Ceruleando

Novamente dentro da sala, Igneel dedilhava sobre as prateleiras, até achar algo que fosse de seu interesse, em meio aquilo tudo, encontrou os mais diversos tipos de itens, uma caixa vazia, uma outra caixa cheia de clips, canetas, maços de folhas A4, lápis e até mesmo uma arma de fogo, que por azar do garoto estava sem munição, o que era triste, uma vez que uma arma seria uma resposta simples para aquela ocasião, podendo estourar a tranca da porta da frente e saírem dali, mas como já dito, sem munição era algo inútil e por mais que o garoto tentasse procurar, não achava.

Alguns minutos passavam-se até que o garoto saia da sala finalmente com as pilhas para colocar na lanterna, porém havia um pequeno problema, a luz do objeto piscava e parecia fraco, dando a perceber que iria acabar logo, a dupla tinha que correr para checar o lado escuro do corredor, se não, teriam que imergir nela sem luz alguma.

Igneel caminhou até o fundo do corredor, junto de sua parceira, o que parecia ter fim, realmente tinha, e como uma esperança remanescente, uma luz no fim do túnel, uma milagrosa, pesada e velha porta de aço esta no fundo daquele corredor. E conforme iam se aproximando, notavam que o som dos arranhões se agravava, tornando-se mais alto, mais agudo, mais dolorido para os ouvidos, era algo realmente tenebroso pois haviam dois fatos ali, a solução e o problema.

A solução eram os objetos naquela sala que eles ainda não haviam inspecionado, que poderiam usa-los para sair dali provavelmente, porém eis o problema, alguma coisa estava trancada naquela sala. Conforme se aproximaram, chegando o mais perto possível, a porta rangeu. Abriu e delicadamente, uma mão negra começava a sair de dentro daquela sala, colocando sua mão contra a parede, arranhando-a com facilidade. Em seguida, ela notou a presença dos dois e voltou para dentro do quarto, mas não antes de fazer um gesto peculiar, mexendo um de seus dedos como se chamasse a dupla para dentro daquele ambiente. Era tudo ou nada, era oito ou oitenta, as pilhas estavam acabando e a lanterna já piscava, iria o jovem encarar a parada e se jogar de cabeça? Ou iria agir como uma pessoa normal e sair dali gritando como uma mulherzinha?