Pokémon Mythology RPG
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Entrar

#004 ME!

2 participantes

description#004 ME! - Página 5 EmptyRe: #004 ME!

more_horiz
ME!
Finalmente a batalha chegava ao seu fim, mesmo com Dustox sendo usada mais uma vez como isca, mas era um sacrifício que eu precisava fazer para me manter segura, aos poucos eu começava a entender mais desse lado de sobrevivência e que eu não poderia salvar a todos sempre.

— Beige, Bug Bite para finalizar! — eu disse satisfeita — Khaki, Mega Drain!

O fim estava próximo e enquanto eu esperava meus pokémon usarem seus golpes, lancei a pokébola no Mightyena caído, seria uma boa adição para o meu time, principalmente contra qualquer futuro fantasma que eu encontrasse, visto que ele era bem forte e era do tipo Noturno.

— Bom trabalho, gente! — disse parabenizando meus pokémon após a derrota da hiena e retornando todos para a pokébola.
Era hora de voltar por onde vim e tomar o caminho que parecia sair daquele show de horrores. Algo começava a me dizer que aquele velho e seu Pichu não passavam de uma armadilha do espírito maligno que me assombrou esse tempo todo.

— Você tem que aprender a focar em si mesma, Tábata! — falei firme para mim mesma, agora saindo pelo caminho diferente.

E era verdade, eu precisava entender que nada mais importava senão a minha segurança, a vida estava me ensinando arduamente a como me comportar em meio às aflições.
(C) ROSS

description#004 ME! - Página 5 EmptyRe: #004 ME!

more_horiz
004 - ME!

21:55| 26o


Com o fim da batalha próximo, Tábata aproveitava para capturar o Mightyena que estava deitado. Após o terceiro giro, a captura era confirmada. Uma excelente adição em seu time a garota havia conseguido, de fato... mas ela se esquecera que ainda havia uma luta rolando.
 
Tábata esquecera de colocar sua tática de rotação para atrair o Mightyena em prática. Assim, o canino noturno acabou focando em Khaki, que era o maior pokemon entre os adversários. Com uma forte mordida, o castelo de areia caia, nocauteado.... Mas logo fora vingado por Beige, que terminava por vencer a batalha. Todavia, apesar da vitória, não havia muito a que comemorar. A gótica estava com dois pokemons nocauteados, toda machucada e cansada. Mesmo assim, seu pensamento era claro, queria continuar, apesar dos pesares do que poderia acontecer caso ela falhasse. Estava enfrentando um ser que ela desconhecia e mesmo fraca foi atrás dele. Após a batalha, a mesma mão escura pegava a hiena e levava consigo para as profundezas.
 
Entretanto, antes que a garota pudesse ir, a voz voltava, com seu estilo gutural e amedrontador – Mesmo lhe dizendo que este não é um lugar para os vivos e para os que não sabem o que é a dor, você continuou. Parece obstinada a morrer em minhas mãos. Pois bem, siga o caminho... da sua morte
 
Tábata continuava seu rumo, até o ser que procurava. No caminho, parecia refletir sobre a lição aprendida: “Não importa o custo, devo sobreviver e cuidar de mim mesmo apenas”. A moça havia feito muitas coisas para poder não morrer para os Mightyena, inclusive usar seu pokemon de isca. Começava a duvidar da existência do velho e do pichu também, afinal não os havia encontrado até agora, mesmo rodado quase todo o labirinto. Muita confusão pairava na cabeça da jovem traumatizada... ainda assim ela seguia em frente, até a entrada “especial”.
 
Ao chegar no local da bifurcação, onde as várias passagens se davam... em especial uma que havia várias barras de ferro relva mais alta, parecendo ser pouco visitado. Bom, esse era o único caminho diferente dali, devia ter algo!
 
