Como já tinha previsto, seu Rotom nem sequer teve chance de tentar dar uma virada de jogo: No dois contra um, com ambos os adversários mais velozes que o elétrico, o pobre pokémon foi completamente subjugado - para não dizer massacrado - pelos monstrinhos de Netero. Também podia dizer que o tal Tauros tinha uma mania bem complicada de se lidar de sair atirando os bichinhos dos outros por aí, já que seu pokémon saiu "voando" arena à fora com o poderoso impacto dos chifres do quadrúpede em seu corpo. Poderia até ter arriscado que ele continuava apto para o combate, considerando que o animal continuou levitando por algum tempo (estranhamente), mas ao contrário de seu normal, seus movimentos haviam parado completamente. Os olhos vítreos pareciam ainda mais distantes, e o nocaute foi confirmado quando seu corpo lentamente "planou" até o chão.
Considerando que Drac parecia bem - até rindo já estava! -, a moça se deu ao luxo de voar atrás de seu pobre animalzinho, acolhendo-o nos braços e sussurrando um "obrigada" antes de retorná-lo para sua pokéball. Não havia sido longe o suficiente para ter que percorrer uns mil quilômetros antes de voltar, então não se demorou para voltar para perto de seu companheiro... Bem a tempo de reparar em sua contração e a leve expressão torcida em dor, o que acendeu um ponto de exclamação acima de sua cabeça.
O olhar se estreitou com sutileza, e de imediato tornou a se aproximar do rapaz. Se tinha uma coisa que já tinha reparado no tempo que estavam juntos, era que Luch guardava consigo uma mania desgraçada de tentar esquivar o tempo todo de assuntos tristes ou que envolvessem preocupações, e aparentemente isso também se estendia para sua própria saúde, mas olha só!
Se abaixando ao seu lado, uma das mãos se apoiou sobre o peito do moreno, suave, onde imaginou que ele havia sofrido com o impacto do corpo de Ume - e afagou, sutil. A outra, sem fazer força, pousou no ombro do rapaz, o acolhendo num projeto de semi-abraço.
— ...Ei... — Chamou. O olhar cinzento mergulhou nos escuros alheios, firme, apesar de não exatamente estar... Bronqueando? — Você tá bem mesmo, Luch? Se não estiver, você tem que dizer, não é pra ficar bancando uma de super herói... — Pediu, em baixo tom, apenas para que o tutor ouvisse. Ele não aparentava querer deixar um clima ruim com o idoso, mas entre "clima ruim" e "esconder ferimentos que podem ser sérios", já era óbvia a opção que preferia, né? — Você quer ficar sentado? — Questionou. Talvez fosse melhor evitar levantar, mas ele ia ficar ensopado... Embora, huh, meio que já estava, né?
Então, suspirou. A atenção se voltou para Netero, e se permitiu um sorriso sem jeito.
— Bem, esse seu Tauros aí não é de brincadeira, não! — Gracejou, tentando amenizar um pouco a situação. — Não tem como dizer que não é forte, né? Eu acredito que uma revanche futura seria ótima pra nós dois, sim. Espero poder contar com isso! — Concluiu. A parte boa era que já tinha uma enfermeira à postos ali, qualquer coisa, hm?
Aliás, tinha sido impressão sua ou tinha visto uma mancha avermelhada no pescoço de Luch?
...
Sutil, os orbes se voltaram ao rapaz por um breve momento. Fitou o cachecol bagunçado, meio caído, com algumas manchas mais escuras - possivelmente por conta de gotas de água -, e com uma observação mais demorada pôde reparar em alguns traços negros escapando por baixo do tecido. O olhar escapou por milésimos para seu rosto, e os dedos em seu ombro recuaram devagar, traçando caminho por suas costas em algo que poderia ser até uma carícia tênue!... Até alcançarem o lado esquerdo de seu corpo. Sutil, o indicador e o dedo médio se movimentaram para fisgar a peça de roupa, a puxando alguns poucos centímetros para baixo, descobrindo parte da pele - admitia, porém, que por pura curiosidade, embora parte de si tentasse se convencer de que era só para checar que não era só mais um machucado do baque. Mas, ora bolas, que tipo de batida seria essa que alcançaria até o pescoço???
