[Rustboro City] - Entre o fogo e o gelo!!!

Mystery Dungeon – A Missão de Resgate

Enquanto isso, no interior da base secreta dos sequestradores.

Azumarill tentava permanecer confiante mesmo depois de ser salvo por seu parceiro que ainda era um recruta inexperiente. O roedor estufava seu peito e seguia na frente demonstrando liderança. Mudkip nem precisava ser orientado, e logo levantava sua barbatana para sondar um pouco o local desconhecido.

Cada um em sua própria maneira, conseguia perceber a localização dos humanos ali. Haviam seis portas no corredor à frente, e nenhuma delas ficava exatamente de frente para a outra. A primeira estava fechada, mas as duas seguintes estavam abertas, uma com uma pequena abertura de uns dez centímetros aproximadamente, e a outra escancarada. De dentro da que estava com apenas uma gretinha aberta, não parecia vir som algum, mas a outra parecia ter pelo menos três pessoas trocando algumas palavras. De onde estavam, não dava para saber para qual direção estavam virados, e isso deixava a dupla de pokémons com um pequeno problema. Passar pela porta sem serem vistos.

Mudkip andava logo atrás de Azumarill, e tentava ficar bastante atento ao que acontecia ao redor. O rato d’água seguia na frente e também ficava bem atento para se prevenir e se esconder caso alguém se aproximasse. O objetivo deles era o fim do corredor, onde provavelmente estava a porta que não tinham conseguido acessar pelo lado de fora.

- Você ouviu o que o chefe disse. Temos que encontrar mais uns oito Dittos para poder conseguir concluir o trabalho. – Dizia uma voz que parecia estar bem próxima da porta completamente aberta.

- Eu sei, mas vai ser difícil. Aquele último foi por sorte que encontramos. Eles não costumam ficar andando soltos por aí assim. – Dizia o outro homem que parecia estar um pouco mais distante da porta.

A terceira pessoa não se pronunciava, apenas andava de um lado para o outro.

Mystery Dungeon – A Missão de Resgate

Apesar de estar bastante distraído em seus pensamentos, Azumarill parecia querer concluir aquele trabalho com bastante eficiência. Ele refletia sobre seus novos companheiros, ao mesmo tempo em que os comparava aos antigos. Enquanto andava cautelosamente em direção as salas à frente, ele acabou ouvindo a conversa do grupo dentro da sala que estava com a porta aberta.

Como passariam sem ser percebidos? Era o que o líder da dupla pensava, e depois de se lembrar do efeito que a lama de Mudkip havia causado nas missangas, acabou pensando em um plano. Mudkip concordava rapidamente e começava a cobrir ele e Azumarill com lama, para tentar deslizar rapidamente pelo piso e passar “voando” pela porta. O rato d’água ao terminar de espalhar a lama por seu corpo, pegou o pequeno Mudkip e o lançou pelo corredor, a primeira parte acabou dando certo, já que o Mudkip deslizou facilmente sem fazer barulho, passando despercebido pelo vão da porta.

- Hã!? Que sensação estranha... – Dessa vez era uma voz feminina a falar. - Vocês sentiram alguma coisa passar por nós? – Ela dizia com duvidas.

- O quê? Não senti nada, isso é coisa de gente estranha como você. – O primeiro homem que estava perto da porta dizia achando graça.

- Me poupe! Vocês não entendem a minha cultura. A aura pode ser sentida com muito treinamento, e pode ser emitida também com mais treinamento ainda. – Ela dizia nervosa, e Azumarill aproveitava esse momento para se impulsionar com sua cauda e deslizar através do corredor. - Eu estou no meio do meu treinamento, mas... Aí! Senti de novo. – Ela disse firme. - Ali! Aquilo é lama?

O que a equipe interna faria, eles pareciam estar próximos de serem descobertos. Eles estavam exatamente no meio do corredor, já que haviam acabado de passar pela terceira porta. Ainda tinham que caminhar mais um pouco para alcançar o corredor lateral, mas talvez pudessem tentar se esconder em alguma das outras três salas à frente. O que os pequeninos fariam?

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Enquanto isso, Azumarill tinha seus próprios problemas. Ao ouvir a palavra “aura”, ele se lembrava de alguns problemas que teve em eventos passados. Isso poderia ser um grande problema para a dupla. O rato azul deu instruções para Mudkip, para poder ajuda-lo a se esconder daquela estranha habilidade que alguns humanos conseguiam adquirir, por sorte a humana em questão ainda não era uma mestra nessa habilidade de sentir a aura das outras criaturas.

Mudkip parecia não ter problemas em cumprir ordens de seu veterano, e também não tinha problemas em sua execução. O jovem anfíbio conseguia esvaziar sua mente, mas Azumarill não tinha essa facilidade, ele parecia ter a síndrome do raciocínio acelerado, e seus pensamentos vagavam por lugares que nem ele mesmo sabia.

Depois de ouvirem que os bandidos tinham conseguido ver a lama no chão, Azumarill chamou Mudkip para se esconderem na última porta do corredor, que ficava bem próxima do corredor lateral que levava à porta. Os dois passaram rapidamente pela porta que estava entreaberta, e o rato d’água a encostou vagarosamente para não serem vistos ali dentro. A sala em questão parecia vazia, mas suas luzes estavam acesas. Atrás da dupla de pokémons, se encontrava um grande armário cheio de caixas plásticas identificadas com palavras humanas escritas, como os pokémons não sabiam ler, eles não podiam identificar o conteúdo das caixas sem olha-las por dentro.

