2 - Viridian, here i go!

Fiquei desanimado ao ver que os pokémon fugiram. Apesar da culpa ser de Lacenlot, não o xinguei, pois não haviam motivos para isso. O cão rapidamente aproximou o seu focinho da mochila e detectou o seu cheiro.

Como era um objeto abandonado, decidi chamar Lancelot e assim, retornamos para a trilha de terra batida. Não desempolguei muito, continuei observando o ambiente em volta enquanto o cão caminhava ao meu lado, sem algum remorso pelo ocorrido.

Me perguntava quanto tempo levaria para chegar até Viridian, visava fazer um repouso e voltar aos estudos. Também me interessara mais sobre treinadores e batalhas pokémon, pois, provavelmente, para chegar onde queria, devia também treinar meus parceiros.

Recolhia Weedle, que estava fraco e não podia lutar de forma alguma. Sendo assim, retirei Freya, enquanto apontava a pokédex para o estranho pokémon que me atacara selvagemente.

Houndour
Delvil

É um pokémon muito inteligente. Eles se reúnem em matilhas e trabalham em conjunto para atacar suas presas. Comunicam-se usando latidos diferentes.

Freya abria seus olhos e chacoalhava sua cabeça. Depois, olhava para mim e esperava meus comandos. Estava diferente, parecia querer lutar, talvez por ser o seu primeiro combate. Algo dizia que não podíamos subestimar o nosso inimigo.

- Freya, avance com Double Kick e use o Headbutt para afastá-lo! - Enquanto comandava, tentava observar o que a criatura tanto protegia. - Não sabemos o que este pequeno está protegendo, talvez possa ser um ninho ou algo similar.

Bisbilhotava cada canto do campo, curioso para descobrir o que aquele selvagem, ou não, tanto zelava. O que despertara a sua fúria? Me encontrava com uma ânsia de querer desvendar aquilo.

Corria até a beira do buraco onde a menina se encontrava. - Desculpe moça, mas seu pokémon acabou me atacando e eu pensei que fosse um selvagem! - Gritava.

Aquela menina parecia estar precisando de ajuda, e eu faria. Retirei meus dois pokémon remanescentes, Freya e Lancelot, e analisei a situação. Logo, virei-me para as outras duas criaturas da menina e assenti com a cabeça positivamente. - Vou ajudar a sua treinadora. - Falei.

Desci a ribanceira com Freya, que estava disposta a ajudar. Ao chegar, cheguei perto da menina cega e me apresentei.

- Olá, eu sou Ryan Strauss, desculpe mesmo por atacar seus pokémon. Bom, eu quero te ajudar a subir esse declive. Posso encostar em você para isso? - Tentava ser o mais educado o possível.

Freya já se aproximava lentamente da menina, a ideia era ajuda-la a subir, o que talvez não fosse tão difícil. - Confie em mim. - Falei à moça em tom positivo.

Fiquei muito feliz que tudo dava certo, conseguíamos ajudar a garota, que se identificou como Athena, a subir a ribanceira. "Pokémon são realmente incríveis" Pensava, observando a atitude daquele Houndour, que lembrava muito Lancelot pelo seu jeito de agir.

- Claro que te ajudo, Athena. Quer que eu use meu braço para te ajudar? - Falava, estendo o braço para a moça. - Desculpe mesmo atacar seus pokémon, mas seu Houndour é muito protetor. Ele lembra bastante o Lancelot, meu Growlithe. - O cão latiu no mesmo momento que citei seu nome.

Enquanto isso, aponto a pokédex para o outro cachorro, aproveitando que já estava em minhas mãos. Adquirindo os dados do pokémon, que se chamava Lillipup.



- Ah! Respondendo sua pergunta. Sim, eu sou um treinador pokémon, comecei minha aventura faz um dia, estou indo para Viridian e, mesmo que não estivesse indo, te ajudaria a ir. - Respondia a sequencia de perguntas da garota. - Eu tenho três pokémon atualmente. Apesar de Fafnir estar nocauteado porque recém o capturei. Tenho o Lancelot, meu fiel parceiro nas pesquisas e Freya, uma bebê Zangoose que curei de uma doença nas pernas.

Off: Não sabia que termo usar pra "use meu braço", mas quis me referir a cruzar os braços, que tem quando as pessoas andam com cegos  e talz :v

Repudiava a atitude daqueles meninos, que ofendiam claramente a garota, mostrando-se preconceituosos. Lancelot sentia o mesmo, rosnando forte e rangindo seus dentes.

Virei-me para os delinquentes e fitei-os com um olhar raivoso e cerrando os punhos. Passava por minha mente o que Athena pensava nestes momentos. Falava.

- Pupitar? Que eu saiba é um pokémon bem raro. Não importa como ela conseguiu um, tenho certeza que não foi de forma injusta. Se vocês querem um, vão procurar e capturar de maneira justa. Deem o fora daqui!

Fechei os olhos e me acalmei. Levantei a minha mão até o ombro da menina e deslizei até o braço, enganchando de novo sobre o meu. Então, olhei para a dupla de garotos novamente.

- Foram vocês que derrubaram ela daquela ladeira? Pelo que vocês acabaram de falar.. provavelmente sim.. - Pausava com um profundo suspiro. - Ela é uma garota que estava simplesmente passeando e vocês fazem isso? Além de ser uma falta de respeito.. não receberam educação em casa não? - Controlava-me para manter a calma. - Vão embora, deixem-a em paz. Há varios pokémon selvagens por aí, podem capturar a vontade.