Pokémon Mythology RPG
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n.1 Jeepers Creepers

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—  Mu Island.  —

O rapaz dos cabelos esverdeados se mantinha com o comportamento que beirava o de uma pessoa insana, e enquanto isso ocorria, a dupla de Rangers que cuidava do local ainda continuava a observá-lo, suspeitando de suas atitudes e se preparando para agir em defesa das pessoas e funcionários que se encontravam naquele Centro Pokémon.
E, após perceber a forma como a dupla o fitava, o mesmo apenas resolveu se retirar dali, mas não antes de dizer algumas coisas, parecendo desdenhar das pessoas que ali se encontravam, proferindo algumas palavras ásperas e maliciosas em relação aos civis que estavam naquelas instalações médicas da cidade de Mu Island.
Porém, em seguida o mesmo resolvia deixar aquele lugar, e a dupla de Rangers demonstrava relaxar um pouco enquanto o mesmo se dirigia até a saída, percebendo que - provavelmente - não precisariam agir para conter o treinador selvagem. E, conforme ele deixava o recinto, um deles colocava a mão sobre a testa, e os mesmos sorriam entre si, rindo da situação que se passava ali naquele local.

Tch... É cada uma que me aparece... - Comentava o Ranger que havia colocado a mão no rosto, sacudindo a cabeça na horizontal enquanto conversava com seu parceiro. - Cada dia que passa, surge um maluco novo nessa cidade...

Hahahaha... Pelo menos ele não ficou perturbando, Tom. - Dizia o Ranger, rindo da situação e respondendo seu amigo, enquanto observavam o rapaz das íris amareladas deixando o local.

Com isso, Johan deixava o Centro Pokémon de Mu Island, e conforme caminhava pelas ruas da cidade insular, o mesmo podia observar algumas lojas e estabelecimentos locais, mas nada que chamasse muita atenção para seu objetivo principal naquele momento: encontrar mais alguma pessoa para que pudesse realizar uma batalha com seus Pokémons.
Mesmo em sua região mais central, Mu Island não era das cidades mais belas ou ricas. Suas construções eram - predominantemente - mais modestas, e a poluição liberada pelas indústrias locais tornava a paisagem acinzentada e sem vida - tão como era prejudicial à saúde -, o que também fazia com que seus cidadãos fossem mais recolhidos, desanimados e fechados.
Por este motivo, até mesmo nas praças da área mais central, era raro ver treinadores utilizando os campos de batalha, ou crianças brincando no parquinho, já que até mesmo os jardins não tinham tantas cores, possuindo plantas pálidas e ressecadas, e os brinquedos não pareciam tão bem cuidados. Mas, talvez aquele ainda fosse o local mais propício para que o ex-contrabandista buscasse por algum treinador para que pudesse combater.
De qualquer modo, haviam algumas pessoas espalhadas por ali, como um grupo de adolescentes, que conversavam sentados ao redor de uma das mesas da praça - sem demonstrar muita empolgação -, um casal sentado sobre uma toalha quadriculada estendida no gramado amarelado da praça - cada um lendo um livro -, e cerca de dois ou três funcionários do que parecia ser a companhia de limpeza urbana, que recolhiam o lixo e as folhas secas do chão com suas vassouras.
De resto, não havia muito além daquilo por ali. Então, quais seriam as opções do ex-criminoso natural de Vermilluion City para encontrar aquilo que procurava, e saciar seus anseios por mais violência ?

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Off: Oi, oi, gente. ^^ Invadindo aqui. Por que? Cuz I want.

Alias, Hit. Poderia dar o Lucky Egg ao Pancham?