As vozes no corredor continuavam falando. - Aqui! Eu disse que tinha sentido alguma coisa. Olha toda essa lama no chão! Tem alguém aqui dentro. – Dizia a voz feminina. - Eles estavam nos ouvindo atrás da parede. Será que ouviram todo o plano? Precisamos achar eles. – Ela continuou dizendo nervosa. - Vão chamar o chefe, tirem ele daqui. Se alguém descobrir que ele está por trás disso, nós teremos bastante problema.

- Pode deixar que vamos tirá-lo daqui o mais rápido possível! – Um dos homens dizia antes de seguir correndo até o fim do corredor e virar para o lado que Azumarill e Mudkip esperavam encontrar a porta a ser aberta.

- Agora, vamos descobrir onde vocês estão! – Mulher se aproximava da porta seguinte a que eles estava, já que as manchas de lama terminavam ali. Sorte dos aquáticos era que com seus corpos úmidos, esse tipo de sujeira saia bastante rápido. A mulher abria a primeira porta entre ela e o fim do corredor, e observava atentamente o que havia lá dentro. Ela parecia usar seu dom para ler o ambiente, e aquilo parecia facilitar sua procura já que ela nem precisou entrar nem acender as luzes para ver que não tinha ninguém ali.

O que a dupla faria agora?

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Enquanto isso dentro da sala estranha... Azumarill parecia começar a se preocupar ainda mais com o que estava por vir. Já era um desafio ele conseguir esvaziar a mente, coisa que seu parceiro parecia fazer muito bem, mas ainda teria que fazer isso sabendo que era a única opção, era quase uma tortura.

A dupla estava curiosa com as caixas, mas como não conseguiam ler o que estava escrito ali, Mudkip decidiu tentar ver com seus próprios olhos. Ele se levantou nas pontas dos pés e começou a subir em uma das caixas sem tampa, Azumarill rapidamente o impulsionou com a ponta de sua cauda e o jogou para dentro da caixa, pelo menos ele poderia se esconder ali.

Mas quem disse que as coisas seriam tão fáceis assim? Assim que caiu dentro da caixa, Mudkip começou a soltar uns sons estranhos, como se chorasse ou até mesmo temesse algo. Ele começou a se sacudir dentro da caixa, até que ela caiu fazendo um baque alto que ecoou por toda a sala.

- Hã? Alguém! Tem alguém ali na sala de autopsia. – As palavras vieram da sala ao lado, e Azumarill não tinha mais tempo para poder tentar se esconder, muito menos arrumar outro esconderijo para Mudkip que estava ali no chão coberto com uma gosma rosada e...

- WHEEEEWHO WHEEEEWHO WHEEEEWHO! – A atenção de todos era quebrada por um som de alarme disparando. O som ecoava pelos corredores ao mesmo tempo que luzes vermelhas começavam a piscar por toda parte.

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- Achei vocês! – A mulher dizia em um tom de voz forte e acusador ao abrir a porta, encontrando Mudkip coberto de algo que pareciam ser vísceras e Azumarill tentando se esconder atrás de um conjunto de caixas menores que ele. - O que estão fazendo aqui? Causando problemas! Só pode... – Ela disse indo na direção do pequeno Mudkip. - Espalhou o Ditto todo no chão, não está vendo que isso é objeto de pesquisa!? Ainda bem que temos mais um para usar. Mas, espera aí... Não parece que foram vocês que dispararam o alarme. O que será que aconteceu? – Ela parecia conversar consigo mesma.

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Azumarill era bastante esperto em observar que a médium ainda estava em treinamento e não conseguia se comunicar através de sua mente, isso poderia lhe dar alguma vantagem para conseguir fugir. Ele aproveitava que ela estava dando mais atenção para Mudkip do que para ele, e aproveitava para usar Rain Dance para distrair ainda mais a mulher.

Nuvens negras surgiam rapidamente ali dentro da sala. Grossas gotas de chuva começaram a cair por toda a sala, e nesse momento a jovem arregalou os olhos e correu para o fundo da sala. Azumarill ficou sem entender, mas era sua oportunidade para sair dali em segurança. Mudkip o acompanhou um pouco mais animado já que a chuva limpou a gosma que o cobria.

- Vocês vão destruir toda a pesquisa! Suas pestes! – Ela dizia enquanto tentava recolher alguns papeis para não molharem.

Mas não foi aquilo o que chamou a atenção de Azumarill. Na prateleira acima da que Mudkip derrubou a caixa de plástico, havia outra caixa que estava tampada, mas a tampa parecia ter alguns furinhos. A caixa com a tampa começou a mexer, e parecia ter algo vivo dentro dela. Uma coisa rosada e molenga se contorcia tentando sair da caixa.

- Mais essa agora! – Ela dizia nervosa. Parecia mesmo ter problemas em manter seus pensamentos dentro da cabeça. - Vocês ainda acordaram o Ditto que estava dormindo tranquilamente esperando o Dr.

Nesse momento a sala se resfriou assim como todo o corredor externo. Um dos clones de Vanillite entrava na sala, mas era desfeito quando a chuva forte começava a atravessa-lo. Aquilo fez com que Azumarill e Mudkip ficassem mais aliviados, o reforço havia chegado. Por outro lado, Azumarill poderia entender aquilo como um fracasso em sua missão.