Tábata adentrava o local... o caminho dava em uma área que parecia de floresta, com relva e árvores alta, o que dificultava a luz da lua atingir, tornando bem escuro. Aparentemente, aquele caminho de fato não era parte do cemitério. O novo local parecia também um caminho, ladeado por árvores que indicava um sentido único. O barulho de pokemons e cheiro de selva tornavam o ambiente muito diferente do labirinto. Bem no início, a garota poderia ver uma espécie de spray branco com lilás.. será que pegaria? Após andar alguns minutos, Tábata encontrava uma clareira, onde a luz da lua era mais forte. No centro, havia uma árvore... e um rapaz, ao lado de um pokemon!
 
O menino, que parecia uma criança de não mais que 10 anos, falava, ao lado de um pokemon com olhos que pareciam cristais, brilhando em meio ao luar – Parabéns, Tábata, você chegou ao meu lar. Meu chamo Konohamaru – era um rapaz com o cabelo espetado para cima e algo parecido com um “binóculo” na testa. Além disso, usava uma enorme faixa azul no pescoço, uma camisa amrela com um símbolo no centro, um short cinza e uma sandália azul - e este aqui é o Nagato, meu companheiro. Diga-nos, agora que chegou aqui... o que deseja? – De repente, de dentro da mata, começava a sair várias crianças, de diferentes tamanhos, cores... a maioria com sorriso no rosto, mas outras ficavam perto de árvores, chorando. Se olhasse atentamente, Tábata poderia ver que uma garota muito parecida com a que vira morrer, estava chorando próxima à arvore central, atrás do garoto e seu pokemon. Depois começavam a aparecer pokemons, da mesma forma que os humanos, muitos contentes e outros tristes. Todos os que surgiam, humanos e pokemons, se juntavam próximas a Konohamaru e Nagato, próximos das árvores e atrás da dupla.
 
Por fim, a gótica via um pichu, que mexia a cabeça, observando a garota atentamente.

(C) Ross



Pokémon 1:
Nocauteado
Pokémon 2:
Nocauteado
Hold Item 1:
---
Hold Item 2:
---
Trait 1:
Quick Feet
Trait 2:
Quick Feet

lv18 Mightyena


00/53
lv18 Mightyena


00/53
#004 ME! - Página 5 Mightyena

#004 ME! - Página 5 Mightyena
#004 ME! - Página 5 Sandygast

#004 ME! - Página 5 Nincada

#004 ME! - Página 5 Dustox
lv18 Khaki


00/45
lv10 Beige


20/22
lv11 Dustox


00/34
Trait 1:
Water Compaction
Trait 2:
Compound Eyes
Trait 3:
Shield Dust
Hold Item 1:
Oran Berry
Hold Item 2:
Silver Powder
Hold Item 3:
Oran Berry
Pokémon 1:
Nocauteado
Pokémon 2:
Normal
Pokémon 3:
Nocauteada

Campo: Campo de terra batida, com grades de ferro ao redor e grama viva sobre ele.

Progresso :

description#004 ME! - Página 5 EmptyRe: #004 ME!

more_horiz
ME!
A voz maligna continuava a ecoar pelo local, e eu desesperada, sem saber muito o que fazer. Continuei a correr até encontrar a bifurcação e seguir para o caminho que destoava do resto e encontrei uma floresta, muito diferente daquele labirinto macabro ou o cemitério do local.

Andei vagarosamente, pois agora já me sentia um pouco mais tranquila e segura, ainda chateada por ter perdido quase todos os meus pokémon em batalha, principalmente Khaki que eu esqueci de movimentar durante a luta, a vitória estava tão próxima que me descuidei, mas serviria de lição para mim.

Ao ver um spray arroxeado me aproximei e peguei o item, não o reconhecendo muito bem mas poderia ser útil daqui pra frente e então consegui ver mais ao final um menino e uma espécie de pokémon, após ele se apresentar, alguns espíritos tanto de humanos quanto de pokémon começaram a chegar e se aproximar, muitos com um semblante entristecido e macabro outros alegres, era uma verdadeira confusão.

Estranhei o fato do menino me chamar pelo meu nome, mas tanta coisa havia acontecido que eu não entendi muito bem, sentei no chão e encarei o garoto por um tempo, já sem forças para correr.