Tranquilo, o jovem herdeiro dos Lestrange caminhava pelas ruas pavimentadas e sem grande movimento, ou vida, da cidade constituída em Mu Island. Seus passos o levavam a qualquer lugar que pretendessem, sua mente, pouco se dando conta das pessoas que por ali passavam, afinal, tinha sua mente a um lugar muito distante dali. Com um sorriso estúpido, o rapaz, que nutria uma personalidade inconstante, tinha seus olhos voltados a uma pequenina caixinha posta à palma de sua mão enquanto com a mão livre tratava de girar uma pequenina e delicada manivela em sua lateral. Tratava-se de uma Caixinha de Música, algo um tanto sem noção para um rapaz já crescido, contudo, naquele momento nada mais parecia lhe incomodar.

Havia recebido a caixinha das mãos de Lorcan ao fim de sua apresentação de Contest. Lorcan, por alguns, inclusive criminosos, chamado de demônio, era por Lysander chamado de Papai. Lorcan Lestrange, que havia orquestrado o sequestro de seu próprio filho, ciente de que seu filho enfim fizera aniversário, decidira por presenteá-lo de alguma forma, não sem antes fazer breves comentários sarcásticos quanto a seu desempenho na competição. O presente que recebera do homem? A caixinha. Não se importava com seu pai, não após tudo o que lhe fizera, mas adorara o presente por que o artigo um dia pertencera a sua mãe... A imagem da bela e jovem mulher de cabelos sedosos e loiros lhe vinha à mente, enquanto a suave música era emitida pela caixinha.

Eis então que, tirando um pouco sua atenção do pequeno artigo, Pancham o pequenino ursinho pendurado a seu ombro, parecia chamar a atenção do jovem. Parecia apontar a diversas direções, como se mostrasse ao rapaz a todas as situações ali presentes, como se sua real intenção com aquilo fosse na verdade fazer o rapaz afastar-se um pouquinho da caixinha de música, a qual, o rapaz, notando sua atitude, fechara o artigo, fazendo com que sua música parasse imediatamente. Sua relação com o pequeno ursinho parecia ser de perfeita sincronia.

Com um sorriso em sua face o rapaz dobrara seus braços e agarrara o ursinho, o trazendo, relutante, para frente a seu corpo. – Ora, rapazinho, o que deseja? – Proferira o jovem enfim, o segurando apenas com um braço contra seu peito, enquanto com a mão livre, despenteava seu topetinho. O rapaz, que ante aos sinais do ursinho, havia fitado a todos que ele acenara, não vira nada demais para que pudesse intervir, apenas um casal a ler, e algumas outras figuras por ali presentes. – Não vou ficar me apresentando a estranhos que provavelmente não desejam isso. – Continuara o rapaz, a dizer aquelas palavras ao ursinho, um tom de voz tranquilo e suave em sua voz. Na verdade, estava a se sentir tão leve que até suas vestes refletiam isto. Eram roupas leves e claras, para suportar o calor intensificado pela nuvem de poluição que pairava pela cidade. Até mesmo uma samba-canção ele estava a usar.

Contudo, ante ao posicionamento do rapaz, o ursinho parecia não ter ficado satisfeito, e então, acenou a uma arvore qualquer, ao qual o rapaz logo entendeu que planejava simplesmente fazer uma pausa por ali, sentar-se e simplesmente observar a movimentação. E fora justamente o que acontecera. Não que a movimentação fosse grande, mas momento ou outro, alguém passava por ali, nem que fossem funcionários públicos entediados. À distância, notava um rapaz de cabelo verde a se aproximar. Lembrou-se por um momento da franja vermelha que costumava usar em sinal de rebeldia, talvez fosse este o mesmo caso. Pobre infeliz.

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Hell Kaiser


Mu Island não parecia tão promissora agora. Não havia mais o que fazer. Johan havia ouvido os Rangers ao sussurros e somente se limitou a dar risadinhas debochadas e continuar com a sua caminhada. Ele não iria perder seu tempo com agentes da lei que não batalham a menos que seja realmente necessário, ou mesmo que não treinam seus Pokémon de maneira apropriada. Pessoas assim não significavam nada para aquele homem, e ele continuava sua caminhada à procura de algo para ser feito.

