Pokémon Mythology RPG
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A pressa é mesmo inimiga da perfeição?

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descriptionA pressa é mesmo inimiga da perfeição? - Página 15 EmptyRe: A pressa é mesmo inimiga da perfeição?

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Quando acreditou que Ralts concluiu sua análise, Gabriel abraçou a Pokémon e se levantou. O rapaz ainda não sabia como lidar com Aron, porém notou o tremor que acontecia logo atrás, acontecimento que o motivou a voltar a olhar para o treino de Earthquake. O Gligar de Winnie, de acordo com o que ele pôde ver, já havia dominado a técnica, porém o seu tinha maiores dificuldades.

- Vocês estão indo bem! Gligar... - Engoliu em seco, percebendo que ainda não tinha como se dirigir a eles separadamente. - Ahn... bem, Gligar da Winnie, você é o Gligar pai, enquanto o meu é o Gligar filho. Gligar pai, quero que treine Poison Jab com Flygon, comece tentando acertá-lo sem voar. Gligar filho, seu Earthquake não está bom o suficiente, então tente mais algumas vezes e dessa vez tente fazer direito. - Ordenou, já sem se importar muito com o fato de que o pequeno Gligar havia nascido a muito pouco tempo... definitivamente seria difícil para ele dominar um ataque tão potente, porém Gabriel desejava resultados, mesmo que não fossem perfeitos, e isso refletia no semblante e tom de voz do treinador.

Com o foco mais uma vez sendo Aron, o rapaz abaixou-se e voltou a encarar a Pokémon.


- E então, Ralts? - Enquanto o loiro fez a pergunta, a psíquica apoiou os braços no rapaz, como se pretendesse fazer algo, mas a Pokémon não chegou nem mesmo a olhá-lo nos olhos e manteve o olhar direcionado para frente. Gabriel estranhou um pouco a Pokémon, mas decidiu continuar a falar. - Você consegue falar com Aron? - Infelizmente, a resposta pareceu negativa. Ralts ainda não sabia se expressar muito bem, mas tremeu um pouco e ficou cabisbaixa. Até mesmo Gabriel entendeu que se a forçasse a ajudá-lo, ela poderia se traumatizar devido ao contato com as emoções negativas da metálica. Provavelmente a situação era pior do que ele pensava. - Estou vendo que você assusta bebês. - Desta vez suas palavras foram dirigidas a Aron, mas ela não se interessou por respondê-lo.

Sem idéias, o rapaz decidiu manter Aron sob observação. Continuando parado em sua posição, o loiro alternou olhares entre o treino dos Gligar e a Aron que até então havia permanecido inerte, com esperança de que a Pokémon se interessaria por algo que não fosse ficar parada.

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Mesmo com o desequilíbrio, o Gligar filho havia dominado a técnica e aquela característica empolgada e um tanto desengonçada parecia ser inata àquele Pokémon.

Enquanto isso, os dois Gligar começavam a treinar Poison Jab contra Flygon. O Dragon-Type auxiliava com empenho e após bastante esforço e dedicação, somado à alguns erros bobos do Gligar filho, ambos dominaram a técnica Poison-Type.

+524 de EXP para Gligar filho!
Gigar aumentou um nível.

+660 de EXP para Gligar pai.


Enquanto isso, Ralts parecia amedrontada com os sentimentos captados de Aron. Ralts era muito sensível e se sentia mal quando estava rodeado de seres que estavam tristes também. Como Gabriel resolveria isso?

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obrigado koi!

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Apesar da dificuldade que tinha para obter alguma reação de Aron - mesmo que negativa, pois qualquer coisa seria melhor que o estado quase inerte da metálica - Gabriel ainda conseguiu ficar satisfeito, pois ambos os Gligar que estavam treinando concluíram o treino após mais algum esforço. Pondo a situação de Ralts de lado, o treinador virou-se para os dois escorpiões, parabenizou-os uma última vez e então os retornou para suas respectivas cápsulas, fazendo o mesmo com Flygon logo em seguida.

Durante todo esse tempo, Ralts tremeu e segurou-se com mais força em Gabriel. Os sentimentos negativos de Aron eram simplesmente fortes demais para a psíquica, cuja expressão de medo já estava mais que óbvia e preocupava até mesmo Anna, a qual aproximou-se com cuidado e andou ao redor de Gabriel, tentando olhar nos olhos da Pokémon.


