O Papagaio da Discórdia
O Sol! A luz do astro-rei que inicia a manhã! Se ouvem pássaros cantando ao nascer de mais um dia maravilhoso na cidade de Littleroot. Em um geral, era mais um dia lindo e incrível, tanto que não era difícil você imaginar que das casas saíssem pessoas e começassem a cantar, como na maioria dos musicais bregas dos anos 60 e 70. Porém para iniciarmos a nossa história, devemos olhar a esta cidade mais de perto, assim veremos o que queremos.
Então, em uma parte mais distanciada da cidade, quase na fronteira com a Rota 101, vemos o nosso protagonista, agora vocês devem estar pensando como é o nosso "herói", alguns agora devem estar pensando em um cavaleiro corajoso com uma armadura prateada, em um jornada para derrotar um terrível dragão, já outros estão sendo mais modestos, pensando em um garoto jovial e inexperiente, com um pokémon ao seu lado, pronto para desbravar os perigos que aquela rota poderia lhe proporcionar.
Mas nada disto está certo, para falar a verdade, nosso protagonista nem acordado está! Dormindo em cima de um monte de caixas de papelão, vemos algo parecido com um urso em hibernação, porém com roupas. Roupas estas que estavam sujas, manchadas, com um leve cheiro de álcool. Um pássaro incomum pousa em cima dele, e, com a maior delicadeza do mundo, aproxima o seu bico para perto de sua orelha, fazendo um som estranho e horrível para os ouvidos:
- BEEP! BEEP! BEEP! HORA DE ACORDAR! HORA DE ACORDAR!
O homem, por incrível que pareça para todos, conseguiu levantar o seu tronco, deixando a pequena ave exótica em seu colo. Ele, passando a mão pela cabeça e depois nos olhos, fala, com uma voz grossa e destruída:
- O que você quer? Você sempre me acorda desse jeito a esta hora, até parece que é um relógio ás vezes, sabia?
- HOJE É O DIA! HOJE É O DIA! - falava o pássaro em sua voz estranha semelhante a de um papagaio falando.
- O dia? Ah, me faça o favor! Eu já lhe disse que algum dia nós iremos ir por esta rota e fazer seja lá o que você deseja, mas me deixa em paz! - reclamava o homem, voltando a se deixar e colocando um pedaço de papelão na frente dos olhos para tapar o Sol.
- HOJE. É. O. DIA!! HOJE É O DIA! - dizia o papagaio, insistindo em fazer isso.
Apesar dos esforços do animal, o homem parecia não se importar com isso, voltando a dormir como uma pedra, grunhindo algo identificável. Esta cena já havia se repetido mais de 6 vezes desde que Alberto adquirira seu primeiro pokémon, Chatot, mas o treinador gostou da hospitalidade dos littlerootianos, logo...
- Espera aí! - o homem se levanta rapidamente, se recuperando quase que instantaneamente da ressaca que o atacava - Você ouviu isso? - Ele olha para os lados desconfiadamente - De novo! Mas o quê! - Ele olha para as mãos e... lentamente mexe para cima e para baixo o dedo indicador - Quem está aí? De quem é esta voz grossa e com um fino sotaque inglês que estou ouvindo?!
Hum, estranho, até parece que ele está falando de mim! Mas isto não é possível, não há personagens que possam ouvir ao narrador, pois sou uma entidade observadora que não pode entrar em contato com qualquer personagem! Mas, continuando a minha narração interrompida, ele gostou bastante da hospitali...
- De novo? Quem é você? Com quem está falando? Porque há uma voz dentro da minha cabeça?
Okay, isso não pode ser uma coincidência! Mas como ele consegue me ouvir? A não ser que... Ai não! Eu não acredito que estou preso agora com um personagem que consegue quebrar a quarta parede! E o pior é que pelo visto ele nem sabe de sua capacidade! E agora? Talvez se eu ficar em silêncio por algum tempo ele pense ser só alucinações suas...
- HEY! Eu estou ouvindo tudo isso! Que história é essa de personagem, quarta parede? Me explique tudo! Caso contrário eu continuarei aqui e, pelo que eu entendi, o senhor é um narrador, certo? então, se eu continuar aqui, logo você não terá o que narrar!
Tudo bem, tudo bem, mas com uma condição: Você deve jurar que nunca irá contar sobre isso, para o seu próprio bem, caso contrário o chamarão de louco, já vi casos assim, nunca termina bem! Agora, eu lhe contarei tudo: Um personagem capaz de quebrar a quarta parede tem consciência de que é um personagem e consegue ouvir ao narrador, porém, diferente do personagem usual, estes não fazem o que o narrador diz, a não ser que queiram, então, se eu falar que você foi para a direita, nada o impede de ir a esquerda, fui bem claro?
