Pokémon Mythology RPG
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#001 - Florescendo

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Eu não conseguia acreditar nos meus olhos. Os eventos que se desdobraram no tempo após o longo discurso que eu dei para Venipede parecem ter sido intervenção cósmica. Fiquei boquiaberto assistindo a tudo, sem conseguir sequer reagir decentemente. Então Venipede realmente desejava ajudar. Eu estava certo. Captei os sinais certo e me comuniquei efetivamente com a pequena centopeia. Eu quase não conseguia acreditar. Era bom demais para ser verdade.

Assim que tudo parecia acabado, corri na direção dos dois pequenos pokémons no gramado. Num impulso impensado, agarrei os dois e abracei com força. Não qualquer força, entretanto. A força do amor. Da resiliência. A força de um treinador orgulhoso que havia acabado de provar que violência desnecessária não leva a nada. Que batalhas pokémons são mais sobre a conexão entre mestre e criatura e menos sobre força bruta e belicosidade. Eu estava plenamente grato. Verdadeiramente grato. A sorte nos sorriu mais uma vez.

- Estou mais do que orgulhoso de vocês dois. Foram incríveis. Não tenho palavras! - Por um momento tive que respirar bem fundo para não abandonar toda minha racionalidade e não começar a soluçar em choro ali mesmo. - Venipede, venha conosco! Não posso prometer nada, mas por enquanto, fique com a gente! Você é mais que bem vindo na equipe! O que me diz?

Eu era sim um treinador de tipos fada. Era meu objetivo. Mas Venipede fora tão amoroso, tão empático. Nos ajudou mesmo significando se arriscar contra uma ameaça como Beedrill. Eu não sabia como seria daqui pra frente, mas ele parecia um companheiro amigável para se aventurar.

Não tive tempo nem ao menos de ouvir a resposta de Venipede e outro problema aparecia. Por onde eu sairia? Pela porta que a garota havia acabado de entrar? Parecia promisso, visto que provavelmente daria em algum lugar perto de Alec. Mas eu poderia também optar por adentrar o bosque que jazia no fundo do quintal. Era uma opção mais desconhecida. Eu estaria entrando em terreno desconhecido e potencialmente perigoso. E havia também aquele zumbido crescente vindo da floresta. Agora que eu havia parado, parecia que os silfos apenas cresciam. O que poderia ser?

Decidi que era melhor retornar a Alec o mais rápido possível. Afinal, ainda havia o problema com os contrabandistas. Eu queria resolver aquilo o mais rápido possível e ir embora da rota, visto que Cleffa merecia uma bela noite de descanso e uma refeição que ela não precisasse batalhar por. Virei-me para a garota, que parecia ainda sentir o pesar pelo seu pokémon caído em batalha e disse, delicadamente:

- Me perdoe por todo esse mal entendido. Se eu pudesse voltar no tempo e evitar tudo isso, com certeza eu faria. Mas pelo menos conheci um novo amigo graças a você. - disse, me referindo para Venipede, ainda grudado em mim. - E por isso sou grato. Espero não cruzar seu caminho novamente.

E sem dar chance de resposta para a garota, entrei lepidamente na porta que a tal garota havia deixado aberta. Investigaria os sussurros da natureza depois, decidira. No momento, precisava encontrar Alec, que deixei para trás.

- ALEC, ESTOU CHEGANDO, NÃO SAIA DAÍ!

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Uma Mensagem das Estrelas

O som vinha do meio do bosque, mas não era nada visível daquela distância, o que significava que para descobrir mais era necessário se colocar em certo perigo. Com certeza Vincent não queria se colocar em perigo mais do que já se pôs, portanto apenas abraçou bem apertado seu Cleffa e o novo amigo Venipede, demonstrando todo o carinho e amor que poderia dar. Cleffa estava contente com todo esse aperto e esfregava suas bochechas com as de Vincent. Entretanto, o inseto venenoso parecia um tanto desconfortável com tanto contato e calor humano e delicadamente tentava escorregar para fora do colo, o que se mostrou em vão.