Chegou, então, a uma praça de Mu Island, que parecia apenas uma área de lazer deturpada e monótona. A cidade era perigosa demais para que as pessoas pudessem ter alguma aproveitação de lazer realmente, e a poluição da ilha fazia com que os passeios não fossem tão agradáveis assim. Os treinadores não pareciam se juntar ali, tampouco, e não havia mais do que um casal sentado em uma toalha passando o seu tempo, apenas continuando com suas vidas monótonas e desinteressantes, sem ambições que realmente fossem prazerosas ou mesmo vontades sanguinárias. Perda de tempo.

Contudo, Johan conseguia ver um rapaz de cabelos pretos ali, com um Pancham. Ele carregava uma caixa de música manual, e foi a música irritante da caixa que fez com que Johan se voltasse para ele. O treinador não gostava muito da melodia da música. Não tinha um contexto interessante, não incitava nada, era apenas um incômodo claro. Mas, logo, o rapaz parou de tocar a caixa e pegou o Pancham nos braços, talvez para conversar com eles. Não havia nada melhor ali a não ser aquele rapaz. Johan não parecia estar com vontade alguma de lutar com aquele homem, na verdade, desejava sair daquela cidade naquele momento, mas talvez o rapaz com o Pancham tivesse algo para oferecer. Não hesitaria em ir até ele.

Ei, você! Fiquei interessado em sua postura. Vim para Mu Island, mas não tem muito o que fazer aqui. Os treinadores não surgem, talvez todos estejam sem vontade alguma de lutar — Diria Johan, aproximando-se do rapaz com um olhar ganancioso e um pequeno sorriso no canto da boca — Eu sou Johan, e você? Teria alguma coisa para oferecer? Algum Pokémon que queira trocar?

Eram perguntas diretas. O treinador selvagem não estava com muita vontade de continuar ali naquela ilha. Sentia que conseguiria ter um aproveitamento em batalhas muito maior em qualquer outro lugar que fosse. Por enquanto era aquilo que estava acontecendo. Talvez esse novo indivíduo pudesse vir a ter algo para oferecer, ou talvez ele só esteja de passagem. Resta sua resposta para saber o que ele deseja.


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Off: Sorry. Estive ocupado com a prova da ordem que fiz ontem. Daí cheguei de lá e tava morto... Kkkkkkkkkk

Enfim, sendo bem conciso, só pro Die já postar a interação, entregando o pokémon e cabou. Perdão pela demora.

Por favor, Hit, poderia só colocar no lugar do poke recebido, o Mightyena na box?

Voar para Slateport.


- Os treinadores não tem vontade de lutar? - Repetia o rapaz, um tanto distraído, sem sequer levantar seu olhar ao jovem a sua frente, sua atenção intencionalmente voltada às orelhinhas do pequeno Pancham, que parecia um tanto agitado ante a presença do rapaz que se apresentava como Johan. - Bem... Não é uma conduta muito comum, mas acredito ter uma razão... - Continuava o rapaz, a refletir consigo mesmo a razão pela qual o jovem não havia conseguido nenhum embate pela região. - Talvez... Não... A considerar este jeito de agir... É certo que a culpa é dele mesmo. - Pensara o rapaz, preferindo manter-se silencioso ante tais pensamentos, afinal, não estava ali para caçar confusões.

Desta forma, com um largo sorriso em sua face e seus olhos finalmente encontrando o do rapaz, levantou-se. Levou Pancham uma vez mais até seu ombro e lhe fez silenciar. - Olha só... Chegar assim... Solicitando uma troca tão direta... Não deves ser um treinador muito... Bom. - Dizia ele, como se estivesse a buscar as palavras corretas, enfim desfazendo seu sorriso e suspirando profundamente. Contudo, mesmo com sua brusca mudança de comportamento, levou sua mão até um dos bolsos de sua bermuda e dali retirou uma pequenina Pokéball, que imediatamente tratou de liberar.