— Eu quero uma explicação sobre isso tudo, na verdade. — falei de forma firme e cansada, olhando para o Pichu, querendo entender o que estava acontecendo e como eu sairia daquela com vida.
(C) ROSS

description#004 ME! - Página 5 EmptyRe: #004 ME!

more_horiz
004 - ME!

22:20| 26o


Diante de toda aquela miríade de acontecimentos, com pokemons e pessoas saindo da floresta, o que Tábata supunha serem espíritos, a garota apenas sentava. Estava esgotada totalmente, mal conseguindo se manter de pé ou sequer acordada. Tinha passado por muito e se o espírito quisesse sua vida, que seja, estava cansada até para lutar por sua sobrevivência.
 
Diante da indagação da garota, Konohamaru sorria levemente. – Quer dizer que veio até aqui para me fazer perguntas de cunho pessoal? Huhuhuhu. Você é intrigante. Mas lutou bastante para chegar aqui, que seja feita sua vontade - os olhos de Nagato brilhavam ainda mais fortes e então garoto começava – Para lhe contar minha história, devo primeiro lhe contar a história de meu pokemon. Ele é a razão de tudo aqui. Sableye, vários anos atrás, era o pokemon de um pesquisador de fantasmas, seu primeiro e único pokemon. Dr. Orochimaru. Um homem com grandes sonhos e vontades. Queria fazer o mundo melhor e seu grande objetivo de vida era criar algo que ninguém jamais conseguiu. Ele queria criar a vida eterna. Um sonho que parece bobo para quem ver de longe. Mas ele passou 15 anos estudando para isso, com alguns acertos e muito erros. Por fim, a dupla resolveu estudar o novo “insight” do Dr. Sua pesquisa o levara até o Mt. Pyre, para estudar os pokemons fantasma... segundo ele, eles seriam a chave para seu sucesso. Ele ficou “morando” por lá por quase uma década, ajudando o pessoal de lá em troca de acesso completo ao cemitério.
 
Então o rapaz parava de falar, passando a mão pelo pokemon intrigante ao seu lado, o observando com um carinho no olhar. Nagato também o observava de volta, mas era difícil dizer o que o pokemon sentia – Então, ao final dos 10 anos, o Dr. Orochimaru havia criado um experimento que poderia revolucionar sua pesquisa. Sableye é um pokemon que tem a habilidade de capturar a alma das pessoas mortas, antes que elas fossem para qualquer outro lugar do mundo metafísico. O experimento era o seguinte: Quando um corpo de pokemon chegava, seu teste antes de fazer em humanos, Nagato capturava a alma da pessoa e com isso ela se transformava em um pokemon fantasma! Essa foi a primeira conclusão do experimento. O processo era muito doloroso para a alma em si, mas Sableye continuava, mesmo a contragosto. Queria muito ajudar seu treinador. Os fantasmas advindos deste processo eram diferentes, mais suscetíveis de serem... controlados no começo, mas depois eram seres de pura fúria. Aí vinha a segunda parte do experimento. O Dr. Havia criado um dispositivo que lhe permitia controlar tais pokemons, se ele fosse colocado neles no começo, antes deles explodirem de raiva. Conclusão: Dr. Orochimaru havia achado um jeito de controlar os fantasmas... agora vinha a fase mais complexa.
 
Konohamaru parava um tempo, fitando Tábata, queria que suas palavras fossem absorvidas pela garota que parecia muito cansada para o rapaz soltar diversas informações de uma vez.
 