O rapaz refletiu por algum tempo sobre o melhor caminho a seguir e de alguma forma resolveu atravessar a porta aberta pela menina e voltar ao encontro de Alec, que estranhamente não tinha ouvido o garoto em momento nenhum, mesmo com seus gritos desesperados. Vincent então caminhou na direção do casebre, parando apenas para falar algumas palavras para aquela treinadora e seu Pokémon desmaiado. Infelizmente ela não queria muita conversa e simplesmente virou o rosto para o rapaz, fazendo um Hunf com os lábios. Sendo assim, era melhor para o Mono-treinador seguir o seu rumo e deixá-la para trás, adentrando a casa e caminhando por ali no andar térreo.

Mais uma vez o rapaz tentou gritar Alec, mas ninguém respondeu. A casa em si parecia maior por dentro do que por fora, o que era apenas impressão, claro. Havia uma escada para um segundo andar, bastante estreita, além de móveis rústicos, mas cheios de poeira. Um guarda-chuva se encontrava em uma cesta ao lado da porta e alguns respingos no chão indicavam que alguém havia passado por ali, possivelmente a menina, depois de pegar um pouco de chuva. Conforme o rapaz caminhava pelo cômodo ouviu um barulho bem diferente vindo da porta da frente. Era um som de motor de carro, mas não um automóvel comum, possivelmente um mais pesado e não tão novo. O barulho de motor vinha seguido por vozes masculinas que conversavam entre si com um tom muito forte, como se brigassem. A única coisa que lhe fazia duvidar de uma discussão entre eles era que gargalhavam ensurdecedoramente a cada fim de frase.

Seja lá quem sejam eles, estavam vindo para o casebre, pois sombras começavam a ser vistas no vidro da porta. O problema era que o vidro tinha uma rugosidade que impedia de identificar os vultos. Poderia até ser Alec, por causa da voz grossa, mas poderiam ser também os contrabandistas. Além disso Vincent ouviu um grunhido forte de Pokémon Tyyyyy! TAR! Indicando que não vinham desacompanhados. Claramente o rapaz não tinha mais condições algumas de combate, então precisava fazer o possível para não ser visto, pelo menos até descobrir quem seriam esses homens. O que Vincent faria?

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Era só o que faltava, trombar com os contrabandistas acidentalmente naquele casebre. Parecia que sempre que as coisas melhoravam, o destino achava graça e piorava tudo de novo. Mas eu não poderia reclamar, afinal, as coisas estavam dando certo. Até então.

Num impulso repentino, sem pensar, subi as escadas correndo porém tomando cuidado para não fazer barulho algum. Cleffa parecia ter entendido, já que emudeceu sem eu precisar pedir. Já Venipede parecia quieto, silencioso, analisando a situação. Não havia lugar melhor para se esconder. Antes de tirar qualquer conclusão, achei melhor se esconder e tentar ouvir algo. Achava improvável ser Alec. Meu coração parecia que ia saltar pra fora. Isso sim era perigo de verdade.


Off: Desculpa o post fraco, tô meio atrasado pra algo importante hahahaha. E uma dúvida, eu posso capturar um pokémon sem necessariamente batalhar? Só com o consentimento dele?

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OFF :



Uma Mensagem das Estrelas

Vincent havia escapado da abelha, mas havia caído em um ninho de marimbondos! O treinador ainda segurava os dois Pokémon em seus braços quando os vultos aproximaram-se da porta. Sem ter para onde ir, o rapaz subiu rapidamente as escadas, abrigando-se no segundo andar. Havia muita tensão no ar, mas era necessário manter a calma e ele sabia bem disso. Apesar de ser uma situação de risco, era a ocasião perfeita para ele ouvir mais sobre os possíveis contrabandistas e descobrir uma forma de resolver todo o empasse, mas como? Certamente o garoto precisaria da ajuda de Alec, seja lá onde ele estiver.