- Ela tem medo... - A criança proferiu, com um semblante que surpreendeu Gabriel - a tímida garota definitivamente não costumava tomar uma iniciativa como aquela para se expressar. Tal ato foi o bastante para convencer o jovem a desistir duma vez por todas de sua ideia inicial.

- Calma, calma, estamos com você... consegue sentir Anna? - Questionou, conforme acariciou o capacete da Pokémon e a balançou algumas vezes em seus braços, tentando animá-la. A Pokémon não pareceu melhorar muito, porém esticou o pescoço para olhar na direção de Anna, após sentir os sentimentos vindos da garota - por sorte, ela não percebeu nada sobre as feridas do passado da criança, tendo apenas percebido o que ela sentia naquele exato momento. Gabriel reconheceu que Ralts parecia mais calma e, após deixar que Anna segurasse as mãos da Pokémon por alguns segundos, tratou de retornar a bebê para sua cápsula, onde ela poderia descansar após a experiência desagradável que teve com Aron.

Feito aquilo, restou resolver suas diferenças com a metálica - provavelmente sem a ajuda de seus outros Pokémon.


- Você devia criar vergonha nessa sua cara! - O tom de voz mais alto empregado por Gabriel afugentou Anna, que recuou alguns passos para trás. O loiro, já de volta à sua natureza insensível, não percebeu como a criança se sentia e continuou. - Eu te derrotei em batalha e nunca te tratei mal, tenho todo direito de ser seu treinador, então me reconheça de uma vez! É assim que as coisas funcionam, não é?! - Levado pelo estresse, ele gritou. Gabriel definitivamente não acreditava estar errado, porém todo aquele problema relacionado à conduta da Pokémon era algo que ele não sabia resolver - ele possuía mais similaridades com Aron do que reconhecia, pois também era alguém fechado que não revelava seus problemas para os outros. Com duas personalidades tão similarmente problemáticas, mesmo que por diferentes razões, era difícil de entender como o jovem conquistaria a confiança da Pokémon. Seu coração palpitava e sua respiração estava mais pesada, permitindo a Aron ler as emoções de seu suposto mestre com relativa facilidade. - E eu sei que estou certo... você vai ter que entender isso.

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Não, não era assim que as coisas funcionavam e Gabriel, que era talvez tão cabeça-dura quanto a sua Pokémon, precisava entender isso. Sua atitude estressada para com uma Pokémon tão ferida, ressabiada e arisca como aquela definitivamente não ajudaria em nada. Aron fechou a cara, também estava estressada, e no segundo seguinte ela investiu contra a barriga de seu treinador, o qual recebia esse título apenas por tê-la derrotado. Para aquela Pokémon, o fato de tê-la derrotado considerando o momento em que ela se encontrava no Limbo não aliviava os fatos. Eram ressentimentos sobre ressentimentos.

Aron perdeu 5 pontos de felicidade.


Transtornada a metálica correu como pôde em direção à recepção do Centro Pokémon, parecia querer sair dali e deixar todos para trás.


Off :

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obrigado koi!

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Off: EU SEI, É MUITO COMPLICADO. AINDA ROLOU DA ANNE APARECEU NO SKYPE PRA FALAR COMIGO DEPOIS DE UM BOM TEMPO, ACHO QUE DEVE TER ALGUMA FORÇA MAIOR NO MEIO DISSO TUDO.

E acabo de descobrir que o Gabriel tem Rock Head de trait. Será que ele aprende Head Smash por nível pra combinar com a Aron? -n Acho que eles dois são mais parecidos do que acreditam. Q



Ouch! Gabriel nunca foi o tipo com físico muito desenvolvido. Mesmo após ser um treinador por praticamente dois anos, o jovem admitia que possuía reflexos ruins e, com a exceção das pernas, um corpo relativamente fraco, magro e sem músculos. Tais fatos se acumularam para resultar no fracasso em evadir o ataque repentino de Aron e na dor que o loiro sentiu. Apesar de não ter sido tão forte - provavelmente apenas por sua Pokémon possuía pernas pequenas e não pular ou correr tão bem -, o treinador foi incapaz de evitar levar as mãos à barriga, inclinar o corpo e começar a resmungar em baixo tom.