- Com o sucesso iminente, o Dr. Havia meio que “perdido” um pouco os objetivos iniciais. Seu foco em controlar os fantasmas havia errado em um fato. Da mesma forma que ele exercia controle sobre eles, eles afetavam a mente humano do Dr. também. Algo que ele não havia ainda descoberto... e o preço disso seria alto demais. Para pesquisar a segunda parte, o Dr. Não poderia deixar Mt. Pyre. Era dedicação exclusiva. Então, com a ajuda de seus fantasmas, havia passagens secretas muito antigas e desconhecidas pelos trabalhadores. Passagens que apenas fantasmas poderiam descobrir. Usou isso para se abrigar nas catacumbas perdidas do local e lá viver em absoluto sigilo, visto que a nova fase poderia gerar “balbúrdia” se descoberta. Iria trabalhar com corpos humanos mortos. Ao interceptar, com a ajuda de seus fantasmas, corpos de pessoas mortas que vinham para o Mt. Pyre, principalmente de pessoas que queriam ser enterradas com seus pokemons, o Dr. Pôde concluir a segunda fase. Ele iria colocar os fantasmas de volta nos corpos que havia receptado, tentando obter, como resultado, que os corpos ganhassem vida novamente! – o rapaz parava uma vez mais, parecia com um semblante triste no rosto... mas logo o pokemon se aproximava dele, tocando sua perna e fazendo um sinal de afirmativo. Então o garoto, fitando o pokemon com a expressão triste, continuava
 
Infelizmente, ele conseguiu. Todavia, o processo era extremamente doloroso para o pokemon fantasma e o corpo ressurreto, apesar de lembrar de sua vida passada, eram impregnados de ódio. Veja bem, a Morte não é algo para se brincar nem tentar controlar. Ela faz parte de um ciclo que deve ser respeitado. A Morte é uma passagem para uma outra vida, sem dor, nem sofrimento, algo que Sableye havia descoberto sendo a força motriz do experimento. Aqueles tirados de seu repouso para servir de cobaia não queriam estar ali e isso era refletido no fantasma que sai deles. A vontade do Dr., todavia, era conseguiu burlar esse ódio e fazer a pessoa voltar à vida. Isso iria elevar ele como um dos principais cientistas da História! Entretanto, como já disse, quando você olha para o Abismo, tem que tomar cuidado, pois ele olha de volta também. Os fantasmas haviam exercido forte influência nele a ponto de deturpar suas ideias... para ele agora o melhor ela usar os novos corpos vivos para... matar as pessoas e fazê-las desfrutarem da nova vida. Os corpos revividos não sentiam fome, nem sede, nem dor... eram seres de puro ódio! Nagato havia visto que seu mestre estava perdido e o confrontou, afinal, aplicar toda aquela dor nas almas para fazê-las matar as pessoas não era parte do plano. O resultado disto foi um embate entre o Sableye e os fantasmas novos.... Resultou na destruição do laboratório secreto do Dr. e a fuga de Nagato do local, sem saber o que havia restado de lá.... Mas sabia que Orochimaru estava vivo, todavia não podia mais continuar com ele. Nagato havia infligido muita dor e para nada. Ficou traumatizado e encontrou refúgio aqui neste labirinto – antes de continuar, o menino observava a garota que parecia muito cansada e interrompeu total sua fala
 
Vejo que está quase caindo de cansaço, tem certeza que não quer descansar? Lhe levo para fora e você se junta aos vivos novamente. Como já disse, seu local não é aqui...

(C) Ross



Progresso :

description#004 ME! - Página 5 EmptyRe: #004 ME!

more_horiz
ME!
Estava exausta. Na real, exausta era um eufemismo... Acho que nunca estive tão cansada em minha vida. Sentei-me na esperança de melhorar, mas tudo que sentia era sono. Engraçado, porque em uma situação tão pesada quanto essa, tudo que precisava era que meu corpo tivesse forças para conseguir fugir. Impossível.

Ouvi a história com bastante atenção, apesar do iminente sono. Era interessante ver como um experimento pode dar errado, principalmente quando se lida com uma das poucas coisas que são intangíveis nessa vida: a morte. Sempre fui muito fã do ciclo da vida, apesar de acreditar em vida após a morte... Hoje, percebi que sempre estive certa, afinal, olha no que minha curiosidade me meteu.