Assim que Vincent conseguiu um bom lugar para se esconder e ouvir o que acontecia lá embaixo, o barulho da porta abrindo foi ouvido e logo vozes também dominaram o ambiente. O rapaz podia contar cerca de três vozes mais fortes e uma menos constante, porém mais fria e calma — Certeza que esses caras vão se arrepender de tentar nos impedir! Bate aqui Jhow! — Dizia um deles, com a voz mais escandalosa de todas. Gargalhadas e batidas de mãos foram escutadas como resposta e em seguida um som de molas, possivelmente de alguém que se jogou no sofá — Não sejam estúpidos... Você acha que a polícia vai parar de nos perseguir só porque explodimos uma viatura? Vamos nos organizar e sumir de Hoenn por um tempo, deixar as coisas esfriarem. Mas o foco principal é entregarmos logo essa mercadoria. Aquilo é um peso nas nossas costas — Comentou a voz mais fria e compenetrada, que apesar de mais amena, falava com rapidez. Uns segundos de silêncio se formaram, como se todos estivessem congelados esperando algo.

— Mas o Tyra pegou eles de jeito, não pegou?!— Disse uma terceira voz, uma das escandalosas, puxando um coro de risadas altíssimas. Dessa vez a pessoa mais tranquila do grupo não respondeu nada, mas passos foram ouvidos afastando-se do cômodo abaixo. As próximas frases que se seguiram eram mais baixas, mesmo para o grupo que gritava. O tom de voz subia e abaixava tanto que ficava difícil saber o que estavam dizendo, mas parecia ser alguma conversa pessoal e de pouca relevância para o caso.

Vincent precisava saber o que fazer... Será que teria que esperar até anoitecer e dormirem para sair? Haveria uma outra forma de escapar do casebre sem ser visto? E se o pegassem, estaria morto? Eram muitas perguntas para poucas respostas... E enquanto o Mono-treinador pensava em uma solução, algo terrível aconteceu. Uma mão grande, peluda e forte o agarrou por trás, tampando a sua boca e o arrastando pelo corredor do segundo andar. Não dava para saber o que iria acontecer e poderia ser seu fim se não reagisse do jeito certo. O que Vincent faria?

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Então eram eles. Finalmente encontrei o que eu tanto procurava: os bandidos que haviam roubado as moonstones. E eram piores do que eu imaginara.

Subir para o segundo andar foi que me restara num momento de pânico, mas agora que eu estava ali, percebi que talvez tenha sido uma burrada daquelas. Ao adentrar o segundo andar da casa, eu estava me enfiando num beco sem saída. Enquanto a gangue berrava lá embaixo, eu não tinha outra opção a não ser torcer para que eles não subissem. Ia fazer o que, me atirar do segundo andar? Tentar improvisar uma corda para descer? Não sabia. E tenho certeza que não teria chance contra eles. Duvidava que a sorte sorrisse para mim novamente. Cleffa estava cansada após duas longas batalhas e eu acabara de conhecer Venipede, não podia pedir sua ajuda uma vez mais. Me senti preso. Engaiolado. Agora sim eu parecia num beco sem saída.

Enquanto eu devaneava sobre minhas escassas opções no momento, fui surpreendido por uma mão grande e forte que tapava minha boca. Num primeiro momento, surtei. Comecei a me debater sem saber o que acontecia. Não tinha ar para sequer produzir som. Esperneava desesperado, achando que seria meu fim. Numa tentativa desleixada, mordi a mão do agressor e apertei bem, sabendo que mesmo se ele me soltasse naquele momento, não fazia ideia qual seria meu próximo movimento. Eu ia chutar ele? Pedir para Cleffa batalhar? Apenas mordi a mão do agressor sem pensar muito sobre.

Seria o meu fim?

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Uma Mensagem das Estrelas

SanShrew? Dizia uma voz bem aguda e baixinha, tentando não ser ouvida, mas em tom de susto. Logo atrás da nunca de Vincent também era possível sentir que alguém gemia bem baixo, mas continuava a arrastar o garoto até um dos cômodos. Quando o garoto finalmente se libertou dos braços e afastou-se involuntariamente, notou que a pessoa que havia "sequestrado" ele era Alec. O homem sentava no chão ao lado de sua Sandshrew esfregando a mão mordida. Sua companheira Pokémon também tentava ajudar, cheirando o local. Cleffa que estava quase desmaiada com o susto, levou as mãos até a boca e observou horrorizada e Venipede, bem... Venipede apenas olhou mesmo.

