Cap. 9: TMs, Stantler e Kangaskhan

 O homem que pedia ajuda os levou a um local mais reservado, o criador achou o jeito dele estranho, mas foi deixando seu ombro para Ayzen apoiar-se. Foi ouvindo a explicação e a raiva aumentando:

 Eu não acredito nisso...

 Como podem forçar um processo evolutivo?

 Por um instante, Klaus esqueceu que era o suporte de Ayzen e tirou seu ombro bruscamente da mão do Ranger, mas logo retornou, mas continuava visivelmente irritado com isso.

 O criador olha para seu parceiro e pergunta:

  Ainda um pouco confuso pela confusão que teve no momento, eu e Klaus íamos em direção do homem que havia pedido ajuda de treinadores. Sentia-me mal por ter que usar o criador como apoio para poder correr, mas era isso ou sair mancando, já que um pé estava mais alto do que o outro. Seguimos o homem por um prédio, muito destruído por sinal, e assim conseguimos acompanhar o sujeito que mais parecia um cientista maluco. E de cientista maluco, eu tenho várias experiências não muito legais...

Ao chegar no que parecia ser um laboratório que mais parecia um museu de velharias, por andar tudo destruído, ai encontramos o homem que parecia se sentir culpado por algo que eu não sabia o que era. Ele estava nervoso, mas após mostrar o vídeo do Pokémon, eu acabei deduzindo tudo, embora a explicação do cientista deixasse tudo mais claro em minha mente. Usar energia para forçar uma evolução? Foi um sacrifício enorme que o homem esteve disposto a fazer, até porque ele não sabia das consequências... A previsão foi ao contrário e agora tinha um pseudo-lendário voando pelas ruas de Cerulean, enquanto eu ficava boquiaberto com os relatos.

Klaus não se conteve e explodia diante da explicação do cientista. Eu fiquei chocado com o que havia escutado e nada que disse iria mudar o que o homem fez. Tentei conter a raiva do criador, mesmo compartilhando do mesmo sentimento, eu sabia que naquela situação, reclamar e se irar não ia adiantar de nada. Mesmo assim, o criador estava agoniado.

- Iremos fazer o possível... Espero que a polícia já tenha contido e se preocupado em defender a população e os rangers logo chegaram, afinal, é emergência pública. E espero que o senhor tenha licença para tal ato... Mesmo sendo de livre vontade do Pokémon, temos um conselho que defende os Pokémons e por isso, para o seu bem, é bom que tenha mesmo.

Minha fala era calma, embora ainda estivesse agoniado em saber que estávamos em uma situação de emergência e só, apenas só, tínhamos dois para ajudar, embora eu estivesse com sérios problemas para poder dá tudo de mim. Klaus levantava uma questão importante: como localizar o Pokémon? Seguir o rastro de destruição era uma boa e isso Togekiss poderia fazer, mas como ranger, eu tinha bons Pokémons localizadores.

- Pode deixar comigo, Klaus. – dizia ao treinador. – Togekiss, por favor!

Saíamos do prédio destruído e assim lá fora chamava o fairy, que, depois de já ter orientado a população mais Scyther, pousava perto. Agradeci pelo esforço de ajudar nas buscas e com uma esfera na mão eu liberava a luz branca que dava forma ao Azumarill, que já ficava em cima de Togekiss.

- Azumarill, peço-lhe que voe com ajuda de Togekiss e procure pelo som do Garchomp. Ele pode tá um pouco furioso, por isso, teremos que ter cuidado. – dizia guardando a esfera que o cientista havia dado. – Conto com vocês dois, certo? – Assim que terminei de falar, Togekiss batia asas e voava, levando o Pokémon azulado com ele. Era hora de ter um pouco de fé nos nossos Pokémons... Seguíamos os dois por baixo!

 A dupla segue, Pikachu disposto e Rattata ainda irritado com ter que somente localizar, sem batalha e isso preocupa Klaus, afinal aquele ali não negaria uma batalha, mesmo que sua derrota fosse óbvia ou certa.

 Seguiu com o Ranger apoiando-se em seu ombro, torcendo para que o quarteto de busca tivesse sorte e... não fossem atacados. 

 - Tem alguém ai?? - era um pergunta involuntária, mas meio burra - Ayzen eu vou tentar empurrar as pedras - libera Scyther novamente e pede sua ajuda - Ares, quero que me ajuda com as pedras tentando cortá-las, porém tome cuidado, acho que tem alguém aqui embaixo.