Se tratava de um Tentacool. O pokémon se manteve o mais equilibrado que podia ao fazer uso de seus tentáculos. - Não. Não planejo uma batalha. É este o que tenho de oferecer. - Continuava ele, a fitar o inexpressivo Tentacool. - É um Tentacool, mas acho que já conheça a espécie. Contudo, este está um pouco mais treinado que os demais, ele sabe Giga-Drain e Waterfall. São ótimos golpes. De qualquer forma... Qualquer outro pokémon que puder me oferecer por ele já será mais que o suficiente.

Independente da oferta do rapaz, aceitaria. Receberia das mãos do rapaz, sem muitas outras interações, e dali se afastaria uma vez mais, a caixinha de música a tocar sua melodia. Dali, dirigiria-se ao Centro Pokémon, onde faria uma breve troca em sua equipe e então levantaria voo para Slateport.

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Hell Kaiser


O rapaz não parecia muito interessante para Johan. Sua atitude aristocrática barata e sua arrogância não deveriam ser mais do que defesas para um provável trauma que tenha sofrido no passado ou algo que o fizesse agir como é, algo que possa ter acontecido que realmente seja possível apertar em suas feridas. Contudo, Johan não se importa se poderia ser isso ou não. Ele apenas observava aquele garoto com uma expressão de cobiça. Achava que, por estar bem vestido e se fazer de aristocrata, poderia facilmente conseguir algum Pokémon que fosse bom em troca de algum outro que viria a não lhe fazer muita diferença.

O rapaz também falava como um aristocrata. Falava como se Johan fosse apenas alguém que se fizesse de muito poderoso, algum aleatório selvagem e louco. O homem se divertia com isso. Ria levemente enquanto ouvia as palavras daquele garoto, mas logo abriu um longo sorriso de escárnio quando este lançou um Tentacool como moeda de troca. Era um ótimo partido, Johan conseguia ver como aquele Pokémon poderia crescer em suas mãos, e, além disso, gostava do mesmo. Ficou ainda mais interessado ao ouvir dos movimentos especiais do Pokémon, e muito mais que o aristocrata não se importava com o resto da troca.

Haha! É isso então? Sem querer saber o que vai trocar? Então está ótimo! Aqui está, um belo de um Grimer para você! Fico com o Tentacool sem muitos problemas. Até um outro dia.

E, dizendo isso, Johan pegaria a sua parte da troca, entregando a Poké Ball de Grimer e se afastaria do rapaz, estando mais do que satisfeito com a troca. Agora, naquela praça, procuraria alguém para que pudesse batalhar. Talvez pudesse encontrar alguém ali. Aquele casal poderia ser promissor em algum sentido, ou coisa parecida. Caso não houvesse alguém, Johan começaria a andar pelas ruas a procura de algum Pokémon selvagem ou mesmo algum outro treinador para poder treinar mais dos seus. O que a cidade naquela ilha poluente lhe ofereceria?


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—  Mu Island.  —

O rapaz dos cabelos esverdeados, acabava por avistar um rapaz que chamara sua atenção em meio às pessoas que se encontravam ali nas ruas de Mu Island, parecendo um pouco diferente dos outros cidadãos que estavam espalhados por aquela praça monótona e com pouca vida.
Ao se aproximar do mesmo, Johan acabava oferecendo algum tipo de troca ou negociação de Pokémons ,e estranhamente o jovem vinha a aceitar tal proposta. Pior ainda, o outro rapaz aceitava oferecer um Tentacool em troca de qualquer Pokémon que o ex-contrabandista tivesse para oferecer, e com isso, sem perder tempo e se sentindo em uma enorme vantagem, o ex-criminoso acabava por entregar como contraparte da negociação aquele seu Grimer, pelo qual demonstrava não sentir tanto apreço.
Com isso, o treinador selvagem logo se afastava do rapaz com quem havia negociado, enquanto o outro também partia dali sem muitas delongas, parecendo que ambos pareciam, de certa forma, felizes por terem se livrado de Pokémons que não tinham tanto interesse.
Dessa forma, o rapaz de comportamentos psicóticos parecia apenas se manter focado na Pokébola que acabara de receber, enquanto também buscava por outra batalha para que pudesse o satisfazer, olhando para o casal que se encontrava naquela praça, lendo seus livros enquanto sentavam na grama de aparência quase morta daquela cidade altamente poluída.
Enquanto caminhava pelo local, com seus olhos vidrados e a atenção reduzida ao único propósito de batalhar, o mesmo acabava perdendo um pouco o foco de seus arredores, e logo esbarrava contra algo, ou alguém.
O encontrão acabava sendo suficiente para fazer com que Johan quase caísse, enquanto a outra parte, um jovem magra e de aparência um pouco frágil, era jogada contra uma dos bancos velhos e mal cuidados daquela praça. Assim, a mesma até conseguia se equilibrar no encosto do banco - evitando cair -, mas a bolsa de papel que carregava em seus braços acabava por se rasgar na quina do banco, e os livros contidos na mesma caíam ao chão.