— Ok garoto, não se preocupe. O velho aqui é bem resistente! Agora me escute... Precisamos sair daqui de alguma forma. Esses criminosos são realmente barra pesada e não parecem deixar pedra sobre pedra por onde passam. Sandy notou que eles estavam vindo nessa direção e pressentiu todo esse meu peso sobre o solo, por isso ligou os pontos e veio nos avisar... E que bom que achou Cleffa! Estava desesperado! — Comentou rapidamente o explorador, tentando sussurrar ao máximo e sem tirar os olhos da porta atrás deles. Sandy confirmava tudo com a cabeça, enquanto alisava a mão de seu treinador — Eu me escondi aqui em cima para esperar eles e tentei te chamar pela janela dos fundos, mas você parecia tão concentrado naquela batalha... Estava com muito medo de que eles chegassem e pegassem você lá, ainda mais quando começou a gritar. Afinal... quem era aquela garota? Enfim.. Eles devem ficar dentro de casa descansando até o comprador chegar, nós precisamos sair nem que seja pela janela... Se chegarmos até o lado de fora podemos tentar roubar a caminhonete e levar toda a carga junto até um lugar seguro. É arriscado, mas é a melhor chance de vitória que teremos — Alec terminou de comentar, mas com uma expressão de que não estava tão confiante assim em seu plano.

Antes que Vincent pudesse responder alguma coisa, um som de porta se abrindo foi ouvido no andar de baixo, bem abaixo deles. De repente um grito feminino se espalhou pela casa, fazendo todos tremerem. O grito foi seguido de diversas risadas masculinas e alguns gritos, possivelmente dos contrabandistas. Era provável que a menina da Beedrill tenha resolvido sair da casa por onde entrou e deu de cara com os criminosos. Essa era a ocasião perfeita para Vincent e os outros escaparem o mais rapidamente sem serem vistos, mas isso seria o certo? Como iriam lutar contra pessoas tão preparadas e violentas? Era o momento do Mono-treinador expor suas ideias para Alec e começarem a executar um plano, imediatamente! O futuro de todos ali estaria nas mãos das próximas decisões a serem tomadas... Quais seriam?

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- Alec!!! - Foi tudo que eu consegui dizer numa mescla de sussurro com grito.

Eu não podia estar mais feliz e aliviado. Quando achei que tudo tinha acabado, o destino - que vinha brincando com a minha sanidade desde a minha chegada nesse continente. - havia virado a mesa novamente. Alec estava ali de verdade. Com uma mordida e tanto na mão, era verdade. Mas estávamos juntos novamente. Finalmente alguma coisa palpável com a qual minha mente podia lidar sem me inundar de questões sem resposta.

- Aquela menina? Era uma doida que queria punir Cleffa porque ela pegou algumas frutas que supostamente eram dela. Longa história. - Apenas comentei, sem divagar muito.

Enquanto o explorador me contava o que deveríamos fazer em seguida, houve um barulho de porta e logo depois um escarcéu imenso no andar de baixo. A garota provavelmente entrara e se deparara com um bando de machões contrabandistas. Senti pena pela garota. Não sabia o que um bando de bandidos poderiam fazer com uma treinadora, mas nenhuma das possibilidades parecia minimamente aceitável. Eu tinha que tirar a garota dali também.

- Alec, rápido, aproveite o tumulto lá embaixo e nos lidere para a melhor saída. Vamos pegar a caminhonete e vazar daqui. - Disse, olhando nos seus olhos, garantindo que ele entenda a urgência de nos movermos.

Deixei a decisão da nossa rota de fuga por conta de Alec que parecia estar mais familiarizado com a casa enquanto eu havia apenas chegado no cômodo. Sua experiência com certeza nos levaria para possibilidades melhores do que a minha perspicácia. Confiei nele.

