista.

Ele pode sentir o shuppet invisível flutuar atras dele de uma maneira um pouco nervosa. Estava só deixando o cara mais irritado, mas isso podia ser bom ou ruim. Só esperava que Selena não fizesse nenhuma burrice.

por **Lily** Qui Jan 02 2014, 14:28

A treinadora quis dar um tapa em Andrew quando o mesmo abriu a boca. Se não iria ajudar, era melhor não irritar mais ainda o cara. Bem, com isso lá se fora o plano A, que mesmo que não a agradasse seria o melhor a fazer. Fugir. Irritando o homem provavelmente perderam a boa chance de fazer isso.

Selena inspirou fundo e acariciou o pelo de Luke, o abraçando em seguida. Voltou a fitar o homem que além de medo, a fez sentir muita raiva.. E esse sentimento ainda não havia cessado. Deu alguns passos para se aproximar do albino e o empurrou levemente para chamar sua atenção.

- Acho que vamos ser "tolos" então. - Pois nenhum dos dois entregariam os Pokémon a ele. - Eis o que podemos fazer. Você luta comigo. Sem Pokémon. - Disse totalmente segura. - Não ria ou diga que eu sou uma mulher e não posso te vencer. Posso surpreende-lo. - Ergueu a sobrancelha enquanto falava. - Não pense que vai me intimidar com esse seu braço. As vezes as "máquinas" podem ser um atraso. Não me sinto em desvantagem. - Só esperava que o albino entendesse que era para fugir com os Pokémon.

por **Nerkon** Sex Jan 03 2014, 01:08

Ok. Se Andrew alguma vez na vida já possuiu juízo ele havia acabado de atirá-lo pela janela. Ofender alguém armado num local fechado não parece lá ser a escolha mais sábia, mas o albino o fez e conseguiu atrair toda a atenção do desconhecido para si mesmo.

A feição do homem realmente havia mudado. Ódio e ira eram visíveis em seus olhos, a partir daquele momento Selena ou os Pokémons já não lhe importavam mais, seu único desejo era o de estraçalhar o rapaz. Por quê? Bem, a escolha de palavras feita por Andrew era, no mínimo, uma das piores possíveis para aquela situação. O jovem certamente desconhecia tal fato, mas o assassino nasceu sem um dos antebraços, entre outras deficiências físicas, e via aqueles insultos como sendo especialmente ofensivos e intoleráveis.

A proposta feita por Selena pouco importou para o homem, que rapidamente arrancou sua espada do solo e a levou para o alto, batendo em algumas estalactites no teto, o que se seguiu foi um movimento veloz com a espada direcionado para frente, durante o qual várias pedras foram soltas e com o impulso resultante lançadas junto à poeira na direção dos treinadores. Vários pedaços das rochas atingiram a dupla, ferindo-os principalmente nos braços de nos abdomens, por sorte os rostos e as pernas acabaram por evitar a maior parte dos danos. Além disso a poeira acabara por apagar a fogueira e bloquear a visão, talvez fosse um bom momento para escapar.

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