— Entendo... Sinto muito por tudo que eles tiveram que passar, deve ser horrível. — simpatizei — Mas esse é o preço a se pagar por brincar com a morte. — disse em um tom amigável, naquela altura, não precisava de inimizades. — Sou uma treinadora de fantasmas, então sempre tive certa afinidade por histórias e locais macabros. Esse Sableye passou por poucas e boas, quem me dera ter a honra de mostrar a ele que nem todos humanos são ruins como seu antigo treinador. — me levantei, apesar da grande exaustão — Ele é somente incompreendido e cheio de dor. Aliás, não sinto medo de vocês, então, podem contar comigo para o que eventualmente precisarem. — respirei fundo — Mas antes, prometi levar aquele Pichu de volta, se é que é possível... — apontei para o elétrico, sem saber se já estava em outro plano ou não — Estou exausta sim, mas não se preocupe, ainda tenho forças para sair com minhas próprias pernas.

Não poderia dar brecha... Apesar da "simpatia", sabe-se lá as reais intenções do rapaz. Depois do que presenciei, qualquer cuidado era pouco. Ajeitei um pouco a barra do meu vestido, dando alguns tapinhas sobre o tecido, tentando tirar um pouco da poeira que havia recaído sobre ele. Respirei fundo, buscando forças dentro de mim para continuar lidando com aquela loucura... De todas pessoas do mundo, logo eu tinha que estar ali, né?

— Mais uma coisa... Todas essas crianças e pokémon — disse apontando para os espíritos que infestavam o local — Estão absolutamente todos mortos? Eu realmente quero saber mais antes de ir embora.

Eu disse por fim, esperando uma explicação do menino, afinal ele poderia me mostrar um pokémon fantasma interessante, me ajudar com os meus pokémon desmaiados, algo a mais, eu tinha passado por tanta coisa que naquele ponto eu estava tão exausta que qualquer coisa seria um lucro para mim.

Depois de exaustivas batalhas que aniquilaram meus Pokémon, ao menos havia conseguido um novo companheiro para minha trupe. Não era um fantasma, como eu sempre desejei, mas seria tão amado quanto. Falando nisso, de todos meus monstrinhos, somente um é fantasma... Acho que preciso me focar um pouco mais.


(C) ROSS

description#004 ME! - Página 5 EmptyRe: #004 ME!

more_horiz
004 - ME!

22:45| 26o


Apesar do cansaço tremendo e do enorme esforço que Tábata fazia somente para estar ali, atenciosa nas palavras do fantasma, a garota não arredava e não se deixava vencer por seu inimigo biológico. O desgaste não iria vence-la, não depois de tudo que havia passado. A gótica, além de prestar atenção na história, admirava muito o Sableye. Seria um pokemon e tanto para seu grupo.... se pudesse captura-lo, é claro.
 
Diante da fala da menina, Konohamaru continuava – Certamente brincar com a morte não é algo que se deva fazer. Mas o dano não foi no Nagato. O dano maior era ter que viver sabendo o pavor que causava em almas para que no final fosse tudo em vão. Isso correu o pokemon por dentro. Você fala que gosta de fantasma e locais macabros pois até agora não presenciou de verdade o que um pokemon fantasma é capaz de fazer. Seu Sandygast é dócil e brincalhão... há fantasmas que apenas existem para destruir e espalhar o ódio. Essa é a natureza deles. Um dia talvez você irá ver o que estou falando. Mas esse dia não é hoje.
 
Já chegaremos no Pichu, garota. Mas primeiro irei continuar, visto que você assim o quer. Você diz que eles estão “mortos”. O conceito de morte é algo temido pelos humanos... para nós, pokemons fantasmas, Morte é apenas uma nova vida, o outro lado do espelho. Para responder corretamente ao que pergunta, irei explicar o que aconteceu depois da confusão.
 
