Pokémon Mythology RPG
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#02 - O Real Início da Jornada

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#02
O Real Início da Jornada.

Estava um silêncio dentro daquela mata, o que me deixava talvez numa certa vantagem, o mato emitia barulhos enquanto eu andava, então qualquer pokémon que se movimentasse também emitiria sons. E foram esses sons que eu comecei a ouvir, era um pokémon, com toda certeza era um pokémon. Um sorriso de ponta a ponta apareceu em meu rosto. —Shino, esse deve ser o pokémon que viemos procurar, temos que ir atrás dele! — Shino por sua vez, não estava muito animado para batalhas, mas também parecia curioso para saber que espécie de pokémon era aquela, já que seu nariz não parava quieto. O pokémon está num caminho um pouco afastado da rota, mas tudo bem, sei que vamos conseguir chegar em segurança em Oldale Town, mas essa pode ser uma oportunidade única, então preciso aproveitar. — Vamos até ele Shino, se você conseguir se sair bem, prometo te dar algo bom para comer.

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Ao perceber que Shino não estava de tão boa vontade para procurar o pokémon, Gregorio tentou convencer o mesmo com comida. A estratégia de certa forma deu certo, mas o Swinub também queria tomar conhecimento de quem estava por perto. Não foi necessário muito tempo de caminhada para que aparecesse a criaturinha em questão.

Era uma pequena larva com corpo de coloração entre o rosa e vermelho e com enormes olhos amarelos. Mesmo com Shino e Pizzicato por perto, ele parecia indiferente e continuava com sua caminhada tranquiliamente, movendo-se entre os arbustos e encontrando seu caminho pela floresta.


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Pizzicato até poderia ter a iniciativa de batalhar com aquele bichinho, mas acabou sendo interrompido ao ouvir um som de passos pesados vindo em sua direção. Porém, dessa vez não era um pokémon: era uma humana! Uma jovem de longos cabelos loiros e um pouco mais nova que o treinador surgia em seu campo de visão, correndo e gritando desesperada. Tal ato fez com que a tranquilidade do Wumrple desaparecesse e ele começasse a correr.

- WURMPLE! VOLTA AQUI! EU SÓ QUERO CAPTURAR VOCÊ!

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#02
O Real Início da Jornada.
O barulho se tornava cada vez mais frequente e próximo conforme eu me aproximava, logo um pequeno bichinho numa cor vermelha surgiu de dentro dos matos, ele era parecido com uma larva, mas ao contrário das larvas, ele tinha uma aparência bem fofinha. — Aí está o próximo pokémon que vamos capturar. Shino, se prepare. — Shino saltou de meus braços, esperando a ordem para atacar. O inseto corria em nossa direção. “Ele está vindo muito rápido, deve estar se preparando para usar algum ataque estilo Tackle, preciso atacar antes!”, pensei. . — Shino, ataque com ... — Nessa hora, o pokémon apenas passou reto, ignorando tudo e todos ao seu redor. — Que? Você não vai fugir assim! — A larvinha se virou e olhava atenta para nós, finalmente nos dando a devida atenção que merecíamos. — Shino, use o Tackle! — Vários passos e uma respiração ofegante podiam ser ouvidos vindo da mesma direção que o pokémon veio, dessa vez era uma menina loira, ela era mais baixa do que eu, me lembrava um pouco a minha irmã. Quando aquela larva a viu, apenas se virou e voltou a correr, fazendo Shino errar o ataque. — WURMPLE! VOLTA AQUI! EU SÓ QUERO CAPTURAR VOCÊ! — A menina berrava enquanto corria atrás do pokémon. — Ei, você atrapalhou minha batalha. Eu é que vou capturar esse pokémon! — Recolhi Shino em meus braços e corri atrás daquela menina. — Quem é você? Se quer tanto capturar aquele pokémon, por que você não parece ter nenhum outro pokémon com você? — Gritava enquanto corria atrás da menina e ela por sua vez corria atrás do pokémon.

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Logo que a garota apareceu e botou Wurmple para correr, o cenário acabou ficando parecido com uma cena de desenho animado. Ela ignorou completamente a presença do garoto de Sinnoh ali e continuou correndo atrás do pequeno inseto. Pizzicato fez o mesmo, dando a impressão que Wurmple era um rato, a garota era um gato e o treinador era um cachorro.

A correria continuou por uma boa parte da rota, até que o "rato" acabou encontrando um buraco para se esconder. O pequeno Wurmple achou uma árvore com o um buraco no casco e logo entrou ali. A garota não percebeu isso a tempo e não conseguiu parar sua corrida, dando de cara no tronco da árvore. O mesmo aconteceu com Gregoriano, que acabou esbarrando também, prensando a garotinha ainda mais contra o tronco.

Obviamente os dois acabaram caindo no chão logo em seguida. Rápida como um raio, a jovem rapidamente se levantou como se já tivesse se esquecido de todas as dores e deu um tapa na cabeça do rapaz, brigando com ele:


- Olha só o que você fez, seu bocó! Eu acabei perdendo o meu Wurmple por SUA causa!

Seria verídica aquela acusação? Valeria a pena comprar briga com aquela garota que ele nem conhecia?

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O Real Início da Jornada.
— Olha só o que você fez, seu bocó! Eu acabei perdendo o meu Wurmple por SUA causa! — Berrou, depois de me dar um tapa, ela era um pouquinho irritante. — O que?! Eu estava batalhando com ele primeiro! Você que veio igual uma maluca espantando o pokémon que eu ia capturar! E nessa confusão toda, ainda me fez derrubar o Shino. — Peguei Shino do chão e coloquei novamente em meus braços, acariciando-o. —Aliás, quem é você?? — Disse, analisando o buraco que o pokémon tinha entrado.

