Winnie - Um breve descanso

Era estranho ver a reação do inimigo, perdendo a batalha ele parecia tão indefeso, tão bobo, estava até mais besta que eu, mas que sorte eu dei! Primeira rodada e o inimigo já estava tão debilitado, que orgulho do meu pequeno e tímido Balder, aquele que cresce com o tempo.
- Muito bem Balder! Você foi muito bem - elogiei, minhas palavras eram sinceras, mas também tinham o lado interesseiro, lado este que visava encorajamento e incentivo.
Tendo um início mais que perfeito, eu teria mais algumas rodadas e chances para investir na batalha, eu pretendia prosseguir com meu golpe mais forte, Body Slam, eu até poderia fazer uma tática defensiva, como enfraquecer os Mud Bomb's, mas não era a melhor opção, as chances de Quagsire realmente me atacar com dois golpes eram muito pequenas. Sem mais nenhuma dúvida em mente, gritei minhas ordens:
- Vamos lá Poliwag, continue com o Body Slam, faça o movimento duas vezes, aproveite a paralisia e a sonolência para mirar um golpe certeiro e esforçado!
Não eram ordens repletas de especificações e nem complexas, mas estavam simplesmente perfeitas ao meu ver, eu não tinha tantas opções e nem necessitava de nada mais incrementado ou inteligente para ter aquela rodada como minha.

Fechei o pulso em sinal de ansiedade e balbuciei um "yeah" com os lábios tímidos e vermelhos por conta do sangue, a essa hora ele devia estar todo enrugado de tanto que mordi. Outro ponto do meu corpo que já estava deplorável era meu pé, doía tanto, isso só de ficar levantada! Eu não iria durar mais muito tempo naquela posição.
- Balder! - Gritei - Continue com dois Body Slam! Vamos lá amigo, você está indo perfeitamente bem! - Com a sorte ao meu favor, eu poderia falar aquilo com orgulho.
Após ordenar, seria a vez do inimigo falar suas ordens, contudo, não esperei nada de estranho acontecer para mudar meu posicionamento perante o campo - fisicamente, digo -, como de costume em batalhas cansativas, tirei minhas sandálias e posicionei no chão juntas, ajeitei meu short e sentei por cima do par de calçados, para evitar o pinicar da grama, mesmo não sendo cem por cento útil, diminuía consideravelmente a cosseira e o incomodo. Mantive-me sentada imaginando o quando Balder deveria estar feliz pelo seu próprio resultado.

OFF: Obrigada! Perry, eu odeio ter que fazer isso, mas tenho que te pedir um favorzinho: Você pode, por favor, me ajudar a terminar essa rota esse final de semana? >: A gente faz uma maratona e talz, é que como você pode ver, eu tive uma sequência de narradores ausentes, e não teve como acabar ela antes de ir para Kalos, e eu já devia estar lá D: Se não der tudo bem! É só um pedido, sei que você pode ter planos para este fim de semana e compreendo <3

Ainda sentada no chão fiquei observando a batalha fácil e sem graça que estava ocorrendo a minha frente, o oponente que parecia ser durão e cheio de si simplesmente não tinha sorte, se mamãe estivesse aqui, ela diria com certeza alguma frase feita como "Deus castiga quem merece", talvez fosse isso, ou talvez não, isso não era discutível naquela hora.  No segundo pulo que Balder deu, o gigante Quagsire acordou do transe e finalmente deu sinal de vida, por mais que tivesse tipo um sono profundo, pareceu mais exausto que antes de adormecer. Não houve tempo de levantar nem nada, o intervalo entre o despertar do pokemon e a fúria do treinador foi de milésimos, mal entendi a situação e já via o girino nocauteado no chão. Um Starmie vinha em minha direção, se não bastasse a confusão, uma luz cegante tomou posse do campo e retardou a briga entre mim e a estrela.
Estes foram milésimos mais duradores que já passei, que representaram a volta da visão após a luminosidade intensa, minha curiosidade e ansiedade por não fazer ideia do que estava acontecendo me fazia necessitada de ver o que tinha me protegido de um ataque direto.