Sobre a garota, eu esperava que se eles ouvissem nosso barulho, provavelmente deixariam a garota em paz por alguns minutos. Se ela for esperta (o que parece ser o caso), fugirá assim que perceber a distração dos marmanjos. Eu contava com essa ponta solta também. E se não conseguirmos fugir a tempo, há sempre a opção da batalha. Cleffa estava cansada, mas eu tinha certeza que juntando nossos esforços com o time de Alec, teríamos chance. Uma chance pequena, mas era uma chance. O destino sorriria uma vez mais para mim.

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Uma Mensagem das Estrelas

Alec e Sandy também ouviram a bagunça que estava rolando no andar de baixo e ficaram atônitos, mesmo sem entender o que rolava completamente. Vincent já havia pescado do que se tratava e chamou a atenção do explorador, trazendo-o de volta para a realidade e a urgência da situação em que se encontravam. Como o rapaz não estava a tanto tempo dentro da casa, fazia sentido deixar Alec cuidar da fuga, escolhendo o melhor caminho para a saída e foi exatamente isso que o Mono-treinador fez, mas de uma forma um pouco mais desesperada do que poderia ser descrito com palavras. Cleffa não parava quieta ao lado de Venipede, agitando o inseto arroxeado e gesticulando para Vincent e os demais, enquanto soltava seus leves sons agudos. Escapar necessitaria bastante calma e sorte...

— Eu tenho tudo sob controle... Ou quase isso... Me escute! A caminhonete está na porta da frente... Se descermos pelo telhado colonial da varanda a gente consegue alcançar o teto dela. Mas aí teremos que ser rápidos, a lataria vai fazer barulho e vai atrair eles diretamente para nós, entendido? — Explicou o homem, esperando uma reação positiva do garoto. Quando todos concordaram com o plano, aquela equipe partiu para a execução — Vou ter um pouco de trabalho abrindo essa janela que parece trancada há séculos, tem poeira em cada canto. Por favor rapazinho! Vá até o corredor e fique de olhos se eles estiverem vindo pra cá, tudo bem? — Como o Mono-treinador havia deixado as coisas nas mãos do explorador, fazia sentido ele ajudar vigiando e seguindo suas sugestões. Se descobrissem os dois ali dentro do quarto antes de Alec abrir a janela, tudo estaria perdido.

Se Vincent seguisse até o corredor, escutaria melhor as vozes que vinham do térreo. A menina chorava copiosamente enquanto os criminosos riam da situação — Calma minha gracinha, a gente trata muito bem uns tesouros como você... Hahaha! — Dizia um deles, enquanto passos eram ouvidos sobre o assoalho de madeira — Eu juro, e...e...eu juro que não conto pra ninguém! Só não me machuquem POR FAVOR! — Tentava se justificar a menina, lutando para manter sua integridade e saúde, apesar de ser improvável que funcionasse. Neste instante outra pessoa surgia, era possivelmente o criminoso mais calmo, pois o mesmo silêncio de antes voltou.

— Vocês são uns tapados mesmo, que menina é essa? Por que ela tá aqui? Quantos crimes vocês querem cometer antes da gente terminar o serviço, hein?! Agora vamos ter que nos livrar dela também! — Dizia o homem, com um tom de voz incrédulo... Assim que as palavras "nos livrar" foram ditas por ele, a garota começou a gritar mais alto alguma frase inaudível que fez os criminosos se movimentarem pelo cômodo mais agitados. Todos pararam para ouvir melhor o que ela tinha a dizer e Vincent certamente teria que se concentrar para entender... Infelizmente ele só conseguia captar o final, na frase ela dizia "...por aqui também..." e "...escondido...". Poderiam ser muitas coisas, até mesmo um blefe da garota sobre ter companhia, mas e se ela estivesse entregando o rapaz que entrara no casebre um pouco antes dela? O que Vincent faria sobre isso?

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Não era possível. Depois de tudo que passamos, aquela garota ainda teria a coragem e a AUDÁCIA de me delatar sem mais nem menos. Não havia cabimento uma traição dessas. Mesmo que cinco minutos antes estivéssemos batalhando agressivamente, eu não conseguia acreditar que ela seria capaz de entregar um ser humano inocente que estava tentando sobreviver tanto quanto ela.