- É, foi bem claro sim, mas eu não posso, sei lá, não ouvir mais a sua voz? A minha vida toda eu nunca havia ouvido a sua voz ou qualquer outra em minha cabeça!
Isto é porque antes você não era um personagem, porém agora você tem a sua própria aventura e talvez isso tenha o feito conseguir ouvir a mim e agora consegue conversar tanto comigo quanto o público.
- Sério? E qual seria o gênero literário em que eu estou? É um gibi? Um filme? Apesar que um livro de sucesso para mim parece o suficiente, sabe?
Bom, não sei se corresponde a sua expectativa, mas atualmente você está no gênero textual "Fórum RPG". Eu sei, pode parecer um pouco sem graça no começo, mas o departamento de marketing já está planejan...
- Woah! Um Fórum RPG? Tipo aqueles Final Fantasies que eu jogava quando pequeno? Eu sempre gostei do sétimo, que tinha um menino com uma espada gigante e um cabelo espetado, era espetacular! Me lembro de quando...
Não, não! Vamos parar com esse bate-papo furado, porque este texto vai acabar ficando enorme se continuarmos a falar dessa maneira sem sentido! Você não sente pena dos leitores, que precisarão ler tudo isso? Agora, por favor, eu lhe peço que siga as minhas instruções e tente me ignorar, está certo? Okay.
Mas aquele dia iria ser diferente, o monotreinador sentiu, pela primeira vez em bastante tempo, uma vontade antiga, um sentimento de aventura que ele não sentia a mais de anos, quando praticava os seus alpinismos radicais. Ele levanta em um pulo, assustando o pássaro, que voa até Alberto ficar de pé, então a ave fica em seu ombro, como um pirata e seu fiel papagaio.
O treinador olha para seu companheiro e diz um nome que soltasse aventura, uma força imbatível capaz de destruir a maior das montanhas:
- Kulkán! Seu nome será Kulkán!
- KULKÁN! HOJE É O DIA! KULKÁN! HOJE É O DIA! - comemorava o papagaio.
O ex-alpinista, com uma vontade de aventura, dá um passo para trás, e vai em direção a Litleroot Town, se preparando para a sua primeira aventura com seu fiel companheiro Kulkán, nomeado talvez através do deus maia Kukulkán, que tinha o poder dos ventos.
- Na verdade, vamos na rota 101, sabe, é aqui do lado, mais perto, e na verdade não quero fazer uma despedida melancólica, o padeiro, seu Jorge, se tornou um amigo muito querido, então não gostaria de vê-lo chorar por minha partida, está certo?
Tudo bem. Ele deu um passo a frente, rumo a rota 101, aonde estaria esperando as mais variadas aventuras, talvez não tão incríveis como as que ele já participara em suas escaladas, mas com certeza uma aventura a se lembrar!
Ufa, acho que era só isso, bem, daqui a pouco eu já volto, vou te deixar com um outro narrador, mas nem tente falar com ele, provavelmente ele não vai ter tanta paciência com você como eu tive, okay? Se cuide.
OFF :
Olá seja lá quem sobreviveu para ler tudo isso XD Bom, meu personagem tem esse negócio de quebrar a quarta parede(Na verdade não sei se isso é permitido), o que eu acho bem divertido, no começo ele vai estranhar isso, mas logo ele se acostuma. Espero que possamos nos divertir nesta rota.
off²:Chatot: Apelido: Kulkán, Particularidade: Consegue quase se comunicar como um humano, mas não frases completas e longas, algo bem simples, ao invés de falar "Eu estou com fome", ele diz "FOME, FOME". Consegue imitar qualquer som com perfeição. Personalidade: É muito leal a seu dono, sempre o acordando e o ajudando. Porém, é bastante mandão, ás vezes em momentos informais mandando em seu mestre, falando palavras ou pequenas frases objetivas para o seu desejo. Gosta muito de ficar no ombro de seu treinador.
off²:Chatot: Apelido: Kulkán, Particularidade: Consegue quase se comunicar como um humano, mas não frases completas e longas, algo bem simples, ao invés de falar "Eu estou com fome", ele diz "FOME, FOME". Consegue imitar qualquer som com perfeição. Personalidade: É muito leal a seu dono, sempre o acordando e o ajudando. Porém, é bastante mandão, ás vezes em momentos informais mandando em seu mestre, falando palavras ou pequenas frases objetivas para o seu desejo. Gosta muito de ficar no ombro de seu treinador.
? The White Swan ? @CG