Com a visão reconstituída tive finalmente uma chance de ver o que estava acontecendo por ali, minha focalização foi primeira nas duas novas personagens, uma uniformizada e a outra com um rosto conhecido, fiquei alguns segundos parada pensando em quem era a criança até que Hati latiu para mim tentando me fazer lembrar. Isso mesmo! Aquele é o Newton da foto! Bem lembrado por parte da Houndoom, onde estava com a cabeça para esquecer o rosto do menino? Mais centralizado no meu campo de visão, havia três pokemons, dois caídos - sendo eles Starmie e Quagsire - e um amedrontado, este, meu pequeno Balder. Ainda sentada no chão chamei a atenção do meu pokemon para que viesse para mais perto, assim que chegou o tampei os ouvidos, evitando que meu mascote entrasse em contato com as palavras desnecessárias que o inimigo proferia. Em meio ao ato de proteção, abracei meu pequeno girino e o tentei posicioná-lo no meu colo, pretendia ficar um tempo assim, mas antes de demonstrar qualquer carinho maior ou amor a Poliwag, fui repreendida e ordenada a sair dali, contudo, não havia para onde ir, se eu fosse pelas matas e simplesmente me perderia, e não tinha trilha aberta, já que os arbustos tamparam a passagem. Levantei, me ajeitei, calcei as sandálias e indaguei:
_ Eu não ten- _ falei, porém cortei a frase no final, ele jé tinham problemas demais para eu dar mais um _ Deixa para lá _ dei de ombros e comecei a andar.
Voltei Balder para a pokebola e manti Hati ao meu lado, enquanto isso tirei Skoll da bolsa e o ordenei para que usasse suas garras para liberar caminho, assim que ele fizesse, eu sairia dali correndo.
Entre o tempo de caminhada que Meowth percorria, Quagsire havia sido acordado do nocaute e vinha ao meu encontro, não parecia muito feliz, e sim bastante inseguro, aparentemente, voltar para seu mestre parecia ser assustador, e seu olhos estavam opacos de medo. Fiquei ali observando-o se aproximar até que no fim ele me encarou e mostrou uma pequena esfera branca e vermelha, ele estava me oferecendo aquilo que eu nunca imaginaria, sua disposição. Eu, Winnie, sempre fui muito contra pegar pokemons de outros treinadores, mas visando a situação, seria muito pior eu deixar Quagsire como estava, sempre ouvi dizer que ser um monstrinho de bolso de um presidiário não é uma boa coisa, deixar ele sendo maltratado pelo órgão de justiça não me parece legal da minha parte. Encarei o pokemon novo com um sorriso meigo no rosto e assenti com a cabeça, agachei e de suas patas peguei a pokebola:
_ Você será muito bem cuidado, eu prometo _ apertei o botão central e voltei o pequeno para sua casinha, seu dono estava ocupado demais balbuciando para reclamar.

Esperava ainda que Meowth terminasse sua tarefa, no fim, o sistema policial fez seu papel, tardio mas fez, o pequeno Newton vinha atrás de mim, mas com uma distância de um metro e emudecido por hora, apenas me seguia e reparava aquilo que acontecia. Em minha consciência, gritos de tristeza pelos outros pokemons do louco quase me fizeram voltar e liberar os outros dois na natureza, mas não o fiz, certamente o Ranger terá piedade, não é? Espero que sim.

OFF: Tudo bem! Melhor que adiantou tudo! Ah sim, outra coisa Perry, o Ord editou minha BOX errada, no lugar onde fica "HP", não se coloca o HP do lvl, e sim o base, ou seja, tome cuidado se ver outra assim, sempre verifique no serebii ou bulbapédia antes, por que isso pode causar problemas de calculo e talz. Não que você tenha errado, muito pelo contrário! É só um aviso

Sem precisar falar muito, o homem já compreendia da minha dificuldade e procurava ajudar, em questões de segundos a passagem já estava liberada, Skoll se sentiu meio inútil levando em conta o tempo que ele iria demorar para fazer aquilo, ainda assim não procurei acalma-lo ou mima-lo agora, o dono de minha atenção era na realidade o sargento Evandro.
Naquela história toda havia dois núcleos, no primeiro Hati rosnava para Meowth, este que evitava ficar próximo dela, sempre no lado mais oeste possível sem se perder do grupo, enquanto ela ficava a leste, como eu já conhecia essa briguinha infantil, apenas ignorei, ambos sabiam que se rolasse mais que estranhamento, os dois voltariam para a pokebola e ficariam lá o resto da viagem. Como disse anteriormente, o segundo núcleo era minha prosa com o recém conhecido ranger, primeiro de tudo ouvi o que ele tinha a falar e respondi:
- Inicialmente, obrigada por tudo, eu ficarei próximo do centro pokemon, meu irmão está me esperando ali, e deve estar muito preocupado já - sorri de orelha a orelha, o homem ganhou minha confiança bem rápido - E fico muito feliz que tenham prendido um homem desses, fico sentida pelos seus pokemons, mas ainda assim feliz por ele ser punido como merece.
Com sentimentos balanceados entre vitória, tristeza, pena, alívio e confusão, tentei manter a normalidade dos atos - simpatia, sorriso eterno e meiguice -, mas confesso que não foi tão fácil. Ainda com um sorriso no rosto eu ouvia a apresentação do homem cujo o nome eu já sabia graças ao uniforme e finalmente me tocava que eu deveria fazer o mesmo:
- Prazer, sou Winnie! - estendi a mão para cumprimentar

Peguei meu celular e comecei a discar algum número ao mesmo tempo que prestava atenção na reação de Evandro, seu rosto e expressão era de partir o coração, eu não perguntaria sobre, visto que ele não devia estar com muita vontade de falar, então apenas botei a mão em seu ombro e comentei:
- Tudo ficará bem - meu sorriso tinha finalidade de passar o meio conforto possível - E sim, precisamos ir!
Quando pausamos a conversa, apertei no botão verde do celular e ele começou a chamar, na tela estava escrito Vicent, seria bom ligar e dizer que estou bem, além de certificar-me da localização dele. Coloquei o aparelho no ouvido e esperei que ele me atendesse.