Re: 001 - O Vento sobre as Flores

por **Pagliacci** Seg Fev 05 2018, 14:34

O homem irritado bradava como um leão obeso, cada grito era um tiro de canhão em nossa direção, mas não poderíamos deixar de correr. Ele queria ver sangue e a garota seria a que perderia mais com tudo isso. Eu ainda não entendia os motivos dele ou a relação dele com ela, mas torcia para estar fazendo a coisa certa, o que a essa altura parecia ser obviamente fugir. Nossos passos eram quase automáticos, em velocidade total, cada vez mais próximo da mata fechada, onde podíamos nos esconder e despistá-lo. Entretanto, notei que Mey havia ficado para trás em algum momento e observando por cima do ombro, pude ver enquanto ela atacava nosso perseguidor. A Meowth o fizera cair no chão e tentava novamente avançar em minha direção, mas agora ele a segurava pela cauda e isso causava bastante dor em minha Pokémon. Não poderia ficar parado! Parei de correr e segurei o braço da menina, a olhando nos olhos - Estou dando tudo de mim aqui para te ajudar, colega.... Por favor, faça valer a pena. Corra para a mata e procure por ajuda! Não olhe para trás, só corra! - E a soltei, voltando na direção do homem e de Mey, que se debatia no chão, sem olhar para ver se a garota fugia. Apontei a Pokébola de Meo-Mey para ela e a fiz retornar, antes que acabasse realmente ferida pela ira daquele senhor estressado. - Como pode chamar seu Pokémon de inútil? Você não o merece... Pokémon não são inúteis, eles só tem péssimos treinadores... Espero que seu Sandile encontre um futuro melhor do que sendo maltratado desta forma por um perseguidor de garotinhas - E enquanto falava com o homem enlameado, dava passos lentos para trás, já pensando em fugir, assim que ele tentasse se levantar para me alcançar, dando um tempo para a menina finalmente chegar a um local seguro

por **Andros** Ter Fev 06 2018, 12:04

Percebendo que sua pokémon corria perigo, Luch parou de correr, e mandou que a garota fosse sem ele e buscasse ajuda. Ela concordou com a cabeça, enquanto lagrimas começavam a escorrer de seus olhos. Ela se virou rapidamente, e começou a correr sem olhar para trás, indo na direção de Verdanturf. Luch retirou a pokébola de Meo-Mey, e a recolheu, deixando apenas alguns pelos na mão do bandido. Depois de retornar sua pokémon para um local seguro, ele aproveitava o momento para dizer algumas palavras ao homem.

- Eu não te devo satisfação nenhuma. – Disse o homem se levantando, enquanto Luch dava alguns passos para trás. Ele ainda estava nitidamente nervoso, mas bem mais calmo do que antes. - Vamos conversar de homem pra homem aqui... Se você me deixar ficar com a garota, talvez eu deixe você sair vivo daqui. – Ele se limpava e pegava uma pokébola em seu bolso. Rapidamente a apontava para o Sandile que ainda estava desacordado ali próximo, e o retornava. - Essa garota irá me render uma boa recompensa da família dela, e você não irá roubar isso de mim mais uma vez. Você e esse bando de delinquentes do seu grupinho, me fizeram de trouxa uma vez... mas nunca mais vão fazer de novo.

Luch demonstrava bastante coragem em enfrentar aquele homem daquela forma. Mas o homem parecia ter percebido que ele não tinha mais nenhuma carta na manga, e assim começou a avançar novamente em sua direção. Mas dessa vez um pouco menos irritado, e bem consciente dos seus atos.

por **Pagliacci** Ter Fev 06 2018, 12:29

Tentava manter a calma, essa era a minha vantagem contra aquele homem que já não conseguia controlar muito bem suas emoções. Coloquei as mãos nos bolsos e fiquei estático, esperando ele terminar de falar, afinal a essa altura a menina já estaria a salvo em algum lugar da floresta a caminho de Verdanturf e quanto mais tempo esperasse melhor. O perseguidor comentou sobre uma recompensa que a família dela daria, parecia se controlar mais, mas ainda cismava em me ameaçar - Aaah, mas isso muda tudo. Antes eu achava que você era apenas um tarado perseguidor... Mas enfim, não adianta me ameaçar, eu posso correr mais do que você e estamos sem Pokémon para nós defender muito bem. Você jamais vai conseguir algo com esse seu jeito brutal e ameaçador, principalmente com uma garotinha. - Ri, ajeitando meus cabelos, mas sem me sentir coagido pela aproximação dele. - Eu não estou aqui para te roubar, mas sabe... A menina confiou em mim bem rápido, eu poderia conseguir essa recompensa com mais facilidade se você não se metesse e podemos dividir se não me atrapalhar... Você sabe que eu sou capacitado, afinal sou um Filho de Giratina... - Dizia dando toques na tatuagem e tentava entrar em algum acordo com o homem, não que eu pretendesse cumprir essas promessas e ajuda-lo, mas queria entender melhor se a recompensa era algo limpo oferecido para quem salvasse uma garota perdida ou fugitiva ou se a menina havia sido sequestrada para que ele conseguisse um resgate - Vamos, você só tem a ganhar...