A reação imediata de Anna ao ver o loiro ser acertado foi a de sofrer um susto. Ela já havia ficado nervosa devido à "discussão" entre o rapaz e a Pokémon, porém aquilo foi o estopim e a fez intervir de seu próprio jeito: Acreditando que Aron era perigosa para ela e seu guardião, a criança clamou pela única Pokémon que possuía e a soltou em campo.


- A-aajuda! - Ela berrou, enquanto sua Pokémon - que mal sabia o que estava acontecendo - sentiu que a raíz do problema era Aron, afinal tudo o que a Growlithe pôde deduzir foi que um dos humanos com o qual ela convivia havia sido atacado. Sem esperar por ordens da garota, a cadela saltou na direção de Aron e tentou deter a Pokémon, enquanto Gabriel recuperou-se e, ao ver a cena, voltou a se envolver com a confusão.

- Pare! Pare agora Growlithe! - Acompanhando suas palavras, o treinador tentou correr até as duas Pokémon, torcendo que Growlithe não tentasse atacar Aron e apenas piorar a situação ao gerar uma batalha desnecessária. Caso falhasse em deter as duas Pokémon, sua única opção seria a de acertar Aron com o raio de sua Pokéball antes que ela sofresse muitos danos.

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OFF :


Fofinha fora liberada de sua Pokéball para deter a furiosa Aron. Há tempos a cadela não respirava o ar puro da liberdade, mas ela não teve tempo de se deleitar e logo partiu para cima da pequena metálica, barrando sua passagem pela porta que dava acesso ao Centro. Aron se embraveceu ainda mais com a afronta e investiu contra o corpo daquela Fire-Type com uma das suas técnicas, mas antes que o confronto pudesse adquirir proporções maiores, Paiva recolheu a cabeça dura com a sua cápsula de armazenamento.

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obrigado koi!

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Off: EU NÃO SEI O QUE FAZER, HELP.
SE O GABRIEL SABE SKULL BASH, SERÁ QUE ELE PODE BATALHAR NA COPA? SERÁ QUE ELE POSSUI TIPOS E UMA EVOLUÇÃO?



Por sorte, o problema maior foi evitado quando Gabriel obteve sucesso em retornar Aron para sua cápsula, contudo o loiro estava aflito: Tentar falar com Aron obteve o efeito contrário do desejado, uma vez que tudo que ele conseguiu fazer foi iniciar uma série de eventos que pôs todos ali em perigo e dificultou ainda mais a delicada relação entre ele e a metálico. Anna, pelo menos, se acalmou mais facilmente ao abraçar Growlithe e ver que a Pokémon estava bem - apesar de ter recebido um golpe de Aron.

- Eu... - Engoliu em seco as palavras que tinha a dizer. Ninguém o ouviria ali e mesmo que Anna o escutasse, ela não entenderia o que se passava em sua mente. Estava sozinho, para variar, e por isso levou as mãos ao rosto, tentando esconder seu nervosismo. A criança que estava por perto, felizmente, não percebeu os gestos do loiro. Depois de alguns segundos, ele relaxou os braços e olhou para o céu... não sabia mais o que fazer.

Sem ter noção do que precisava ser feito para resolver o problema com Aron, o jovem olhou momentaneamente para Anna e Growlithe e então retornou ao Centro Pokémon com o intuito de modificar sua equipe. Seu nervosismo foi percebido por quem quer que estava no Centro, porém o rapaz se limitou a seguir até a máquina do Storage e depositou Raichu e o Gligar de Winnie para retirar Gallade e Mawile. Considerou trocar Aron por outro Pokémon, mas acabou por evitar até mesmo segurar a cápsula da Pokémon.


- Droga! - Resmungou, em baixo tom de voz, mas seu gesto - um murro na mesa do computador - chamou mais atenção do que era desejado. Gabriel então apoiou a cabeça na mesa e segurou a cabeça com as mãos... estava muito irritado, o bastante para tentar socar a primeira pessoa que tentasse se meter em sua vida.

E então ele sentiu uma pequena mão tocar sua barriga. Levantando a cabeça, ele virou para o lado com o intuito de gritar e berrar para afugentar a pessoa por aquele gesto estranho, porém perdeu a voz assim que viu que a proprietária de tal mão era, na verdade, Anna.