... Phhuuuu... - A jovem deixava escapar, como um longo suspiro completamente desanimado e sem muita energia, enquanto pegava os livros caídos sobre o banco.

A moça nem ao menos olhava para Johan quando aquilo acontecia, sem demonstrar um gota sequer de preocupação quanto à outra pessoa envolvida naquele incidente. Sua comportamento apático não era nem um pouco diferente da sensação que aquela cidade mal cuidadas transmitia, e independente do que quer que pudesse ter ocorrido, ela apenas se limitava a recolher os livros que caíam de sua sacola , enquanto parecia conversar consigo mesma, em um tom quase inaudível, quase de costas para o treinador selvagem.

...Eu sabia que não era um bom dia para sair... Cada vez que saio, só me decepciono mais... - Murmurava a mesma, enquanto segurava os livros que recolhia com seu braço direito, pegando os outros com o esquerdo, já que a sacola havia rasgado. - ...Cada vez mais sujeira... mais poluição... mais gente depressiva... mais drogados e pessoas estranhas andando por aí de qualquer jeito... - Prosseguia, enquanto sua face não esboçava a mínima reação ou expressão, sendo apenas fria e apática quanto àquilo, nem mesmo parecendo que suas palavras se dirigiam especificamente a Johan, e sim àquela cidade de um modo geral.

A moça terminava de recolher seus pertences, e ainda ignorando completamente a presença do ex-contrabandista, apenas começava a caminhar de novo na mesma direção em que estava seguindo antes do esbarrão ocorrer. Apesar de suas palavras ásperas, em nenhum momento ela parecia se dirigir ao rapaz, ou esboçar reações como raiva ou qualquer coisa do gênero.
Assim, a mulher de aparência quase anêmica somente partia na mesma direção em que caminhava anteriormente, carregando seus livros em seus braços, desde que a sua sacola havia rasgado. E, podendo observá-la melhor, o rapaz dos cabelos esverdeados perceberia que a jovem se tratava de uma treinadora, devido ao fato de carregar consigo algumas Pokébolas, as quais ficavam presas à sua cintura por um cinto.
A situação era até mesmo engraçada, já que a presença do ex-criminoso nem mesmo parecia fazer alguma diferença àquela mulher, que apenas partia dali, sem ao menos ter olhado sequer uma vez para o rapaz com quem havia esbarrado. Mas, será que o jovem natural de Vermillion City também pensaria assim ?

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Hell Kaiser


A troca havia sido um sucesso. Johan não poderia estar mais satisfeito com aquele Pokémon do que outra pessoa. Era ótimo para seu time. Ele acreditava veemente no potencial de um Tentacool e no que ele poderia realmente fazer. Certamente seria uma boa peça para sua subida ao topo, algo que faria com que ele fosse realmente vitorioso. Era ótimo a situação. Em compensação, se livrou finalmente do Pokémon inútil que ele havia capturado e esperava não ver nunca mais em sua vida. Estava fazendo um peso desnecessário na equipe, era quase como se sua inutilidade tivesse motivos. De toda maneira, o protótipo de aristocrata pareceu satisfeito com aquilo e finalmente saiu livre para fazer o que quer que fosse.