por **Andros** Ter Fev 06 2018, 14:04

- Hum. – Ele observava toda a encenação de Luch. Ele parecia meio burro, e rapidamente entrava na dele. - Nisso você tem razão, talvez eu não conseguisse te alcançar se vocês corressem floresta a dentro. Mas se você parou aqui, quer dizer que você está mesmo interessado na recompensa dela. – Ele pareceu mais relaxado, agora que parecia estar entrando em um acordo com Luch. - Então vamos fazer assim... Como eu tive todo o trabalho de capturar a garota, eu vou ficar com a maior parte da recompensa. Se você trouxer ela de volta, deixo 30% pra você. Eu nem precisava estar negociando com você, mas vou te dar essa chance para se redimir. – Ele pegou alguma coisa em seu bolso, parecia ser um pedaço de papel. - Se essa pirralha não tivesse tentado fugir com aquela bolinha rosa de merda, eu já estaria a caminho do local da troca. E daqui a algumas horas eu estaria voando pra Alola, pra relaxar na praia. Nadando em grana... - Ele resmungou e estendeu o pedaço de papel para Luch. - Esse é o local de encontro. Se aceitar a proposta, podemos ir até lá juntos. Mas você terá que pegar a garota primeiro, antes que ela chegue na cidade. Mas não pense que eu sou idiota, se tentar me enganar, eu te esgano.

Mesmo desconfiado, o homem começava a seguir o plano de Luch, aquela tatuagem acabava lhe dando uma certa vantagem ali.

por **Pagliacci** Ter Fev 06 2018, 14:16

Surpreendentemente o homem havia aceitado a minha proposta, mas não poderia confiar de que a palavra dele valeria alguma coisa. Os planos dele envolviam pegar a recompensa e viajar para uma praia paradisíaca de Alola e se dependesse de mim estes planos seriam frustrados, só não sei como ainda... O perseguidor então me ofereceu 30% em troca da ajuda e apesar de arriscado, eu estaria sendo fraco demais se demonstrasse submissão para a primeira oferta - Deve achar que estou de brincadeira, não é mesmo? Pff... 40% é o mínimo que posso aceitar e você precisa de mim agora, entende? - Disse franzindo o cenho e pegando o papel da mão dele, lendo rapidamente o local de encontro - Sei que vai estar me seguindo ou me vigiando de alguma forma, mas confie no que eu disser lá, se for o caso... Não dê as caras ou vai estragar tudo e aí sim, adeus recompensa... - Completei, fechando o acordo. É claro, isso se ele aceitasse minha nova divisão do resgate. Em caso afirmativo para a nova proposta, me afasto do homem e saio correndo em direção da floresta, pelo mesmo caminho que a menina seguiu.

por **Andros** Qua Fev 07 2018, 08:05

Luch era bastante esperto, e continuou sua atuação para poder ficar mais convincente. - 40%? Mas você não fez nada! Só fez eu perder a garota... 35 e não falamos mais nisso. – O homem dizia indignado. Mas Luch não estava com cara de que iria aceitar uma coisa dessas. Ele pegou o papel da mão do homem, e leu o endereço, era um lugar bem próximo dali, a antiga DayCare. O local agora estava abandonado, e era o lugar perfeito para uma troca de reféns.

- Mas não pense que você está no controle. Estarei bem perto de você o tempo todo. E se eu achar que está indo longe demais, você vai ter o que merece. - O homem parecia não saber fazer outra coisa além de ameaçar. Mas o que o jovem faria agora, aceitaria os 35%, ou insistiria nos 40?

por **Pagliacci** Qua Fev 07 2018, 10:44

Aquele cara burro igual uma porta estava irredutível, me oferecendo apenas 5% a mais do que antes. Como se ele soubesse fazer contas tão quebradas envolvendo 35%/65%... Era bom ele saber com quem estava se metendo, abaixar aquela bola para a conclusão dos meus planos saírem como esperado. - Cara! Quem divide um resgate em 35%? Me poupe... Você nunca viu isso na TV? Eles sempre dividem em 40/60 ou 50/50... E aí fica nas suas mãos escolher, porque você está no controle... 40% ou 50%? Só depende de você! - Dizia com certa cautela, depois de ter revirado os olhos e levado a palma da mão até o rosto, em sinal de vergonha por toda aquela discussão inútil. - Se não fosse eu estar perto daquele lago e a menina parar ao meu lado para se esconder na pedra porque EU mandei, ela teria continuado correndo para o outro lado da floresta e nem teria achado ela. Vamos, decida logo para eu poder ir atrás dela! Vou fazer o trabalho mais difícil, não vê? - E se ele finalmente aceitasse, iria atrás da garota, floresta a dentro.

por **Andros** Seg Fev 19 2018, 13:48

Off::

Enquanto os dois perdiam tempo naquela discussão inútil, a garota continuava correndo e se aproximava cada vez mais de Verdanturf. Luch insistia em recusar a contraproposta, e fazia o homem parecer um idiota. Ele se irritava um pouco com aquilo, e dizia sem um pingo de animação: - Ok! Fica com 40% então. Mas vá logo atrás da garota. E não pense em fazer nenhuma gracinha. – Ele deu uma cuspida no chão e continuou. - Você vai convencer ela de voltar para encontrar com os pais dela, e aí você me encontra no local combinado. Não demore!

