2'nd Chapter - Singing!

Notando a garota que se escondia atrás do poste, Pia gentilmente foi falar com ela. A garota estava um pouco insegura, mas se esforçava para falar algo. Estranhamente, a primeira coisa que ela notou foi a ação de Angelo em relação a Pia, ela olhou rapidamente para as mãos dos dois unidas, mas desviou o olhar.

- Errr… Vocês dois… Eu estou atrapalhando algo? Ah, me desculpe, acho que eu realmente não sirvo para coisas relacionadas a pokémons. Por que será que eu tinha esperanças que talvez encontrasse um bom pokémon?

A garota se virou nervosamente e se preparava para ir embora. Aparentemente, ela realmente procurava um bom parceiro, mas não tinha coragem para ir ver os pokémons do orfanato.

No orfanato, a mãe da garotinha ainda estava incerta, mas cedeu ao desejo de sua filha, dando-lhe uma última chance. A garota pareceu se interessar pela sugestão de Misa, mas Amanda não tinha muita certeza sobre algo.

- Tenho certeza que o Budew seria um bom amigo, mas tem um problema. Ele é muito tímido e muito bom em se esconder. Muitas vezes eu não consigo encontrá-lo.

- Então quer dizer que ele é muito bom em esconde-esconde? Legal, vou procurar ele. – A garota não pareceu se importar com aquele problema e até estava mais animada. Ela se virou para Misa e pediu alegremente. – Moça, você quer me ajudar a encontrar o Budew? Ele é um pokémon de grama, certo? Vamos ver quem encontra ele antes?

Enquanto isso, Lysander e Leny chegavam ao orfanato acompanhado do rapaz que se interessou em adotar um pokémon. Eles chegaram a tempo de ver o final do que acontecia entre Pia, Angelo e a garota, quando esta se preparava para ir embora. O rapaz olhou curioso para a cena e fez um simples comentário enquanto sorria.

- Parece que está acontecendo algo interessante ali.

Ao ouvir as respostas de Angelo e Pia, a garota corou um pouco e tentou se esconder mais ainda atrás do poste, o que já era impossível.

- Desculpe. Minha mãe vive me dizendo que eu exagero em coisas relacionadas a amor... E que eu vejo casos onde não há nada... Mas vocês acham mesmo que eu poso cuidar de um pokémon? Eu... acho que posso ir lá ver.

A garota estava insegura, mas foi até o orfanato acompanhada por Angelo. O garoto que acompanhava Lysander e Leny falou umas rápidas palavras sobre ir ver os pokémons também e logo alcançou os que iam em direção ao orfanato. Na entrada do orfanato, o trio problemático esperava para “recepcionar” os visitantes. Aquilo poderia se tornar um problema.

Enquanto isso, o jogo de esconde-esconde estava prestes a começar. A garotinha pareceu gostar muito de Petillil, mas estava determinada a encontrar o Budew. Mesmo com duas pessoas procurando, foi difícil encontrá-lo, mas a garotinha conseguiu, ele estava escondido em um buraco próximo à raiz de uma árvore que estava escondido por um arbusto. Assim que percebeu que havia sido encontrado, o Budew correu para achar outro esconderijo, mas foi pego pela garota. Ela falava com um tom sério.

- Não pode. Agora eu é que tenho que me esconder e você procura. Moça, você quer se esconder também? – ela falava com Misa agora. – Mas alguém precisa ajudar o Budew a procurar... Na verdade, é estranho que apenas uma pessoa se esconda, mas como fui eu que achei o Budew acho que é minha vez de me esconder, certo?

A garota nunca tinha brincado de esconde-esconde daquela forma, mas se divertia criando uma nova modalidade da brincadeira. Já o Budew estava confuso com aqueles acontecimentos, mas curioso sobre o que seria essa brincadeira.

Enquanto Angelo e Lysander conversavam sobre os problemas amorosos do mais novo, Misaha foi deixada para cuidar de todos os visitantes. Felizmente, Leny e Pia logo chegaram para ajudar, explicando o porquê dos pokémons agirem de forma tão arisca.

Ainda no colo da ruiva, Budew mal podia esperar para continuar com a brincadeira e conseguiu se soltar e descer para o chão. Da sua forma ele pedia para Misa resolver logo o que tinha que fazer e ajudá-lo a procurar a menina que agora se escondia.