Nagato havia fugido e acabou por se refugiar aqui, neste labirinto infantil abandonado há anos. Traumatizado e desgostoso... habitava essa região apenas esperando seu momento de morrer. Mas o destino... ele, às vezes, nos dá segundas chances. Este labirinto foi abandonado devido à proximidade com o Mt Pyre. As assombrações e relatos de seres sobrenaturais na região espantaram os visitantes, deixando a rota praticamente morta. Uma rota morta é um bom local para deixar seres para “morrer”, afinal, ninguém nunca ia vir aqui procurar. Então eis que a maldade humana tomava forma uma vez mais. As pessoas vinham aqui abandonar seus pokemons, de início. Pokemons sofridos, traumatizados, esquecidos por aqueles que lhes prometeram amor. Vendo isto, Sableye teve a ideia de dar uma nova vida a tais seres. Agora como irmãos de tipo. Oferecia a eles o toque da morte... que os levaria a desfrutar uma vida de infinitas possibilidades. Não iriam mais ficar com fome, nem sede... e a dor que os traumatizava iria embora para sempre.
 
Sableye tinha muita experiência com a Morte e aprendeu que quando ela vinha de bom grado do ser, a alma resultante era benigna. Assim Nagato o fez. Com sua habilidade natural de capturar as almas, montou seu grupo de pokemons, agora alegres por uma nova vida em que poderiam aproveitar do lado imaterial, visto que o material os havia traído.
 
Depois de anos, recolhendo os pokemons semi-mortos que aqui vinham... ele se deparou com outros humanos. Era incrível como vocês conseguem não somente destruir os pokemons, mas também a si próprios. Aqui foram jogadas as mais diversas crianças. Que os pais não queriam, frutos de relacionamentos errados, estorvos para outros ou simplesmente, “não tinham jeito”. Depois, começaram a vir as crianças abusadas das mais diversas formas, deixadas em estado semimorto por seres que piores que qualquer fantasma que Nagato tivesse visto. – Ele apontava para a garota que Tábata havia visto morrer recentemente – Está aqui foi raptada de seus pais quando era criança e foi utilizada em trafico de menores para exploração sexual... sua vida material não teve nenhuma diferença de um verdadeiro inferno. Quando ela foi deixada aqui, eu oferecia a ela uma nova vida..., mas ela parecia ainda ter esperança que poderia ser feliz. Deixei ela presa aqui por meses até que mudasse de ideia, mas foi em vão. Ela acabou fugindo e você a encontrou. Pode ter parecido duro e perverso..., mas as vezes as pessoas se agarram em esperanças vãs de uma vida melhor por não saber quão bom é o outro lado. Tive que matá-la, não havia outro jeito. Deixa-la viver em uma esperança ilusória era algo que Nagato não poderia aceitar. Ela chora agora... mas um dia irá entender.
 
Permanecendo calado por alguns minutos, com apenas o “som da noite” no local, o rapaz voltava a falar – Se não tem problemas com meus métodos, podemos chegar em um acordo para você levar o Pichu de volta a seu dono na rota


(C) Ross



Progresso :

description#004 ME! - Página 5 EmptyRe: #004 ME!

more_horiz
ME!
Ouvia o menino falar atentamente, realmente os seres humanos conseguiam ser criaturas desprezíveis e crueis e aquilo me doía imensamente pois eu sabia que eu deveria fazer algo para proteger os pokémon dos humanos.

A história ficava cada vez mais macabra e terrível, agora falando de humanos destruídos. Aquilo era um verdadeiro show de horrores, eu não gostaria de passar por aquilo, realmente. Observei o menino por mais alguns intantes.

— E quais seriam os seus termos? — perguntei para o menino.

Olhei para os lados para ver como os fantasmas se comportavam, havia muito verdade vinda deles e eu confiava naqueles seres sobrenaturais, como eu disse, fantasmas eram meus amigos, justamente por não terem mais nenhum corelação ao mundo material e seus objetivos egoístas. Atrás do véu não havia mais nada que apenas pura energia.
(C) ROSS

description#004 ME! - Página 5 EmptyRe: #004 ME!

more_horiz
004 - ME!