- Ah... - A garota recuou, ao sentir agressividade em Gabriel, e com Growlithe logo atrás dela, segurou o vestido com força e olhou para os olhos de Gabriel. - Dói? Fiz algo? - Inocentemente, a criança perguntou, crente de que havia feito algo de errado ao segui-lo de volta ao Centro Pokémon.

- Não, desculpe, é só que... é, coisas de adulto. - Tentou desviar o problema, com um turbilhão de emoções em sua mente. No final das contas, ele quase socou uma garotinha. - Desculpe, eu estou estressado.

- Com raiva da Pokémon? - A menina perguntou, mas bastou apenas Gabriel olhar para ela nos olhos para que ela obtivesse sua resposta. Sim... ela sabia qual era o problema, mas era apenas uma criança que não tinha como ajudá-lo. Inerte, a menina permaneceu quieta enquanto tentava pensar em algo, mas não conseguiu.

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OFF :


Mais uma troca era feita na equipe de Gabriel, agora o garoto retirava seu Gallade e sua Mawile. Após algumas demonstrações de agressividade, até mesmo com Anna, Gabriel respirou fundo tentando se acalmar. Aquela Pokémon o tirava do sério e por mais que tentasse, ele acabava perdendo o controle e só piorando sua relação com ela.

Anna tentava ficar quieta e deixar que o rapaz se acalmasse, este, por sua vez, tentava desviar sua atenção daqueles pensamentos. Não estava com cabeça mais para treinar, aquelas dias foram bastante puxados e ele precisava sim de relaxar. Estar bem psicologicamente seria crucial para um bom resultando na vindoura Copa.

Então a atenção do garoto foi captada por duas moças que conversavam enquanto saíam daquele estabelecimento hospitalar. Provavelmente vieram buscar seus Pokémons. A conversa delas se referia a algum evento sendo realizado pela Devon Corporation, cuja a sede era na aclamada Rustboro.

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Off: VOU MESMO, MAS TENHO MEDO DA BAIXA DEF DELE SER UM PROBLEMA, MAS VAI VER ISSO MELHORA DEPOIS QUE ELE EVOLUIR.
"coisas de adulto" vai ser a nova desculpa esfarrapada padrão do Gabriel. q



Seu estado psicológico não era o melhor, Gabriel reconhecia isso. Infelizmente, admitir um defeito seu não era o mesmo que conseguir fazer algo a seu respeito, portanto ele se limitou a tentar se acalmar e voltar ao semblante usual que tinha. Não obteve o sucesso ideal, porém conseguiu escutar algumas mulheres comentarem sobre algum evento da Devon: A oportunidade perfeita! Nada melhor para diminuir o stress e esquecer uma dor de cabeça do que conseguir alguma distração.

Sem pensar duas vezes, o loiro se levantou.


- Anna... vamos andar um pouco, tudo bem? - A garota assentiu com a cabeça e um tímido "Tá", para o qual o jovem não deu muita atenção. Após segurar na mão da criança e instruir para Growlithe segui-los, a dupla foi até a enfermeira Joy e a questionou sobre o tal evento, logo após saíram do Centro e buscaram onde quer que fosse a sede da Devon - ou do evento.

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Off :


- Sinto muito, mas não estou sabendo de nenhum evento da Devon Corporation sendo realizado por esses dias. - Informava a enfermeira. - Mas tome esse mapa, com ele vocês poderão chegar até a sede, é o ponto vermelho do mapa. - Sorria.

Com o mapa em mãos o garoto ao lado de Anna se puseram a caminhar pelas ruas daquela cidade. Desta vez, nenhum assalto fora presenciado ou alguma outra situação que necessitasse de intervenção. Depois de algum tempo de caminhada, os jovens se viram diante de uma imponente construção que era a sede daquela rica corporação. Contudo, o que mais chamou a atenção, foi uma espécie de feira que estava sendo realizada alguns metros dali numa bela e grande praça. O fluxo de pessoas era muito, até mesmo para uma metrópole como aquela. Provavelmente alguns produtos da corporação estivessem sendo vendidos com desconto. Estaria o estressado Paiva no clima de ir às compras?

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obrigado koi!

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