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Como já era de se esperar, aquela situação acabou se transformando em uma briga. Pizzicato não deixou que a jovem o agredisse gratuitamente e logo começou a se defender, além de colocar em cheque a credibilidade daquela garota. Ela então riu dos argumentos dele e então retrucou:

- Eu estou procurando esse Wurmple há SEMANAS porque estou desconfiada que de que ele tem algo de diferente do comum! Por que você acha que ele consegue fugir com tanta facilidade? - Argumentou a garota, logo assumindo um tom de deboche. - Enquanto isso, eu aposto que você começou sua jornada faz uns 15 minutos e já se acha o rei do pedaço.

Ela então fez sinal para que o garoto e seu Swinub se afastassem do buraco e seguissem ela. Seria uma boa ideia? Antes que ele questionasse aquilo, ela logo explicou:

- Ele não vai sair daí enquanto ficarmos aqui. Enquanto isso, eu posso lhe dar a honra de saber meu nome: sou Lilian Arabella, coordenadora nascida na região de Johto!

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— Coordenadora? — Ri um pouco da forma que ela se gabava — Eu também sou um coordenador e garanto que sou um coordenador melhor que você! — Disse, enquanto me afastava do buraco, não poderia perder para alguém como ela. — Mas... já que você se apresentou, é... meu nome é Gregory, pode me chamar de Greg. Eu também não sou de Hoenn, sou de Sinnoh. Esse aqui é meu parceiro, Shino. — Shino cumprimentou a coordenadora com um gentil grunhado. Levantei e comecei a seguir Lilian, que nos levava para um lugar desconhecido. — Por que você não desafia o Wurmple para uma batalha? Ao invés de correr atrás dele igual uma maluca? Ele deve ter medo de você. — Questionei, enquanto aos poucos nos afastávamos do buraco onde o Wurmple estava.

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Obviamente que após um primeiro contato nem tão agradável, a dupla de coordenadores não iria se dar bem magicamente. Pelo menos se entendiam e respeitavam - em partes. A garota contava para ele toda a história de sua caçada para conseguir aquele Wurmple, confirmando que talvez o pequeno inseto tivesse algo que o diferenciasse dos demais.

Mas, de fato, Pizzicato havia levando um ponto relevante: por que a garota não havia chamado nenhum de seus pokémons? A princípio ela pareceu ficar um pouco ofendida com a pergunta. Mas ela logo respirou fundo, acalmou-se um pouco e explicou para o garoto a sua lógica e estilo de vida:


- Eu detesto batalhas pokémon! Sempre que quero treinar minha equipe, eu faço treinos especiais e preparo minhas coreografias de Contest. Além disso, só faço capturas sem induzir pokémons a batalhar. E acredite: sair correndo e gritando atrás de um pokémon já funcionou antes comigo!

A garota então refletiu um pouco e decidiu fazer um desafio para o rapaz. Surgia ali um desafio de fato interessante e que talvez pudesse ajudar o jovem Greg a se desenvolver como treinador:

- Você parece ser do tipo que só consegue fazer capturas na base da porrada, então vou fazer uma aposta com você! Duvido que você não consegue capturar aquele Wurmple sem precisar apelar para um de seus pokémons ou para uma batalha! Se você vencer, o Wurmple será todinho seu!

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#02
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Ela não gostava de batalhas pokémons, isso era meio estranho, já que a segunda fase dos torneios envolvia batalhas, cujo o objetivo é mostrar o apelo do seu pokémon. Mas ela parecia ser muito mais experiente do que eu em torneios, deve pelo menos ter participado de um. No final das contas ela acabou me propondo um desafio, eu deveria tentar capturar o Wurmple sem batalhar contra ele. Eu realmente gosto de desafios, eles me animam e me motivam muito. — Você vai ver, eu e os pokémons somos um só e eu vou conseguir capturar esse Wurmple fácil fácil! — Voltei até o tronco onde o pokémon estava escondido e analisei novamente. Voltei até Lilian e coloquei Shino em seus braços. — Toma, segura ele direitinho enquanto eu capturo aquele Wurmple. — Me abaixei e comecei a chamar pelo pokémon. — Ei, Wurmple, sai daí, somos todos amigos, aqui está seguro. — Ouvi o mesmo barulho que ele fazia enquanto corria, isso quer dizer que ele ainda está lá, mas parece que ele não se sente seguro para sair do buraco. “Hmm... Talvez eu consiga atrair ele com comida.” — Abri minha mochila e tirei o pote com as sobras dos poffins, peguei um pano que havia na minha mochila e forrei o gramado, colocando os poffins em cima do pano. Esperei, esperei e nada. Talvez não fosse suficiente, abri novamente a mochila e retirei uma Oran Berrie, colocando ao lado dos poffins. — Wurmple, por que você não sai um pouco para comer? Aqui é seguro, não precisa ter medo.


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Após aceitar o desafio, Greg deixou Shino com a coordenadora e tentou aproximar-se de Wurmple. Sua ideia era atrair o pequenino com comida. De fato, uma ideia interessante e eficiente. Apenas de botar os puffins próximos, aquilo foi suficiente para fazer a pequena criatura colocar a cabeça pela abertura.

Mas a Oran berry foi a cereja do bolo: o pequenino logo se retirou do tronco de árvore e começou a mordiscar a fruta. Ele ainda estava um pouco desconfiado de toda a situação, então se alimentava olhando de relance para Pizzicato. Parecia desconfiado, de certa forma assustado. O que o jovem podia fazer para resolver aquilo?

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