23:20| 26o


Os termos – falava o rapaz, com uma voz carregada e pesada, fitando Tábata com olhos penetrantes – são que você deve impedir o doutor lá no Mt. Pyre. Lhe darei 2 chaves. Uma delas abre uma porta dos fundos do Mt Pyre, caso você queira entrar lá despercebido. A outra, leva até o local onde o doutor fazia os experimentos. Entenda que faz anos que Nagato saiu de la. Sendo assim, algumas coisas podem ter mudado. Mas seu objetivo de vida sempre foi parar seu antigo mestre..., mas até agora não havia encontrado um jeito. Até você chegar e se mostrar um forte desafiante.
 
Agora olhando para o Pichu, que o olhava de volta – Em breve você estará livre, colega de longa data. Poderá se reencontrar com seu treinador – Ainda que o Pichu fosse libertado para seguir dali, Tábata teria que achar um jeito de atraí-lo... talvez um item que o velho tenha lhe dado poderia ajudar. Afinal, era uma completa estranha, devendo usar algo que pudesse gerar algum conforto no pokemon.
 
O rapaz, Konohamaru, depois de um leve sorriso para o roedor elétrico, desaparecia, restando apenas Sableye, com seus olhos de cristal, mas que agora já não brilhavam tanto. O pokemon usava uma de suas mãos para chamar a garota para perto. O que o fantasma iria querer? O que faria Tábata? aceitaria os termos? Se aproximaria do pokemon?

(C) Ross



Progresso :

description#004 ME! - Página 5 EmptyRe: #004 ME!

more_horiz
ME!
Eu não tinha muita escolha, estava cansada, perdida, exausta, com meus pokémon praticamente aniquilados, na presença de um fantasma e de um pokémon traumatizado e volátil. Apenas suspirei e fechei os olhos, respirando por um tempo enquanto massageava minhas têmporas.

— Vamos ver o que vai dar...  — eu disse tentando manter a calma e a compostura. — Mas independente de tudo, aceito os seus termos!

Me aproximei do pokémon fantasma já que o menino simplesmente desapareceu. Fiquei sem entender o porquê dele ter sumido sem me dar a tal chave, mas o que posso fazer? Em fim, Sableye parecia interessado em conversar comigo, talvez quisesse me mostrar algo?

— Então, pequeno. Vamos conversar... — comecei já me sentando ao lado dele, eu simplesmente estava muito cansada para me manter de pé por mais que o necessário — Eu to super cansada e praticamente sem pokémon, você vai ter que me ajudar nisso e pra isso eu preciso que você faça parte da minha equipe até a gente conseguir derrotar seu antigo mestre e seria muito bom se você me arranjasse mais dessas poções aqui, ou frutas para curar meus pokémon.

Eu disse mostrando o frasco arroxeado que eu tinha achado logo mais, encarei o fantasma de olhos preciosos enquanto esperava pela resposta dele e curiosa em saber o que ele tanto queria me mostrar. Minha cabeça pesava depois de tanto falar, parecia que eu não conseguia respirar direito de tão cansada.

Respirei fundo mais uma vez. Parei para pensar por alguns segundos e fitei Pichu, que provavelmente estaria receoso em me acompanhar por não me conhecer. Lembrei-me de algo que o velho havia me dado para mostrar ao pequeno elétrico, buscando em meu bolso uma espécie de esfera. Balancei-a com a mão, a fim de atrair o ratinho para o meu colo: afinal, segundo seu treinador, isso mostraria para ele que pode confiar em mim.

(C) ROSS

description#004 ME! - Página 5 EmptyRe: #004 ME!

more_horiz
004 - ME!

23:50| 23o


O chamado do pokemon à sua frente era no mínimo misterioso, ainda mais com o rapaz que conversava com ela desaparecendo repentinamente. Aqueles termos... não o acordo inteiro parecia muito estranho. Todavia, Tábata estava cansada e a ponto de desmaiar que já não se importava mais... seu interesse no Sableye e na missão lhe fora dada eram elevados. A garota desejava muito ter o pokemon roxo dos olhos brilhantes para si... mas estava enganada se achava que poderia consegui-lo. Poderia tentar, evidentemente... mas que consequências poderia advir disto?
 
