Sequence of Consequences!

O homem liberara mais algumas palavras a Lysander, que continuava a observa-lo com uma expressão vazia em sua face. Desta vez o policial dissera que logo mais falaria com Lys e seu grupo, mas que no momento Éclair parecia a única em condições para fazê-lo, e por isso a levaria. E com isso, começou a caminhar, talvez em direção à saída, com Éclair seguindo-o em calma.

O jovem então, ao observar os dois começarem a se afastar, também começou a caminhar, na mesma direção em que os dois. Apressou seus passos para alcançar o policial e a garota, com uma expressão de frustração estampada em sua face. Enquanto caminhava e encarava o chão, Lysander disse enfim. - Pois lhe digo... Minha sanidade esté em moldes perfeitos. - Quando na verdade oque desejava dizer era "Não ouse criticar minha sanidade", mas não o disse para não piorar a situação. - Eu vou. - Continuou dizendo, e ao final, em um sussurro inaudivel para os demais, disse. - Tenho todo o direito de ir até a delegacia e prestar meu depoimento.

Ao ver o homem se virar, e provavelmente com isso também interromper sua caminhada, Lysander também a interrompe, seus olhos encaravam a face do homem, e pela primeira vez vinha a sua mente que este ainda nem havia liberado seu nome para o grupo, mas Lys nem mesmo havia perguntado então logo este pensamento exvaiu-se de sua mente enquanto ele ouvia o homem continuar a lhe dizer sobre oque acontecera na floresta, mas de um modo mais voltado para o emocional de Lysander.

Enquanto estava parado, colocou as mãos em seus bolsos da calça, mãos estas que agora estavam enfaixadas e com algum tipo de pomada abaixo para ajudar no tratamento das mesmas. Seus olhos ainda estavam voltados ao homem, e o encarava com um olhar estranho. - Por que ele não quer que eu vá? Em casos assim é de maior urgência levar aquele que causou o dano, não quem o sofreu... - Refletia em seus pensamentos. Após alguns instantes o rapaz então disse. - Eu lhe garanto. Estou bem... - Continuava a parecer determinado em insistir que estava em ótima condição. - É justamente por tudo isso que quero ir. Preciso ir... Buscar remissão... Esquecer este sentimento de uma vez.

Lysander ficou paralisado após ouvir oque aqueles enfermeiros diziam ao passar por ele. Seus olhos saltitavam, já não poderia mais sentir seu corpo... Oque estava acontecendo com Karina e os outros? Por que tudo aquilo estava acontecendo? Seus olhos continuavam vidrados no corredor à frente, até que o homem disse algumas palavras, e neste instante, sem pensar exatamente no que fazer, com seus olhos mareados, virou-se e começou a correr... Apenas começou.

Após dar apenas 7 passos na direção contraria a qual Éclair e o policial caminhavam, Lysander virou-se, encarou Éclair e também o homem, um olhar de preocupação e ao mesmo tempo dúvida... Até que finalmente disse, com sua face voltada à garota. - Eu te encontrarei... - Depois, virou-se ao homem, com um olhar estranho. - Seu nome... Diga seu nome! - Seu tom de voz parecia tremulo e apressado, um tanto nervoso. As dúvidas permeiavam a mente de Lysander, precisava de um nome... Certificar-se de que ele era um policial quando chegasse à delegacia, ou então, caso a pior das hipoteses ocorresse, ter alguém a quem procurar.

Uma vez que o homem dissesse seu nome, o jovem voltaria a correr pelo corredor, em busca da sala em que Karina estava. Seja lá quem estivesse por trás de tudo isso, pagaria caro... Não seria como o caçador, não mais... Iria ve-lo sangrar até sua ultima gota e o brilho de seus olhos extinguir...

Off: Não achei sensato narrar alguma coisa diferente disso. Para Lys sua "família" vem em primeiro lugar.

Após ouvir o nome do policial, que agora se revelara como Yusuke, Lysander voltava a correr pelos corredores do hospital, seguindo o caminho que lhe guiava até o quarto de Karina. Uma vez no quarto onde a garota havia sido internada, Lys se deparou com seus amigos usando nebulizadores e um dos enfermeiros lhe explica o motivo. Enquanto já começava a caminhar até a janela, perguntava ao enfermeiro. - Eles vão ficar bem, certo?

Ao final de sua frase, continuou a caminhar na direção da janela, e alí esticou seu pescoço para fora, com a esperança de encontrar quem teria feito aquilo com seus amigos... O causador ainda poderia ser visto pela janela? E Éclair, ela também ainda poderia ser vista?

Assim que a pergunta de Lysander foi feita, um dos enfermeiros respondeu-lhe, dizendo que sim, apenas teriam de usar o aparelho por mais algum tempo, e ao vasculhar a janela, não podia enxergar nada de anormal, apenas pessoas passando de um lado para o outro. Então voltou-se ao enfermeiro, e com uma expressão de preocupação disse enfim. - Cuide deles... Por favor... - E assim, começou a correr pela sala, saindo pela porta usando seu batente para apoiar a mão e girar seu corpo, voltando a correr na direção da saída.

Por que corria, Lysander não sabia ao certo. Apenas tinha que correr. Quando do lado de fora, olhou para os lados, e num rápido movimento Lysander liberou seus dois canídeos, Minerva e Hades. Os dois surgiram em meio à calçada, ambos com seus corpos cobertos por pelos enegrecidos ou em tom cinzento, tendo um deles seu corpo coberto por algumas placas ósseas enquanto o outro portava um par de óculos escuros em frente à sua face, apoiado sobre o fucinho. - Pessoal... Por favor, conseguem farejar Éclair? - Lysander temia que a garota não tivesse sido levada à delegacia, mas caso não encontrasse sinal algum da garota, este seria o primeiro lugar a procurar, e também obter respostas, se o homem era realmente um policial.