 O criador não tinha costume de resolver problemas em dupla, isso era visível em sua tomada de decisão unilateral..

Procurava o Pokémon pelas ruas destruídas de Cerulean, junto do criador. Sua preocupação era evidente nos olhos e por isso eu sentia que além da cidade que estava sendo atacada por um pseudo-lendário, havia algo na mente de Klaus que ainda o preocupava muito. Tentei disfarça, aparentando que não havia reparado e assim seguíamos os roedores no solo, enquanto os Fairies faziam uma varredura nos céus. Não havia nada que a audição de Azumarill pudesse deixar passar, então a posição privilegiada de Togekiss davam aos dois uma visão de quase toda cidade.

Seguíamos os Pokémons, demonstrando confiança, enquanto os roedores pareciam confusos em saber o que localizaria... Talvez por Garchomp poder voar, o cheiro poderia ser pouco no solo, mas vale a pena acompanhar uma pista. Logo, Togekiss nos guiou sobre o campo, indicando o local onde teria alguém. Não conseguimos localizar quem era, mas a respiração estava um tanto ofegante. Poderia ser tanto Pokémon quanto humano e Klaus já ia liberando o seu Scyther. Com suas navalhas, as pedras ali não sobreviveriam, então eu deixei com que o inseto fizesse o trabalho.

- Froslass, preciso da sua ajuda. – chamava a Pokémon em campo e de modo bem de deboche, ela parecia perguntar o que queria. – Preciso que você atravesse as pedras e chegando do outro lado use Protect para evitar que a navalha de Scyther fira alguém lá atrás. – a Pokémon ficou relutante em ajudar. – Prometo que terás um esmalte novo no fim dessa missão. – com um sorriso na cara, Froslass sumia de vista, possivelmente indo fazer o que pedir.

 Olha para Ayzen com olhar de preocupação:

 O criador não estava bem, os pensamentos sobre o que ocorreram em sua cidade não saiam de sua mente, turvavam sua forma de pensar e seu único foco era terminar aquilo tudo, nem cogitou que a criadora poderia ajudar na missão. Retorna Scyther o agradecendo e pede para os roedores continuarem a busca por terra.

Froslass foi comprada, nem tão facilmente assim. A Pokémon sumia no ar e eu presumia que a mesma iria ajudar a pessoa que estava presa nas presas. Com o fim dos cortes do Pokémon louvar-deus, surgia uma morena e um Pokémon rosado do lado dela. Se não estava enganado, era um Pokémon de cura e quando ela disse que era uma criadora, chutei que seria uma Healer. Peguei a Pokédex e analisei o Pokémon de grandes orelhas ao seu lado.

Audino
Tabunne

Toca os outros com os sensores que saem de suas orelhas e usa o som das batidas de seu coração para lhes dizer como se sentem.

-Sou Ayzen Kitshomo. Você poderia cuidar dos feridos? – nesse momento Togekiss e Azumarill pousaram do meu lado, bem agitados. – Togekiss vai te ajudar com as pessoas, não é? – o Fairy acenou positivo, enquanto Azumarill puxava o meu braço para a rua. – Nos vemos depois...

Deixei a criadora e seu Pokémon, junto de Togekiss, para cuidar dos feridos. As habilidades de cura do Pokémon dela seriam bem úteis. Enquanto isso, Klaus e eu seguíamos pelas ruas. Quando ouvimos o rugido do Pokémon no fim da rua e uma grande pedra avançou em nós, só enxergava o verde escudo da Pokémon fria se erguer em nosso lado e assim nos protegia. Azumarill protestava.

- Froslass, vou precisar da sua ajuda! – a Pokémon cruzava os braços e balançava a cabeça negativamente, enquanto o pseudo Pokémon avançava. - Fross, isso não é hora para cruzar os braços. – a Pokémon parecia me ignorar. – Olha, eu vou deter o Garchomp e se você não me ajudar, posso morrer e você ficará sem esmalte. – aquilo foi o suficiente para despertar o interessa da ghost que logo voltasse contra o dragão e assim se dividia em mais algumas (Double Team) – Ótimo, Froslass! Agora crie uma ilusão aconchegante e tranquila para Garchomp, em um campo gramado e seu pessoas e vai congelando-o aos poucos com sua respiração.