Enquanto isso, Oddish usava Sweet Scent mais uma vez para acalmar os três pokémons, mas aquele aroma já havia se tornado enjoativo para eles e quase não tinha efeito a não ser irritá-los mais. Aquilo assustou um pouco a garota, mas teve o efeito contrário com o garoto. Ele se interessou mais por aqueles pokémons e se aproximou.

- Mas quem é que poderia abandonar esses ótimos pokémons? Vejo que eles são determinados, mas vamos ver o que o Charmeleon pensa deles.

Ao dizer isso, o garoto pegou uma pokeball e dela saiu a forma evoluída do inicial de fogo da região de Kanto. Aquilo intimidou por um segundo o trio de pokémons do orfanato, mas logo o Nidoran partiu para atacar o pokémon estranho para ele. O Charmeleon era forte e derrotou completamente o roedor, deixando Snubbull e Meowth preocupados. A garota que havia se assustado antes também se preocupou ao ver aquilo e até ficou um pouco irritada.

- O que você está fazendo? Você não pode chegar e sair mal-tratando os pokémons assim.

- Eu só estou testando a força de vontade deles. Se algum deles for vir comigo deve estar pronto para um árduo treino para se tornar o mais forte.

Suas palavras eram firmes, mas no fim ele jogou uma Oran Berry para o Nidoran poder recuperar as energias. O rapaz parecia ser um treinador rigoroso, mas se preocupava com os limites e a saúde dos pokémons. Porém, o Nidoran recusava aceitar a ajuda de humanos e se recusava a comer a fruta. Meowth e Snubbull estavam preocupados e tentavam convencer o roedor a comer. Aquilo fez o garoto perder um pouco o interesse em Nidoran.

- Eu não preciso de um pokémon teimoso que não sabe admitir quando perdeu e aceitar a ajuda dos outros quando preciso. Sem falar que o Charmeleon parece não ter gostado dele.

Aquelas palavras irritaram Meowth, que se preparou para proteger seu líder, fazendo um desafio para o pokémon de fogo e despertando um pouco de interesse no rapaz. As coisas estavam ficando um pouco tensas na entrada do orfanato e a garota começou a se afastar um pouco receosa do que poderia acontecer ali.

- É muito triste que eles tenham sido abandonados, mas acho que eu realmente não sou a pessoa certa para ajudá-los...

Enquanto isso, totalmente alheia ao que acontecia, a pequena garotinha procurava o melhor esconderijo. Ela havia entrado na casa em busca do esconderijo, entrando de baixo de um armário, um lugar que alguém que fosse um pouco maior do que a criança não conseguiria entrar.

O rapaz pensou em responder as palavras de Misa, mas a ruiva saiu para procurar a garotinha antes que ele pudesse falar algo.

- Mas eu já disse que queria um pokémon para fortalecer o meu time. – disse com um tom chateado.

Charmeleon se aproximou de ser treinador tentando consolá-lo por ter sido repreendido duramente por uma garota. Já a garota, repensava na possibilidade de cuidar de um pokémon e até soltou um riso com a tentativa de Leny cantar.

- Me desculpe.

Ela estava um pouco envergonhada por ter rido de alguém tão gentil que tentava ajudá-la, mas ainda sorria. Um pouco mais confiante, ela se aproximou dos pokémons que agora se preocupavam em proteger seu líder.

- Vocês não são pokémons tão bonitinhos? Como alguém conseguiu abandonar vocês?

Aquelas palavras pareciam agradar o Meowth, mas deixar Snubbull mais irritada. Amanda aparecia novamente para tentar acalmar a situação e dar explicações. A senhora pegou a canina no colo e a acalmou.

- Eu ouvi dizer que a última treinadora dela a abandonou dizendo que ela era uma pokémon sem charme ou algo assim. Eu venho tentando provar o contrário, mas ela ainda não consegue aceitar elogios facilmente.

A garota não sabia o que falar. Estava claro que ela queria ajudar aquela Snubbull, mas ela não sabia se o que pensava em falar não iria apenas piorar a situação.

Enquanto isso, Budew se divertia procurando a garotinha em seus esconderijos favoritos. Misa e Oddish também ajudavam, mas não se comparavam à velocidade do bebê de achar o lugar dos melhores esconderijos. Ele não demorou para achar o lugar que a garota se escondia e foi recebido com um abraço.

- Gostei desse pokémon. Ele é divertido. Posso levar ele pra casa, moça? Você quer vir comigo, Budew? Vou falar com a mamãe, mas tenho certeza que ela vai concordar.

O Budew também parecia se divertir e gostar da garotinha. Aqueles dois deveriam ficar bem juntos.