Sequence of Consequences!

Com o treino encerrado, Lysander retornava todos seus pokémons, exceto Carvanha, de quem Lys se aproximou no final, e com um fino sorriso, então, disse. - Então, de agora em diante será Éris. Nos veremos em breve, minha pequena Discórdia. - E sendo assim, também retornou a pequena para sua esfera, onde poderia ter seu merecido descanso, assim como todos os demais que se esforçaram naquele treino.

Com todos os pokémons retornados, Lysander ficava apenas na companhia de Éclair, sua meditite que continuava com seus braços envoltos no ovo de Lysander, o ovo que em algum momento mostraria-se como Scraggy, o mais novo integrante do grupo. Com um ultimo fino sorriso liberado à Éclair, com o intuito de cortar pelo menos um pouco sua tristesa, ele disse enfim. - Então... Há algum lugar em especial que gostaria de visitar antes de voltarmos ao hospital? - Qual seria a resposta da garota? Para onde iriam em seguida?

Éclair não parecia ter nenhum outro lugar em mente para visitar, sendo assim, logo começaram sua caminhada a caminho do Hospital. A caminhada foi silenciosa, e o rapaz até mesmo reparou na posição da garota, com mãos diante da virilha, pensou em dizer para a garota não se preocupar, mas, desta vez, optou por deixar a garota se expressar da forma que quisesse, afinal, ainda é muito cedo para pedir que esta se recuperasse completamente, mas, também acreditava que ela conseguiria recompor-se, à seu tempo, mas conseguiria.

Finalmente chegaram ao hospital, e lá, se depararam com o grupo, e Lysander agradeceu em silencio que nada mais havia lhes acontecido depois do golpe de Spores que os três presentes no quarto sofreram mais cedo. Lysander aproximou-se da cama onde Karina agora estava sentada, suas costas escoradas na cabeceira, e com voz um tanto tranquila, disse. - Olá novamente, pessoal. Peço perdão... Quando soube que foram atacados, vim correndo para cá mas o enfermeiro disse que já não estavam mais em perigo... Então aproveitei este tempo para pegar Carvanha no Centro... - Lys ignorava, simplesmente por não achar que convinha ao grupo saber, a parte da história que se passou no galpão onde Yusuke acabara por morrer. - Alias, como estão? Como vai a perna, Karina?

Lysander encarava o grupo, seus olhos percorriam as faces de todos ali presentes, parecia tranquilo, ou pelo menos era esta a imagem que gostaria de passar, que nada demais havia ocorrido enquanto, não lhes preocupar, manter tudo oculto. Isso é, até o momento em que Pia, sentada em um espaço vazio, no colchão, deixado por Karina, disse que um homem viera ali, perguntando por ele. Lysander neste instante desviou seu olhar para Éclair, que parecia tão confusa quanto o rapaz. Então, virou-se de volta para Pia, e calou-se, esperando que a garota continuasse a sua fala... Oque não aconteceu.

Karina passou à frente da garota e disse, com um olhar repreensivo para a jovem de cabelos róseos. - É! Um homem chegou aqui, perguntando por você e esta louca começou a falar sem parar. Eu pedi o nome dele, mas não me respondeu, e quando o pressionei, ele simplesmente se levantou e foi embora, dizendo que já havia escutado o suficiente. - Suas mãos estava postas sobre a perna, a que estava ferida, e desviando seu olhar ao rapaz, continuou, agora com o tom de voz um pouco mais tranquilo. - E sobre a perna, está bem... Obrigada por perguntar.

Lysander acenou positivamente, mas seus olhos estavam presos em Pia uma expressão de confusão em sua face, oque a garota achou engraçado e a fez sorrir. Lysander então diz, com a voz tremula, porém ainda tentando passar tranquilidade. - E então? Oque ele queria? Por que procurava por mim? - A cada palavra aproximava-se mais da cama, e consequentemente de Pia, que logo começou a mover seus lábios, liberando assim algumas palavras ao jovem:

- O peixinho queria saber se você era bondoso, coisas assim, sabe? - Lysander sentou-se em outro espaço vazio na cama, oque deixou-a cada vez mais apertada, seus olhos voltaram-se rapidamente para Éclair, mas logo voltaram a encarar Pia, e a indagou outra vez mais, com um tom de voz ainda mais tremulo, mas tentando ser compassível. - E oque exatamente respondeu a ele, Pia? - A garota ajeitou-se melhor na cama, seus belos fios de cabelo sendo jogados para a frente a frente, caindo sobre os ombros e delineando seus seios. - Hum... Eu disse que você é um peixinho muito legal, que sempre tenta nos ajudar, como noite passada com o Alex. E ele também perguntou como nos conhecemos, disse que foi quando começou a chuvar, que fomos para a casa de Eros e depois teve a história do Leny, que desmaiou e tivemos de leva-lo até o bar do Júlio. E que era uma pena não se dar bem com seu pai.

- Se eu sou uma boa pessoa? Por que perguntariam por isso? Não confiaram na palavra de Éclair sobre não ter ajudado Yusuke? - Pensava o rapaz consigo mesmo assim que a garota interrompia sua fala, seus olhos encaravam o vazio, fazendo tudo ao redor tornar-se nebuloso, mas logo concentrou-se na garota e disse enfim... - Bem... Acho que não disse nada demais... - Então voltou-se para Éclair, como se as próximas palavras fossem para ela. - Não, é? - mas logo voltou a encarar Pia, dizendo. - E como sabe que este homem é da mesma "espécie" que Éclair?