Enquanto isso, Johan já voltava a caminhar. Seus olhos vidrados e sua sede sanguinária o fizeram perder a noção dos arredores, o que resultou em uma colisão com uma mulher que passava pela rua. Parecia ser usuária de drogas pesadas, ou apenas tinha uma aparência realmente franzina. Johan mal saiu do lugar, mas a colisão foi suficiente para que ele prestasse atenção na mulher que estava ali. Ela resmungava várias coisas enquanto recolhia vários livros, e parecia tão raquítica que o mínimo toque faria com que todos os seus ossos se esfarelassem. Contudo, enquanto ela recolhia suas coisas, parecia haver algo em seu cinto. O treinador selvagem, com seus olhos famintos, logo notou as Poké Balls que a moça carregava. Não pôde evitar um sorriso de escárnio aparecer em seu rosto. Antes que ela se afastasse muito, resolveu gritar para que ele a escutasse.

Ei, você! Com a sacola de livros? É uma treinadora, heim? Vamos batalhar! Tenho certeza que isso irá melhorar o seu humor! Batalhe comigo, ou irei lhe perturbar até que o faça, finalmente! — Bradaria ele, esperando pela resposta.

Observando o comportamento e personalidades da moça, ao menos que superficialmente, ele notava que ela poderia ser facilmente irritada e que iria fazer algo para que não precisasse ser incomodada. Se fosse realmente isso, Johan ficaria satisfeito em batalhar com a mesma. Talvez tendo aquela aparência caquética não significava que seus Pokémon fossem da mesma maneira, e ela pudesse ser realmente uma oponente interessante. Caso ela não aceitasse, começaria a persegui-la até que a mesma concordasse com a batalha.

Que bom que concordou comigo... Eu sou Johan, Hell Kaiser Johan! Devemos começar? — Apresentaria-se, esperando por alguma atitude de sua possível oponente.


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—  Mu Island.  —

Após recolher sus livros e resmungar para si mesma sobre a tal situação, sem ao menos se dar ao trabalho de olhar para a outra pessoa com quem havia esbarrado, a jovem simplesmente começava a caminhar, indo embora daquela praça onde se encontravam.
Porém, apesar da atitude recolhida e indiferente da moça em relação àquela situação, o ex-contrabandista não parecia levar aquilo de maneira tão despreocupada, e ao perceber que a mesma se tratava de uma treinadora, o rapaz acabava por perceber ali a oportunidade de batalhar, torcendo apenas para que os Pokémons daquela mulher não fossem tão frágeis quanto ela mesma aparentava ser, ao menos fisicamente.
A moça dos longos cabelos ruivos acabava por ignorar o treinador selvagem e um primeiro momento, como se não estivesse interessada, visando apenas seguir seu caminho para casa. Porém, o rapaz das íris amareladas era insistente, e já a meio caminho da praça, a mesma acabava por respondê-lo, por mais que ainda evitasse algum contato mais prolongado.

...Phuuu... - A mesma novamente liberava aquele suspiro prolongado e desanimado, como se tivesse um desinteresse total e completo em tudo ao seu redor, e logo o respondia. - Você quer dinheiro ? Se for o caso posso te dar... Eu só quero mesmo é poder voltar para aquele lugar, e ficar sozinha por algum tempo...

Porém, o insistente rapaz dos cabelos esverdeados não desistia, e após quase cruzarem a praça inteira enquanto o mesmo continuava a buscar por uma batalha, a jovem acabava por perceber algo, e resolvia respondê-lo, ainda com aquele seu jeito desanimado e praticamente niilista, desinteressada de tudo.

O caminho não é distante, mas se você vai me seguir até lá procurando uma batalha, é mais fácil fazer isso por aqui mesmo, e eu poder seguir o resto do caminho sem maiores perturbações... - Comentava a mesma, fria e desinteressada, como se o único motivo de aceitar batalhar fosse para que o mesmo parasse de segui-la.

