O deus das probabilidades não havia sorrido para Alberto e sua pomba, deixando-os numa situação desesperadora, a pergunta era: será que Aya aguentará mais um golpe? Nosso protagonista espera que sim.
- Mesmo a sorte nos deixando, continuaremos lutando, para mantermos o nosso progresso, execute dois Roosts com sucesso.
Não é Normal
Última edição por Just Norman em Sex Jul 21 2017, 09:39, editado 1 vez(es)
Ainda cheio de esperança, Alberto ordenava ao seu pokémon que se recuperasse, porém a velocidade do pokémon não o ajudaria nesse quesito. Drampa precisou apenas de mais um ataque para encerrar aquela luta, foi o que aconteceu. Pidove caía nocauteada em campo. O resultado era anunciado.
-Pidove está fora de combate, Grunt vence a batalha.
Os outros grunts ficavam surpresos com o resultado, foram se juntar ao vencedor e pareciam comemorar de seu jeito. Após o fim da batalha, o que Alberto faria?
Mais uma vez, nosso protagonista perdera uma batalha. Parecia até que ele era um profissional nesse negócio todo de perder batalhas. E ainda as classificatórias basicamente. Bem, talvez fosse melhor ser uma decepção já de inicio do que criar alguma expectativa e ela não ser correspondida. Naquele momento ele se perguntava o que fazer, e a única coisa que pensou foi parabenizar o vencedor pela vitória, mesmo nem sabendo o nome dele.
Ele se aproxima do grupo de Grunts e, com todo seu conhecimento acumulado das interações com aquele pessoal com seus movimentos de braço e gíria, tenta passar o seu melhor elogio "jovem":
- Yo, mano, você foi irado, tá ligado? Boa batalha, sem nenhuma falha - ele então se dirige ao grupo - Vocês todos são uma galera maneira, sem brincadeira, me desculpo se alguém se decepcionou com o confronto, eu só não sou tão bom lutando quanto rimando e pronto.
Mesmo sendo um treinador profissional sem compromisso, um pai e um ocasional alcoólatra, Aberto ficava imaginando se ele ainda fosse um jovem rapaz e acabasse sendo confrontado por essa turma. Era capaz que ele ficasse amigo desse pessoal só pelo jeito energético que eles agem. Ou não... Talvez Alberto só esteja vendo nesse grupo de bagunceiros toda a sua idiotice juvenil, todo aquele ar de "sou jovem e posso fazer qualquer coisa", e é isso que o atrai a esse bando provavelmente mal encarado pela população geral.
Ou talvez eu esteja lendo muito dentro de um personagem de 40 anos num fórum de RPG de um jogo sobre capturar criaturas, treinar elas e fazer rinhas... É, eu deveria deixar a história rolar, tudo que ele fez até agora provavelmente foi porque o autor gosta de algum meme ou algo do tipo...
Alberto foi falar com os grunts após a batalha parabenizando e elogiando o vencedor. Por um momento, ele ficou estático, não teve reação igual aos seus companheiros, então ele correu para trás de uma árvore e lá ficou por um tempo, e o modo que ele voltou deixou todos espantados.
Em suas mãos, segurava a roupa que estava vestindo antes, exceto por sua máscara a qual ele fez questão de retirar, todos puderam observar que debaixo daquela máscara havia outra.
-Yo, yo, deixa eu mandar a real bro, essas roupas são pra tu. Pega de presente do Team Skull.
Após rimar e jogar as roupas no quarentão, a diretora da escola surgiu expulsou o grupo para fora aos berros. Só restou Alberto, o que faria a seguir após conseguir seu tão desejado uniforme?
A reação do grupo ao elogio feito por Alberto foi totalmente fora do que ele imaginava que iria acontecer. Ele tinha certeza que seria taxado como um "velho zoado que nem batalhar consegue direito", mas não, pelo visto eles, ou pelo menos aquele que havia o vencido, teve algum tipo de respeito ou pena do quarentão que queria se enturmar, e fez um gesto que muitos jogadores de esportes costumam fazer no fim de uma partida, que seria a troca de camisas ou uniformes. Mas é claro que na vida de nosso protagonista nada é normal, e quando ele foi retirar sua máscara havia outra por baixo, e pelo resto daquela situação ele não podia parar de imaginar quantas máscaras ele tinha por baixo da primeira, ou se elas eram infinitas. A vida de um personagem de comédia é repleta de mistérios. Mas antes que pudesse perguntar pessoalmente porque diabos ele tinha uma segunda máscara por baixo da primeira, ou como ele camuflava tão bem a segunda, a diretora da escola expulsou aquela turma. Hum, talvez eles não fossem tão bem-vindos afinal.
Isso deixou apenas aquele treinador, sozinho, com um novo "set" em suas mãos. O "set" estiloso que tanto desejava obter. Ele não sabia ao certo, mas sentia uma enorme vontade de levantar ele para os céus, e esperar uma breve melodia tocar, festejando pela sua nova aquisição. Mas ele não fez isso, ele saiu logo depois, já que perdeu o torneio e não achava que iria aprender muito mais coisa naquele momento. Ainda em público, Alberto pega sua PokéGear e finge estar falando com alguém, se dirigindo ao seu observador.