- Ah! Ele usava esta mesma roupa, mas azul. Era alto, forte e tinha estas pulseiras, iguais a de Éclair... Alias... Por que não estão fazendo aquele som engraçado? - Continuou inocentemente a garota com um fino sorriso em sua face. Lysander notando o escorregão de Pia, tocando em um assunto que não devia, pegou o caderninho que estava nas mãos de Alex. Alex já tentava a algum tempo mostrar o caderninho para Karina, que não o notara., quanto Lysander o pegou e começou a ler em voz alta. - Fale sobre "nós"... Oque tem vocês? - Lysander encarou os dois.

Karina voltou a sua face para Alex, com suas bochechas levemente coradas. - Oque tem nós? - As bochechas, e até mesmo as orelhas, de Alex eram tomadas por um tom rubro, muito intenso, começou agitar as mãos para pegar o caderninho, que Lysander devolveu com um olhar confuso, dizendo. - Não entendi... Vocês estão... - Karina então moveu rapidamente sua mão até a cabeça de Lysander, estapeando-a logo atrás, ainda em silencio. Lysander logo recebeu o novo caderninho, e enquanto isso, Pia quase rolava no chão, rindo da cara dos dois. Novamente com a posse do caderno, Lys voltou a ler. - Não! Não! O homem falando "nós".

Karina então, liberou um forte suspiro e com seu olhar aliviado, disse. - Ah! Esse nós! Sim! Ele ficou com uma história muito estranha, ficava falando em "nós", tipo... Nós precisamos saber, invez de Eu preciso saber. - Por ultimo, Lysander voltou sua face para Éclair, esperando que a jovem lhe passasse alguma informação, sobre quem poderia ser este misterioso homem que por ele procurava.

Off: O.K, então. Kkkkkkkkkkkk

Lysander encarava o vazio após todas aquelas informações, apenas pensando no que poderiam querer ao saber sobre a sua índole, mas teve sua atenção voltada a Éclair quando esta, com um gesto, chamou Lysander para fora, e para lá começou a se mover. Lysander encarou a porta por onde a garota saíra e logo se levantou, encarando o grupo mais uma vez enquanto dizia com a voz tremula. - Já volto... - Eles acenaram positivamente com sua cabeça, e, assim, Lys começou a caminhar em direção a porta, retirando do âmbito em questão.

Uma vez lá fora, Lys observou a garota recostada na parede branca, caminhou até a mesma e fez o mesmo, recostando-se ao lado desta enquanto a escutava falar. - Mas... Oque um Arauto faz? - Um arauto costuma ser um oficial, uma espécie de mensageiro, mas Lys desconhecia tal termo, então perguntou a garota com sua voz tremula. Mas logo era interrompido... O som dos tilintares ecoavam novamente em sua cabeça, como os de Éclair outrora também produzira. Logo, um homem se aproximava, a descrição batia com a de Pia, e dizia que precisava conversar com Éclair.

Seus olhos presos na figura que se aproximava pelo corredor, seu corpo imóvel, ao lado de Éclair, suas mãos tremiam, até que finalmente encarou Éclair. Permanecia silencioso. O homem não se referira a momento algum sobre Lysander, mas ainda assim, o rapaz virou-se uma ultima vez ao homem, e com a coragem que lhe restara, e sua voz tremula, disse. - Os doze já a perdoaram... Oque mais vocês teriam para dizer? - Seus olhos em seguida se focaram no chão. Não estava tão disposto a enfrentar a ira dos doze caso outro incidente parecid com o do galpão ocorresse, mas também não se retirou do local.

Lysander notava o gesto de Éclair para que se acalmasse, e logo em seguida observou-a enquanto se afastava, se aproximando do homem, com quem parecia já ter alguma intimidade oque fez Lysander sentir alguma estranheza diante daquilo. Teria a garota alguma história com o homem? Bem, seja lá quem fosse, o rapaz parecia um pouco chateado por ter sido ignorado pelo rapaz, que Éclair disse ser um dos Arautos dos doze.

Após alguns instantes de conversa, Éclair retornou, Lysander já não estava mais encostado na parede, sim de frente a ela enquanto a escutava dizer algumas palavras. Logo na primeira palavra dita pela garota, Lys pareceu muito surpreso, como se em momento algum esperava aquelas palavras, mas continou a ouvi-la, com sua visão presa na face de Éclair, e ao final da frase, disse, uma expressão vazia em sua face, mas em sua voz, parecia tremulo, mas nem mesmo o rapaz sabia o por que. - Ele te pediu em casamento? É... Isso é inesperado...

As seguintes palavras, lhe parecia um pouco sofrida, mas continuou. - Bem, talvez não para você, já que se conhecem a muito tempo. Mas... Você foi exilada de Aztlan... Como poderiam manter-se por lá com esta condição? Ele teria de largar o cargo, não? Se ele estiver disposto, a deixar tudo para trás... Por você... E se você sentir algo por ele... Imagino que não haveria outra resposta, não é? - Por ultimo, liberava um fino sorriso em sua face, enquanto esperava alguma resposta da garota.