Em momento algum a moça demonstrava estar irritada, nervosa, ou se sentir provocada pelos comportamentos do ex-criminoso. Apenas parecia fazer aquilo pua e simplesmente para evitar que o mesmo pudesse continuar seguindo-a, tão como evitar ter algum contato mais prolongado com Johan.
Assim, ao parar para que pudessem ter sua batalha, os mesmos se encontravam em meio à uma quadra de basquete que se encontrava naquela praça, mas, como já era de se esperar daquela cidade poluída e mal cuidada, as tabelas estavam arrebentadas e estragadas, impedindo que aquele local pudesse ser de fato utilizado para suas funções originais, o que também era um motivo para que ficasse largado e vazio.

Phuuu.. - Novamente, a ruiva soltava aquele suspiro niilista, e logo completava. - Quando você estiver pronto, pode começar... - Dizia a jovem de aparência quase anêmica, retirando uma das Pokébolas que carregava em seu cinto e segurando-a para baixo, ainda com aquela expressão de desânimo e completo desinteresse por tudo.

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Hell Kaiser


A mulher caquética tratava Johan como se o mesmo fosse algum tipo de mendigo, pedinte de rua ou algum drogado que queria dinheiro para continuar com os seus vícios. Ela era extremamente indiferente com o que acontecia e parecia realmente cansada de tudo e de todos. Não parecia muito satisfeita em viver, só queria paz e sossego, e não era o que Johan iria mostrar para ela naquele momento. Ele estava ávido por uma batalha, mesmo que fossem com uma moça raquítica e sem perspectiva alguma de vida, que só gostaria de ficar sozinha, provavelmente por não gostar muito de pessoas ou coisa parecida. Johan era realmente insistente. Mesmo que ela tentasse ignorá-lo, ele continuava a perturba-la, até que a mesma resolveu batalhar.

O sorriso de escárnio de Johan com a sensação de ter mais uma batalha era quase instantâneo. Talvez ela valesse a pena ser enfrentada, ou seus Pokémon seriam facilmente subjugados pelo treinador. Seus olhos famintos observavam a mesma com uma selvageria, uma fraca presa esperando ser devorada. Ela, porém, não estava nem um pouco interessada. Era indiferente com tudo, tão apática e depressiva quanto poderia ser. Ali, naquela quadra de basquete, inutilizada por sua aparência decadente como o resto da cidade, a mulher anêmica parecia realmente querer ir logo ao seu destino. Mas não era algo que Johan facilmente deixaria que ela fizesse.

Ela logo deu sinal para que Johan pudesse fazer algo. Ele então pegou a Great Ball de sua Scizor, abrindo um largo sorriso, enquanto lançaria a lançaria no campo, revelando seu inseto escarlate e metálico, pronto para a batalha. Era um Pokémon de presença avassaladora, que estava pronto para tudo. Esperaria o Pokémon da moça ser lançado, analisaria o mesmo e então partiria para o ataque.

Não se preocupe, minha querida, isso vai ser rápido! Scizor, Focus Energy e prossiga com um Bullet Punch!

Era uma estratégia simples de início, mas efetiva para o nível de habilidade de Scizor. Talvez fosse o suficiente para que a Pokémon pudesse crescer e causar um bom dano contra o oponente, ou talvez não servisse realmente para algo. Isso dependeria de qual venha a ser o oponente do treinador selvagem, de olhos vidrados e sede sanguinária.


