「Timmy's Rockabye」 Route 124

E diante ao sorriso e ao cauteloso avançar do garoto, a face esbranquiçada do pequenino fora tomada também por um simples sorriso, que logo se tornara uma risada infantil, ao passo que ele saltava para trás e mantinha a mesma distância de outrora entre ambos. Assim, Timothy tinha a liberdade para apontar a enciclopédia eletrônica na direção da criatura vela e colher suas informações.

Litwick

Litwick, o Pokémon vela, tem uma chama púrpura em sua cabeça. Litwick pode sugar a energia da vida usando a luz em sua cabeça, que por sua vez é alimentado por energia vital. Tal criatura finge orientar as pessoas através de passagens escuras com o iluminar de sua chama, enquanto que está, na verdade, sugando sua energia vital com a sua luz e levando-os para o mundo fantasma. A chama cresce quanto mais energia ele suga.

Enquanto que aquele objeto transmitia suas informações para o jovem, a pequena vela colocara-se a saltar apressadamente em direção ao corredor onde o treinador misteriosamente surgiu, seguindo em direção a uma das portas, justamente a única do lado direito, e parando em frente a ela. Então, olhara para o garoto com um sorriso na face e repetira o seu bordão enquanto acenava com seus braços. Após isso, saltara em direção à porta, dando a entender que fosse bater contra ela, porém, misteriosamente, ele simplesmente a atravessava como se seu corpo não fosse tangível.

Tendo consigo informações sobre aquela criatura,o garoto o seguiria?

Tendo percebido que o pequeno sempre o contornava, não o deixando se aproximar muito de si, algo que poderia remeter até mesmo a um jogo, o jovem Timothy decidiu segui-lo em meio as suas peripécias, dirigindo-se a porta e abrindo-a com um barulhento ranger. Assim, a primeira coisa que pudera notar ao adentrar daquele recinto fora a intensificação de cheiro de mofo e poeira, seguida da chama do pequenino branco a brincar com um carrinho no centro daquele quarto.

E através da luz que a criatura produzia, o garoto pode perceber que estava em um pequeno quatro de brinquedos, já que havia alguns espalhados pelo chão e um baú embaixo de uma janela fechada e coberta por poeira, mas que não deixava de exibir que estava escuro lá fora, indicando a noite. Sobre o chão coberto de poeira, havia um tapete colorido, enquanto que em uma das paredes repousava uma velha e desgastada fotografia, onde nela um garoto moreno, alvo e de roupas finas segurava em seus braços um Litwick bastante semelhante ao que estava a brincar, porém, o da fotografia, estava usando um colar negro com um pequeno pingente dourado em formato de meia lua em seu pescoço.

Então, de repente, o pequenino repetira outro “Bu” e passara a saltar em direção ao rapaz, lhe oferecendo o carrinho com que brincava e logo retornando para pegar outro para si.

Talvez até como fosse realmente de se esperar, o garoto, perante a fotografia da pequena vela junto de outro menino, sentira-se um pouco mal pelo fato daquela criatura talvez estar ali sozinha há anos em decorrência do estado que a casa apresentava. Assim, com o carrinho em mãos, sentara-se ao lado do esbranquiçado para brincar com o carrinho, fazendo-o abrir um sorriso e passar a movimentar o velho carrinho que segurava avidamente pelo tapete, dando a entender que um pouco de felicidade surgia naquele local trágico. Entretanto, talvez em decorrência a curiosidade, a pergunta sobre onde estava o garoto da fotografia fora feita, trazendo maus ânimos para aquele quarto.

Ao ouvir tal pergunta, o pequeno parara de brincar, produzindo uma feição tristonha em sua face e lentamente baixando os olhos, deixando claro que tal pergunta o havia incomodado e o deixava infeliz. Então, sem mais nem menos, ele lançara o carrinho para a direita, que bateu contra a parede produzindo um barulho alarmante em meio ao silêncio do local, obviamente se sentindo frustrado. Olhou para Timothy, e, um pouco relutante, apontou para o menino da fotografia, levando os braçinhos logo após próximo à chama de sua cabeça e passando a fazer gestos de como se fosse apaga-la.

Instantes após, ele passara a saltar em direção ao carrinho, pegando-o com cuidado e retornando a brincar, mas, dessa vez, de forma bastante desanimada.

O fato era que o garoto não podia compreender o que o fantasminha dizia através de seus sons, mas e quanto aos gestos? Entenderia?

A partir dos gestos expressados pela pequenina vela, o garoto podia deduzir o que havia acontecido com o menino da foto, supondo que talvez essa criança tivesse sofrido um acidente de carro e morrido nesse processo, mas será que estaria certo quanto essa história? Bem, era difícil saber dado o fato do Litwick não ter podido expressar o que havia acontecido com ele através de palavras. Assim, sentindo-se mal por tal história, Timmy aproximava-se da vela, tocando-lhe no ombro e emendando algumas perguntas a isso.

De imediato ao toque do jovem, Litwick recuara através de um salto, talvez por te sido pego de surpresa por tal afeição daquele garoto, passando a escutar o que ele tinha a dizer. Em reação a primeira pergunta, a criatura apenas dera de ombros de forma desanimada e voltara a conduzir o carrinho de um lado para o outro, formando um pequeno arco a sua frente. Quanto à segunda, não deixara de levantar os olhos, fixando-os sobre Timothy e dando um pequeno sorriso, para então levantar o carrinho que estava em sua pequenina mão em direção a ele, como se fizesse uma referência para que voltassem a brincar com os carrinhos.

O que faria agora?

Demonstrando se sentir mais confortável ao tornar a animar o pequeno, mesmo que fosse em pequena escala se em relação ao inicio, o garoto, agora, dava a entender que queria realmente deter a companhia da velinha consigo, assim como o contrário. Dessa maneira, perguntava ao pequeno se não haveria outra coisa com a qual gostava de brincar.

Nesse instante, o pequenino parara de brincar e levara a mão esbranquiçada a abaixo da boca, produzindo uma feição pensativa em sua face, como se estivesse a tentar recordar-se de algo. Então, animando-se rapidamente, começara a saltar em direção ao baú, fechando sua tampa logo após e saltando em cima. Assim, o fantasminha começava a apontar para o vidro empoeirado da janela com um sorriso na face, como se quisesse demonstrar que havia algo lá fora, mas que devido a escuridão da noite não seria possível se enxergar.

Dessa maneira, com uma face animada começara a saltar para fora daquele quarto, não deixando de acenar para que o garoto o seguisse pelo corredor, indo apressadamente em direção à passagem escura da esquerda e alcançando um pequeno salão, que pela pouca visibilidade que o jovem detinha através da luz da vela, poderia notar apenas duas escadas em lados opostos do recinto que juntavam no alto formando uma passarela e na direção oposta uma porta dupla fechada. Assim, sem demora, o pequenino, após acenar mais uma vez para que Timothy o seguisse, atravessou a porta, ficando oculto.

Caso o jovem tocasse na maçaneta da porta, poderia perceber que ela estava arrombada, abrindo-se com facilidade e revelando um jardim, o qual estava repleto de mato e flores selvagens, em uma noite obscura. Mais além, a direita e em meio ao mato, a vela se encontrava sentada sobre um balanço com um sorriso divertido na face.

Ainda, se o garoto quisesse saber o que havia além daquela propriedade, poderia notar que tal casa era cercada por um muro de grades negras e que se encontravam em um local totalmente isolado, já que além das grades se via uma floresta.