Apesar que ela estava desesperada. De repente, uma onda de remorso me inundou. Ela era tão humana quanto a gente. Como eu mesmo disse, só tentava sobreviver. Talvez tenha sido a única coisa que se passou pela cabeça da pobre garota ao praticamente ser ameaçada de morte. Eu não deveria ser tão duro assim com ela. Mesmo que fosse só na minha cabeça.

Respirei fundo. Os próximos passos seriam decisivos para nossa fuga do casebre em segurança. Não poderíamos agir com afobação. Botar os bois na frente do carro. Tentei me esconder como dava para, caso os bandidos decidissem subir subitamente, eu pudesse me esgueirar com facilidade e avisar Alec. Eu até pensei em aparecer de supetão na sala e confrontar a menina, mas qual sentido isso teria? Eu nem havia ouvido direito o que ela falara. Talvez estivesse errado. Decidi manter a calma e as coisas como estavam.

Olhei para meus pés e encontrei uma Cleffa aparentemente assustada. Peguei-a no colo, e sussurrando quase sem sair som, falei:

- Fica tranquila, pequena. Vai dar tudo certo. Não vou deixar nada de mal te acontecer. Mas eu preciso que você fique atenta aqui comigo. Se algum deles subir, teremos que agir rápido, e é aí que você entra. Você também, Venipede. - Disse, levemente mais alto para o inseto que se encontrava nos meus pés. Venipede era apático e lerdo, mas parecia ter entendido. Ou qualquer outra coisa, era um desafio ler sua expressão.

Dobrei minha atenção no corredor. Com calma, tudo daria certo.

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As tensões não paravam de vir para o lado de Vincent e a pressão sobre seus ombros faziam até mesmo o garoto sentir levemente o ódio tomar conta de si, algo que rapidamente o Mono-treinador abominou e pôs de lado, lembrando da humanidade dentro de cada um de nós. Seja lá o que a menina disse, não abalaria o rapaz. Com a ajuda de Cleffa e por que não de Venipede também, ele e seus amigos sairiam dali intactos. O que Vincent precisava fazer no momento era observar silenciosamente e esperar, tanto no sentido temporal, como no sentido de fé...

A movimentação ainda estava intensa e alguém fez a menina se calar ameaçando-a — É um blefe, leve ela lá para fora e acabe com ela! — Dizia uma das vozes — E por que eu teria que fazer isso? Manda o Jhow, ele que é seu capacho... — Comentou outro, dando uma risadinha sarcástica no final. Todos então começaram a falar ao mesmo tempo e alguém se aproximava da escada, pedindo silêncio — Eu o que? Ermm... Não sei nem o que é isso... É de comer? — Respondeu um terceiro criminoso, que até então se mantinha bastante calado e parecia ter algum atraso mental — Chega disso seus retardados! Vão lá em cima dar uma olhada por via das dúvidas... Jhow, você que é um peso de papel enorme, leve a menina até o Tyranitar lá fora e deixe o Pokémon dar um jeito nela, qualquer coisa consideramos que foi um acidente... — Mais uma vez deu as ordens o que parecia ser o líder da operação. A menina reclamou, mas com certeza estava com a boca tampada agora, pois só saíam murmúrios e gemidos.

Havia chegado o momento mais tenso. Mais de um dos criminosos estaria vindo para o segundo andar e um terceiro estava indo até o exterior, bem para onde pretendiam fugir. Será que haveria tempo hábil de fazer tudo e escapar ou estariam perdidos? Vincent precisava avisar Alec sobre o que se sucederia ali... E esse Tyranitar? Um Pokémon tão forte significava problemas com certeza... Como a equipe resolveria o problema? Cleffa se mostrava assustada, mas muito preparada para entrar em um conflito, mesmo com todas as dificuldades. A fadinha tinha suas cartas na manga e o Mono-treinador só precisaria saber usá-las, assim como o Venipede que ainda estava nas mãos do rapaz. O que Vincent faria afinal?

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