Mas o que a surpreendeu de verdade foi se dar conta de que, por baixo dos panos, a imagem gloriosa de um Giratina se agarrava ao pescoço do rapaz. Ou pelo menos foi o que conseguiu supôr, com a pouca parte que descobriu em tão discreto movimento! Tatuagem? Mas quem diria...
Considerando que Drac parecia bem - até rindo já estava! -, a moça se deu ao luxo de voar atrás de seu pobre animalzinho, acolhendo-o nos braços e sussurrando um "obrigada" antes de retorná-lo para sua pokéball. Não havia sido longe o suficiente para ter que percorrer uns mil quilômetros antes de voltar, então não se demorou para voltar para perto de seu companheiro... Bem a tempo de reparar em sua contração e a leve expressão torcida em dor, o que acendeu um ponto de exclamação acima de sua cabeça.
O olhar se estreitou com sutileza, e de imediato tornou a se aproximar do rapaz. Se tinha uma coisa que já tinha reparado no tempo que estavam juntos, era que Luch guardava consigo uma mania desgraçada de tentar esquivar o tempo todo de assuntos tristes ou que envolvessem preocupações, e aparentemente isso também se estendia para sua própria saúde, mas olha só!
Se abaixando ao seu lado, uma das mãos se apoiou sobre o peito do moreno, suave, onde imaginou que ele havia sofrido com o impacto do corpo de Ume - e afagou, sutil. A outra, sem fazer força, pousou no ombro do rapaz, o acolhendo num projeto de semi-abraço.
— ...Ei... — Chamou. O olhar cinzento mergulhou nos escuros alheios, firme, apesar de não exatamente estar... Bronqueando? — Você tá bem mesmo, Luch? Se não estiver, você tem que dizer, não é pra ficar bancando uma de super herói... — Pediu, em baixo tom, apenas para que o tutor ouvisse. Ele não aparentava querer deixar um clima ruim com o idoso, mas entre "clima ruim" e "esconder ferimentos que podem ser sérios", já era óbvia a opção que preferia, né? — Você quer ficar sentado? — Questionou. Talvez fosse melhor evitar levantar, mas ele ia ficar ensopado... Embora, huh, meio que já estava, né?
Então, suspirou. A atenção se voltou para Netero, e se permitiu um sorriso sem jeito.
— Bem, esse seu Tauros aí não é de brincadeira, não! — Gracejou, tentando amenizar um pouco a situação. — Não tem como dizer que não é forte, né? Eu acredito que uma revanche futura seria ótima pra nós dois, sim. Espero poder contar com isso! — Concluiu. A parte boa era que já tinha uma enfermeira à postos ali, qualquer coisa, hm?
Aliás, tinha sido impressão sua ou tinha visto uma mancha avermelhada no pescoço de Luch?
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Sutil, os orbes se voltaram ao rapaz por um breve momento. Fitou o cachecol bagunçado, meio caído, com algumas manchas mais escuras - possivelmente por conta de gotas de água -, e com uma observação mais demorada pôde reparar em alguns traços negros escapando por baixo do tecido. O olhar escapou por milésimos para seu rosto, e os dedos em seu ombro recuaram devagar, traçando caminho por suas costas em algo que poderia ser até uma carícia tênue!... Até alcançarem o lado esquerdo de seu corpo. Sutil, o indicador e o dedo médio se movimentaram para fisgar a peça de roupa, a puxando alguns poucos centímetros para baixo, descobrindo parte da pele - admitia, porém, que por pura curiosidade, embora parte de si tentasse se convencer de que era só para checar que não era só mais um machucado do baque. Mas, ora bolas, que tipo de batida seria essa que alcançaria até o pescoço???
Mas o que a surpreendeu de verdade foi se dar conta de que, por baixo dos panos, a imagem gloriosa de um Giratina se agarrava ao pescoço do rapaz. Ou pelo menos foi o que conseguiu supôr, com a pouca parte que descobriu em tão discreto movimento! Tatuagem? Mas quem diria...