- Nossa! Isso que eu chamo de bom espírito esportivo! Como esse pessoal de Alola considera eles uns desordeiros? Eles são até que legais! Se eu não fosse eventualmente deportado desse lugar maravilhoso, eu provavelmente bateria mais uns papos com eles, mesmo que eu tenha que mexer meus braços muito, e fazer frases rimando foi uma das atividades mais difíceis que eu fiz nessa última semana. Bem, tanto faz, vamos voltar pro hotel.
Mas já? Num ponto de vista de progressão, você não fez muito além de perder uma batalha, treinando bem pouco apenas um dos seus pokémons. Vai ver é por isso que você se sente estagnado, já pensou nisso?
- Na minha perspectiva, esse uniforme pra mim é quase a mesma coisa que conseguir um objeto bem raro. Além disso eu vou melhorar minha estética. Ás vezes eu estou andando na rua, e aparecem garotos falando que já viram diversas vezes pessoas usando a mesma roupa que eu, e isso de certa forma me deixa inseguro. 40 anos é também uma boa idade pra se reinventar, é o que dizem por ai...
Parece que você não percebeu um fato importante nessa equação: O uniforme era daquele Grunt, certo? Então é bem pouco provável que ele vá servir em você, ainda mais que você, com todo respeito, não está em sua melhor forma.
- Você está certo nesse ponto, terei que experimentar isso no quarto do hotel, mas na pior das hipóteses ainda seria utilizável a máscara e talvez o que ele usava na cabeça, aliás ele chegou a deixar algum tipo de colar junto? Humpf, tantas perguntas, melhor ir logo ao hotel, lá eu posso ver com mais detalhes esse meu presente de um "irmão de outra mãe".
Será que Alberto conseguiria a renovação de estilo que desejava? Eu duvido muito, mas tanto faz, desde que te faça dormir bem no final do dia, não é mesmo?
O quarentão ficava encantado e surpreso com as coisas que aconteceram em tão pouco tempo, principalmente com a situação da máscara do grunt que parecia ter outras infinitas em seu rosto. Após a fuga dos arruaceiros, o treinador viu-se na situação de retornar ao hotel e dar um retoque no visual, já que ele estava sendo reconhecido como um mero turista.
Bem, o que ele tinha a fazer era experimentar seu novo uniforme, o que fez assim que chegou em seu quarto. Tirou suas roupas e colocou aquelas dadas por seu novo "amigo" sem ao menos se preocupar em desinfetá-la, ma tudo bem, o importante era saber se ficaria parecido com um daqueles jovens. O resultado daquilo? Foi o seguinte:
As roupas, por incrível que pareça, couberam, mas não da melhor maneira, elas ficaram apertadas e incomodavam um pouco, isso forçava Alberto e fazer movimentos estranhos para se mover, logo percebeu que estava andando como os grunts quando os viu pela primeira vez. Pelo menos de algo elas adiantaram, restava a ele decidir se manteria ou não aquelas vestes consigo. Agora, o narrador quer saber, já quer ser chutado da rota ou prefere continuar dando uns rolê?
Uma observação interessante a se tomar é que, ao mesmo tempo que me importei com o realismo da vestimenta daquele rapaz, Alberto ignorou completamente qualquer bom senso como, sei lá, lavar aquela roupa usada, mas essa história não é exatamente conhecida pelo seu realismo e pé no chão. Talvez muito pelo contrário.
Ao testar o uniforme, não era exatamente confortável, mas o jeito que ele se movimentava usando-o era igual á maneira que eles andavam normalmente. Será que eles são criados já com essa intenção? Era o que parecia.
Mas então, senhor personagem, o que achou do uniforme?
- Bem, primeiramente gostaria de dizer que, por hora, ela cheira a juventude, talvez seja melhor por pra lavar na lavanderia do hotel mais tarde, e se eu quero ficar com ele? Claro! Além da estética, posso guardar na minha mochila se eu quiser me disfarçar como um "jovem rebelde", no futuro.
Isso é um disfarce bem específico que eu não faço ideia em que ocasião ele serviria. De alguma forma não paro de imaginar que isso é a sua cara. Nunca imaginei alguém com uma identidade tão definida que ao mesmo tempo gosta tanto de esconder ela.
Bem, de qualquer forma, como você voltou pro quarto do seu hotel, imagino que não planeje continuar vagando pela cidade em busca de confusão. Alguma consideração final antes da rota acabar e todas as suas ações fora dela voltarem a ser fora do cannon da sua aventura?
- Olha, gostaria de agradecer ao ser supremo desenvolvedor dos acontecimentos por seguir a minha ideia idiota e pela recompensa totalmente fora da reta que só alguém tão sem rumo como eu iria atrás. Mas agora preciso terminar tudo com uma piada engraçada, tipo um daqueles seriados antigos - O treinador pensa por alguns segundos e então, uma ideia lhe aparece - Pois então, parece que esse Team Skull é OSSO DURO DE ROER. Hahahahahahahaha...
O quarentão mantém-se rindo da própria piada por mais cinco minutos. Talvez ele tenha enlouquecido de vez. Eventualmente ele percebe que nada havia parado e a imagem não estava escurecendo, muito menos tocava uma musica brega dos anos 80. Meio que decepcionado com a realidade que vivia, ele senta na cama e diz: