A dupla então correu metro a cima, procurando desesperadamente a saída do local. Como todo centro de transporte público no horário da manhã, este estava tão lotado e tumultuado quanto qualquer outro, o que dificultava mais ainda a locomoção no local, foi então que o pokemon humanoide, já explodindo de agitação e stress, pegou o menino das mãos de Flora e correu gritando com ele na direção que as setas vermelhas apontavam fazendo o casal correr ofegante juntos, fora apenas assim que conseguiram chamar atenção, no meio de tanta gente, dos seguranças locais, que deviam cuidar de acidentes ou casos assim.
Dois homens vestidos como bombeiros, que mal deviam saber mais que os processos de salva-vida básicos, correram em direção ao grupo desamparado, encararam os humanos e perguntaram:
- O que aconteceu? - falaram juntos, sincronizados, deviam treinar para essas situações - Alguém pode explicar?
O primeiro homem era mulato, sem pelo nenhum no rosto, baixo e magro, seu chapéu escondia seu rosto quase todo, e por mais que tivesse estatura e voz de uma criança, suas rugas entregavam seus 50 anos vividos, o outro já era bem mais jovem, alto e musculoso, também mulato, porém com um rosto muito enquadrado, sobrancelhas grossas, maxilar grande e espetado por muito pelo, seu nariz e orelhas tinham traços fortes e a única coisa que não salientava em seu conjunto de expressões faciais, era sua bochecha nula, inexistente. Este aqui devia ter em torno dos dois metros, e cento e vinte quilo só nos músculos, conseguia bater de frente com o pokemon desesperado, o estereótipo do bombeiro.
Enquanto o pequeno media pressão, batimento cardíaco e temperatura do garoto, o maior pegava a criança dos braços do pokemon, este andava em direção a garagem carregando-o como se fosse uma folha de papel, não parecia estar usando força alguma.
- Precisaremos levar ele ao hospital, venham para ambulância - disse.
- A temperatura dele está normal, porém ele está com uma arritmia cardíaca estranha, alguma ideia do que é? - perguntou o menor.
O humanoide deu de ombros, mostrando-se desentendido do assunto, não fazia ideia do que aquele homem acabou de dizer e muito menos aplicar ao caso do garoto.