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—  Mu Island.  —

A moça dos longos cabelos avermelhados se posicionava do outro lado daquela quadra inutilizada, e logo dava o sinal para que o rapaz que tanto insistira para enfrentá-la fizesse seu movimento inicial, chamando para fora o Pokémon que utilizaria para batalhar contra a mesma.
Seu comportamento se mantinha o mesmo de sempre, apático, desanimado, desinteressado. Mas, pela primeira vez, o rapaz dos cabelos esverdeados podia dar uma analisada com maior atenção naquela jovem de corpo esguio e aparência anêmica. E dessa forma, apesar de seu corpo claramente debilitado e frágil - que se encontrava naquele estado, provavelmente, por conta de má alimentação ou algo do gênero - ainda era possível perceber que a moça não deixava de ter uma belíssima fisionomia, que se tornava ainda mais atraente por conta de seu longo cabelo de tonalidade avermelhada.
A mesma se vestia com roupas que variavam de tonalidade entre o preto e o vermelho, e quase ao fim de suas longas madeixas ruivas - as quais chegavam praticamente à altura de sua cintura - havia uma espécie de fita em forma de laço, e o por mais que estivesse claramente abaixo do peso, seu corpo também não deixava de ser um tanto quanto belo.
Assim, conforme o ex-contrabandista chamava para fora de sua Great Ball a sua Scizor - já até mesmo passando suas coordenadas para a sua Pokémon do tipo inseto - a moça de comportamentos niilistas apenas suspirava novamente, e com um breve toque na Pokébola que trazia em sua mão direita, convocava aquele Pokémon que seria seu representante para aquela batalha contra o rapaz dos olhos vidrados e comportamentos sanguinários.

...O quanto menos tempo eu ficar aqui, melhor seria... - A jovem respondia a afirmação do treinador selvagem, de maneira desanimada e desinteressada. Chamando pelo nome de seu Pokémon logo em seguida, enquanto tocava a Pokébola. - Houndoom...

E assim, daquela esfera vinha a sair uma enorme canídea negra e de focinho alaranjado, a qual possuía inúmeras formações ósseas expostas por seu corpo, principalmente na região de seu dorso. A mesma também contava com uma longa cauda pontiaguda, e um par de longos chifres brancos na parte superior de seu crânio, e ao deixar a Pokébola, apenas fitava intensamente a Pokémon adversária.

Phuuu... Flamethower... - A jovem coordenava, de maneira apática e desinteressada, após aquele recorrente suspiro niilista e depressivo que repetia com frequência, mostrando total desinteresse naquilo. E, o pior é que não era como se desdenhasse de seu oponente, mas sim era como se estivesse apenas cansada de tudo e todos.

Assim, a enorme canídea do tipo sombrio nem ao menos dava tempo para que a Scizor do rapaz pudesse sequer pensar em utilizar o movimento que era instruído pelo ex-criminoso das íris amareladas, e com sua velocidade superior, disparava uma poderosa rajada de chamas contra a Pokémon metálica.
Aquele movimento, por ser do tipo Fogo, acabava sendo duplamente efetivo contra a Pokémon avermelhada de Johan, dado o fato que ambos os tipos da mesma eram vulneráveis às chamas. E desse modo, isso logo fazia com que a Scizor do rapaz caísse nocauteada após sofrer aquele ataque, sem ao menos ter tempo para esboçar alguma reação.


Houndoom:
Normal
Hold Item:
---
Trait:
Flash Fire

lv 50 Houndoom


135/135
n.1 Jeepers Creepers - Página 9 Houndoom
n.1 Jeepers Creepers - Página 9 Scizor
lv 19 Scizor


0/55
Trait:
Swarm
Hold Item:
---
Scizor:
Nocauteada

Campo: Uma quadra de basquete em desuso, no centro de Mu Island.
Clima: Dia de sol (normal), apesar do céu acinzentado pela poluição do local.

Aquela era uma situação realmente estranha e contrastante, dado o modo como a aparência fraca e frágil daquela jovem treinadora, tão como seu comportamento apático e depressivo, se faziam o extremo oposto do que o rapaz natural de Vermillion City poderia observar naquela poderosa Pokémon do tipo sombrio que se encontrava à sua frente, a qual demonstrava um poder absurdo, tão como um presença intimidadora e hostil.
Então, o que o treinador selvagem faria diante daquela situação completamente adversa ?


OFF :

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