O homem então saiu correndo na direção oposta à que a garota havia corrido. Luch também correu, mas foi na mesma direção da garota. Não demorou para um sumir da vista do outro, se escondendo por entre as árvores. A garota estava bem cansada, e por ser bastante pequena, não seria difícil para Luch alcança-la. Depois de correr por alguns metros, ele percebeu um rastro no chão, não era uma pegada, mas sim uma grande marca de terra raspada, como se alguém tivesse escorregado ali. A garota devia estar tão desesperada para fugir, que poderia até ter se machucado. Mas pelo menos ele estava seguindo pelo caminho certo.

Mais alguns metros percorridos, e lá estava a garota, bufando sem fôlego enquanto esfregava seus ralados mais recentes nos joelhos. Seu tornozelo parecia inchado, e ela nem conseguia chorar de tão cansada, suas lagrimas apenas escorriam sem parar. Luch se aproximou dela, e ela pareceu um pouco mais aliviada, mas não conseguiu dizer nada.

por **Pagliacci** Ter Fev 20 2018, 17:37

Depois de muita negociação, o tal sequestrador de garotinhas aceitou minha oferta e fomos para lugares completamente opostos. Novamente ele me ameaçou, dizendo para eu não tentar nenhuma gracinha ou estaria enrascado... Bem, enrascado eu certamente estava. Minha melhor aposta era usar o pó paralisante do Buddy sobre o homem, mas o coitado estava desacordado... Lira e Mey teriam dificuldades de lutar com um grandalhão daqueles se fosse necessário e eu mesmo apanharia facilmente. De qualquer forma, precisava achar a garota ou nada daria certo. Ficava pensando se valeria a pena inclusive correr de volta para Verdanturf ou se o homem estaria já no meu encalço... Mas enfim... Não demorou muito para eu encontrar uma trilha com certos escorregões e pisadas fortes em um terreno meio inclinado. No final dela, uma menina ferida e calada, mas aliviada por me ver - Ei colega, finalmente te achei... Consegui deixar aquele cara para trás - Comentei, sentando-me do seu lado. - Que machucado feio... Será que seu Cleffa não conseguiria curar você? Eu tenho uma poção aqui se precisar... Eu uso no seu Pokémon e depois ele pode te curar... Quem sabe ele também não cura meu Budew que está bem mal... - Completei, revirando a bolsa e pegando minha poção, que deixei em mãos - Mas antes, gostaria de saber... Qual seu nome? Onde estão seus pais? Onde você mora? E como acabou com esse cara te perseguindo? Me ajude a ajudar você... - Fiz as perguntas calmamente. Se ela me respondesse e quisesse, usaria a Poção em seu Cleffa, caso o contrário, teria que tentar convencê-la de outro jeito.

OFF:

por **Andros** Qui Fev 22 2018, 10:55

Off:

Luch rapidamente foi até a garota, e começou a conversar com ela. Diante do questionamento de Luch sobre Cleffa usar suas habilidades para cura-los, a garota apenas balançou a cabeça, e pegou a pequena bolinha rosa e a estendeu para o jovem dizendo: - Luci... – E não disse mais nada por causa da dor. Cleffa dormia na tentativa de recuperar suas forças, e assim Luch pegou a Potion que havia em sua mochila, e aplicou na pokémon ferida. Não demorou muito para o remédio fazer efeito, e logo ela abria os olhos procurando por sua humana.

- Cleffa, meu dodói. – A garota disse baixinho. Cleffa rapidamente expeliu uma aura rosada, que contornou o corpo de Luci e começou a curar seus ferimentos. Ela ficou um pouco mais confortável, e começou a contar a história. - A gente tava viajando... eu, papai e mamãe. Aí o homem mau apareceu e me levou embora. Cleffa bateu nele, e saímos correndo, mas ela ficou machucada. – Foi bem reduzida, mas dava pra ter uma ideia do que aconteceu. Ela parava de chorar e finalmente respirava mais aliviada. - Cleffa, ajuda o pokémon dele também. – Ela disse enquanto tentava se levantar.

Os planos de Luch pareciam estar dando certo, agora só faltava recuperar as energias de Budew, que eles poderiam seguir o plano.

-1 Potion

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