Eu não conseguia acreditar nos meus olhos. Os eventos que se desdobraram no tempo após o longo discurso que eu dei para Venipede parecem ter sido intervenção cósmica. Fiquei boquiaberto assistindo a tudo, sem conseguir sequer reagir decentemente. Então Venipede realmente desejava ajudar. Eu estava certo. Captei os sinais certo e me comuniquei efetivamente com a pequena centopeia. Eu quase não conseguia acreditar. Era bom demais para ser verdade.
Assim que tudo parecia acabado, corri na direção dos dois pequenos pokémons no gramado. Num impulso impensado, agarrei os dois e abracei com força. Não qualquer força, entretanto. A força do amor. Da resiliência. A força de um treinador orgulhoso que havia acabado de provar que violência desnecessária não leva a nada. Que batalhas pokémons são mais sobre a conexão entre mestre e criatura e menos sobre força bruta e belicosidade. Eu estava plenamente grato. Verdadeiramente grato. A sorte nos sorriu mais uma vez.
- Estou mais do que orgulhoso de vocês dois. Foram incríveis. Não tenho palavras! - Por um momento tive que respirar bem fundo para não abandonar toda minha racionalidade e não começar a soluçar em choro ali mesmo. - Venipede, venha conosco! Não posso prometer nada, mas por enquanto, fique com a gente! Você é mais que bem vindo na equipe! O que me diz?
Eu era sim um treinador de tipos fada. Era meu objetivo. Mas Venipede fora tão amoroso, tão empático. Nos ajudou mesmo significando se arriscar contra uma ameaça como Beedrill. Eu não sabia como seria daqui pra frente, mas ele parecia um companheiro amigável para se aventurar.
Não tive tempo nem ao menos de ouvir a resposta de Venipede e outro problema aparecia. Por onde eu sairia? Pela porta que a garota havia acabado de entrar? Parecia promisso, visto que provavelmente daria em algum lugar perto de Alec. Mas eu poderia também optar por adentrar o bosque que jazia no fundo do quintal. Era uma opção mais desconhecida. Eu estaria entrando em terreno desconhecido e potencialmente perigoso. E havia também aquele zumbido crescente vindo da floresta. Agora que eu havia parado, parecia que os silfos apenas cresciam. O que poderia ser?
Decidi que era melhor retornar a Alec o mais rápido possível. Afinal, ainda havia o problema com os contrabandistas. Eu queria resolver aquilo o mais rápido possível e ir embora da rota, visto que Cleffa merecia uma bela noite de descanso e uma refeição que ela não precisasse batalhar por. Virei-me para a garota, que parecia ainda sentir o pesar pelo seu pokémon caído em batalha e disse, delicadamente:
- Me perdoe por todo esse mal entendido. Se eu pudesse voltar no tempo e evitar tudo isso, com certeza eu faria. Mas pelo menos conheci um novo amigo graças a você. - disse, me referindo para Venipede, ainda grudado em mim. - E por isso sou grato. Espero não cruzar seu caminho novamente.
E sem dar chance de resposta para a garota, entrei lepidamente na porta que a tal garota havia deixado aberta. Investigaria os sussurros da natureza depois, decidira. No momento, precisava encontrar Alec, que deixei para trás.
- ALEC, ESTOU CHEGANDO, NÃO SAIA DAÍ!
Assim que tudo parecia acabado, corri na direção dos dois pequenos pokémons no gramado. Num impulso impensado, agarrei os dois e abracei com força. Não qualquer força, entretanto. A força do amor. Da resiliência. A força de um treinador orgulhoso que havia acabado de provar que violência desnecessária não leva a nada. Que batalhas pokémons são mais sobre a conexão entre mestre e criatura e menos sobre força bruta e belicosidade. Eu estava plenamente grato. Verdadeiramente grato. A sorte nos sorriu mais uma vez.
- Estou mais do que orgulhoso de vocês dois. Foram incríveis. Não tenho palavras! - Por um momento tive que respirar bem fundo para não abandonar toda minha racionalidade e não começar a soluçar em choro ali mesmo. - Venipede, venha conosco! Não posso prometer nada, mas por enquanto, fique com a gente! Você é mais que bem vindo na equipe! O que me diz?
Eu era sim um treinador de tipos fada. Era meu objetivo. Mas Venipede fora tão amoroso, tão empático. Nos ajudou mesmo significando se arriscar contra uma ameaça como Beedrill. Eu não sabia como seria daqui pra frente, mas ele parecia um companheiro amigável para se aventurar.
Não tive tempo nem ao menos de ouvir a resposta de Venipede e outro problema aparecia. Por onde eu sairia? Pela porta que a garota havia acabado de entrar? Parecia promisso, visto que provavelmente daria em algum lugar perto de Alec. Mas eu poderia também optar por adentrar o bosque que jazia no fundo do quintal. Era uma opção mais desconhecida. Eu estaria entrando em terreno desconhecido e potencialmente perigoso. E havia também aquele zumbido crescente vindo da floresta. Agora que eu havia parado, parecia que os silfos apenas cresciam. O que poderia ser?
Decidi que era melhor retornar a Alec o mais rápido possível. Afinal, ainda havia o problema com os contrabandistas. Eu queria resolver aquilo o mais rápido possível e ir embora da rota, visto que Cleffa merecia uma bela noite de descanso e uma refeição que ela não precisasse batalhar por. Virei-me para a garota, que parecia ainda sentir o pesar pelo seu pokémon caído em batalha e disse, delicadamente:
- Me perdoe por todo esse mal entendido. Se eu pudesse voltar no tempo e evitar tudo isso, com certeza eu faria. Mas pelo menos conheci um novo amigo graças a você. - disse, me referindo para Venipede, ainda grudado em mim. - E por isso sou grato. Espero não cruzar seu caminho novamente.
E sem dar chance de resposta para a garota, entrei lepidamente na porta que a tal garota havia deixado aberta. Investigaria os sussurros da natureza depois, decidira. No momento, precisava encontrar Alec, que deixei para trás.
- ALEC, ESTOU CHEGANDO, NÃO SAIA DAÍ!