A gótica se aproximava, abalada, sentando-se ao lado do pokemon e tagarelando que precisaria da ajuda dele etc. O pokemon parecia ouvir a fala da garota e entender... mas ao fim apenas balançou a cabeça, de forma negativa e pegou a mão da menina. Com sua garra, fez um pequeno corte em forma de círculo na mão da menina, derramando um pouco de sangue por causa do ato. Aquele círculo parecia arder na mão de Tábata, que fazia uma careta em reação à dor.
 
De repente, do outro lado dela, aparecia um menino pequeno, de roupas simples e uma voz meiga – Parabéns, o acordo está firmado. Este é um pacto de sangue que fizeste. Somente será liberado dele se derrotar o doutor. Quanto mais você se afasta do local onde ele aparentemente está, Mt. Pyre, mais vai arder... se você se afastar demais, a dor será insuportável e você morrerá. É o preço do pacto. Boa sorte... vai precisar. ­ – o garoto apontava de volta para Sableye que, abrindo a boca e colocando sua mão pela goela... retirava duas chaves de ferro, antigas e pesadas, entregando nas mãos da garota.
 
O rapaz voltava a falar com ela, com a voz doce de sempre – Agora você está pronta...para a missão e para levar o Pichu – quando terminou sua fala, o pequeno roedor se aproximava mais do trio que ali se encontrava. Observava Tábata com um olhar de dúvida, mexendo um pouco sua orelha também. A garota então se lembrava do item que o velho havia dado para ela, para que o Pichu fosse amigável. Ao tirar a esfera maciça de metal da roupa, os olhos do Pichu brilharam e ele estava muito contente, se aproximando da moça com bastante carinho. Parecia saber que aquela era sua hora de volta ao treinador.
 
Passados alguns segundos, o velho da rota praticamente se materializava ali junto ao grupo. O olhar dos pokemons e das crianças ali para ele eram bem sérios.... não pareciam gostar muito dele. O indivíduo, porém, não parecia ligar e logo se ajoelhava para receber um abraço acalorado de seu Pichu. Konohamaru também voltava ao cenário, ao lado do velho, com a mão em seu ombro – Você fez muito mal em abandonar seu pokemon aqui naquela época... eu jamais poderia deixar ele voltar e muito menos lhe deixar vagar por este local. Mesmo você voltando diversas vezes e adentrando este labirinto outras tantas... o seu dano ao pokemon já havia sido irreversível. Ele somente está alegre em lhe ver agora pois não lembra o tanto que sofreu no passado por sua causa. Mas graças a esta moça, eu lhe darei uma segunda chance e vocês poderão ser felizes... do outro lado do espelho – o velho chorava bastante, abraçando seu pokemon de forma quase perpétua. Depois, colocou a mão sobre a de Konohamaru, parecendo reconhecer seus erros. Depois, com o pokemon em seu ombro, o velho se aproximava de Tábata, se ajoelhando e prostrando-se diante dela – Muito obrigado por tudo! Você foi corajosa e agora eu posso descansar em paz com meu ajudante de toda a vida... infelizmente, não tenho como lhe pagar a não ser desejando boa sorte e prometendo observar você atentamente do outro lado, ajudando no que eu puder. Muito obrigado, de coração! – Então, os dois companheiros desapareciam... como se nunca tivessem existido.
 
A jovem havia feito uma boa ação... mesmo não recebendo nada por isso. Ficaria com raiva por tudo ter sido em vão? Ou se sentiria feliz por ter ajudado uma dupla a voltar a ficar juntos, agora para todo o sempre? Tudo dependeria do caráter da moça.
 
Por fim, tudo desaparecia dali também... e até os olhos de cristal brilhantes do Sableye sumiam. Ao final, Tábata parecia ter falado sozinha todo o tempo. Nem sombra de algo vivo poderia ser encontrado por ali. O que faria ela? Iria descansar ou ir direto para Mt. Pyre? Novas aventuras intrigantes e perigosas pareciam esperar a moça.

(C) Ross



Progresso :

description#004 ME! - Página 5 EmptyRe: #004 ME!

more_horiz
privacy_tip Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos